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Araceli Thomaz – Cirurgia do trauma TRAUMA ABDOMINAL Grandes partes das mortes evitáveis são relacionadas à choque hipovolêmico, ou seja, muito relacionado a perda sanguínea no abdome. Introdução Sede frequente de traumas 1. Contusos ou fechados Vísceras parenquitomatosas mais lesados – baço e fígado 2. Penetrantes PAF, PAB Violação da cavidade peritoneal > indicação de laparotomia Fígado; intestino delgado, estômago Limites anatômicos Observações: Inspiração, diafragma desce Expiração, diafragma aumenta, ou seja o abdome aumenta Parte dorsal Posterior e lateral - mm mais amplas, ferimentos penetrantes, tem um caminho maior para adentrar do que a parede posterior. Compartimentos: Cavidade abdominal\retroperitônio Cavidade pélvica Araceli Thomaz – Cirurgia do trauma Mecanismos de trauma: Contuso ou fechado Clínico 60% dos casos Vísceras parenquitomosas com maior frequência Baço - 25 a 45% Fígado Sangue - irrita muito a cavidade peritoneal, muitas vezes a repercussão clínica, não é localizada e sim sistêmica. Trauma penetrante Projéteis de arma de fogo Int. Delgado - 30 a 50 % - mais acometido Estômago - 20% Penetrou a cavidade peritoneal = indicação de laparotomia Únicas possíveis exceções: 1. Lesões tangenciais no QSD do abdome no paciente ESTÁVEL clinicamente, em que pode-se adotar conduta expectante. 2.Feridas na transição tóraco-abdominal, sem irritação peritoneal, com exame do abdome normal, indica-se a Laparoscopia. Ferimento por arma branca Fígado - 30 a 40% - mais acometido Evisceração, peritonite ou instabilidade = Laparotomia Sem evisceração, instabilidade ou peritonite = depende da localização *exploração digital Avaliação inicial Exame clínico é fundamental Abdome está no item C - choque Avaliação hemodinâmica 1ª pergunta a se fazer: Paciente chocado - tem hemoperitônio? pct pode chegar tanto com um quadro clínico bem específico, entretanto, quando nao esta bem definido, podemos ter: Necessidade de saber indicar laparotomia Lavado peritoneal dx FAST Medidas auxiliares Araceli Thomaz – Cirurgia do trauma 1. Sonda vesical - melhor parâmetro para saber se estar bem perfundido, a contraindicação é quando houver trauma retal, para saber se tem, necessário fazer toque retal 2. Sonda gástrica, reflexo vasal, pela distensão gástrica Exames diagnósticos 1. Radiologia simples Rx de abdome - paciente estável - exame secundário Rx de exame primário - tórax AP e Rx de bacia Utilidade (paciente estáveis): Pneumoperitônio Trajeto de projéteis Exames contrastados Urografia excretora Uretrocistografia - trauma pélvico Paciente instável: 2. Lavado peritoneal diagnóstico Incisão infraumbilical Incisão supraumbilical - grávidas\trauma pélvico Cateter dentro do peritôneo, a qual será aspirado, se vier: 1. Sangue que não coagula - positivo 2. Líquido sem definição: Irrigação de SF na cavidade 10ml\kg de soro - cças 1000 ml - adultos Espera um pouco e captura o líquido, resultado de exame com: Alta sensibilidade, porém com baixa especificidade Contraindicação absoluta Laparotomia já indicada Relativas - cirurgia prévia, obesidade, coagulopatia, gravidez. 3. Usg Sala de trauma - ultrassom FAST Focado em procurar líquido em cavidade *colocar slide 4. Tomografia Específico e não invasivo NÃO É PARA SER FEITO EM EXAME PRIMÁRIO Paciente estável hemodinamicamente Contraindicações - instabilidade hemodinâmica, alergia ao contraste, não colaboração do paciente, demora Limitações em lesoes GI - fígado, baço e rim *colocar slide Indicações de cirurgia 50 a 60% vítimas de feridas penetrantes Formais: Hipotensão Peritonite Evisceração Positividade nos exames Dúvida - exame físico seriado Ferimentos penetrantes no dorso - estáveis tomo com triplo contraste Araceli Thomaz – Cirurgia do trauma observação clínica Exploração digital? PAFs tangencias - laparoscopia? Ferimento no tórax inferior Rx - laparoscopia - toracoscopia Estão estáveis? TRAUMA FECHADO Trauma contuso Estáveis versus instáveis Órgãos mais acometidos: Baço 40 a 55%; Fígado 35 a 45%; Intestino delgado 5 a 10 1. Estável - avaliação repetida\Tc com contraste oral e venoso 2. Instável Outra causa de choque? Não? laparotomia Sim? LPD\FAST - o positivo = laparotomia o Negativo = reavaliação FAST FOCUSED ASSESMENT WITH SONOGRAPHY FOR TRAUMA – 1. Espaço sub-hepático (hepato-renal) 2. Espaço subdiafragmático e (espleno-renal) 3. Pelve 4. Pericárdio Lavado peritoneal diagnóstico: - Cateter na cavidade peritoneal, através de incisão infra umbilical. Positivo se: 1. Retorno de 10 ml nas aspiração inicial 2. Hemácias > 100.000/mm³; Leuc. > 500/mm³, amilase >175 UI/L, bile ou fibra alimentar. * Infundir 1000 ml de SF. Retorno de 200 ml, no mínimo. Araceli Thomaz – Cirurgia do trauma Repercussões clínicas de gravidade 1. Hipotermia 2. Acidose metabólica 3. Coagulopatia Alta chance de óbito pela falência metabólica, logo a intervenção cirúrgica necessita ser rápida - diminuir as alterações fisiológicas pelo choque, fazer o controle de dados, para posteriormente executar o tto definitivo. Damage control - controle da hemorragia Prevenção da contaminação Cirurgia de controle de danos Indicações clássicas 1. pH = <7,2 2. Temp. axilar= <32C 3. Transfusões múltiplas > 10ui conc. hemácias Princípios técnicas: Acesso xifopúbico Empacotamento dos 4 quadrantes Acesso ao retropeirtonio - grandes vasos que sangram Exame rápido Realização do indispensável - evitar contaminação e fazer hemostasia - evitar anastomoses, proteses, shunts e etc. Acesso ao retroperitônio - Cattell e Mattox Garroteamento do pedículo hepático Manobra de Pringle Fechamento de parede Necessidade de reintervenção Sd. compartimental - aumento da pressão da cavidade abdominal, dano em relação a fisiologia vascular, como há a compressão dos grandes vasos, diminuindo a pré-carga e assim diminuindo o debito cardíaco, muitas vezes a bolsa de bogotá, favorece a estabilidade do pct. Araceli Thomaz – Cirurgia do trauma Hematomas retroperitoneais Araceli Thomaz – Cirurgia do trauma Araceli Thomaz – Cirurgia do trauma PRINCIPAIS MANOBRAS CIRÚRGICAS Baço Órgão mais lesado no trauma fechado; Classificado de I a V; Lesão I e II – Tto clínico. Ht e TC por 2 a 3 dias Lesão III e IV – Arteriografia com embolização Lesão V – Laparotomia. Tomografia é importante Paciente estável - lesão esplênica Cuidado com estes pacientes* - função imunológica cai, por trauma esplênico e a chance de pneumonia é alta Fígado Param espontaneamente; Várias manobras de cirurgias: suturas, balão, tampões de peritônio, ressecção segmentares, etc. Um dos órgãos mais lesados; Classificados de I a VI; I a III pode ser tratado conservadoramente, se estabilidade hemodinâmica, ECG normal, menos de 2 concentrados de hemácias; Monitorização em UTI, se tratamento conservador, com ht e hg seriados e TC de controle. Trauma vesical Tto de lesões urinárias Diagnóstico por cistografia; Rim - rafias\nefrectomia total ou parcial * perguntar se tem outro rim? Ureter - debridamento - faria ou anastomose duplo J Bexiga estraperitoneal - conservador SVD por 2 semanas, sem rafia primária Bexiga intraperitoneal - Laparotomia e rafia primária da bexiga. Araceli Thomaz – Cirurgia do trauma TNO = Tto nao operatório Principais indicações: Reconsideração - alteração de níveis hematimétricos, peritonite, queda de consciencia Lesões hepáticas Possibilidade de arteriografia Diagnóstica Terapêutica Hemobilia - sangramento hepatico saindo pelos canais biliares - arteriografia
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