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Parada cardiorrespiratória

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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● SUPORTE BÁSICO À VIDA E PRIMEIROS SOCORROS 
 
1 
 
www.medresumos.com.br 
 
 
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA E TÉCNICA DE REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR 
 
 Ao se deparar com uma vítima de trauma e abordá-la, o socorrista deve iniciar a avaliação da mesma, 
analisando os passos ABCD, assim como foi frisado no capítulo anterior. Entretanto, ao se realizar o passo C, a vítima 
pode mostrar-se sem pulso, o que pode sugerir uma parada cardiorrespiratória (PCR). Para o doente com este tipo de 
afecção, o tratamento definitivo que se deve fazer no local do trauma é a desfibrilação resultando em ritmo normal. 
Contudo, enquanto se aguarda a chegada de um suporte avançado de vida, é dever do socorrista a realização da 
famosa técnica de Ressuscitação/Reanimação Cardiopulmonar (RCP), que consiste apenas em uma forma de 
manutenção da circulação até que a desfibrilação possa ser realizada. 
 O Suporte Básico de Vida na PCR é uma abordagem sistemática que todo profissional de saúde treinado é 
capaz de realizar. Essa abordagem enfatiza a RCP precoce e a desfibrilação precoce. Ela não inclui intervenções 
avançadas, tais como técnicas de via aérea avançada (entubação orotraqueal, por exemplo) ou a administração de 
medicamentos. Usando a Avaliação do SBV, os profissionais de saúde podem atingir a meta de fornecer suporte ou 
restaurar com eficácia a oxigenação, a ventilação e a circulação até o retorno da circulação espontânea ou das 
intervenções do Suporte Avançado de Vida Cardiovascular (SAVC/ACLS). 
 A simples execução das ações de Avaliação de SBV aumenta substancialmente a chance de sobrevivência do 
paciente e um bom resultado neurológico. 
 
 
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR) 
 A parada cardiorrespiratória consiste na incapacidade cardíaca de contrair efetivamente e, portanto, enviar 
sangue para os pulmões e restante do corpo. É, portanto, tratada como um quadro de emergência médica, uma vez que 
a incapacidade de ventilar os pulmões ou de oxigenar o sangue expõe a vida do paciente a um importante risco. 
A importância de estudar PCR está baseada nos seguintes dados: 
 Primeira causa de morte na população em geral 
 Principal causa de morte súbita 
 350.000 óbitos/ano nos Estados Unidos 
 273.000 óbitos/ano (uma morte a cada 2 minutos) no Brasil 
 84% das mortes súbitas ocorrem em domicílio e 16% em via pública (aeroportos, estações, 
Shoppings, cassinos, Igrejas, metrôs, trabalho, etc.) 
 Cada minuto perdido culmina em 7 – 10% a menos de chance de sobrevida 
 Acomete pessoas de maneira inesperada 
 É um quadro de emergência médica e requer medidas imediatas 
 A maioria das mortes ocorre antes de se chegar ao hospital 
 Quase sempre o tempo-resposta dos Serviços de Emergência Médica está acima dos 10 minutos 
 
Há, portanto, uma necessidade crescente de se difundir os conhecimentos em SBV e de investir financeiramente 
neste tipo de suporte. A abordagem deve sempre seguir um protocolo específico, visando uma importante meta: 
restabelecer, o mais rápido possível, o fluxo sanguíneo cerebral. Inclusive, em artigos mais recentes, a reanimação 
cardiopulmonar já vem sendo substituída pelo termo “reanimação cardiocerebral” (RCC). Estudos mostram que a 
parada, quando passa dos 10 minutos de duração, a lesão cerebral torna-se irreversível. Quando o suporte básico é 
realizado cerca de 3 minutos depois da última contração cardíaca, as chances de sobrevivência da vítima são de cerca 
de 80%. Com cinco minutos, as chances caem para 75%. Passados 8 minutos de parada cardíaca, as chances de 
sobrevida da vítima não passam dos 15%. 
Para uma abordagem eficaz, é necessário todo um preparo técnico e conhecimento dos fundamentos do SBV. 
Quando o atendimento é feito em grupo, um líder deve ser indicado para guiar todos os procedimentos do socorro. O 
líder em equipes de saúde é o médico, uma vez que foi treinado de maneira mais avançada. 
O êxito, infelizmente, ocorre em poucos casos. Entretanto, as chances de sobrevida aumentam quando o 
atendimento é feito com qualidade e com agilidade. 
 
OBS
1
: Óbito ≠ “Parada”. Quando um indivíduo, inconsciente, é abordado por um socorrista e este verifica a ausência 
de pulso, nunca se deve declarar o óbito da vítima. Pelo contrário, a vítima deve ser enquadrada em um caso de parada 
em que, se nenhuma providência for tomada, o óbito torna-se consequência. Portanto, até que se diagnostique o 
contrário, uma vítima inconsciente e sem pulso não deve ser enquadrada como um caso de óbito, mas sim, de parada 
cardiorrespiratória e deve ser devidamente abordada. Só depois de cerca de 30 minutos de realização do RCP, o 
socorrista tem o direito de parar as manobras e decretar o óbito. Antes deste tempo, é eticamente não indicada a sua 
interrupção. Admite-se, obviamente, que o óbito só pode ser decretado fielmente pelos profissionais do Suporte 
Avançado de Vida. 
Arlindo Ugulino Netto. 
SUPORTE BÁSICO À VIDA E PRIMEIROS SOCORROS 
 
2016 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● SUPORTE BÁSICO À VIDA E PRIMEIROS SOCORROS 
 
2 
 
www.medresumos.com.br 
 
PRINCIPAIS CAUSAS DE PCR 
 As principais causas de PCR (para as quais o tratamento geralmente exige condutas de SAVC) podem ser 
enquadradas em dois grandes grupos didaticamente divididas em: 
 5 “Hs”: Hipovolemia; Acidose (↑H
+
); Hiper/hipocalemia; Hipotermia; Hipóxia. 
 5 “Ts”: Tromboses; Toxinas/Toxicidade; Tamponamento cardíaco; Tensão torácica (pneumotórax); Trauma 
 
RITMOS CARDÍACOS MAIS FREQUENTES DE PCR 
 Fibrilação Ventricular (FV): ritmo patológico em que não existe mais uma sincronia na contração das células 
musculares ventriculares, levando a uma consequente PCR com redução drástica do débito cardíaco. O 
tratamento mais eficaz das FV é a desfibrilação. 
 Taquicardia Ventricular sem pulso (TVSP): sucessão rápida de batimentos ectópicos ventriculares, que 
podem levar a deterioração hemodinâmica, chegando à ausência de pulso arterial palpável; sendo assim 
considerada uma modalidade de parada cardíaca, devendo ser tratada com o mesmo vigor da fibrilação 
ventricular. 
 Atividade Elétrica sem Pulso (AESP) ou Dissociação elétrico-mecânica (DEM): caracterizada pela ausência 
de pulso detectável na presença de algum tipo de atividade elétrica, com exclusão da taquicardia ventricular ou 
fibrilação ventricular. Ao monitor cardíaco, aparecem evidências de atividade elétrica organizada, porém o 
músculo cardíaco está muito fraco ou muito mal perfundido para responder ao estímulo elétrico. É arresponsivo 
à desfibrilação. 
 Assistolia: quadro grave de arritmia, caracterizada por traçado isoelétrico observado no eletrocardiograma ou 
no monitor cardíaco, em que o DEA não é indicado. 
 
Ritmos chocáveis Ritmos não-chováveis 
 
 
 
SUPORTE BÁSICO DE VIDA NA PCR: REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR 
 A PCR consiste em uma emergência médica que exige um Suporte Avançado de Vida. Por esta razão, o SAMU 
192 deve ser acionado sempre após a avaliação inicial da vítima, uma vez que a avaliação da presença ou não do pulso 
da vítima deve ser relatada ao atendente para que este saiba qual tipo de Suporte solicitar. 
O tempo-resposta deve acontecer em no máximo 10 minutos. Durante este curto e importante período de 
tempo deve enquadrar os seguintes eventos: (1) o socorrista deve avaliar a vítima na cena em 30 segundos; (2) a 
solicitação do socorro não pode ultrapassar 1 minuto; (3) o despacho do Serviço Médico de Emergência deve acontecer 
em 30 segundos; (4) a equipe deve chegar à ambulância em 30 segundos; (5) o deslocamento até a cena não pode 
ultrapassar 5 minutos; (6) o RCP na vítima deve acontecer em 2 minutos; (7) o DEA deve ser instalado na vítima e a 
administração do choque deve acontecer em cerca de 1 minuto. 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● SUPORTE BÁSICO À VIDA E PRIMEIROS SOCORROS 
 
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PROTOCOLO DO SBV NA PCR 
 Primeiramente, é necessário reconhecer uma PCR: de uma forma simples, ela é caracterizadapelos seguintes 
sinais: falta de responsividade, inconsciência, apneia, ausência de pulso, palidez, cianose, hipotermia, etc. 
Depois de manter a calma, avaliar a cena, vestir o equipamento de proteção individual (EPI), o socorrista deve 
iniciar de fato a Avaliação do SBV, segundo o protocolo preconizado pela American Heart Association (AHA). A 
avaliação consiste em uma série de 4 etapas sequenciais, designadas pelo números 1, 2, 3 e 4. Simultaneamente a 
cada avaliação, devem-se realizar as ações corretivas apropriadas antes de se passar à etapa seguinte. 
 
Avaliação Técnica de avaliação e Ação 
1. Verificar se o 
paciente 
responde 
- Tocar a vítima e perguntar: “Você está bem?” 
- Verificar se está sem respiração ou com respiração anormal (não 
respira ou apresenta somente gasping), observando se o tórax está 
se movendo. 
2. Acionar o 
Serviço Médico 
de Emergência / 
Buscar o DEA 
- Acionar o Serviço Médico de Emergência e providenciarum 
Desfibrilador Automático Externo (DEA) ou encarregar-se que 
alguém faça isso. 
3. Checar 
circulação e 
iniciar RCP 
(“CABD”) 
- Proceder com a sequência “C – A – B – D”. 
- C (Circulation): 
 Assegurar circulação (palpar o pulso do paciente 
por, no máximo, 10 segundos) / O socorrista leigo 
não deve palpar pulso, mas sim, iniciar diretamente 
as compressões torácicas (“Hands only”). 
 Iniciar a técnica da RCP pelas compressões 
torácicas. 
 
- A (Airway): 
 Iniciar após o primeiro ciclo de compressões torácicas. 
 Abrir via aérea: Hiperextensão cervical + Elevação do queixo (chin lift) ou, em caso de 
trauma, retificação da mandíbula (jaw thrust). 
 Inspeção e remoção de corpo estranho (manobra de Heimlich). 
 
- B (Breathe): 
 Evitar o “Ver, ouvir e sentir”  Iniciar com 2 ventilações (se necessário, boca-a-boca; 
boca-máscara; etc.) / Em ambiente hospitalar, fazer uso do AMBU-máscara (acoplado a 
fonte de O2 10 litros/min). Se não houver AMBU presente, optar por manter apenas as 
compressões torácicas (“Hands only”) – tal orientação também serve para leigos. 
 Manter a relação Compressão:Ventilação – 30:2 (1 ciclo) / Revezar o socorrista a cada 5 
ciclos. 
4. Desfibrilação - Passo D: se não houver pulso, verificar se há ritmo chocável/desfibrilável com um DEA assim 
que ele estiver disponível. 
- Usar o desfibrilador assim que possível: deve-se interromper 
qualquer ponto da RCP que estiver sendo realizado para aplicar as 
pás do desfibrilador e checar o ritmo. 
- Administrar choques conforme o indicado pelo aparelho. 
 Se ritmo chocável (FV / TVSP)  Aplicar choque 
dessincronizado. 
 Se ritmo não-chocável (assistolia / AESP)  continuar RCP. 
- Reiniciar as manobras de RCP imediatamente após cada choque, 
começando sempre pelas compressões. 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● SUPORTE BÁSICO À VIDA E PRIMEIROS SOCORROS 
 
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OBS
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: Atenção a duas alterações importantes em relação às “clássicas” Diretrizes da AHA 2005 para RCP e 
Atendimento Cardiovascular de Emergência (ACE): 
 Em 2010, as Diretrizes da AHA para RCP e ACE alteraram a sequência de SBV, eliminando o clássico 
procedimento “ver, ouvir e sentir [se há respiração]”, seguido de 2 ventilações de resgate. Esta alteração visa o 
início precoce das compressões torácicas em pacientes com PCR. 
 A Avaliação do SBV não é mais representada pelas letras A, B, C e D, mas pelos números 1, 2, 3 e 4 (de modo 
que, na etapa 3, podemos proceder não com o “ABC”, mas com o “CAB”, conforme já apresentado neste 
capítulo). 
 
OBS
3
: Atenção para as seguintes observações com relação à aplicabilidade do SBV à PCR: 
 Profissionais de saúde atuando sozinhos podem adaptar a sequência de ações de resgate para a causa mais 
provável da parada. Por exemplo, se um profissional de saúde desacompanhado vir um adolescente sofrer um 
colapso, seria lógico que o paciente sofreu uma PCR. 
 O socorrista, quando sozinho, deve pedir ajuda (acionar o Serviço Médico de Emergência), buscar o DEA (se 
próximo), retornar ao paciente para aplicar o DEA e, então, executara RCP. 
 Por outro lado, se hipóxia for a causa presumida da PCR (como em pacientes afogados), o profissional de saúde 
poderá administrar cerca de 5 ciclos (aproximadamente 2 minutos) de RCP antes de acionar o Serviço Médico 
de Emergência. 
 
CONSIDERAÇÕES SOBRE A TÉCNICA DE RCP 
Como se sabe, a RCP consiste em uma técnica do Suporte Básico de Vida que pode ser realizada inclusive por 
leigos treinados. 
 Qualquer ser humano, que não tenha deficiência física ou mental grave, deve ser treinado para realizar a RCP; 
 Qualquer indivíduo que domine a técnica da RCP e SBV pode treinar outras pessoas; 
 Geralmente, os cursos de RCP e SBV duram cerca de 8 horas; 
 A teoria sempre deve ser aplicada junto à prática; 
 A prática deve ser realizada em manequins adequados, nunca deve ser realizada em cobaias humanas 
saudáveis; 
 O refresh (revisão da prática) deve ser feito no mínimo de cinco em cinco anos. 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● SUPORTE BÁSICO À VIDA E PRIMEIROS SOCORROS 
 
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A RCP é um passo fundamental na tentativa de reverter uma PCR. Ao ser diagnosticada uma PCR e depois de 
acionar o Serviço Médico de Emergia (para quem o socorrista deve relatar tudo que foi encontrado na avaliação inicial), 
a RCP deve ser iniciada imediatamente. A técnica da RCP consiste, basicamente, em compressões torácicas e 
insuflações devidamente alternadas. 
Para socorristas treinados e profissionais de saúde, a RCP deve ser feita em ciclos de 30 compressões por 2 
insuflações (30:2). Estes ciclos devem ser repetidos 5 vezes em torno de 2 minutos (5 ciclos/2 minutos). No suporte 
avançado (intubações), a compressão da caixa torácica deve ser feita 100 a 120 vezes por minuto, ventilando cerca de 
8-12 vezes por minuto. 
 Compressões: 
o Técnica: Paciente deitado sobre uma superfície rígida ou sobre uma prancha; 
O socorrista deve estar ao lado da vítima; Identificar a região esternal, para 
realizar as compressões no meio do peito da vítima; Mão dominante por baixo, 
com a não-dominante entrelaçada por cima da primeira; O tronco do socorrista 
deve estar apoiado em seus braços, que devem estar estendidos, formando 
um ângulo de 90
o
 com a vítima; O corpo deve ser inclinado por sobre o 
paciente, projetando-se o peso do tronco durante as compressões (os 
cotovelos não podem ser flexionados). 
o Frequência: 100-120 compressões/minuto. 
o 1 ciclo de RCP = 30 massagens (se houver ventilação, alternar com a relação 
30:2) / Sempre fazer 5 ciclos (2 minutos) antes de realizar outras medidas. 
o Intensidade: reprimir até 5 a 6 cm / Push hard, push fast and allow recoil: 
“Empurra com força (5 a 6 cm), de forma rápida (≥100/min) e permitir o retorno 
do tórax”. 
o Para leigos: realizar apenas as compressões, sem ventilação (“Hands only”). 
 
 Insuflações: 
o Técnica: Iniciar após o primeiro ciclo de compressões torácicas; 
Abrir a via aérea, lançando mão de uma hiperextensão cervical 
+ elevação do queixo (chin lift) ou, em caso de trauma, 
retificação da mandíbula (jaw thrust): Realizar inspeção e 
remoção de corpo estranho (manobra de Heimlich). 
o É aconselhável que as insuflações sejam realizadas com auxílio 
de uma pocket-mask, uma máscara portátil que evita o contato 
da boca do socorrista com a do paciente. Caso contrário, as 
insuflações não devem ser realizadas (a não ser que a vítima 
seja um indivíduo de seu convívio diário com quem seja 
sabidamente seguro realizar a manobra), e a RCP pode ser 
feita apenas com as compressões torácicas (“Hands only”). 
o Deve-se evitar hiperinsuflações. 
 
OBS
4
: Um detalhe importante da técnica de RCP (e causa comum de erro na prática) é 
a aposição das mãos do socorrista durante as compressões. Por esta razão, vamos 
frisar aqui esta técnica: o socorrista deve posicionar ambas as mãos superpostas acima 
da linha média do osso esterno, dois dedos acima do processo xifoide,aproximadamente na linha imaginária que une os dois mamilos. A mão de cima (não-
dominante) deve estar entrelaçada sobre a mão que está em contato com o tórax da 
vítima (mão dominante). Apenas as partes tenar e hipotenar da palma da mão que está 
em baixo devem entrar em contato com o tórax da vítima. Observe atentamente a figura 
ao lado para entender a posição correta das mãos. 
 
 
 
 
 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● SUPORTE BÁSICO À VIDA E PRIMEIROS SOCORROS 
 
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 Depois de iniciada a RCP, o socorrista deve fazer todos os esforços possíveis para minimizar as interrupções 
nas compressões torácicas. Somente depois de realizados 5 ciclos de RCP (que devem ser feitos em torno de 2 
minutos), o socorrista deve checar o pulso e a respiração da vítima. O único evento que devem interromper as 
compressões é a chegada do DEA. Sabendo disso, deve-se evitar: 
 Análise prolongada do pulso; 
 Verificações frequentes e inadequadas do pulso; 
 Demorar a administrar as ventilações/insuflações à vítima; 
 Mover a vítima desnecessariamente. 
 
Diz-se que uma RCP é de qualidade quando ela obedece, ao menos, os seguintes pontos: 
 Comprimir o tórax com força e rapidez; 
 Permitir o retorno total do tórax após cada compressão; 
 Ênfase às compressões: minimizar interrupções nas compressões (10 segundos ao meos); 
 Alternar os profissionais a cada 2 minutos, aproximadamente, para evitar a fadiga; 
 Evitar ventilação excessiva. 
 
ERROS MAIS COMUNS DA RCP 
 Mau posicionamento (socorrista e vítima). 
 Interrupção da RCP: estudos mostram que a eficácia das compressões ocorre em torno da 15ª em diante (sendo 
as 10 últimas compressões as responsáveis por ejetar o sangue do coração para nutrir o encéfalo). Este fato é 
explicado pelo efeito somatório de sangue que chega ao coração sugado de suas veias aferentes graças ao 
efeito mecânico das compressões. Interromper a sequência de compressões causa toda uma desordem neste 
mecanismo de somação e enchimento ventricular. 
 Retardo no início da RCP 
 Técnica ineficaz. 
 Cansaço físico. 
 Falta de continuidade: realizar compressões ou insuflações de maneira irregular, ou seja, ora mais intensos, ora 
menos. 
 Infraestrutura deficitária. 
 
SUPORTE BÁSICO DE VIDA E RCP EM PEDIATRIA 
 O Suporte Básico de Vida em Pediatria (PBLS) apresenta algumas diferenças quando comparadas à avaliação 
do adulto que devem ser frisadas devido à sua importância. A priori, destacamos que as nuances do atendimento 
dependem da faixa etária do paciente: 
 < 1 ano de idade (excetuando-se os recém-nascidos); 
 1 ano até a puberdade (marcos para o PBLS: telarca na menina; pelos axilares nos meninos); 
 A partir da puberdade: igual ao adulto. 
 
Manobra < 1 ano 1 ano – Puberdade 
Checagem de pulso Braquial Carotídeo ou femoral 
Sequência RCP C – A – B 
Compressões No mínimo 100/minuto 
Profundidade 1/3 do diâmetro AP (cerca de 4 cm) 1/3 do diâmetro AP (cerca de 5 cm) 
Método 1 socorrista: 2 dedos; 
2 socorristas: 2 polegares (apenas para 
profissionais de saúde treinados) 
Apenas o “calcanhar” de uma mão ou duas 
mãos (uma mão sobre a outra) 
Vias aéreas Inclinação da cabeça – elevação do queixo (head tilt – chin lift) / Em caso de trauma, jaw thrust 
Ventilação Boca a boca-nariz Boca a boca 
Relação ventilação : 
compressão 
30:2 (socorrista único) 
15:2 (dois socorristas; apenas profissionais de saúde treinados) 
Obstrução das VAS As manobras acima são repetidas até o efeito ou a vítima parar de responder 
Desfibrilação Colocar e usar o DEA assim que ele estiver disponível. Minimizar as interrupções nas 
compressões torácicas antes e após o choque; reiniciar a RCP começando com as 
compressões imediatamente após cada choque. 
OBS: Iniciar RCP vs Chamar ajuda: a cadeia de sobrevivência pediátrica é diferente da cadeia do adulto. 
 Socorrista único: realizar 2 minutos de RCP antes de acionar serviço de emergência / providenciar o DEA. 
Sempre que houver dois socorristas, um inicia a RCP e o outro aciona o serviço de emergência. Assume-se que 
a parada é por asfixia e se prioriza o RCP. 
 Socorrista único que presencia o colapso súbito: após verificar irresponsividade e ausência de respiração, 
acionar o serviço de emergência / providenciar o DEA. Nesta situação, há maior chance de ser uma PCR por 
fibrilação ventricular. 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● SUPORTE BÁSICO À VIDA E PRIMEIROS SOCORROS 
 
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MANOBRA DE HEIMLICH 
A Manobra de Heimlich é um artifício que só deve ser realizado em 
casos de obstrução total das vias aéreas superiores por corpo 
estranho (OVACE). Esta obstrução não pode ser confundida com 
engasgos, em que a manobra de Heimlich não deve ser empregada por não 
ser eficaz. 
Quando a vítima adulta está de pé, o socorrista deve cerrar uma das 
mãos e posicionar seu polegar na região epigástrica (abaixo do processo 
xifoide) do paciente. Logo em seguida, o socorrista deve posicionar-se por 
trás da vítima (sem retirar o polegar da região previamente apoiada), pôr a 
perna entre as pernas da mesma e apoiar o tórax dela contra a parte lateral 
do tronco do socorrista, evitando qualquer movimento da coluna da vítima. 
A outra mão deve, então, apoiar e forçar a mão cerrada em um movimento 
brusco contra a região epigástrica. O movimento das mãos deve ser feito 
em “J”, ou seja, descer ou pouco e depois, com muita força, subir contra a 
região infraesternal da vítima. Tal manobra faz com que a pressão intra-
abdominal aumente e se propague para o tórax, fazendo com que o 
paciente expulse o corpo estranho. 
Quando a vítima está em decúbito dorsal ou inconsciente, ou seja, 
com tronco já apoiado no chão, o socorrista deve fazer uma compressão 
brusca com apenas uma das mãos na mesma região das compressões da 
RCP (no esterno do paciente). 
 
OBS
5
: Em pediatria, a técnica apresenta algumas particularidades, a depender da faixa etária. 
 < 1 ano: realizar 5 golpes no dorso (interescapulares) alternados com 5 compressões torácicas (com 2 dedos), 
apoiando o corpo do bebê em um dos antebraços repousado na coxa; se o corpo estranho emergir na cavidade 
oral, retirar manualmente – caso contrário, continuar a manobra até a sua saída. Evitar o Heimlich nessa faixa 
etária devido ao risco de lesão hepática. 
 > 1 ano: manobra de Heimlich (se a criança desmaiar, pode-se fazer a “manobra de cavaleiro” sobre o tórax). 
 
 
DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO (DEA) 
 Os desfibriladores externos automáticos (DEAs) são 
aparelhos que administram choques terapêuticos de corrente 
elétrica contínua, com grande amplitude (capacitor de alta 
voltagem) e curta duração, aplicado sobre o tórax de uma 
vítima com parada cardiorrespiratória diagnosticada. Durante 
uma atividade elétrica cardíaca irregular (fibrilação 
ventricular), a desfibrilação repolariza as células miocárdicas, 
permitindo o reinício do ritmo cardíaco regular. 
 Os DEAs são encontrados em duas versões: 
automáticos e semiautomáticos (a maioria). Ambos os 
modelos são autoexplicativos (o próprio aparelho dita os 
passos de aplicação e uso) e monitoram o ritmo cardíaco da 
vítima, avaliando a necessidade ou não do choque. Contudo, 
o modelo semiautomático, após a instalação e a permissão 
do choque, necessita da intervenção do socorrista para 
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administrá-lo. Podem ser bifásicos (causam menor dano ao miocárdio) ou monofásicos (estão saindo de linha). 
Estudos feitos em grandes cidades (como em Chicago e Las Vegas) provaram a importância de possuir DEAs 
disponíveis em locais de grande circulação humana: aeroportos, cassinos, shoppings, metrôs, etc. Em 1997, a American 
Airlines implantou DEAs em todas as aeronaves da empresa e promoveu o treinamento de 24000 comissários. Em 32 
meses de operação, o DEA foi utilizado 300 vezes (cerca de 8 vezes/mês), obtendo umasobrevivência real em torno de 
50% dos casos. 
 A importância de possuir DEAs em aeroportos, por exemplo, é justificada pelos fatores aos quais indivíduos são 
expostos nesses estabelecimentos: grande fluxo de pessoas, stress emocional, esforço físico, fadiga do voo (cansaço, 
ruídos, vibrações), altitude (hipóxia), idosos, obesos, fumantes, diabéticos. São 500.000 pessoas voando por dia em todo 
mundo. Registra-se cerca de 14.000 emergências por ano (cerca de 15/dia). Hoje, 85% dos voos apresentam médicos a 
bordo; entretanto, apenas 1% sabem RCP. 
 Algumas cidades brasileiras (como Londrina, São Paulo, São José do Rio Preto, Rio de Janeiro, Rio Preto, 
Joinville, Cuiabá, Americana, Salvador, Sorocaba, Manaus, etc.) apresentam Leis Municipais que obrigam a existência 
de DEAs em determinados locais públicos. Em João Pessoa, por exemplo, a Lei determina que locais com circulação 
cima de 10 mil pessoas por dia devem apresentar, obrigatoriamente, o DEA e uma equipe médica de plantão. 
 Em resumo, as principais características do DEA são: 
 Podem ser automáticos ou semiautomáticos (maioria) 
 Sistema de análise do ritmo cardíaco: o DEA é capaz de monitorar a atividade cardíaca para discernir se é 
necessário ou não o choque no paciente em parada. Geralmente, o choque é permitido em casos de fibrilação 
ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso. É importante saber, entretanto, que o DEA não avalia a 
pulsação, mas apenas o ritmo cardíaco. A verificação do pulso da vítima é papel do socorrista. 
 Indicação de choque quando detectadas fibrilação ventricular (FV) ou taquicardia ventricular (TV) sem pulso. 
Para outro ritmo qualquer (inclusive o normal), o choque não é indicado. 
 Só devem ser utilizados em vítimas inconscientes, sem respiração e sem pulso (PCR) 
 Sempre depois do choque, deve-se checar o pulso da vítima e só depois, reiniciar a RCP. 
 
O DEA é um aparelho utilizado apenas no suporte básico de vida cuja utilização pode ser instruída para 
comissários de bordo, pessoal de segurança, policiais, bombeiros, salva-vidas, crianças em idade escolar, profissionais 
de ambulâncias, hospitais, consultórios médicos e odontológicos, familiares, etc. 
 
USO INDEVIDO DO DEA 
 Crianças com menos de 8 anos ou pessoas com menos de 25 kg. A FV nesta faixa etária não é comum, mas a 
técnica pode ser feita a partir de um ano de idade quando se faz uso dos redutores de voltagem. A dose 
recomendada é de 1-2 J/kg (50J para crianças com 25kg). 
 Vítimas em superfícies molhadas ou em meio aquático. Nestas situações, o choque pode ser transmitido ao 
socorrista. Para evitar esta situação, deve-se secar a vítima e o socorrista e retirá-los do local molhado. 
 Vítimas com aparelho de marca-passo implantado. O aparelho de marca-passo pode bloquear o choque ou 
mesmo entrar em curto-circuito, gerando lesões mais graves à vítima. O marca-passo deve ser identificado no 
tecido celular subcutâneo e a pá do DEA deve ser aplicada com uma distância mínima de 2,5 cm do aparelho de 
marca-passo. 
 Vítimas com adesivos de medicação transcutânea. 
 
UTILIZAÇÃO E APLICAÇÃO DO DEA 
 As conexões do DEA devem ser feitas em uma ordem citada pelo próprio aparelho. Ele deve estar conectado 
com os cabos de conexão, que se conectam com as pás autoadesivas do DEA, que são aplicadas no tórax da vítima em 
parada. A sequência de aplicação do DEA pode ser a seguinte: 
1. Manter a calma, avaliar a segurança da cena, vestir o EPI, testar o nível de consciência da vítima. 
2. Identificação de PCR  Ligar para o Serviço Médico de Emergência local e solicitar/buscar DEA. 
3. C – A – B  Iniciar a RCP  realizar 5 ciclos de RCP em 2 minutos para, enfim, testar o pulso novamente. 
4. Posicionar o DEA ao lado da orelha esquerda da vítima e continuar realizando RCP à direita da mesma. 
5. Instalação do DEA: ligue, conecte, fixe e analise. 
 Ligar o DEA: pressione o botão ON ou o botão UP (tampa); 
 Aplique as pás autoadesivas: uma pá na parte superior da borda esternal direita, abaixo da clavícula e a 
outra lateral ao mamilo esquerdo, com o extremo superior alguns centímetros abaixo da axila. Deve-se ter 
atenção com vítimas molhadas, sudoréticas e seus pelos. 
 Afastar-se da vítima e análise do ritmo cardíaco: afaste todos os circunstantes. Alguns aparelhos analisam 
automaticamente, outros precisam ter o botão acionado. Tempo médio de análise: 5 a 15 segundos. Se há 
TV ou FV, o socorrista ouvirá um alarme sonoro ou visual: choque indicado. 
 Afasta-se da vítima e pressione o botão “choque”: assegure-se de que ninguém esteja em contato com a 
vítima. Afaste-se e fique atento as indicações: som, mensagem vocal ou luz . Após o primeiro choque, o 
DEA passa pelas seguintes fases: “Carregando”  “Análise”  Novo Choque Indicado. Um choque de 200 
J (bifásico ou desconhecido) ou 360 J (monofásico) é, enfim, aplicado. 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● SUPORTE BÁSICO À VIDA E PRIMEIROS SOCORROS 
 
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Sempre depois do choque, o DEA se cala. Neste momento, deve-se retomar as compressões torácicas, até que 
o aparelho solicite uma nova interrupção da RCP para análise do ritmo. 
Antigamente, o momento oportuno para utilizar o DEA era bastante complicado de ser definido pelas Diretrizes. 
Afirma-se, inclusive, que o DEA não está bem indicado como primeira conduta em uma PCR com mais de 5 minutos de 
duração. Atualmente, o desfibrilador deve ser utilizado assim que possível: pode-se interromper qualquer ponto da RCP 
que estiver sendo realizado para aplicar as suas pás e iniciar a checagem do ritmo. 
 
OBS³: Tempo-resposta: A eficácia do RCP precoce e da Desfibrilação precoce para o retorno da circulação espontânea 
é demonstrada no seguinte gráfico: 
 
 
MANUTENÇÃO DO DEA 
 Realizar inspeções periódicas (mensais) 
 Avaliar bem seus acessórios: 2 jogos de pás auto-adesivas, 2 pocket masks, 1 bateria extra, 2 estojos de 
barbear, 5 a 10 compressas de gaze, álcool, 1 pano de tecido absorvente. 
 
 
RESUMO DAS NOVAS RECOMENDAÇÕES DO BLS/ACLS 
 Como qualquer outra área da Medicina, o Suporte Básico e Avançado de Vida está em constante 
aprimoramento: a cada 5 anos, a American Heart Association publica novas atualizações, visando sempre a simplicidade 
e efetividade dos procedimentos necessários para reverter uma PCR. 
 Em 2015, foram lançadas novas guidelines para Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) e Atendimento 
Cardiovascular de Emergência (ACE). Logo mais, citamos os principais pontos de discussão (alguns já incluídos ao 
longo deste capítulo) apenas com a finalidade de frisar tais mudanças. 
 Simplificar o aprendizado de RCP para os leigos. 
 Deu-se mais ênfase à rápida identificação de possível PCR por parte dos atendentes, com disponibilização 
imediata das instruções de RCP para a pessoa ao telefone (ou seja, RCP orientada pelo atendente do Serviço 
de Emergência Médica). 
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 A sequência recomendada para um único socorrista proposta em 2010 foi confirmada em 2015: o único 
socorrista deve iniciar as compressões torácicas antes de aplicar as ventilações de resgate (C-A-B-D em vez de 
A-B-C-D). O único socorrista deve iniciar a RCP com 30 compressões torácicas seguidas por 2 respirações. 
 
 Evitar o “ver, ouvir e sentir”. 
 A ventilação pode ser dispensada para crianças, afogados, hipóxia grave, politraumatizados ou indivíduos não-
conhecidos quando não se tem a presença da pocket mask. 
 Leigos devem fazer apenas massagem cardíaca (Hands only), sem ventilação. 
 Ênfase nas compressões torácicas  socorristas leigos sem treinamento devem fornecer RCP somente com as 
mãos, com ou sem orientação de um atendente, para adultos vítimas de PCR. O socorrista deve continuar a 
RCP somente com compressão até a chegada de um DEA ou de socorristas com treinamento adicional. Se o 
socorrista leigo treinado puder realizar ventilaçõesde resgate, as compressões e as ventilações devem ser 
aplicadas na proporção de 30 compressões para cada 2 ventilações. 
 A velocidade recomendada para as compressões torácicas é de 100 a 120/minutos (atualizada em relação ao 
“mínimo de 100/min”). A profundidade das compressões torácicas em adultos é de, pelo menos, 2 polegada (5 
cm), mas não superior a 2,4 polegadas (6 cm). 
 Minimizar a importância de checar o pulso: 
 Profissionais de saúde: por até 10 segundos (pulso central); 
 Leigos: não checar! 
 Utilizar sempre a carga máxima do choque (200J no bifásico ou 360J no monofásico). 
 Após o choque, retomar as manobras do RCP – checar o pulso somente após 5 ciclos (2 min)! 
 É recomendado o uso de cadeias de sobrevivência distintas, que identifiquem as diferentes vias de cuidado dos 
pacientes que sofrem uma PCR no ambiente intra-hospitalar (PCRIH) ou no ambiente extra-hospitalar (PCREH). 
 
 
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