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Importação e Exportação sem Complicação

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Importação & Exportação sem Complicação - 1
SUMÁRIO
2 - Paulo Narcizo Rodrigues
SUMÁRIO
PAULO NARCIZO RODRIGUES
Despachante Aduaneiro - REG. 7D.00.737
Capa e Diagramação: Flávio Simião Damasceno 
e-mail: flaviosd@gmail.com 
Copyright © 1997 / Cosimex - Publicações & Cursos de Comércio
Exterior Ltda.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - Nos termos da Lei que res- 
guarda os direitos autorais, é proibida a reprodução total ou parcial, bem 
como a produção de apostilas a partir deste livro, de qualquer forma ou 
por qualquer meio - eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos 
xerográficos, de fotocópias e de gravação - sem permissão, por escrito do 
Editor.
ISBN - 85-900542-2-5
3a. Edição
Impresso no Brasil / Printed in Brazil
mailto:flaviosd@gmail.com
Importação & Exportação sem Complicação - 3
SUMÁRIO
IMPORTAÇÃO
&
EXPORTAÇÃO
SEM COMPLICAÇÃO
4 - Paulo Narcizo Rodrigues
SUMÁRIO
Fone: (0xx17) 3302-8400 - Fax: (0xx17) 3302-8401
Rua Cândido Carneiro, 273 - Santa Cruz 
CEP.15014-200 - São José do Rio Preto SP. 
www.caribbeanexpress.com.br / e-mail: caribbean@terra.com.br
PAULO NARCIZO RODRIGUES 
Consultor de Comércio Exterior 
Despachante Aduaneiro - REG. 7D.00.737
PAULA SERRA NEGRA RODRIGUES 
Consultora e Professora de Comércio Exterior 
Despachante Aduaneiro - REG. 8D.04.354
IMPORTAÇÃO
&
EXPORTAÇÃO
SEM COMPLICAÇÃO
http://www.caribbeanexpress.com.br/
mailto:caribbean@terra.com.br
Importação & Exportação sem Complicação - 5
SUMÁRIO
Sumário
Apresentação .......................................................................................................7
Como ser um profissional de Comércio Exterior ................................................9
Habilitação da Empresa para Importar/Exportar ..............................................19
Certificado Digital e-CPF .................................................................................43
RIEX - Sistema de Registro de Informações de ..............................................45
Exportação ........................................................................................................45
Mercosul e a Integração Latino-Americana ......................................................47
Mercosul - Mercado Comum do Sul .................................................................49
Estrutura do Mercosul .......................................................................................51
Certificado de Origem .......................................................................................55
Tarifa Externa Comum - TEC ..........................................................................59
Classificação Fiscal de Mercadorias .................................................................61
NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul ....................................................63
SISCOMEX Sistema Integrado de Comércio Exterior .....................................65
Siscomex na Importação ......................................................................................67
Siscomex na Exportação ...................................................................................71
Incoterms ...........................................................................................................73
Drawback ..........................................................................................................85
Drawback Verde Amarelo .................................................................................87
Transportes no Comércio Internacional ............................................................91
Exportação ........................................................................................................93
Modalidades de Exportação ..............................................................................99
Comissão de Agente ........................................................................................101
Exportação Via Correio ...................................................................................103
Recebimento das Divisas de Exportação ........................................................105
Termos usuais em uma Carta de Crédito ........................................................109
Contratação de Câmbio ................................................................................... 111
Formação de Preço para Exportação ...............................................................113
Planilha para Formação de Preço na Exportação ............................................115
Determinação do Preço ...................................................................................117
6 - Paulo Narcizo Rodrigues
SUMÁRIO
Embarque das Mercadorias .............................................................................119
Seguro Internacional .......................................................................................121
Importação ......................................................................................................123
Impostos e Taxas que incidem na Importação ................................................127
Formação de Preço na Importação ..................................................................131
Pagamento da Importação ...............................................................................133
Recebimento das Mercadorias ........................................................................135
Amostras e Pequenas Encomendas .................................................................137
Valoração Aduaneira .......................................................................................139
Sites de Pesquisas e Informação sobre o Comércio Exterior ..........................143
Embaixadas e Consulados Brasileiros Setores
de Promoção Comercial - SECOMS ...............................................................145
Fontes de Pesquisa: .........................................................................................157
Fuso horário do Brasil em relação às principais capitais do mundo: ..............163
Modelo de Carta em Espanhol ........................................................................164
Modelo de Carta em inglês .............................................................................165
Moedas no Mundo ..........................................................................................169
Portos no Mundo .............................................................................................173
Anexos - Documentos no Comércio Exterior .................................................179
(Modelo de Fatura Pro-Forma; Packing List-Romaneio de Embar-
que; MERCOSUL; ALADI; MERCOSUL/CHILE; MERCOSUL/
BOLÍVIA; CERTIFICADO DE ORIGEM - EMIRADOS ÁRABES 
- FORM A SGP - FORM A SGP; CERTIFICADO FITOSSANI-
TÁRIO DE ORIGEM VEGETAL / DECLARAÇÃO DE ORIGEM 
ANIMAL ; CERTIFICADO HALAL; CNGA; CERTIFICADO DE 
FUMIGAÇÃO; RE - DSE - CE - LI - DI - CI - N.F. E.I. - BL - AWB 
- CRT - MIC / DTA - CARTA DE CRÉDITO - L/C; CONTRATO DE 
CÂMBIO; GUIA DE ARRECADAÇÃO ESTADUAL - ICMS; GUIA 
PARA LIBERAÇÃO DE MERCADORIA ESTRANGEIRA SEM 
COMPROVAÇÃO DO RECOLHIMENTO DO ICMS)
Importação & Exportação sem Complicação - 7
SUMÁRIO
Apresentação
 O presente trabalho tem como objetivo levar informações sobre 
as atividades que envolvem a importação e exportação, principalmente às 
pequenas e médias empresas que atuam ou desejam atuar na área, bem 
como fornecer subsídios aos estudantes de comércio exterior.
 Não iremos abordar as questões relativas ao passado, no entanto, 
aqueles que assim o desejar poderão saber mais sobre a história do comér-
cio exterior brasileiro, pois dispomos de um grande acervo já editado ao 
longo dos anos. Assim, iremos enfocar o comércio exterior no Brasil que 
fora incrementado pelo governo Collor a partir de 1990.
 Hoje, com a globalização, na qual estamos inseridos, torna-se 
imprescindível a busca por informações que envolvem o nosso negócio 
e aindaa formação de profissionais que desejam ocupar uma posição de 
destaque, seja na própria empresa, seja no mercado de trabalho.
 Fato consolidado, o MERCOSUL bloco do qual o Brasil faz 
parte juntamente com seus parceiros; Argentina, Paraguai e Uruguai, 
já demonstra uma evolução nas trocas comerciais, pois além de não 
haver a cobrança do Imposto de Importação para as transações entre 
os parceiros, o que reduz o custo das importações, no caso do Brasil e 
tornando mais competitivos nossos produtos com esses países, uma vez 
que nossos parceiros também não pagam o referido imposto quando 
importam do Brasil. Cabe salientar que o Imposto de Importação não 
irá incidir nas mercadorias originárias dos países membros do bloco, as 
quais devem ser acompanhadas do Certificado de Origem, evitando que 
haja triangulação.
8 - Paulo Narcizo Rodrigues
SUMÁRIO
 Muito se tem feito e muito ainda há por fazer, visando desbu-
rocratizar e facilitar a cada dia o comércio entre os países do Mercosul, 
principalmente com a adesão de novos parceiros e a sua fusão com outros 
blocos econômicos no futuro.
 Quanto mais países aderirem ao Mercosul e quando de fato ocorrer 
a fusão com outros blocos, o volume de importação e exportação tende a 
aumentar significativamente.
 Desta forma, toda e qualquer empresa tem que se preparar para 
importar e exportar, realizar parcerias com empresas de outros países, seja 
com Joint-Venture ou com uma representação comercial internacional.
 Vamos tratar primeiramente da exportação e em seguida da impor-
tação, dando uma visão genérica dos trâmites a serem seguidos em cada 
operação.
 Vale ressaltar que para realizar operações de importação e exporta-
ção, deve-se consultar a legislação pertinente a cada mercadoria, verifican-
do todos os detalhes para não incorrer em erros ou desgastes desnecessá-
rios, que podem gerar sérios prejuízos.
Importação & Exportação sem Complicação - 9
SUMÁRIO
Como ser um profissional de
Comércio Exterior
 O profissional de Comércio Exterior tem suas peculiaridades sendo 
que seu perfil é que irá definir uma ascendência muito rápida ou demorar 
um bom tempo para conseguir se estabelecer como tal.
 Irá depender basicamente da formação e vocação para negócios, 
pois nada mais é do que atuar como vendedor e comprador e em muitas 
vezes para terceiros, atendendo às necessidades do momento, tendo em 
vista escassez de mercado ou oportunidade comercial e financeira com o 
aumento ou queda do dólar em relação ao Real.
 Este tipo de profissional tem que atuar com parceiros dos mais 
diversos, seja interno ou internacional, ter noções de comércio exterior, 
tanto da legislação vigente quanto da parte documental. O conhecimento 
de outros idiomas é de extrema importância, principalmente o inglês que 
é a língua universal em comércio exterior, o conhecimento do espanhol é 
muito bem vindo.
 Os formandos em administração, economia, comércio exterior en-
tre outras, têm que obrigatoriamente ter noção de importação e exporta-
ção, pois a qualquer momento poderá estar de frente com uma operação 
de comércio exterior, da qual poderá surgir uma grande oportunidade de 
trabalho ou mesmo ascendência dentro da empresa que atua.
 É sabido que entre a teoria e a prática existe uma distância muito 
10 - Paulo Narcizo Rodrigues
SUMÁRIO
grande, por vezes, em comércio exterior, a prática aliada ao conhecimento 
é mais importante que a formação propriamente dita, no entanto quando se 
reúne os três elementos, formação superior, conhecimento e prática dificil-
mente este encontrará dificuldade de colocação no mercado de trabalho, mes-
mo que de início não seja diretamente ligado à importação ou exportação.
 Abaixo algumas das atividades e colocação do profissional para 
atuar com o comércio exterior:
 Departamento de exportação ou importação de uma empresa;
Compras e suprimentos / vendas;
 Agente;
 Trader;
 Consultor;
 Professor de Comex;
 Despachante Aduaneiro, autônomo, Comissária de despachos;
 Ajudante de despachante aduaneiro;
 Vendedor de serviços: fretes - Internacional/Nacional;
 Terceirização de serviços;
 Oportunidade aliada ao conhecimento, área específica;
 Comercial Exportadora e Importadora;
 Comissária de despachos.
 Dentre os requisitos necessários destaco os principais:
• Noção da legislação de comércio exterior, documentação e 
operacionalidade;
• Fluência em inglês e espanhol;
• Ser usuário de computador (Windows, Internet, Excel);
• Estar atualizado com a economia internacional;
• Conhecimento de marketing;
• Conhecimento das estatísticas de importação e exportação 
tanto interna quanto externa.
 O conhecimento de informática é uma ferramenta que auxilia 
sobremaneira o profissional de comércio exterior, pois a agilidade faz com 
que os negócios aconteçam muito rapidamente se o profissional estiver no 
caminho certo. Desde 1993 e 1997 as exportações e importações respecti-
Importação & Exportação sem Complicação - 11
SUMÁRIO
vamente são elaboradas por via eletrônica através do Sistema de Comércio 
Exterior - SISCOMEX e em breve outros controles estarão entrando em 
operação para garantir a boa ordem e evitar sonegação e evasão de divisas.
 Desde janeiro de 2007, toda empresa que importa e exporta, 
através de seu responsável legal terá que obrigatoriamente possuir o certifi-
cado digital e-CPF para realizar todas as transações relativas ao Sistema 
Integrado de Comércio Exterior – Siscomex, através da Internet.
 Atuar com o comércio exterior é uma profissão como outra qual-
quer e só irá conseguir conquistar uma posição privilegiada aquele que se 
destacar e propagar seu trabalho, que pode se dar pelo conhecimento, dis-
posição e muita persistência, o comércio internacional aumenta dia após 
dia seja com novas empresas ou com empresas em novos mercados ex-
portando e importando e que certamente precisará a cada vez mais desta 
mão de obra especializada. E é recomendado a todo e qualquer profissional 
que atue na parte operacional, financeira, contábil, compras, vendas, etc., 
o conhecimento básico sobre comércio exterior.
Depto. Exportação - Depto. Importação de uma empresa - 
Compras e suprimentos / vendas
 Dentre as atividades da empresa, a qualquer momento poderá sur-
gir à oportunidade de exportar ou a necessidade de importar matéria prima 
ou mesmo máquinas e equipamentos para melhorar a qualidade e compe-
titividade da empresa. Neste momento a direção terá que encontrar alguém 
com conhecimentos para gerir esta atividade e certamente irá procurar estas 
qualidades em seu quadro de colaboradores, assim poderá surgir um de-
partamento de importação ou exportação.
Agente
 Nesta atividade, todo aquele que reunir conhecimentos sobre co-
mércio exterior poderá estar atuando como agente, seja atendendo ao um 
pedido de uma empresa para buscar produtos ou mesmo colocar em ou-
tros mercados, ligando as pontas entre importador/exportador e vice versa, 
pelo que será remunerado de acordo com as tratativas entre as partes.
12 - Paulo Narcizo Rodrigues
SUMÁRIO
Trader
 O Trader, diferentemente da figura do agente, mas com muitas 
atividades em comum procura identificar as oportunidades para interme-
diar negócios na esfera internacional, planejando todo o processo desde 
o primeiro contato, analisando custos e legislação pertinente, seja na im-
portação ou na exportação, preparando toda logística para viabilizar as 
transações.
 O Trader está sempre participando de eventos nacionais e interna-
cionais levando e buscando os produtos para seus clientes, participando 
diretamente das negociações em nome do seu representado agindo com 
se tal fosse. Muitos Traders procuram se especializar em um determinado 
segmento, confecções, móveis, carne, entre tantos outros, de acordo com 
o conhecimento do mesmo do produto em questão.Consultor
 Atuar como consultor de comércio exterior requer conhecimento 
amplo dos mais diversos segmentos, pois terão que preparar dados es-
tatísticos, relatórios de comportamento do produto a nível internacional, 
comportamento da concorrência no mercado interno e externo, levar su-
gestões de como a empresa poderá estar exportando ou importando. É 
imprescindível nesta condição, assim como nas demais o conhecimento 
da legislação pertinente ao comércio exterior bem como sua atualização 
constante.
Professor de Comex
Existe uma carência nesta área de atuação, principalmente fora dos 
grandes centros, aquele que se propõe em ser professor de comércio exte-
rior deve ter amplo conhecimento dedicando-se a uma atividade específi-
ca ou num todo. Poderá desenvolver aulas como por exemplo:
- Práticas cambiais;
- Incoterms – Termos de Comércio Internacional;
- Legislação aduaneira;
Importação & Exportação sem Complicação - 13
SUMÁRIO
- Teoria do comércio exterior;
- Relações internacionais;
- Logística Internacional
Despachante Aduaneiro;
Ajudante de despachante aduaneiro;
 Os Despachantes Aduaneiros preparam e assinam os documentos 
que servem de base ao despacho aduaneiro, na importação e exportação, 
verificando o enquadramento tarifário da mercadoria respectiva e provi-
denciando o pagamento dos impostos de importação e sobre produtos in-
dustrializa- dos, PIS e COFINS (atualmente mediante débito automático), 
bem como o do imposto sobre circulação de mercadorias, do frete marí-
timo, rodoviário e ferroviário, da demurrage, da taxa de armazenagem e 
de capatazias, do adicional ao frete para renovação da Marinha Mercante, 
etc.. Atuam perante vários órgãos públicos vinculados a inúmeros Minis-
térios do Governo (da Saúde, da Agricultura, da Indústria e do Comércio, 
da Fazenda, e de outros), finalizando a obtenção de documentos ou infor-
mações via Siscomex necessários ao procedimento fiscal aqui referido 
(licenças de importação, registros de exportação, certificados de origem, 
certificados fitossanitários, fechamentos de câmbio, entre outros).
 O procedimento fiscal de despacho aduaneiro envolve uma série de 
conhecimentos de natureza técnica, tais como o pleno domínio da Tarifa 
Externa Comum (TEC) e suas Regras, das negociações tarifárias firmadas 
pelo Brasil, notadamente as que dizem respeito à ALADI, ao MERCOSUL 
e ao GATT (OMC), dos vários regimes isencionais e suspensivos de tribu-
tação, na área da importação e exportação (drawback, etc.), das normas 
que regem o Licenciamento e tantas outras. Trata-se, assim, de uma ativi-
dade que exige conhecimentos não só na área aduaneira, mas igualmente 
na do direito tributário, administrativo, comercial, marítimo, etc.
 Para se tornar um despachante aduaneiro o interessado terá que 
trabalhar por dois anos como ajudante de despachante aduaneiro, reque-
rer junto à Receita Federal o seu registro de ajudante de despachante e 
14 - Paulo Narcizo Rodrigues
SUMÁRIO
após dois anos poderá requer seu registro como Despachante Aduaneiro e 
filiar-se a um sindicato de classe na região onde irá operar.
 O despachante aduaneiro poderá atuar como profissional autôno-
mo ou ter uma empresa prestadora de serviços em comércio exterior, no 
caso, uma comissária de despachos aduaneiros, a qual irá precisar de 
ajudante de despachante aduaneiro, este poderá representar o despachan-
te aduaneiro em todos os atos funcionais, sendo vedado assinar autos 
de infração e termos de responsabilidades entre outros documentos da 
alfândega.
Vendedor se serviços – Frete internacional
 Regional com atuação global, uma tendência que está dando 
oportunidades para aqueles que estão longe dos grandes centros e pró-
ximo das empresas locais, oferecendo um serviço de cotação de fretes, 
marítimos principalmente, pois o rodoviário ainda é muito pequena a sua 
presença no interior, estando mais centralizados na capital, informa aos 
clientes uma diversificada programação de saídas dos principais portos e 
aeroportos brasileiros para o destino final pretendido que poderá ser um 
NVOCC ou representante comum do mesmo.
 NVOCC é a sigla em inglês de Non Vessel Operating Common 
Carrier, que podemos traduzir como uma transportadora não proprietária 
de navios para operação compartilhada.
 NVOCC operar, ele precisa ter um correspondente no porto de des-
tino, que faz o desmembramento do embarque, descarrega o container e o 
devolve ao armador, além de outros trabalhos relativos aos controles adua-
neiros demandados.
 No caso de um representante comum, pessoa física ou jurídica 
que providência as cotações de frete, informando também as previ-
sões de saídas e chegadas de navios para o transporte marítimo de car-
ga, mediante remuneração, normalmente um percentual sobre o valor 
de frete pago.
Importação & Exportação sem Complicação - 15
SUMÁRIO
Terceirização de serviços
 Existem muitas empresas, seja de grande ou peque- no porte, que 
terceirizam as atividades de importação e exportação, preferem delegar 
esta tarefa a ter que contratar e/ ou se envolver-se diretamente nas ope-
rações, desta forma pode ser uma oportunidade ao prestador de serviços 
visando oferecer toda informação necessária ao interessado.
Oportunidade aliada ao conhecimento, área específica
 É grande o número de empresas que buscam investimentos e outros 
interesses no Brasil e sempre procuram por uma mão de obra especializa-
da em determinado segmento. As oportunidades podem estar ligadas sim-
plesmente com ser um contratado para prestar serviços dentro da área de 
atuação específica onde reúne conhecimentos necessários e o domínio da 
língua do país, este poderá ser contratado como colaborador, prestador de 
serviços ou até mesmo receber um convite para uma sociedade de interesse 
de ambas as partes.
 No caso de ser uma empresa, já constituída e com atuação em 
determinada área, esta poderá receber um convite de parceria, Joint-Ven-
tures, cuja definição do termo em português é, fusão e/ou associação 
de capitais, participação acionária, transação ou operação conjunta, com 
aporte de capital ou não, neste caso poderia ser de bens ou conhecimentos 
tecnológicos.
Comercial Exportadora e Importadora
 Trata-se de uma empresa como outra qualquer na prestação de 
serviços, tendo com atividade fim comprar e vender ou mesmo atuar com 
intermediário em operações de comércio exterior. Uma empresa que neces-
site importar determinado produto ou exportar e não reúna as condições 
necessárias para tanto poderá fazer uso de uma comercial exportadora 
para receber ou mandar suas mercadorias.
 Atualmente empresas com esta denominação e atuação têm au-
mentado visando atender às necessidades e aproveitar-se da deficiência de 
16 - Paulo Narcizo Rodrigues
SUMÁRIO
outras, pois para poder atuar com importação e exportação a empresa 
terá que ter a Habilitação/Radar, junto à Receita Federal da jurisdição da 
matriz e em muitos casos encontra-se impedida devido a débitos federais 
e/ou processos administrativos, logo se aparece uma operação, seja de im-
portação ou exportação, faz uso de uma comercial exportadora.
Trading Company & Comercial Exportadora Comum
 Como já mencionado acima, uma empresa comercial exportadora 
comum é uma empresa como outra qualquer, já a Trading Company é 
uma empresa comercial exportadora, constituída de acordo com as espe-
cificações elenca- das no Decreto-lei nº. 1.248, de 29 de novembro de 1972.
 A Trading Company deve ser constituída sob a forma de sociedade 
por ações, as quais devem ser nominativas e com direito a voto e possuir 
um capital mínimo equivalente a 703.380 UFIRs. Possuir o Certificado de 
Re- gistro Especial, concedido pelo DECEX, em conjunto com a Secretaria 
da Receita Federal.
 Basicamente a diferença entre uma e outra estará na própria razão 
social, a comercial exportadora comum serásempre uma Ltda., e a Trading 
Company será sempre uma S/A, a venda de mercadorias para uma Ltda., 
ambos ficam solidários no recolhimento de impostos até que se efetive de 
fato a exportação obtendo assim a isenção, já a venda para uma Trading 
Company os impostos são automaticamente isentos.
Comissária de despachos aduaneiros
 Empresa que atua nos processos de importação e exportação, ofe-
recendo assessoria, consultoria, liberação de mercadorias no porto, aero-
porto, fronteira e correios, bem como em recintos alfandegados como Eadi, 
(Porto Seco), normalmente este tipo de empresa, quando não dispõe em 
seu quadro societário a figura do despachante aduaneiro, ou ainda quando 
se faz necessário contrata o mesmo como autônomo para exercer as fun-
ções dentro da empresa como prestador de serviços.
 A Comissária prepara toda documentação necessária, elabora pla-
Importação & Exportação sem Complicação - 17
SUMÁRIO
nilhas de custos e outras informações inerentes ao comércio exterior e dis-
põe de estrutura física para desenvolver as atividades.
 Somente poderão ser credenciadas para exercer atividades relacio-
nadas com o despacho aduaneiro, as seguintes pessoas:
1 - Despachante aduaneiro;
2 - dirigente ou empregado de pessoa jurídica representada existem empre-
sas que prestam esses serviços e não tem em seu quadro social a figura 
do despachante aduaneiro, sendo este profissional um contratado para 
estar à frente da fiscalização quando da liberação das mercadorias.
 Hoje e já há algum tempo o governo disponibiliza informações que 
auxiliam na busca de informações para realização de pesquisa de dados 
nacionais e internacionais, dos quais destaco os sites:
http://www.brasilglobalnet.gov.br - Ministério das Relações Exteriores
http://www.desenvolvimento.gov.br - Ministério do Desenvolvimento, 
Indústria e Comércio Exterior 
http://www.portaldoexportador.gov.br - MDIC
http://www.vitrinedoexportador.gov.br/
http://www.aprendendoaexportar.gov.br - MDIC 
http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br - http://aliceweb2.mdic.gov.br - 
http://www.alicewebmercosul.mdic.gov.br
http://www.apexbrasil.com.br - Agência de Promoção de Exportação
www.bb.com.br - Banco do Brasil - Negócios Internacionais - Revista 
Comércio Exterior BB
www.funcex.com.br - Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior
www.aeb.org.br - Associação de Comércio Exterior do Brasil
http://www.comexbrasil.gov.br - Portal Brasileiro de Comércio Exterior
http://www.paiipme.com.br - Pequenas e Médias Empresas – Apoio à In-
serção Internacional
http://www.desenvolvimento.gov.br/
http://www.portaldoexportador.gov.br/
http://www.aprendendoaexportar.gov.br/
http://www.apexbrasil.com.br/
http://www.bb.com.br/
http://www.funcex.com.br/
http://www.aeb.org.br/
18 - Paulo Narcizo Rodrigues
SUMÁRIO
Importação & Exportação sem Complicação - 19
SUMÁRIO
Habilitação da Empresa para
Importar/Exportar
INSTRUÇÃO NORMATIVA SRFB Nº 1.288, DE 31 DE AGOSTO 
DE 2012 - DOU 03/09/2012
Estabelece procedimentos de habilitação de 
importadores, exportadores e internadores 
da Zona Franca de Manaus para operação 
no Sistema Integrado de Comércio Exterior 
(Siscomex) e de credenciamento de seus 
representantes para a prática de atividades 
relacionadas ao despacho aduaneiro.
O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no 
uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 280 do Regimento 
Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria 
MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e tendo em vista o disposto no art. 16 
da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, e nos arts. 2º e 3º da Portaria MF 
nº 350, de 16 de outubro de 2002, resolve:
Art. 1º A habilitação da pessoa física responsável por pessoa jurídica 
importadora, exportadora ou internadora da Zona Franca de Manaus 
(ZFM), para a prática de atos no Sistema Integrado de Comércio Exterior 
(Siscomex), e o credenciamento dos respectivos representantes para a 
prática de atividades relacionadas com o despacho aduaneiro, perante a 
Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), deverão ser formalizados 
com observância do disposto nesta Instrução Normativa.
20 - Paulo Narcizo Rodrigues
SUMÁRIO
Parágrafo único. As disposições desta Instrução Normativa 
aplicam-se também aos órgãos da administração pública direta, autarquias, 
fundações públicas, órgãos públicos autônomos, organismos internacionais 
e a outras instituições extraterritoriais, bem como às pessoas físicas em 
seus próprios nomes.
CAPÍTULO I
DAS MODALIDADES DE HABILITAÇÃO
Art. 2º A habilitação, de que trata o art. 1º, será requerida pelo 
interessado, e poderá ser deferida para uma das seguintes modalidades:
I - pessoa jurídica, nas seguintes submodalidades:
a) expressa, no caso de:
1. pessoa jurídica constituída sob a forma de sociedade anônima 
de capital aberto, com ações negociadas em bolsa de valores ou no 
mercado de balcão, bem como suas subsidiárias integrais;
2. pessoa jurídica autorizada a utilizar o Despacho Aduaneiro 
Expresso (Linha Azul), nos termos da Instrução Normativa SRF nº 
476, de 13 de dezembro 2004;
3. empresa pública ou sociedade de economia mista;
4. órgãos da administração pública direta, autarquia e fundação 
pública, órgão público autônomo, organismo internacional e outras 
instituições extraterritoriais;
5. pessoa jurídica habilitada para fruir dos benefícios fiscais previstos 
na Lei nº 12.350, de 20 de dezembro de 2010; e 
6. pessoa jurídica que pretende atuar exclusivamente em operações 
de exportação;
b) ilimitada, no caso de pessoa jurídica cuja estimativa da capacidade 
financeira a que se refere o art. 4º e seus parágrafos seja superior a 
Importação & Exportação sem Complicação - 21
SUMÁRIO
US$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil dólares dos Estados Unidos 
da América); ou
c) limitada, no caso de pessoa jurídica cuja estimativa da capacidade 
financeira a que se refere o art. 4º e seus parágrafos seja igual ou 
inferior a US$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil dólares dos Estados 
Unidos da América); ou
II - pessoa física, no caso de habilitação do próprio interessado, inclusive 
quando qualificado como produtor rural, artesão, artista ou assemelhado.
§ 1º Para fins do disposto nas alíneas “b” e “c” do inciso I do caput, 
a estimativa da capacidade financeira para operações de comércio exterior 
com cobertura cambial, em cada período consecutivo de 6 (seis) meses, 
será apurada mediante a sistemática de cálculo definida em ato normativo 
expedido pela Coordenação-Geral de Administração Aduaneira (Coana).
§ 2º A pessoa física habilitada nos termos do inciso II do caput poderá 
realizar tão somente:
I - operações de comércio exterior para a realização de suas atividades 
profissionais, inclusive na condição de produtor rural, artesão, artista 
ou assemelhado;
II - importações para seu uso e consumo próprio; e
III - importações para suas coleções pessoais.
§ 3º Para fins do disposto no § 2º, considera-se produtor rural a 
pessoa física que explore atividade rural, individualmente ou sob a forma 
de parceria, arrendamento ou condomínio, comprovada documentalmente.
CAPÍTULO II
DA HABILITAÇÃO DO RESPONSÁVEL POR PESSOA JURÍDICA
Art. 3º A habilitação do responsável legal pela pessoa jurídica será 
solicitada mediante requerimento, conforme o modelo constante do Anexo 
22 - Paulo Narcizo Rodrigues
SUMÁRIO
Único a esta Instrução Normativa, apresentado em qualquer unidade da 
RFB, instruído com os seguintes documentos:
I - cópia do documento de identificação do responsável legal pela pessoa 
jurídica, e do signatário do requerimento, se forem pessoas distintas;
II - instrumento de outorga de poderes para representação da pessoa 
jurídica, quando for o caso; e
III - cópia do ato de designação do representante legal de órgão 
da administração pública direta, de autarquia, de fundação pública, 
de órgão público autônomo, de organismos internacionais, ou de 
outras instituições extraterritoriais, bemcomo da correspondente 
identificação pessoal, conforme o caso.
§ 1º Para requerimento da habilitação relativa às submodalidades 
a que se referem as alíneas “b” e “c” do inciso I do caput do art. 2º, é 
obrigatória:
I - a apresentação do contrato social e da certidão da Junta Comercial, 
além dos documentos de que trata o caput; e 
II - a prévia adesão ao Domicílio Tributário Eletrônico (DTE).
§ 2º O deferimento da habilitação de que trata a alínea “a” do inciso 
I do caput do art. 2º será realizado com base somente na verificação 
documental, não sendo aplicável a análise fiscal a que se refere o art. 4º.
§ 3º Os representantes das associações estrangeiras membros da 
Fédération Internationale de Football Association (Fifa) que participarão 
da Copa das Confederações FIFA 2013 e da Copa do Mundo Fifa 2014 
serão habilitados de ofício.
§ 4º Poderá ser habilitado como responsável no Siscomex por órgão 
público, instituição ou organismo internacional: 
I - a pessoa física com a qualificação indicada na tabela do Anexo XI 
Importação & Exportação sem Complicação - 23
SUMÁRIO
à Instrução Normativa RFB nº 1.183, de 19 de agosto de 2011, ou o 
servidor público por ela designado; e 
II - o responsável legal no Brasil por organismo internacional ou 
instituição extraterritorial, ou qualquer pessoa por ele designada. 
 § 5º Nos casos de fusão, cisão ou incorporação, a sucessora poderá 
requerer habilitação em nome da sucedida. 
Art. 4º Para fins de deferimento da solicitação de habilitação, a 
pessoa jurídica requerente será submetida à análise fiscal. 
§ 1º A análise a que se refere o caput consiste, também, em estimar a 
capacidade financeira da pessoa jurídica para operar no comércio exterior, 
relativa a cada período de 6 (seis) meses.
§ 2º A estimativa da capacidade financeira da pessoa jurídica 
determinará o enquadramento da sua habilitação em uma das submodalidades 
previstas no inciso I do caput do art. 2º.
§ 3º A estimativa da capacidade financeira da pessoa jurídica, apurada 
por ocasião da habilitação, poderá ser revista a qualquer tempo pela RFB:
I - de ofício, com base nas informações disponíveis em suas bases de 
dados; ou
II - a pedido, mediante a prestação de informações adicionais pelo 
interessado.
Art. 5º A pessoa jurídica habilitada na submodalidade “limitada” 
poderá, para fins de habilitação na submodalidade ilimitada, requerer, na 
forma do Anexo Único a esta Instrução Normativa, revisão da estimativa 
apurada na análise fiscal, apresentando documentação que ateste capacidade 
financeira superior à estimada. 
Art. 6º A pessoa jurídica requerente poderá ser intimada a regularizar 
pendências ou apresentar documentos ou esclarecimentos quando, no curso 
da análise fiscal de que trata o art. 4º, forem constatadas:
24 - Paulo Narcizo Rodrigues
SUMÁRIO
I - lacunas ou inconsistências nas informações disponíveis nas bases 
de dados dos sistemas da RFB; ou 
II - indícios de ocorrência das situações arroladas no art. 14.
§ 1º Para fins de verificação das informações, poderão ser realizadas 
diligências no domicílio fiscal do requerente ou intimada a presença, 
na unidade da RFB de habilitação, do responsável pela pessoa jurídica, 
bem como de outro sócio ou diretor, do encarregado pelas transações 
internacionais ou do responsável pela elaboração da escrituração contábil-
fiscal, para prestarem esclarecimentos. 
§ 2º Em relação às submodalidades a que se referem as alíneas “b” 
e “c”do inciso I do art. 2º, poderão ser exigidos os seguintes documentos:
I - comprovação da origem e da integralização do capital social; e
II - comprovação da existência física e da capacidade operacional da 
empresa.
§ 3º Poderão ser adotadas pela unidade da RFB de fiscalização 
aduaneira de zona secundária do estabelecimento matriz as seguintes 
providências pertinentes, conforme o caso:
I - comunicação ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras 
(Coaf) e ao Banco Central do Brasil (Bacen), nos termos do art. 3º da 
Portaria MF nº 350, de 16 de outubro de 2002, quando for detectado 
indício que possa configurar a ocorrência de crime de “lavagem de 
dinheiro” ou de ocultação de bens, direitos e valores; 
II - representação ao chefe da unidade da RFB que jurisdiciona o 
domicílio da pessoa física ou jurídica, quando detectada falta de 
recolhimento de tributos administrados pela RFB;
III - representação ao Ministério Público Federal quando constatado 
indício da prática de crime, nos termos da legislação específica sobre 
a representação fiscal para fins penais;
Importação & Exportação sem Complicação - 25
SUMÁRIO
IV - representação ao chefe da unidade da RFB que jurisdicional o 
domicílio da pessoa jurídica para fins de baixa de ofício da inscrição 
no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), quando constatado 
que a pessoa jurídica seja inexistente de fato, nos termos dos arts. 27 
e 29 da Instrução Normativa RFB nº 1.183, de 2011; ou
V - representação ao chefe da unidade da RFB que jurisdiciona o 
estabelecimento da pessoa jurídica para fins de declaração de nulidade 
do ato cadastral, quando constatado vício perante o CNPJ, nos termos 
do art. 33 da Instrução Normativa RFB nº 1.183, de 2011.
Art. 7º Será indeferido, independentemente de intimação do 
requerente, o requerimento de habilitação:
I - apresentado em desacordo com o disposto no art. 3º; 
II - instruído com declaração ou documento falso;
III - apresentado por pessoa jurídica, que deixar de:
a) atender à intimação no prazo estabelecido; ou
b) regularizar as pendências, ou de apresentar os documentos ou os 
esclarecimentos objeto da intimação; ou
IV - apresentado por pessoa jurídica contra a qual seja comprovada a 
ocorrência das hipóteses previstas nos incisos I a VII e XIII do art. 14.
CAPÍTULO III
DA HABILITAÇÃO DE PESSOA FÍSICA
Art. 8º A habilitação da pessoa física será solicitada mediante 
requerimento, conforme o modelo constante do Anexo Único a esta 
Instrução Normativa, apresentado em qualquer unidade da RFB, e deverá 
ser instruído com os seguintes documentos:
26 - Paulo Narcizo Rodrigues
SUMÁRIO
I - cópia do documento de identificação com foto;
II - instrumento de mandato do representante e cópia de seu 
documento de identificação, quando for o caso; 
III - nota fiscal de produtor rural, quando for o caso; e
IV - cópia da carteira de artesão, quando for o caso.
Parágrafo único. Será indeferido o requerimento de habilitação 
apresentado em desacordo com o disposto no caput. 
CAPÍTULO IV
DA FORMALIZAÇÃO da habilitação
Art. 9º Os requerimentos a que se referem os arts. 3º, 5º e 8º constituirão 
peça inicial do processo eletrônico (e-processo) com vistas à habilitação ou 
revisão, conforme o caso, devendo o referido processo ser encaminhado de 
imediato pela unidade da RFB de protocolo do requerimento, para análise 
da unidade da RFB de jurisdição aduaneira do requerente.
CAPÍTULO V
DA DISPENSA DE HABILITAÇÃO
Art. 10. A pessoa física ou jurídica está dispensada da habilitação 
de que trata esta Instrução Normativa para a realização das seguintes 
operações:
I - importação, exportação ou internação não sujeita a registro no 
Siscomex, ou quando o importador ou o exportador optar pela 
utilização de formulários de Declaração Simplificada de Importação 
ou Declaração Simplificada de Exportação;
II - bagagem desacompanhada e outras importações, exportações ou 
internações, realizadas por pessoa física, em que a legislação faculte 
a transmissão da declaração simplificada por servidor da RFB;
Importação & Exportação sem Complicação - 27
SUMÁRIO
III - importação, exportação ou internação realizada por intermédio 
da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) ou de empresa 
de transporte expresso internacional; ou 
IV - retificação ou consulta de declaração, caso tenha operado 
anteriormente no comércio exterior. 
§ 1º Estão dispensados da habilitação de que trata esta Instrução 
Normativa, também, o depositário, o agente marítimo, a empresa de 
transporte expressointernacional, a ECT, o transportador, o consolidador e 
o desconsolidador de carga, bem como outros intervenientes
não relacionados no art. 1º, quando realizarem, no Siscomex, 
operações relativas à sua atividade-fim. 
§ 2º Os intervenientes referidos no § 1º estarão sujeitos à habilitação 
e às demais regras previstas nesta Instrução Normativa, quando realizarem 
operações de importação, exportação ou internação da ZFM, destinadas às 
suas próprias atividades. 
CAPÍTULO VI
DO CREDENCIAMENTO DE REPRESENTANTES PARA 
ACESSO AO SISCOMEX
Art. 11. Poderá ser credenciado a operar o Siscomex como 
representante de pessoa física ou jurídica, no exercício das atividades 
relacionadas com o despacho aduaneiro:
I - despachante aduaneiro;
II - dirigente ou empregado da pessoa jurídica representada;
III - empregado de empresa coligada ou controlada da pessoa jurídica 
representada; e
IV - funcionário ou servidor especificamente designado, nos casos 
de órgão da administração pública direta, autarquia e fundação 
pública, órgão público autônomo, organismo internacional e outras 
instituições extraterritoriais.
28 - Paulo Narcizo Rodrigues
SUMÁRIO
§ 1º O credenciamento e o descredenciamento de representantes da 
pessoa jurídica para a prática das atividades relacionadas com o despacho 
aduaneiro no Siscomex serão efetuados diretamente nesse sistema pelo 
respectivo responsável habilitado, no módulo “Cadastro de Representante 
Legal” do Siscomex Web, acessível no sítio da RFB na Internet, no endereço 
http://www.receita.fazenda.gov.br => Aduana e Comércio Exterior => 
Siscomex => Acesso aos Sistemas Web).
§ 2º O credenciamento e o descredenciamento de representante de 
pessoa física poderá ser efetuado na forma do § 1º ou mediante solicitação 
à unidade da RFB de despacho aduaneiro.
§ 3º O credenciamento de que trata o § 2º poderá ser requerido 
mediante a indicação do despachante aduaneiro, na forma no Anexo Único 
a esta Instrução Normativa, acompanhado do respectivo instrumento de 
outorga de poderes, quando for o caso.
§ 4º A pessoa física com a inscrição no Cadastro de PessoaFísica 
(CPF) enquadrada em situação cadastral diferente de regular, não poderá ser 
credenciada para exercer atividades relacionadas com o despacho aduaneiro.
§ 5º A pessoa física credenciada, como representante, na forma deste 
artigo poderá atuar em qualquer unidade da RFB em nome da pessoa física 
ou jurídica que represente.
§ 6º O responsável legal da pessoa física ou jurídica, habilitado 
nos termos desta Instrução Normativa, deve se assegurar, nos termos do 
art. 810 do Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009 - Regulamento 
Aduaneiro, da regularidade do registro das pessoas credenciadas para atuar 
como despachante aduaneiro. 
Art. 12. O representante credenciado a operar o Siscomex fica sujeito 
à comprovação de sua condição à fiscalização aduaneira, quando exigido, 
relativamente ao disposto nos incisos I a IV do caput do art. 11.
§ 1º Na hipótese de o representante não dispor de poderes previstos 
no contrato social ou estatuto, deverá manter o respectivo instrumento de 
outorga para ser apresentado à fiscalização aduaneira, quando exigido.
Importação & Exportação sem Complicação - 29
SUMÁRIO
§ 2º No caso de o representante ser dirigente ou empregado da pessoa 
jurídica ou de empresa coligada ou controlada, deverá manter, além do 
instrumento de mandato referido no § 1º, cópia autenticada ou original do 
documento que comprove o exercício da função ou o vínculo empregatício, 
para apresentação à fiscalização aduaneira, quando solicitada.
Art. 13. A identificação do responsável pela pessoa jurídica, para fins 
de acesso ao módulo referido no § 1º do art. 11, será efetuada por meio de 
certificado digital emitido por autoridade certificadora, em conformidade com o 
disposto na Instrução Normativa RFB nº 1.077, de 29 de outubro de 2010. 
§ 1º Quando o responsável habilitado pela pessoa jurídica estiver 
impossibilitado de providenciar o certificado digital referido no caput, ou 
na hipótese a que se refere o item 5 da alínea “a” do inciso I do art. 2º, o 
chefe da unidade da RFB poderá autorizar o credenciamento, de ofício, de 
representante da pessoa jurídica para a prática de atividades vinculadas ao 
despacho aduaneiro. 
§ 2º Salvo a hipótese a que se refere o item 5 da alínea “a” do inciso 
I do art. 2º, para fins da autorização referida no § 1º deverá ser comprovada 
a existência concomitante de:
I - carga para importação ou exportação pendente de realização de 
despacho;
II - instrumento de outorga de poderes para o representante; e
III - motivo de força maior que justifique a impossibilidade de o 
responsável habilitado obter seu certificado digital. 
CAPÍTULO VII
DA REVISÃO E DA SUSPENSÃO DA HABILITAÇÃO E DO 
CREDENCIAMENTO
Art. 14. A habilitação do responsável por pessoa jurídica e o 
credenciamento de seus representantes serão deferidos a título precário, 
ficando sujeitos à revisão a qualquer tempo, especialmente quando:
30 - Paulo Narcizo Rodrigues
SUMÁRIO
I - a pessoa jurídica estiver com a inscrição no CNPJ enquadrada em 
situação cadastral diferente de “ativa”; 
II - a pessoa jurídica detiver participação societária em pessoa jurídica 
cuja inscrição no CNPJ esteja enquadrada como inapta; 
III - a pessoa jurídica tiver deixado de apresentar à RFB, qualquer 
das seguintes declarações:
a) Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica 
(DIPJ);
b) Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF); e
c) Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais (Dacon); 
IV - a pessoa jurídica estiver com seus dados cadastrais no CNPJ 
desatualizados, relativamente às informações constantes do 
requerimento de habilitação;
V - a pessoa jurídica estiver com a inscrição do estabelecimento 
matriz, no Sistema Integrado de Informações sobre Operações 
Interestaduais com Mercadorias e Serviços (Sintegra), se obrigatória, 
enquadrada em situação diferente de “habilitada” ou equivalente; 
VI - a pessoa jurídica possuir sócio numa das seguintes situações:
a) pessoa física, com a inscrição no CPF enquadrada em situação 
cadastral cancelada ou nula;
b) pessoa jurídica com inscrição no CNPJ inexistente ou com situação 
cadastral nula, baixada ou inapta; e 
c) estrangeiro sem inscrição no CNPJ ou no CPF, em desobediência 
ao previsto no inciso XV do caput art. 5º da Instrução Normativa RFB 
nº 1.183, de 2011, e na alínea “e” do inciso XII do art. 3º da Instrução 
Normativa RFB nº 1.042, de 10 de junho de 2010, respectivamente;
Importação & Exportação sem Complicação - 31
SUMÁRIO
VII - a pessoa jurídica indicar como responsável no Siscomex ou 
como encarregada por conduzir as transações internacionais, pessoa 
com a inscrição no CPF enquadrada em situação cadastral diferente 
de “regular”;
VIII - o responsável pela pessoa jurídica habilitada deixar de atender 
à qualificação prevista no Anexo XI à Instrução Normativa RFB nº 
1.183, de 2011;
IX - a habilitação inicial tiver sido efetuada de ofício, conforme 
previsto no § 4º do art. 17;
X - houver fundada suspeita de prestação de declaração falsa ou de 
apresentação de documento falso ou inidôneo para a habilitação;
XI - a pessoa jurídica apresentar atividade econômica de porte 
incompatível com a submodalidade ou a estimativa de sua habilitação;
XII - o responsável por pessoa jurídica tiver sido penalizado com 
sanção prevista no inciso III do art. 76 da Lei nº 10.833, de 29 de 
dezembro de 2003;
XIII - houver indícios de inexistência de fato, caracterizada quando 
a pessoa jurídica:
a) não dispuzer de patrimônio ou capacidade operacional necessários 
à realização de seu objeto, inclusive se não comprovar a origem, 
disponibilidade e transferência dos recursos do capital social 
integralizado;
b) não estiver localizada no endereço constante do CNPJ, bem como 
quando não forem localizados os integrantes do seu Quadro de Sócios e 
Administradores (QSA), seu representante no CNPJ e seu preposto;ou
c) se encontrar com as atividades paralisadas, salvo se enquadrada 
nas hipóteses dos incisos I, II e VI do caput do art. 36 da Instrução 
Normativa RFB nº 1.183, de 2011; ou
32 - Paulo Narcizo Rodrigues
SUMÁRIO
XIV - houver indício de que a pessoa jurídica tenha praticado vício 
em ato cadastral perante o CNPJ, na forma do inciso II do art. 33 da 
Instrução Normativa RFB nº 1.183, de 2011. 
§ 1º A revisão de que trata o caput será iniciada pela unidade da RFB 
com jurisdição aduaneira do estabelecimento matriz da empresa, mediante 
intimação do importador, exportador, adquirente ou encomendante, para, 
conforme os motivos que ensejaram o procedimento de revisão, regularizar 
as pendências apontadas ou apresentar documentos ou esclarecimentos, 
nos termos do art. 18 desta Instrução Normativa.
§ 2º Na hipótese do inciso XII do caput, o procedimento de revisão 
da habilitação do responsável por pessoa jurídica será efetuada por meio de 
processo administrativo instaurado nos termos do art. 76 da Lei nº 10.833, 
de 2003.
§ 3º Concluído o processo administrativo de que trata o § 2º com a 
aplicação da sanção prevista no inciso III do art. 76 da Lei nº 10.833, de 2003, 
é facultado a habilitação de novo responsável legal perante o Siscomex.
§ 4º Será exigida por ocasião da revisão de habilitação prevista no 
caput, comprovante de adesão ao DTE em atendimento ao estabelecido no 
§ 1º do art. 3º.
Art. 15. Durante o procedimento de revisão previsto no art. 14 poderá 
ser revista a submodalidade da habilitação da pessoa jurídica quando 
constatada redução da sua capacidade financeira que enseje mudança de 
limite para operações de comércio exterior com
cobertura cambial. 
Art. 16. Será suspensa a habilitação do responsável pela pessoa 
jurídica que: 
I - for intimada no curso de revisão de habilitação de que trata o art. 
14, e:
a) não atender à intimação dentro do prazo; ou 
Importação & Exportação sem Complicação - 33
SUMÁRIO
b) deixar de regularizar as pendências ou de apresentar os documentos 
ou esclarecimentos objeto da intimação; ou 
II - não substituir o seu responsável que tenha sido sancionado com a 
penalidade prevista no inciso III do art. 76 da Lei nº 10.833, de 2003.
§ 1º Na hipótese a que se refere o caput, a ficha de habilitação no 
Sistema de Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros (Radar) 
será suspensa pela unidade da RFB que concluiu o procedimento de revisão:
I - depois da ciência do fato ao contribuinte ou a seu representante, na 
hipótese do inciso I do caput; ou 
II - 5 (cinco) dias depois da ciência do interessado da decisão 
administrativa no Processo Administrativo Fiscal que constatou a 
hipótese prevista do inciso II do caput.
§ 2º A suspensão da habilitação implicará no cancelamento, no 
Siscomex, do credenciamento dos representantes para atuar no despacho 
aduaneiro e, se for o caso, da vinculação no cadastro de importadores por 
conta e ordem.
§ 3º A habilitação suspensa poderá ser reativada, mediante: I - o 
atendimento da intimação na hipótese do inciso I do caput; ou
II - a apresentação de novo requerimento de habilitação, na hipótese 
do inciso II do caput.
§ 4º Comprovada a hipótese prevista no inciso XII do art. 14, a 
pessoa física fica impedida de ser habilitada como responsável por qualquer 
pessoa jurídica, nos termos desta Instrução Normativa pelo prazo previsto 
no inciso II do art. 76 da Lei nº 10.833, de 2003. 
§ 5º Na hipótese prevista no § 3º do art. 14, a unidade da RFB que 
concluir o procedimento de revisão suspenderá as demais habilitações da 
pessoa física em questão, independentemente da jurisdição aduaneira das 
pessoas jurídicas envolvidas. 
34 - Paulo Narcizo Rodrigues
SUMÁRIO
CAPÍTULO VIII
DOS PRAZOS E DAS INTIMAÇÕES
Art. 17. A unidade da RFB de jurisdição aduaneira do requerente 
deverá executar os procedimentos relativos à análise do requerimento de 
habilitação ou de revisão no prazo de até 10 (dez) dias contados de sua 
protocolização. 
§ 1º No caso de habilitação na submodalidade expressa, o prazo 
a que se refere o caput será de 2 (dois) dias úteis, contados da data de 
protocolização do requerimento, devidamente instruído. 
§ 2º O prazo referido no caput será interrompido na hipótese de 
intimação, nos termos do art. 18.
§ 3º A habilitação será concedida de ofício, pelo chefe da unidade 
da RFB a que se refere o caput, caso os procedimentos de análise do 
requerimento não sejam concluídos no prazo fixado, independentemente 
de manifestação do interessado.
§ 4º A competência de que trata o § 3º poderá ser delegada. 
Art. 18. As intimações efetuadas no curso da análise do pedido de 
habilitação ou em procedimento de revisão serão formalizadas por escrito 
e dirigidas ao domicílio tributário eletrônico (DTE) do requerente, quando 
aplicável.
Parágrafo único. As intimações previstas no caput terão prazo de 10 
(dez) dias para seu atendimento. 
CAPÍTULO IX
Da RECONSIDERAÇÃO
Art. 19. Do indeferimento da solicitação de habilitação prevista 
nesta Instrução Normativa, caberá pedido de reconsideração, sem 
efeito suspensivo, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da ciência do 
indeferimento.
Importação & Exportação sem Complicação - 35
SUMÁRIO
§ 1º O pedido de reconsideração deverá ser apresentado na unidade da 
RFB de jurisdição aduaneira do peticionário, instruído com os documentos 
que justificam a reconsideração do indeferimento. 
§ 2º O pedido de reconsideração deverá ser decidido no prazo de 10 
(dez) dias contados de sua protocolização. 
CAPÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 20. A habilitação de pessoa física para prática de atos no 
Siscomex ou de responsável pela pessoa jurídica no Siscomex é válida por 
18 (dezoito) meses.
Parágrafo único. O prazo estabelecido no caput terá como termo 
inicial a data de deferimento da habilitação ou a data da última operação de 
comércio exterior realizada no Siscomex.
Art. 21. O indeferimento de pleito decorrente da análise de 
habilitação ou de revisão prevista nesta Instrução Normativa não impede a 
apresentação de novo pedido.
Art. 22. A distribuição de processos de habilitação para análise 
por unidade diversa da originariamente competente poderá ser feita 
pelo Superintendente Regional da Receita Federal do Brasil, avaliando 
conveniência e oportunidade, para qualquer unidade da respectiva região 
fiscal. 
Art. 23. Caso o interessado apresente requerimento de habilitação 
em mais de uma unidade da RFB, os requerimentos serão ordenados na 
unidade da RFB de jurisdição aduaneira do estabelecimento matriz, por 
data de apresentação, devendo ser analisado o 1º (primeiro), e indeferidos, 
sumariamente, os demais requerimentos. 
Art. 24. A habilitação de pessoa jurídica importadora para operação 
por conta e ordem de terceiros, de que trata a Instrução Normativa SRF nº 
225, de 18 de outubro de 2002, está condicionada à prévia habilitação da 
36 - Paulo Narcizo Rodrigues
SUMÁRIO
pessoa física responsável pela pessoa jurídica adquirente das mercadorias, 
nos termos desta Instrução Normativa.
Parágrafo único. À operação realizada por importador por 
encomenda, de que trata a Instrução Normativa SRF nº 634, de 24 de março de 
2006, aplica-se o disposto no caput, relativamente ao encomendante. Art. 25. 
A habilitação de pessoa física responsável por consórcio de empresas, de que 
trata o art. 278 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, está condicionada 
à habilitação da pessoa física responsável pela pessoa jurídica líder, conforme 
o disposto na Instrução Normativa RFB nº 1.199, de 14 de outubro de 2011.
Art. 26. A habilitação para realizar internações na ZFM exige o 
cumprimento, também, do disposto no art. 10 da Instrução Normativa SRF 
nº 242, de 6 de novembro de 2002.
Art. 27. A Coana poderá:
I - alterar o modelo de requerimento de habilitação ; e
II - editar normas complementares para aplicação desta Instrução 
Normativa.
Art. 28. Os requerimentos de habilitação protocolizados e não 
deferidos até adata de publicação desta Instrução Normativa serão 
analisados segundo as novas regras, independentemente de manifestação 
da interessada.
Art. 29. A habilitação de pessoa física ou de responsável por pessoa 
jurídica no Siscomex não
confere atestado de regularidade perante a RFB nem homologa as 
informações prestadas no requerimento.
Art. 30. Os intervenientes habilitados nas modalidades previstas 
nos itens 4 e 5 da alínea “b”,
e na alínea “d” do inciso II do caput do art. 2º da Instrução Normativa 
SRF nº 650, de 12 de maio de 2006, serão automaticamente habilitados nas 
modalidades e submodalidades previstas nesta Instrução Normativa.
Importação & Exportação sem Complicação - 37
SUMÁRIO
Art. 31. Esta Instrução Normativa entra em vigor 30 (trinta) dias 
depois de sua publicação. 
Art. 32. Fica revogada a Instrução Normativa SRF nº 650, de 12 de 
maio de 2006. 
CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO
ANEXO ÚNICO
REQUERIMENTO DE HABILITAÇÃO
INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO
QUADRO I. 
IDENTIFICAÇÃO DO REQUERENTE / INTERESSADO
Deve ser preenchido com os dados da pessoa física ou jurídica interessada.
1. Nome / Nome empresarial / Razão Social (sem abreviações): 
Preencher com o nome da pessoa física, com o nome empresarial ou 
razão social, conforme o caso. Observar a mesma grafia que consta 
do CPF ou do CNPJ.
2. CPF / CNPJ: Preencher com o número de inscrição do CPF ou do 
CNPJ, conforme o caso.
3. Código da Natureza Jurídica e descrição: Sendo pessoa física, 
preencher com a expressão “pessoa física”. Sendo pessoa jurídica, 
indicar o código da natureza jurídica da requerente, conforme consta 
no cartão do CNPJ.
4. Endereço completo do estabelecimento matriz (logradouro, nº, 
complemento, bairro, cidade, estado e CEP): Preencher com o 
endereço completo da pessoa física ou do estabelecimento matriz, 
quando pessoa jurídica.
5. Sítio da Internet (endereço da página na Internet): Preencher com 
o endereço completo do sítio da pessoa jurídica na Internet. Sendo 
pessoa física, deixar em branco.
38 - Paulo Narcizo Rodrigues
SUMÁRIO
6. Nomes e Telefones de contato (máximo 3): Preencher com até 3 
(três) números de telefone e nome de pessoa para contato, incluindo 
o código de área (DDD), no formato (DDD) NNNN.NNNN.
7. Capital Social Integralizado: Capital social integralizado: Informar 
o valor do capital social efetivamente integralizado pela empresa. 
Preencher somente se for um requerimento do tipo Habilitação, na 
modalidade Pessoa Jurídica, ou Revisão de Estimativa.
8. Opção pelo RTU: Assinalar se há ou não opção pelo Regime de 
Tributação Unificada instituído pela Lei nº 11.898, de 8 de janeiro de 
2009, e regulamentado pelo Decreto nº 6.956, de 9 de setembro de 
2009. Preencher somente se for um requerimento do tipo Habilitação, 
na modalidade Pessoa Jurídica.
9. Tipo de requerimento: Assinalar apenas uma das opções.
 Deve ser assinalada a opção Habilitação se o interessado, pessoa 
física ou jurídica, não se encontra habilitado no Siscomex. Se for 
requerimento na modalidade Pessoa Jurídica, devem ser preenchidos 
também os campos 7, 8, 10 e 11. Nas modalidades Pessoa Física, 
deve ser preenchido apenas o campo 10.
 Deve ser assinalada a opção Revisão de Estimativa se a pessoa jurídica 
interessada se encontra habilitada no Siscomex na submodalidade 
Limitada e pretende ampliar seu limite semestral ou passar para 
a submodalidade Ilimitada. Nesse caso, devem ser preenchidos 
também os campos 7, 8, 11 e 13.
 Esse tipo não se aplica a modalidade Pessoa Física.
 Deve ser assinalada a opção Alteração de Responsável Legal se a 
pessoa jurídica interessada pretende substituir, incluir ou excluir 
seu responsável legal perante o Siscomex. Nesse caso, devem ser 
preenchidos também os campos 12 e 13. Esse tipo de requerimento 
não se aplica às pessoas físicas.
10. Modalidade: Assinalar a modalidade de habilitação pretendida, 
Pessoa Física ou Pessoa Jurídica. Preencher somente se for um 
requerimento do tipo Habilitação.
11. Atividade a ser desempenhada: Assinalar qual atividade será 
desempenhada pela empresa.
Importação & Exportação sem Complicação - 39
SUMÁRIO
 Se a empresa pretende importar e exportar, deve ser assinalada a 
opção as duas opções. Preencher somente se for um requerimento do 
tipo Habilitação, na modalidade Pessoa Jurídica.
12. Tipo de alteração: Assinalar o tipo de alteração de responsável 
legal pretendida. Preencher somente se for um requerimento do tipo 
Alteração de Responsável Legal.
 No caso de Substituição, o atual responsável perante o Siscomex será 
substituído pela pessoa qualificada no Quadro III.
 No caso de Inclusão, a pessoa qualificada no Quadro III será incluída 
como responsável perante o Siscomex, em adição ao(s) atual(is) 
responsável(is).
 No caso de Exclusão, a pessoa qualificada no Quadro III será excluída 
da condição de responsável perante o Siscomex, caso esse seja o 
único responsável cadastrado no Siscomex, a habilitação da empresa 
será SUSPENSA até que um novo responsável seja indicado.
13. Processo: Informar o número do processo administrativo no qual foi 
analisado o requerimento original de habilitação. Preencher somente 
se for um requerimento do tipo Revisão de Estimativa ou Alteração 
de Responsável Legal.
QUADRO II. 
IDENTIFICAÇÃO DA SUCESSORA
 Este quadro só deverá ser preenchido quando se tratar de pedido 
de habilitação na situação em que a pessoa jurídica interessada foi 
fusionada, cindida ou incorporada. Os dados devem ser da sucessora ou 
incorporadora.
1. Nome empresarial / Razão Social (sem abreviações): Preencher 
com o nome empresarial ou razão social, conforme consta do CNPJ.
2. CNPJ: Preencher com o número de inscrição do CNPJ.
3. Código da Natureza Jurídica e descrição: Indicar o código da 
natureza jurídica da sucessora, conforme consta no cartão do CNPJ.
40 - Paulo Narcizo Rodrigues
SUMÁRIO
QUADRO III. 
IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL PERANTE O SISCOMEX
Modalidade Pessoa Jurídica:
Deve ser preenchido com os dados da pessoa física que será habilitada 
como responsável da pessoa jurídica perante o Siscomex. Só poderão ser 
admitidas como tal as pessoas físicas com a qualificação de representante 
indicada nas tabelas dos Anexos XI e XII à Instrução Normativa RFB nº 
1.183, de 19 de agosto de 2011.
Caso o requerimento seja do tipo Habilitação e a empresa pretenda habilitar 
mais de um responsável, preencher tantos quadros quantos forem os 
responsáveis a serem habilitados (utilizar as funções “copiar” e “colar”).
Caso o requerimento seja do tipo Alteração de Responsável Legal, observar 
as orientações relativas ao Campo 12 do Quadro I.
Modalidade Pessoa Física:
Preencher somente na situação em que a pessoa física a ser habilitada 
indique pessoa para, nos termos do § 3º do art. 11 desta Instrução Normativa, 
atuar como seu representante no exercício das atividades relacionadas com 
o despacho aduaneiro. Deve ser preenchido com os dados do despachante 
aduaneiro a ser credenciado. Nesse caso, é indispensável apresentar o 
respectivo instrumento de outorga de poderes (procuração).
1. Nome completo (sem abreviações): Preencher com o nome 
completo do responsável, sem abreviações.
2. CPF: Preencher com o número de inscrição do responsável no CPF.
3. Documento identidade / Órgão emissor: Preencher com o número 
da identidade e a sigla do órgão emissor.
4. Qualificação: Indicar a qualificação do responsável, conforme 
indicado nas tabelas dos Anexo XI e XII da Instrução Normativa 
RFB nº 1.183, de 2011.
5. Despachante Aduaneiro: Modalidade Pessoa Jurídica marcar 
“NÃO”. Se Modalidade Pessoa Física, marcar “SIM” somente se 
houver indicação de despachante aduaneiro.
Importação & Exportação sem Complicação - 41
SUMÁRIO
6. Endereço completo (logradouro, nº, complemento, bairro, 
cidade, estado e CEP): Preencher com o endereço completo do 
responsável.
7. Endereço eletrônico (“e-mail”): Preencher com o endereço 
eletrônico do responsável. Preencher somente no caso deconcordar 
em receber correspondência da RFB nesse endereço eletrônico.
8. Telefones de contato (máximo 3): Preencher com até três números 
de telefone para contato, incluindo o código de área (DDD).
QUADRO IV. 
IDENTIFICAÇÃO DO PROCURADOR
Preencher somente quando o pedido for protocolizado por procurador. 
Deve ser preenchido com os dados da pessoa física autorizada a 
pleitear a habilitação em nome da pessoa física ou jurídica. Nesse caso, 
é indispensável apresentar o instrumento de mandato respectivo. O 
procurador não poderá ser habilitado como responsável nos sistemas 
informatizados (Siscomex ou outros). Preencher os campos conforme 
instruções de preenchimento do Quadro III.
QUADRO V. 
DECLARAÇÃO
Ler atentamente a declaração firmada pelo responsável ou seu procurador, 
inclusive quanto à opção pelo Domicílio Tributário Eletrônico (DTE).
QUADRO VI. 
FIRMA / ASSINATURA
1. Data: Data de assinatura do requerimento
2. Assinatura: Assinar e reconhecer firma em cartório. A assinatura diante 
de servidor da RFB dispensa o reconhecimento da firma.
42 - Paulo Narcizo Rodrigues
SUMÁRIO
Importação & Exportação sem Complicação - 43
SUMÁRIO
Certificado Digital e-CPF
 Após obter a Habilitação para importar e/ou exportar, será neces-
sário que o responsável legal pela empresa obtenha o e-CPF, para que 
possa efetuar o Cadastro de Representantes Legais no Siscomex - Sistema 
Integrado de Comércio Exterior.
 Esta opção de acesso possilibilita ao contribuinte possuidor de 
certificado digital e-CPF realizar todas as transações relativas a este ser-
viço, pertencente ao Siscomex, desde que autorizadas pelo perfil ou perfis 
do sistema em que esteja previamente habilitado junto à Receita Fede- ral 
do Brasil.
 Ao utilizar este serviço, o contribuinte certificado, habilitado como 
Responsável Legal pela empresa perante a Receita Federal do Brasil, po-
derá efetuar o credenciamento no Siscomex de outras pessoas físicas que 
atuarão como Representantes Legais dessa empresa na prática dos atos 
relacionados ao despacho aduaneiro.
 O e-CPF é uma identificação eletrônica que garante a autenticidade 
e integridade do relacionamento entre o contribuinte e da Receita Fede-
ral do Brasil, assegurando a privacidade e inviolabilidade das informações 
trocadas.
 Atualmente, o e-CPF permite utilizar os serviços disponibiliza-
dos pela Receita Federal no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuin-
te – e-CAC. Você pode, por exemplo, obter cópias de declarações, efetuar 
retificações de Darf, utilizar o Siscomex e conferir a sua situação fiscal ou 
44 - Paulo Narcizo Rodrigues
SUMÁRIO
de sua empresa, sem a necessidade de comparecer pessoalmente a uma 
unidade de atendimento ao contribuinte, além do fechamento de câmbio.
Localidades para obter o e-CPF:
Serasa São José do Rio Preto, SP - (17) 4009-2600
Serasa Curitiba - (41) 4002-4004
Serpro Curitiba - (41) 3313-8282
Serasa Porto Alegre - (51) 2102-6100
Serasa Novo Hamburgo - (51) 2102-5300
Serasa Caxias do Sul - (54) 4009-3700
Serasa Passo Fundo - (54) 3313-7566
Serpro Porto Alegre - (51) 3212-6746
Serasa Florianópolis - (48) 3222-2024
Serpro Florianópolis - (48) 3231-8800
Serpro São Paulo - (11) 3229-6426
Serasa São Paulo - (11) 5591-0137
Importação & Exportação sem Complicação - 45
SUMÁRIO
RIEX - Sistema 
de Registro de Informações de 
Exportação
Visto Eletrônico na Exportação – ICMS
 RIEX – Sistema de Registro de Informações de Exportação, no 
qual a empresa terá que se cadastrar previamente para obter uma senha 
de acesso ao programa para que quando emitir uma nota fiscal de expor-
tação, seja ela direta ou indireta, a qual é desonerada de ICMS, incentivo 
para empresas exportadoras, ser gerado um formulário que deverá acom-
panhar a primeira via da nota fiscal.
Quem deve obter o Visto Eletrônico na Exportação:
 - Empresas que exportam diretamente ao exterior;
 - Empresas que vendem seus produtos à comercial exportadora, com 
fim específico de exportação;
 - Empresas que recebem produtos de outras para exportação.
 O Visto Eletrônico será obrigatório mesmo que os produtos sejam 
exportados por outro estado que não de São Paulo.
 Trata-se de mais uma burocracia para as empresas exportadoras 
do estado de São Paulo, tendo em vista que a Secretaria de Arrecadação 
Estadual irá gerenciar mais rapidamente o recolhimento de ICMS, pois até 
o momento a empresa que emite uma nota fiscal para exportação e não 
46 - Paulo Narcizo Rodrigues
SUMÁRIO
realiza de fato a operação só receberá uma fiscalização num período de até 
dois anos, momento em que poderá não existir mais. Com o advento do 
RIEX o controle será com prazo muito inferior.
SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGOCIOS DA FAZENDA COOR-
DENADORIA DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA - CAT DIRETORIA 
EXECUTIVA DA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA - DEAT SUPERVI-
SÃO DE COMÉRCIO EXTERIOR - DEAT - COMEX
Sistema de Registro de Informações de Exportação
Extrato do comprovante de Registro de Informações
Visto eletrônico concedido em DD/MM/AAAA pela Supervisão de Comér- 
cio Exterior - DEAT-COMEX, nos termos do artigo 1° da Portaria CAT 50, 
de 21/06/2005.
CNPJ: 69.120.301/0001-20
Nota Fiscal: 1252
Série: U
Data de emissão: 20/03/2006
Valor Total da nota: R$ 2550,00
Código: 5020324238
Fig. 11 – Modelo de extrato do comprovante de Registro de Informações
 Para fazer o cadastro a empresa terá que acessar o endereço eletrô-
nico http://www.fazenda.sp.gov.br, e seguindo o roteiro SERVIÇOS / VIS-
TO ELETRÔNICO - EXPORTAÇÃO / REGISTRO DE INFORMAÇÕES 
/ CADASTRA ESTABELECIMENTO.
 Após o cadastro, com a senha poderá acessar o site, preencher o 
formulário para gerar o Visto Eletrônico, seguindo as instruções no Guia 
do Usuário, que esta disponível no site para download, que após será 
impresso em papel A4, anexando à nota fiscal de exportação.
http://www.fazenda.sp.gov.br/
Importação & Exportação sem Complicação - 47
SUMÁRIO
Mercosul e a Integração
Latino-Americana
 O Tratado de Assunção, assinado em Março de 1991, estabele-
ceu o processo de transição para a criação do Mercado Comum entre 
o Brasil, a Argentina, o Uruguai e Paraguai, União Aduaneira que en-
trou em vigor a partir de 01 de Janeiro de 1995, tornando-se assim a 
quinta maior economia mundial depois dos Estados Unidos, da União 
Européia, do Japão e da China.
 Na década de 60, tivemos a ALALC - Associação Latino 
Americana de Livre Comércio, visando um mercado comum, mas 
em face a uma série de dificuldades e à sua rigidez com as listas 
comuns e com os prazos de redução tarifária, fatos que impediam 
a integração regional, posteriormente evoluindo em 1980 para a 
ALADI - Associação Latino-Americana para Desenvolvimento e a 
Integração, procurando superar a estagnação em que se encontrava 
a ALALC.
 Através das listas Nacionais, os integrantes da ALADI, Argenti-
na, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Peru, 
Uruguai, Venezuela, promoviam o livre comércio entre os Estados 
Membros com reduções tarifárias de preferências percentuais, através 
de acordos de alcance regional com a participação de todos os países, 
ou acordos de alcance parcial com a participação de alguns países, re-
duzindo assim o imposto de importação a pagar quando as mercadorias 
tinham como procedência um país da ALADI.
48 - Paulo Narcizo Rodrigues
SUMÁRIO
 Tanto a ALALC quanto a ALADI, tiveram uma importância fun-
damental na criação do Mercosul que ficou definido com o Tratado de 
Assunção, entrando em pleno vigor em 01 de Janeiro de 1995.
 O Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai, constituem-se em 
Zona de Livre Comércio e uma União Aduaneira, o que assegura aos pro-
dutos originários dos quatro países membros, circularem dentro do territó-
rio do MERCOSUL com tarifa de imposto de importação zero.
 A Tarifa Externa Comum - TEC, torna-se obrigatória nos quatro 
países, ou seja qualquer produtoimportado de terceiros países, terá uma 
alíquota de imposto de importação comum aos quatro países.
 O Brasil consolidou em uma única relação a “Lista Básica de Con-
vergência de Bens de Capital; a Lista de Convergência do Setor de 
informática e Telecomunicações; a Lista Básica de Exceções à TEC”, 
onde estão indicados os esquemas de convergência que lhes serão aplica-
dos, até que se alcance a alíquota definida na TEC.
 Regime de Adequação implica na Lista de Produtos que necessita 
de um tratamento tarifário, para o comércio intraregional, tendo duração de 
quatro anos para o Brasil, com reduções lineares e automáticas até alcançar 
alíquota zero. Através do Decreto 1.724 de 04/12/95, o governo brasi-
leiro fixou as alíquotas incidentes sobre produtos originários e procedentes 
dos Estados-Partes do MERCOSUL, dando eficácia no plano interno ao 
Regime de Adequação Final à União Aduaneira.
 O MERCOSUL, constitui-se em importante bloco econômico, ten-
do dispertado interesse de outros blocos para a formação de outros com 
ampliação, a exemplo dos americanos com a ALCA - Área de Livre Co-
mércio das Américas, reunindo 34 países e a União Européia com 15 paí-
ses.
Importação & Exportação sem Complicação - 49
SUMÁRIO
Mercosul - Mercado Comum do Sul
Antecedentes:
ALALC - 1960 - ALADI - 1980
Países Membros:
Argentina - Bolívia - Brasil - Colômbia - Chile - Equador - México - 
Paraguai - Peru - Uruguai - Venezuela
MERCOSUL: Tratado de Assunção 26/03/91
01/01/1995 - União Aduaneira entre: Brasil, Argentina, Paraguai e 
Uruguai
Conceitos Básicos:
Livre Circulação de Produtos; 
Livre Circulação de Serviços; 
Livre Circulação de Pessoas; 
Livre Circulação de Capitais;
Taxas Alfandegárias Externas comuns aos quatro países; 
Política Comercial comum em relação a outros países; 
Políticas Educacionais, Trabalhistas e Culturais compatíveis; 
Políticas e Legislações gerais compatíveis;
200 milhões de pessoas.
50 - Paulo Narcizo Rodrigues
SUMÁRIO
Importação & Exportação sem Complicação - 51
SUMÁRIO
Estrutura do Mercosul
CONSELHO DO MERCADO COMUM
 O Conselho do Mercado Comum é órgão superior do Mercado Co-
mum, correspondendo-lhe a condução política do mesmo e a tomada de 
decisão para assegurar o cumprimento dos objetivos e prazos estabelecidos 
para a constituição definitiva do Mercado Comum. Composto pelos Minis-
tros das Relações Exteriores e os Ministérios de Economia dos Estados-
-Partes.
 Suas Reuniões dar-se-ão de acordo com a necessidade, e pelo me-
nos uma vez por semestre e as fará com a participação dos Presidentes dos 
Estados-Partes.
 Suas funções são a de velar pelo cumprimento do Tratado de As-
sunção, de seus protocolos e acordos firmados. Formular políticas e pro-
mover ações necessárias para a consolidação do Mercado Comum, nego-
ciar e firmar acordos, em nome do Mercosul, com terceiros países, grupo 
de países e organismos internacionais, funções que poderão ser delegadas 
ao Grupo Mercado Comum, conforme estabelecido no Tratado.
 Pronunciar-se sobre as propostas levadas pelo Grupo Mercado Co-
mum, criar reuniões de ministros e pronunciar- se sobre os acordos remeti-
dos pelas mesmas, aclarar quando necessária, o conteúdo e alcance de suas 
decisões, designar o Diretor da Secretaria Administrativa do Mercosul, ho-
mologar regimento interno do Grupo Mercado Comum.
52 - Paulo Narcizo Rodrigues
SUMÁRIO
 O Conselho Mercado comum se pronunciar-se-á mediante deci-
sões, as que sejam obrigatórias para os Estados- Partes.
GRUPO MERCADO COMUM
 O Grupo Mercado Comum é o órgão superior do Mercado Comum, 
sua coordenação está a cargo do Ministério das Relações Exteriores.
 Tem como funções, velar pelo cumprimento do Tratado, tomar pro-
vidências com relação as decisões adotadas pelo conselho, propor medi-
das concretas tendentes à aplicação do Programa de Liberação Comercial, 
à coordenação de políticas macroeconômicas e à negociação de Acordos 
frente a terceiros e assegurar avanços para o estabelecimento do Mercado 
Comum.
 O Grupo Mercado Comum está integrado por quatro membros ti-
tulares e quatro membros alternos por país, que representam os seguintes 
órgãos:
- Ministério das Relações Exteriores;
- Ministério da Economia ou seus equivalentes (Áreas de Indústrias, 
Comércio Exterior e/ou Coordenação Econômica);
- Banco Central.
Subgrupos de Trabalho do Grupo Mercado Comum:
Subgrupo 1 : Comunicações
Subgrupo 2 : Mineração
Subgrupo 3 : Regulamentos Técnicos 
Subgrupo 4 : Assuntos Financeiros 
Subgrupo 5 : Transportes e Infra-estrutura 
Subgrupo 6 : Meio Ambiente
Subgrupo 7 : Indústria 
Subgrupo 8 : Agricultura 
Subgrupo 9 : Energia
Subgrupo 10 : Assuntos Trabalhistas, Emprego, e Segu-
ridade Social
Importação & Exportação sem Complicação - 53
SUMÁRIO
SECRETARIA ADMINISTRATIVA DO MERCOSUL
 Tem como objetivo, servir de arquivo oficial, realizar publicações 
e definir as normas adotadas do Mercosul. Realizará e coordenará com Es-
tados-Partes as traduções autenticas nos idiomas Espanhol e Português, 
as decisões adotadas pelos órgãos da estrutura internacional do Mercosul 
e a edição do Boletim do Mercosul. Organizar os aspectos logísticos das 
reuniões do CMC e CCM quando as mesmas se realizarem em sua sede 
permanente, no que se refere a reuniões fora de sede proporcionará apoio 
ao Estado em que se realize a reunião.
 Órgão encarregado de registrar as Listas Nacionais, desempenhar 
as tarefas que sejam solicitadas pelo GMC e da CCM, elaborar projetos, e 
uma vez aprovados pelo GMC, praticar todos os atos necessários para sua 
execução, apresentar relatório das contas ao GMC, assim como informe de 
suas atividades. A Secretaria Administrativa do Mercosul está a cargo de 
um diretor, que terá nacionalidade de um dos Estados-Partes, sua sede está 
em Montevidéu.
COMISSÃO DE COMÉRCIO DO MERCOSUL
 Órgão encarregado de assistir ao Grupo Mercado Comum, aplican-
do os instrumentos de política comercial comum, acordados pelos Esta-
dos-Partes para o funcionamento da união aduaneira, assim como efetuar 
o segmento e revisar temas e matérias relacionados com as políticas co-
merciais comuns, com o comércio intra-mercosul e com terceiros países. 
Sua coordenação está a cargo dos Ministérios das Relações Exteriores dos 
Estados-Partes, realizará reuniões pelo menos uma vez por mês ou sempre 
que solicitado pelo GMC ou por qualquer Estado-Parte.
 Está a seu encargo, pronunciar-se sobre as solicitações apresentadas 
pelos Estados-Partes com respeito ao cumprimento da Tarifa Externa Co-
mum - TEC e demais instrumentos de política comercial comum, analisar 
a evolução desses instrumentos para o funcionamento da união aduaneira e 
formular propostas a este respeito ao Grupo Mercado Comum.
 Tomar decisões vinculadas à administração e aplicação da TEC, 
54 - Paulo Narcizo Rodrigues
SUMÁRIO
e dos instrumentos de política comercial adotados pelos Estados-Partes, 
propor ao GMC novas normas ou modificações das normas existentes em 
matéria comercial e aduaneira do Mercosul, revisão das alíquotas de itens 
específicos da TEC, inclusive contemplar casos referentes a novas ativida-
des produtivas no âmbito do Mercosul.
FORO CONSULTIVO DO MERCOSUL
 O Foro Consultivo participará do processo de integração fazendo 
recomendações ao Grupo Mercado Comum, órgão executivo do Mercosul, 
e é composto por entidades representativas de empresariado e de trabalha-
dores.
COMISSÃO PARLAMENTAR CONJUNTA
 Órgão representativo dos Parlamentares dos Estados- Partes no 
Mercosul, objetivando acelerar interesses e harmonizar as legislações e 
maximizar temas prioritários. A Comissão Parlamentar remeterá recomen-
dações ao Conselho do Mercado Comum por intermédio do Grupo Merca-
do Comum.
Importação & Exportação sem Complicação - 55
SUMÁRIO
Certificado de Origem
 Para beneficiar-se das reduções e restrições outorgadas entre os pa-
íses membros do MERCOSUL, as exportações deverão

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