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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Ana Luísa Sader Tagliolatto Fabiana da Silva Cortes de Oliveira Gisele Gomes Rodrigues SOCIALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO ENTRE ALUNOS SURDOS E OUVINTES NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL Apresentação do Projeto Integrador - vídeo: https://youtu.be/kPbBObGW0wo Sumaré - SP 2019 2 UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Ana Luísa Sader Tagliolatto Fabiana da Silva Cortes de Oliveira Gisele Gomes Rodrigues SOCIALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO ENTRE ALUNOS SURDOS E OUVINTES NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL Relatório Técnico-Científico apresentado na disciplina de Projeto Integrador para o curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP). Tutora: Janaína da Silva Santos Sumaré - SP 2019 3 TAGLIOLATTO, Ana Luísa Sader; OLIVEIRA, Fabiana da Silva Cortes de; RODRIGUES, Gisele Gomes; Socialização e integração entre alunos surdos e ouvintes no contexto da educação infantil. 00f. Relatório Técnico-Científico (Licenciatura em Pedagogia) – Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutora: Janaína da Silva Santos. Polo Sumaré , 2019. RESUMO No presente trabalho, pretende-se abordar o problema da socialização entre alunos surdos e ouvintes num contexto de educação infantil. O foco deste trabalho é a integração e socialização entre alunos surdos e ouvintes que têm aulas bilíngues em português e em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). É de grande importância que essa socialização aconteça através de brincadeiras que proporcione o aprendizado e valorização ambas as culturas (surda e ouvinte). PALAVRAS-CHAVE: surdos; educação infantil; socialização. 4 TAGLIOLATTO, Ana Luísa Sader; OLIVEIRA, Fabiana da Silva Cortes de; RODRIGUES, Gisele Gomes; Socialization and integration among deaf and hearing students in the context of early childhood education. 00f. Technical-Scientific Report (Degree in Pedagogy) - Virtual University of the State of São Paulo. Tutorial: Janaína da Silva Santos. Polo Sumaré, 2019. ABSTRACT In the present work, we intend to address the problem of socialization among deaf students and listeners in a context of early childhood education. The focus of this work is the integration and socialization between deaf students and listeners who have bilingual classes in Portuguese and in Brazilian sign language (LIBRAS). It is of great importance that this socialization occurs through jokes that provide learning and appreciation for both cultures (deaf and listener). KEY WORDS: deaf; child education; socialization. 5 SUMÁRIO INTRODUÇÃO………………………………………………………………………………. 6 Aproximação ao tema/problema………………………………………………………..6 Objetivo…………………………………………………………………………………... 6 Definição do local………………………………………………………………………...7 Observação in loco e caracterização do público-alvo………………………………..8 Plano de ação………………………………………………………………………….. 10 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA…………………………………………………………..11 A Educação de Surdos no Brasil…………………………………………………….. 13 Escola bilíngue………………………………………………………………………….15 Socialização infantil…………………………………………………………………….17 A família………………………………………………………………………………….17 A evolução do conhecimento………………………………………………………….18 A forma lúdica no processo de ensino e aprendizagem do surdo………………...19 Aplicação das disciplinas estudadas no projeto……………………………………. 20 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO………………………………………………….. 21 Materiais e métodos…………………………………………………………………....21 Relato do desenvolvimento do projeto………………………………………………. 21 PROTÓTIPO FINAL………………………………………………………………………..25 Brincadeiras da Cultura Surda……………………………………………………….. 25 “Brincadeira do Elefante”................................................................................. 25 “Configuração de mãos’’ da língua de sinais………………………………….... 26 CONSIDERAÇÕES FINAIS……………………………………………………………….27 REFERÊNCIAS……………………………………………………………………………. 28 6 INTRODUÇÃO Aproximação ao tema/problema O trabalho com alunos surdos é uma temática que nos despertou interesse por combinar o desafio da inserção das crianças no ambiente escolar, bem como a aquisição da língua brasileira de sinais (LIBRAS) de maneira formal. Esse trabalho questiona como é a inclusão das crianças surdas na escola, e como é dada a integração e a socialização desses alunos surdos. A partir desse pressuposto observamos que apenas a garantia por lei de um profissional tradutor/intérprete em sala de aula não garante a inclusão das crianças surdas. Elas estão ali, mas tem dificuldades em socializar-se, pois, a maioria dos colegas são ouvintes. Mediante essa questão fomos instigadas a trabalhar o projeto integrador desse semestre, pois, observamos que através das brincadeiras e das atividades os professores poderiam proporcionar uma maior inclusão entre as crianças surda e ouvintes. os surdos podem brincar com qualquer tipo de brincadeiras desde que seja adaptada para o visual. A pesquisa foi desenvolvida a partir de uma metodologia de pesquisa-ação e contou com a participação de educador especializado, professor bilíngue, e com os alunos surdos e ouvintes. Objetivo Temos como objetivo elaborar uma atividade prática, a ser aplicada em sala de aula, que seja formativa para alunos surdos e ouvintes e que colabore com a socialização entre todos. As atividades serão organizadas na forma de brincadeiras e utilizaremos o suporte teórico das disciplinas Avaliação educacional e da aprendizagem, Fundamentos da educação infantil I e II, Psicologia da educação e teorias da aprendizagem. 7 Definição do local Durante o mês de março de 2019 fizemos um levantamento de escolas de educação infantil na rede municipal de Campinas com histórico de atendimento a alunos surdos, sendo referência em atuação na área, e encontramos os seguintes locais: 1. CEI Celisa Cardoso do Amaral Profissional: Ingrid Avenida das Amoreiras, 1, Parque Industrial, Campinas - SP, 13031-435 (019) 3272-2244 2. CEI Esther Aparecida Vianna R. Francisco Antônio da Silva, 165, Vila Formosa, Campinas - SP, 13045-025 (19) 3276-5951 3. CEI Carlos Drummond de Andrade Profissional: Gislaine Rua Antônio Carlos Folegatti, 65, Jardim Nova Mercedes - Campinas - SP, 13052-506 (19) 3225-7258 O CEI Celisa Cardoso do Amaral foi um polo de atendimento de alunos surdos em educação infantil, mas já não existe mais essa característica. Atualmente a prefeitura municipal de Campinas oferece professor bilíngue (LIBRAS) quando há matrícula de aluno surdo, em qualquer unidade escolar, assim a criança pode estudar em local mais próximo à sua residência. No CEI Esther Aparecida Vianna há matrícula de um aluno surdo, com 3 anos. Conversamos com a professora bilíngue que o atende. Para viabilizar nossa atividade neste local seria necessário acordar com a diretora educacional que encontrava-se em férias. Há vice direção, porém, como é comum nos Centros de 8 Educação Infantil da cidade, a gestão escolar atua em mais de uma unidade educacional e isso foi uma dificuldadepara nossa inserção. Concomitantemente, entramos em contato com o CEI Carlos Drummond de Andrade onde há matrícula de uma aluna surda de 5 anos. A professora bilíngue prontamente mediou o contato com a professora titular da sala, com a qual atua em docência compartilhada, bem como com a gestão escolar e fomos acolhidas. Observação in loco e caracterização do público-alvo Durante o mês de abril de 2019 foram realizadas visitas para observação do público-alvo: aluna surda e alunos ouvintes no contexto da educação infantil. Trata-se de uma turma de agrupamento 3 (AG3) que inclui aproximadamente 30 crianças, de 3 a 5 anos de idade, que são atendidas das 13:30h às 17:30h. O trabalho com a turma é desenvolvido em docência compartilhada entre a professora titular de sala, pedagoga, e a professora bilíngue Português/LIBRAS. Uma aluna é surda, tem 5 anos, é de família de ouvintes e não teve contato com a língua brasileira de sinais anteriormente. Os demais alunos são ouvintes. Figura 01: Atividade dirigida envolvendo pintura de pasta/portifólio. 9 Figura 02: Atividade livre na área externa: interação com galinhas inseridas no ambiente escolar na oportunidade de trabalho envolvendo o problema do aparecimento de escorpiões. Figura 03: Atividade livre em sala - cada mesa com um objeto para possível interação. Nas figuras 01, 02 e 03 são apresentados alguns tipos de atividades desenvolvidas com a turma: atividades dirigidas e atividades livres tanto no espaço da sala de aula quanto em espaço externo. 10 Figura 04: Mobiliário adaptado às crianças: mesas, cadeiras e prateleiras em altura adequada. A sala de aula possui mobiliário adaptado às crianças, com mesas, cadeiras e prateleiras em altura adequada conforme apresentado na figura 04. São mesas em formato de trapézio que são dispostas duas a duas formando mesas maiores hexagonais onde até seis crianças compartilham o espaço. Há bastante material disponível, tudo devidamente organizado em caixas plásticas transparentes. Faz parte da rotina das crianças a organização do espaço, de forma autônoma, ao final de cada atividade. Plano de ação Nosso plano é, através de aproximação, conhecer o ambiente escolar bem como a rotina, dinâmicas adotadas, iniciar uma proposta de atividade prática, a ser aplicada em sala de aula que seja formativa para alunos surdos e ouvintes, difundindo a cultura surda e que colabore com a socialização entre todos. As atividade desenvolvidas devem integrar-se ao plano de trabalho desenvolvido pelas professoras ao qual tivemos contato. É desenvolvido com a turma o tema identidade. Este está presente e é retomado em diferentes abordagens diariamente. Considerando isso, propusemos uma primeira interação através de atividade de identificação com a imagem de cada aluno. Partindo de uma fotografia de cada um, cortada em partes, propõe-se que os alunos coletivamente reconheçam-se e, posteriormente, completem sua imagem. Teremos também o nome de cada um impresso, pois alguns alunos já identificam 11 algumas letras e esta abordagem pode ser retomada também dentro da LIBRAS, oportunizando o contato com o alfabeto nesta língua. É oportuno apresentar que o nome de cada pessoa pode ser soletrado em LIBRAS, porém, a comunidade surda tem por prática dar um sinal a cada indivíduo que passará a também se apresentar pelo seu sinal. Este sinal, em geral, é marcado por uma característica que se destaque na pessoa. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Tivemos como ponto de partida desse trabalho a pesquisa bibliográfica com a elaboração de fichamento e discussões com os componentes do grupo através dos textos lidos, em artigos, livros, sites e revistas. Tomando como base a história da educação de surdos e o reconhecimento da língua de sinais marcada pela luta da comunidade surda no reconhecimento e garantia dos seus direitos. A Educação de Surdo na Europa e nos EUA Segundo STROBEL (2009) existe uma diferença entre povo surdo e comunidade surda. Povo surdo refere-se a sua cultura condizente aos costumes, história, tradições. E comunidade surda refere-se às pessoas surdas e ouvintes, como as famílias, intérpretes, professores, amigos e outros que participam e compartilham os mesmos interesses em comuns em uma determinada localização e que podem ser associação de surdos, federações de surdos, igrejas e outros. Para maior compreensão do assunto iniciaremos a partir da trajetória histórica da educação de surdos em diferentes épocas e olhares, filosófico, político, social, ideológico e pessoal. Na antiguidade greco- romana (4000 a.c.- 476 d.c.), os surdos não eram considerados seres humanos competentes, para eles a falta de comunicação oral 12 não estabeleciam uma linguagem e consequentemente o pensamento, os surdos eram confundidos com retardados mentais e privados de seus direitos, não podiam fazer testamentos e precisava de um curador. Na idade média (476 - 1453), a igreja católica proibiu os surdos de se casarem, com a crença de que os surdos não tinham condições de firmar sacramentos religiosos e por isso suas almas não eram consideradas imortais, situação que estendeu-se até o século XII. Na idade moderna (1453 -1789), o cenário na educação de surdos começa a mudar com o surgimento dos primeiros educadores de surdo. O primeiro educador relatado na história foi Pedro Ponce de León, que ensinava os filhos de nobres - contratado por seus pais para garantir que essas crianças tivessem direito às suas heranças - um marco histórico na educação de surdos, pois serviu de base e inspiração para outros educadores com o seu método de ensino da fala, leitura, escrita e filosofia. Juan Pablo Bonet (1579 – 1629) se apropriou do método de León, e em 1620 publica uma obra sobre a arte de ensinar surdos a falar, descrevendo os métodos que ele utilizava tais como o alfabeto manual, escrita, língua de sinais e manipulação dos órgãos fonoarticulatórios, os métodos de Bonet tornou-se referência para os educadores da época que acabaram disseminando por várias partes da Europa, através de vários pensadores tais como Pereire, Amman, Wallis. O trabalho apresentava foco na oralidade, mas fazia uso dos sinais e alfabeto manual. Mais tarde Pereire e Wallis desistem de ensinar a fala para os surdos, pois convenceram-se que a língua de sinais era a melhor forma de comunicação para essas pessoas. Ainda na Idade média surge também um grande educador de surdos Charles Michel de I’Epée (1712 – 1789), fundador do primeiro Instituto Nacional para Surdos-Mudos de Paris em (1760), foi o primeiro educador de surdos a reconhecer que os surdos têm uma língua e a oralização de surdos deixa de ser o foco, logo I’Epée percebe que os sinais que os surdos se apropriaram para aprender a leitura e a escrita francesa era insuficiente. Ele, então, inventa os sinais metódicos. Foi considerada uma época áurea da educação de surdos. 13 Na idade contemporânea (1789 – 1900), Thomas Gallaudet (1787 – 1851) viaja para a Europa em (1816) em busca de métodos deeducação de surdos, onde realizou estágio no Instituto Nacional para Surdos-Mudos de paris onde conheceu Laurent Clerc (1785 – 1869) que não só lhe ensinou a língua francesa como também lhe ensinou os sinais metódicos que tinham sido criados por I’Epée. Gallaudet retorna para os EUA e convida Clerc para retornar com ele e, juntos, fundaram a primeira escola pública de surdos daquele país denominada “Hartford School” em 1817. Nessa época era ensinada a língua de sinais francesa, sinais metódicos adaptados para o inglês, alfabeto manual francês, sinais dos alunos surdos norte-americanos, um grande avanço para na educação de surdos dos EUA. Mais tarde, em 1864, o filho de Gallaudet, Edward Gllaudet funda universidade de surdos Gallaudet University que até hoje é a única em todo mundo. Até 1880 a educação de surdo tinha como foco a oralização, fazendo uso de sinais como apoio (método combinado). Em setembro de 1980 houve o “Congresso de Milão” que reuniu educadores de surdos de diferentes países, apenas um educador surdo participou determinou-se que, a partir daquele dia, as escolas de surdos adotariam o “método oral puro”, com a crença de que a fala seria a finalidade da educação, abandonando o uso de sinais, em benefício do desenvolvimento da fala, e a exclusão dos professores surdos da escola de surdos. A Educação de Surdos no Brasil A história de educação de surdos no Brasil tem como o seu marco inicial com a fundação do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), fundado em 1857 no Rio de Janeiro por Dom Pedro II e Padre Huet, na época foi denominado de “Instituto Imperial de Surdos-Mudos”, funcionava no regime de internato só para meninos e recebia alunos surdos de várias partes do país, os alunos aprendiam através de sinais que eles já conheciam e traziam para o instituto e também aprendiam a língua de sinais francesa e os sinais metódicos de I’Epée usados pelo 14 padre Huet, que, por ser francês e também surdo, foi educado no instituto nacional de surdos-mudos de Paris onde aprendeu esse sistema e trouxe para o Brasil. Depois de sua formação, os alunos do INES retornavam para as suas cidades de origem, fomentando a disseminação da língua de sinais que eles aprenderam e usavam no instituto por todo o país, por isso é que hoje nós temos uma língua de sinais nacional, a LIBRAS, além disso, o INES ofertou programas de formação de professores surdos que também aprendiam a língua de sinais. Em 1929 na cidade de São Paulo é fundado o Instituto Santa Terezinha, inicialmente funcionava em regime de internato só para meninas, algumas décadas depois começaram a atender os alunos apenas em turnos e de ambos os sexos. Em termos de políticas educacionais de surdo no Brasil, podemos dizer que inicialmente a educação de surdos foi influenciada pelo método francês através do padre Huet co-fundador do INES, mas no momento posterior a educação de surdos acabou aderindo ao movimento mundial iniciado pelo congresso de Milão em 1880. O Rio de janeiro é considerado o berço da cultura surda e da língua de sinais devido ao INES, mas também em virtude de outros acontecimentos como: A Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1980 é marcado pelo início do primeiro grupo de estudo linguística da LIBRAS liderado pela professora Lucinda Ferreira Brito, primeira linguista de estudo da LIBRAS do Brasil; FENEIS – primeira entidade representativa da comunidade surda fundada em 1987; Marcha “Surdo venceremos” em setembro de 1994, onde os surdos reivindicam os seus direitos como, reconhecimento oficial da LIBRAS, direito a educação em LIBRAS e provimento de intérpretes. Essa luta que começou na década de 90 acabou se acentuando com o passar do tempo e alcançando algumas conquista nos anos seguintes tais como, Lei de LIBRAS 10.436, de 24 de abril de 2002 e anos depois o Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005 (BRASIL, 2002), que regulamenta essa lei, com o reconhecimento oficial da Língua Brasileira de Sinais/LIBRAS meio de comunicação e expressão das comunidades surda brasileira, e também a garantia da acessibilidade através da sua língua e difusão por meio do ensino; a formação do professor de LIBRAS e formação do tradutor/intérprete de LIBRAS/ língua portuguesa. 15 Um dos desdobramentos dessa legislação foi o curso de licenciatura em LIBRAS na modalidade à distância (EaD) ofertada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2006, que forneceu 500 vagas distribuídas em 9 polos por todo o Brasil, primeira vez em que um grande número de alunos surdos teve acesso ao ensino superior público no Brasil, em 2008 a UFSC ofereceu mais 900 vagas de licenciatura e bacharelado, também na modalidade à distância distribuídas em 16 polos. A Lei de LIBRAS 10.436/2002 e o Decreto nº 5.626/2005 (BRASIL, 2002), que assegura o direito do surdo à educação bilíngue vêm se esbarrando com a política educacional de inclusão de pessoas independentemente de suas particularidades que segue em direção contrária do que a comunidade surda quer. Os surdos querem ser justamente educados em uma escola de surdos, com professores bilíngues que saibam português e LIBRAS, e que eles tenham a possibilidade de conviver com outros alunos surdos. CONAE – Conferência Nacional de Educação, que aconteceu em 28 de março a 1 de abril de 2010, teve como o objetivo elaborar o plano Nacional de Educação (PNE), evento que representou um retrocesso na educação de surdos, pois não ouviram suas propostas. Das 11 propostas apresentadas pela comunidade surda, apenas 3 foram aceitas, com a crença de que as escolas de educação de surdos eram segregacionistas e estariam indo contrária a política educacional que prima pela inclusão. Em 2011 a Diretora de Políticas Públicas e Educação Especial anuncia o fechamento do INES até o final daquele mesmo ano, e o remanejamento dos alunos para as escolas comuns, causando uma revolta na comunidade surda. Em 26 de setembro de 2011 houve uma mobilização em todo o país que ficou conhecido como “Setembro Azul” dia Nacional do Surdo que teve como objetivo entranhar as lutas e emendas específicas sobre a educação dos surdos no Plano Nacional de Educação em tramitação no Congresso Nacional. 16 Escola bilíngue Explicando melhor o significado da filosofia educacional para surdos, o Bilinguismo, são dois tipos: O social - É o indivíduo ouvinte que por exemplo, mora em um certo país e fala a língua daquele país e ou o indivíduo sendo surdo, mora no Brasil e aprendeu a falar o português que é a língua oficial do país. E o individual - Que se refere ao querer do indivíduo, se ele quer aprender outras línguas, tem o seu livre arbítrio, exemplo, a pessoa ouvinte que tem interesse em aprender a língua italiana, a japonesa, a francesa etc. A LIBRAS também não é exigida, obrigatória, aprende quem tem interesse. Assim como o surdo, se tiver interesse, pode aprender outras línguas exemplo o português, quepara ele também não é obrigatória. Já o primeiro aprendizado para o surdo no Brasil é a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS - segundo idioma oficial do Brasil - se o mesmo tiver interesse é o Português, sendo assim o bilinguismo é modelo metodológico que trabalha com duas línguas no contexto escolar, a língua portuguesa (escrita) e a língua brasileira de sinais (LIBRAS). Os surdos não possuem uma linguagem materna, ele aprende com seus familiares e na escola outras filosofias educacionais exemplos; o oralismo e a comunicação total. Os surdos são ensinados a oralização e a entenderem a língua portuguesa, que é a língua da “Sociedade”. Não é um ofício fácil e muitas vezes bem lento. Toda criança surda deveria ter contato diário com um adulto surdo com habilidades em LIBRAS para melhor assimilação. Pois uma criança surda filha de pais surdos têm mais facilidade na prática da linguagem e um melhor desempenho psicológico, já a criança filha de pais ouvintes, têm maior dificuldade de assimilação e o contato com um adulto surdo, ela aprenderá mais sobre as experiências vivida por esse adulto apoderando-se da linguagem naturalmente. 17 “Pais ouvintes, para conseguirem uma boa educação para seus filhos surdos, carecem do auxílio de um adulto surdo, observando a vivência desse adulto, esses pais potencializam uma imagem positiva de si próprio que futuramente refletirá em seus filhos” segundo (Jim Kille, 1994). Adultos surdos simbolizam as regras e os modelos linguísticos da língua de sinais, língua essa própria e natural dos surdos. Eles atuam com os locutores, falantes da língua materna em linguística demonstrando para a criança os seus critérios de comunicação e suas afinidades culturais. A criança surda avançaria na língua portuguesa gradativamente, sendo aos três anos dada a maior importância à escrita, relembrando que o meio natural para o ensinamento do surdo é o visual. A boa prática das LIBRAS, julgo que não contribuirá para a pronúncia das palavras e frases da língua portuguesa, porém a sua evolução cognitiva é semelhante ao do ouvinte. Socialização infantil Relacionar-se com o outro é um capítulo básico na vida de qualquer criatura, pois para aprender seja o que for é necessário interagir para assim saber enfrentar e se resolver com o mundo. É através da interação que aperfeiçoamos a comunicação e nos situamos diante dos demais. A criança quando interage com diversas pessoas exceto seus pais, adquirirem vários benefícios. A família São os primeiros a socializarem com as crianças e é bom lembrá-los que o círculo social que as crianças vivem, não deve ser limitado à esfera familiar. É significativo que a criança se separe, afaste de seus pais ou responsáveis para assim aprender a se comunicar com outras pessoas, interagir com elas, assim com essa atitude possa torná-los menos tímidos e mais independentes e confiantes. 18 A evolução do conhecimento A evolução pedagógica de uma criança surda é um assunto que vem sendo discutido nas rodas de conversas em diversos lugares, é um assunto que gera muitas dúvidas e discussões. A escola lugar que ao mesmo tempo transforma, gera situações de análises, opiniões e julgamentos nas pessoas, e deve estruturar meios eficientes que facilite aos seus alunos o conhecimento. Pensar no outro de um jeito exclusivo de se comportar, comunicar e agir, leva a cada escola no momento atual, a procurar métodos, ferramentas, diálogos e formações que proporcione a todas as pessoas condições igualitárias, o respeito, a desigualdades social em especial a pessoa surda. Essa nova tendência faz da inclusão o ponto de partida para o progresso de uma nação distinta e inclusiva considerando cada pessoa e suas particularidades, sem afeiçoar às suas dificuldades. Em geral as instituições brasileiras quando matriculam crianças surdas, percebem que a maioria não domina a língua brasileira de sinais, a partir de então, é na escola que inicia a sua metodologia de aprendizagem e organização dos saberes específicos até mesmo a evolução do seu idioma; LIBRAS. A criança surda necessita de uma dedicação maior, visto que, precisa de diversos estímulos todos apropriados a sua deficiência especial, pois a falta desses estímulos nos seus primeiros anos de vida pode afetar o andamento natural do processo de evolução infantil, ampliando ainda mais suas dificuldades de socialização, construção de vínculos afetivos, desenvolvimento mental, psicomotor e linguístico. A inclusão destina-se como uma oferta apropriada para a comunidade escolar, que se mostra disposta a se familiarizar com as diferenças, conteudo não necessariamente satisfatório para as pessoas que têm necessidades especiais, necessitam de várias disposições que na maioria das vezes, não tem sido oferecidas pela escola. 19 Inserir o surdo é muito mais do que colocá-lo em uma sala de aula no meio dos outros alunos, é facilitar o aprender, é aperfeiçoar e encorajar o aprendizado de sua primeira língua, “LIBRAS” , é entender que a língua portuguesa para o surdo será a segunda língua em modalidade escrita e inseri-los é usar o bilinguismo com meio instrutivos visuais, formação continuada de profissionais, mudanças sociais e linguísticas. É potencializar o cidadão para que ele não se torne dependente, submisso, oprimido, como muitos acreditam, mas sim dono de características únicas, com um jeito diferente mas com competência para crescer se assim lhe for permitido mostrá-las, promovendo um ensino escolar aos estudantes para além dos limites do seu próprio mundo, de incentivá-los à ver através da língua e da etnia de outros povos A forma lúdica no processo de ensino e aprendizagem do surdo A prática recreativa no método de ensino-aprendizagem e a colaboração desta para composição do conhecimento infantil tem por finalidade exibir o valor da prática recreativa “Atividade lúdica”, na construção do aprendizado e no desenvolvimento da mentalidade, inteligência da criança surda. O lúdico evidencia uma nova forma de ensinar possibilitando facilidade de ação, na tarefa de construção de conceitos, sobre o aprendizado dos conteúdos. As brincadeiras influenciam na imaginação do aluno possibilitando que o mesmo faça descobertas. As brincadeiras e jogos são formas de distração, recreação em que estão presentes na existência de alegrias ou tristezas. Simboliza o princípio do conhecimento sobre o mundo e sobre si mesmo, colaborando para a evolução de recursos intelectuais e afetivos que ajudam no entendimento e tomada de decisões, solução de problemas e o desenvolvimento do potencial criativo. A diversidade de jogos notáveis como : ● Jogos simbólicos ou Faz-de-conta - possui grande valor no desenvolvimento social das crianças, que por meio da imitação, podem 20 compreender à distinção do eu e o outro, harmonizam o brincar do dia-a-dia por ela vivido dentro e fora do espaço escolar, sendo assim aprimorando suas identidades. Através dessasbrincadeiras a criança pode representar o universo que existe em sua cabeça, incentivando sua imaginação e simulando com o corpo o seus pensamentos, o imaginário. ● sensório-motor - tem por objetivo a repetição de gestos e movimentos simples gerando prazer no seu funcionamento exemplo: sacudir os braços, balançar objetos, emitir sons, andar, pular, correr entre outros. Esse tipo de jogo sensório-motor, começa no maternal sendo dominante até os 2 anos, mas perdurece até a fase adulta exemplo: andar de bicicleta, carro, moto. ● Intelectuais ou cognitivos - tem por objetivo fazê-los trabalhar com a cabeça, são jogos de memorização, raciocínio, atenção concentração exemplo: dominó, xadrez, sudoku, jogo da velha. ● Metafóricos - jogos voltados para transtornos bipolar ● Verbais - São jogos habituais e desenvolvidos pelas próprias crianças exemplo: Trava-língua, parlendas, jogos de rimas, todos são jogos de linguagens entre muitos outros. O brincar auxilia a criança no seu crescimento, progresso, afetivo, mental e social, visto que nas atividades lúdicas a criança cria conceitos, associa idéias, constrói relações lógicas, aprimora a locução “a fala” e a expressão corporal, fortalece a habilidade social, diminui a agressividade, integra-se na sociedade e arquiteta o seu próprio saber. Aplicação das disciplinas estudadas no projeto O projeto de pesquisa está sendo realizado a partir das disciplinas: Avaliação Educacional e da Aprendizagem, Fundamentos da Educação Infantil I e II, e Teorias da Aprendizagem 21 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO Materiais e métodos Materiais utilizados: ● câmera fotográfica (celular); ● impressão colorida de fotos; ● folhas sulfite; ● cola; ● lápis, lápis de cor, giz de cera coloridos; ● Tinta guache. Relato do desenvolvimento do projeto A preparação da atividade a ser executada consiste em tirar foto de cada aluno, imprimi-las e deixá-las cortadas em partes. Forma-se um conjunto com a impressão da foto cortada em partes e também com a impressão do nome do aluno em letra de forma maiúscula. Cada conjunto será exposto ao coletivo da turma para que seja feita a identificação de cada indivíduo. Cada aluno receberá seu conjunto. Serão estimulados a reconhecerem letra inicial do nome no alfabeto e também a aprenderem essas letras sinalizadas em LIBRAS. Na sequência, será proposto que cada um monte o “quebra cabeça” com sua foto. Há uma rotina diária no trabalho desenvolvido na escola. No momento inicial da aula a professora titular da sala recolhe todos os cadernos de recados para verificar se há alguma comunicação dos responsáveis. Enquanto ela executa essa tarefa da rotina diária, as crianças sentam-se em torno das mesas e fazem brincadeiras espontâneas. Há objetos disponíveis para manipulação: mesas com blocos de montar, mesa com pulseiras/colares/miçangas, mesa com brinquedos de salão de beleza, mesa com objetos de uma oficina de higiene bucal (figura 05). 22 Figura 05: Interação espontânea com objetos da oficina de higiene bucal. As crianças interagem bastante entre si, surgem outras brincadeiras espontâneas como adoleta. Às colegas da aluna surda explicam a brincadeira a ela: recebe o toque na mão direita e toca a mão de sua colega à esquerda. A aluna ajudante do dia começa as atividades de colaboração com a rotina da sala. Ela devolve cada caderno de recado ao seu respectivo dono. Os alunos já começam a guardar autonomamente os objetos de interação nas caixas e, com a ajuda de outros colegas, carregam as caixas até as prateleiras da sala. A professora escreve o nome da ajudante na lousa: ANA BEATRIZ. Letra por letra, apresentando também em LIBRAS. Cada aluno reproduz cada sinal, com suas dificuldades, mas sempre prontamente são auxiliados pelas professoras. Eles também relacionam as letras aos nomes de outro colegas da sala, por exemplo, “N” de Nicolas. A ajudante do dia, com mediação da professora e auxílio coletivo dos demais alunos, conta o número de meninas presentes, pega um giz e escreve na lousa o número 13, porém com o “3” espelhado. A professora titular auxilia. A professora bilíngue apresenta em LIBRAS para todos fazerem o sinal. A aluna segue contando o número de meninos, escreve 12 na lousa (com auxílio da professora e seguindo a 23 mesma dinâmica). Depois, faz 13 bolinhas com giz, seguidas por 12 bolinhas e, vão contando de 1 até 25 juntos. Após esse momento de contagem, fazem a atualização do calendário e a professora explora conceitos de número anterior e posterior: “qual dia é hoje?”, “qual dia foi ontem?”, “qual dia será amanhã?”. Tudo é acompanhado pela turma em um cartaz/calendário. O desenvolvimento do plano de ação segue com a apresentação, um a um, do conjunto de recortes da foto de cada aluno acompanhado do nome impresso. Esse reconhecimento inicial é uma atividade bastante visual, portanto a atividade não necessitou de adaptação à aluna surda. Os alunos divertem-se com o desafio dessa descoberta, ficam felizes conjuntamente quando concluem cada identificação. Há alunos que reconhecem parte das imagens e há alunos que reconhecem a letra inicial do nome impresso. A cada reconhecimento, surgem oportunidades para serem trabalhadas as letras do alfabeto em português e também em LIBRAS (figura 06). Figura 06: Alfabeto em LIBRAS fonte: google (2019) 24 É oportunizada e estimulada a colaboração entre as crianças. As letras do alfabeto e os sinais em LIBRAS são retomados. Alguns alunos com coordenação motora mais desenvolvida auxiliam os colegas na sinalização. Cada aluno monta o seu “quebra-cabeça” e cola-o em uma folha sulfite, conforme figura 07. Figura 07: Desenvolvimento da atividade proposta. Por fim, entregam as atividades que serão guardadas no portfólio e seguem para as brincadeiras espontâneas na área externa. A professora bilíngue conversa com a aluna surda, para enriquecer o repertório de sinais dela, já que LIBRAS é a primeira língua dela. A professora pergunta o que a aluna fez pela manhã, a aluna sinaliza que brincou, seguem perguntas “Quem trouxe você para a escola? Mamãe?”, “Você comeu hoje?”, e a aluna responde com sinais de a mãe estava trabalhando e que não havia comido em casa, mas sim na escola. A aluna responde pouco, mas a professora nos relatou que está entendendo cada vez melhor a língua. Nesse momento, é contada uma história, em LIBRAS, para a aluna e finalizam conversando um pouco sobre o entendimento da história. 25 PROTÓTIPO FINAL Brincadeiras da Cultura Surda “Brincadeira do Elefante” Desenvolvemos com a turma acompanhada a brincadeira do elefante. Iniciamos formando um círculo com as crianças em pé e conversando sobre as características mais notáveis em um elefante. As partes que mais chamam a atenção são a tromba e as orelhas enormes. Essa conversa acontece com a participação da professora bilíngue LIBRAS/Português. A dinâmica da brincadeira se dá da seguinte forma: ao ser apontada, a criança deve colocar asduas mãos fechadas em frente ao nariz uma sobre a outra, como a tromba do elefante; os dois colegas que estão ao lado desta criança devem colocar as mãos espalmadas, lado a lado, na orelha do escolhido como se fossem as orelhas do elefante, colocadas uma de cada lado. O ritmo aumenta e a dificuldade também obrigando as crianças a se manterem atentas para não errar a posição do elefante. Com adultos, aquele que erra e ou não está atento, sai da brincadeira, diminuindo a cada erro o número de participantes. Figura 08: Posicionamento das mãos durante a brincadeira do elefante. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=cqcJA7v65fY visitado em 04/07/2019 https://www.youtube.com/watch?v=cqcJA7v65fY 26 Figura 09: Execução da brincadeira do “Elefante” com as crianças da educação infantil da escola a qual foi realizado o projeto. “Configuração de mãos’’ da língua de sinais Para brincar: As crianças sentam em roda; Cartas ilustradas com configurações de mãos estão no meio da roda; As crianças escolhem uma carta e precisam fazer um sinal com a configuração de mãos representada. Exemplo: Essa configuração de mão pode representar informações diferentes dependendo dos parâmetro da LIBRAS: Figura 09: Exemplos de configurações de mãos da língua de sinais. Fonte: imagem google (2019) 27 O protótipo apresenta um exemplo dentre várias brincadeiras que pode ser trabalhada na escola com as crianças, em suma as crianças surdas podem brincar com qualquer tipo de brincadeira, desde que sejam adaptadas para o visual fazendo-se o uso do seu idioma (LIBRAS). CONSIDERAÇÕES FINAIS A história da educação de surdo e a escola bilíngue foi marcada pelas inúmeras lutas da comunidade surda durante muito tempo em busca de seus direitos, uma das conquistas adquiridas foi a oficialização da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), pela Lei 10.436/2002 e o decreto nº 5.626/2005 (BRASIL, 2005) que assegura a presença do tradutor/intérprete de língua de sinais em ambientes sociais diversos podendo ser públicos ou privados, garantindo o direito à educação e a escola bilíngue, porém, vêm se esbarrando com a política educacional de inclusão de pessoas independentemente de suas particularidades, o que a comunidade surda realmente almeja é que os alunos surdos possam ser educados em uma escola para surdos, com professores bilíngues que saibam português e LIBRAS e que eles possam conviver com alunos surdos, porque uma das maiores dificuldades que eles enfrentam no ambiente escolar e a socialização com outros alunos ou professores ouvintes, pois nem todos sabem o idioma da LIBRAS, por não ser obrigatório, só quem domina o idioma são os profissionais que trabalham com os surdos, o tradutor/intérprete de língua de sinais. Mediante a essas dificuldades encontradas no âmbito escolar que fomos desafiados a trabalhar o projeto integrador desse semestre através de brincadeiras e atividades práticas que possam proporcionar a maior socialização e integração entre alunos surdos e ouvintes da educação infantil. A socialização dos alunos surdos é de extrema importância para a sua inclusão na comunidade escolar, a inclusão não só ocorre com a inserção do aluno 28 surdo na escola, mas também na socialização desses alunos com toda a comunidade escolar ouvinte e não ouvinte. REFERÊNCIAS CAMPELLO, A. R.; REZENDE, P. L. F. Em defesa da escola bilíngue para surdos: a história do movimento surdo brasileiro. Educar em revista. Curitiba: Editora UFPR. Educar em revista. Edição especial n. 2 p. 71-92. 2014. MOURA, M. C. de; LODI, A. C. B.; HARRISON, K. M. R, História e Educação: o Surdo, a Oralidade e o Uso de Sinais. In: LOPES FILHO, O. de C. (Org.). Tratado de Fonoaudiologia. São Paulo: Roca, cap.1, 1997. BRASIL. Decreto-Lei 10.436, de Abril de 2002. Língua Brasileira de Sinais/LIBRAS. Brasília, 24 de abril de 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10436.htm. Acesso em: 13 jun. 2019. BRASIL. Decreto-Lei nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei 10.436, de Abril de 2002. Brasília, 22 de dezembro de 2005. Disponível: em:: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5626.htm. Acesso em: 13 jun. 2019. STROBEL, Karin, História da Educação de surdos, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2009. FIGUEIRA, A. dos S.; Material de apoio para o aprendizado de LIBRAS. São Paulo:Editora Phorte, p. 340, 2011. http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.436-2002?OpenDocument http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.436-2002?OpenDocument http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10436.htm http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.436-2002?OpenDocument http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2010.436-2002?OpenDocument http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5626.htm 29 BUENO, J. S. Crianças com necessidades educativas especiais, política educacional e formação de professores: generalistas ou especialistas? Revista Brasileira de Educação Especial, v.5, pp. 7- 25, 1999. OLIVEIRA, V. B. de. O brincar e a criança do nascimento aos seis anos. Petrópolis: Vozes, 2000. SOARES, M. A. L. A educação de surdos no Brasil. Campinas/SP: Autores Associados, 2005. SILVA, A. O aluno surdo na escola regular: imagem e ação do professor, 2003. KISHIMOTO, T. M.. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 2002. _______________. Brinquedoteca: a criança, o adulto e o lúdico. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2002.
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