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Inclusão de Autistas no Ensino Regular

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AUTISMO
Mariele Benedet de Lima
Resumo
O presente artigo pretende abordar sobre o autismo, bem como a inclusão de pessoas que apresentam necessidades especiais em escolas de ensino regular que de fato é um grande desafio, na qual, todos os alunos sejam eles deficientes ou não devem estar incluídos nas salas de aulas, e receber um ensino com qualidade. Sendo assim, se faz necessário que a escola reflita sobre esse novo conceito de ensino, e realize algumas mudanças necessárias no trabalho pedagógico da escola, para que mantenha a convivência dos autistas com os demais alunos. Desta forma, acredita-se que essa inclusão relacionada aos autistas e os demais alunos é uma forma de acabar com as desigualdades existentes em nossa sociedade, e garantir o direito ao ensino com qualidade. 
Palavras-chave: Inclusão. Autistas. Ensino regular. Professores. Processo ensino-aprendizagem.
1. Introdução
O presente artigo realizado com base em revisões bibliográficas aborda sobre o autismo bem como as dificuldades encontradas por eles no momento da aprendizagem, e tem como objetivo relatar com base na literatura existente sobre o autismo, sua inclusão no contexto escolar, o que as escolas de Educação Infantil podem oferecer a estas crianças, bem como as necessidades de investir na formação de mais professores para atendê-los, devido às dificuldades enfrentadas pelos professores. A pesquisa fundamenta-se em diversos autores que apresentam sobre os transtornos e contextualizam sobre as necessidades enfrentadas por cada um, sendo fundamental discutir e ajudar na contribuição para que as crianças possam ser valorizadas e aceitas além de sua necessidade. 
2. O AUTISTA EM RELAÇÃO AO ENSINO-APRENDIZAGEM
A alguns anos atrás o autismo era mais encontrado nas famílias que possuíam problemas afetivos, desta forma, por muito tempo consideravam que ele estava relacionado a problemas psicodinâmicos, devido à falta de bons testes médicos para indicar o motivo do problema. Porém, devido os avanços alcançados pela medicina, foi possível definir o autismo corretamente. 
Segundo Orrú (2012, p. 21) “Uma síndrome comportamental com etiologias múltiplas e curso de um distúrbio de desenvolvimento [...], é uma disfunção orgânica e não um problema dos pais [...] e é de origem biológica”. 
	Devido a evolução das causas do autismo, foi possível relacionar e consequentemente promover uma melhor interação do indivíduo com o ambiente. 
	Segundo Silva (2012, p. 109): 
Para crianças com autismo clássico, isto é, aquelas crianças que tem maiores dificuldades de socialização, comprometimento na linguagem e comportamentos repetitivos, fica clara a necessidade de atenção individualizada. Essas crianças já começam sua vida escolar com diagnóstico, e as estratégias individualizadas vão surgindo naturalmente. Muitas vezes, elas apresentam atraso mental e, com isso, não conseguem acompanhar a demanda pedagógica como as outras crianças. Para essas crianças serão necessários acompanhamentos educacionais especializados e individualizados. (SILVA, 2012, p. 109) 
O autismo pode ser desenvolvido por meio de diferentes formas e intensidades, atualmente ele é denominado como uma alteração no sistema cerebral, de ordem neurobiológica, que consequentemente perdurará no decorrer da sua vida, sua nomenclatura atual é Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). De acordo com ROTTA, 2007, p. 427:
Hoje, sabe-se que o autismo não é uma doença única, mas sim um distúrbio de desenvolvimento complexo, que é definido de um ponto de vista comportamental, que apresenta etiologias múltiplas e que se caracteriza por graus variados de gravidade (ROTTA, 2007, p. 423).
Pois, esses fatores afetam o modo como se comunicam e também como se comportam. Para o autismo não há uma cura definida, pois não é considerada como uma doença, e sim uma condição neurológica. Silva (2012, p. 22) relata que: 
Pessoas com autismo apresentam muitas dificuldades na socialização, com variados níveis de gravidade. Existem crianças com problemas mais severos, que praticamente se isolam em um mundo impenetrável; outras não conseguem se socializar com ninguém; e aquelas que 19 apresentam dificuldades muito sutis, quase imperceptíveis para a maioria das pessoas, inclusive para alguns profissionais. Estas últimas apresentam apenas traços do autismo, porém não fecham diagnóstico. (SILVA, 2012, p. 22)
O autismo provém de Perturbações do desenvolvimento neurológico, geralmente, começam a ter comportamentos repetitivos, dificuldades em interagir no meio social o que faz muitos se isolarem e evitar o contato, e também dificuldades na comunicação, seja para transmitir o que sente como também entender as intenções dos outros. Bosa (2007), descreve o seguinte: 
Os déficits de linguagem seriam uma consequência da incapacidade destas crianças para se comunicarem com outras pessoas a respeito de estados mentais; os distúrbios no comportamento social refletiriam a dificuldade em dar um sentido ao que as pessoas pensam e ao modo como se comportam (BOSA, 2007, p.4).
Vale ressaltar, que a genética, os fatores ambientais, dificuldades no momento do parto ou também na fase do período neonatal podem ajudar no desenvolvimento das causas do transtorno, onde os sintomas do autismo geralmente se manifestam até os três anos de idade. Cada indivíduo afetado pelo TEA possui comportamentos de modo e grau diferente, de forma individual. 
Visto que, a causa concreta do que causa o autismo ainda não foi totalmente definida, sendo assim, como forma de prevenção todas as gestantes devem ter cuidados com a ingestão de álcool, fumo ou certos remédios. 
Como forma de tratamento para os autistas eles precisam ser acompanhados por psicólogos, fonoaudiólogos, psiquiátricos, fisioterápicos, neurológicos e também os nutricionistas. Vale ressaltar que as práticas terapêuticas também é uma forma de tratamento que os ajudam muito. Assim sendo, os sintomas podem ser reduzidos com a ajuda destes tratamentos. 
Da mesma forma que a família assim como os professores têm um papel fundamental na vida desses indivíduos, porém, ainda existe uma grande escassez de profissionais especializados para atendê-los. É necessário comprometimento, sacrifícios e muita dedicação de ambas as partes para que seja alcançado as necessidades dos autistas, sempre respeitando os seus limites, visto que, pessoas autistas possuem uma condição neurológica de forma muito particular de interação com o mundo ao seu redor. De acordo com Cunha (2012):
Ensinar para a inclusão social, utilizando os instrumentos pedagógicos da escola e inserindo também a família, é fortalecê-la como núcleo básico das ações inclusivas e de cidadania. Para a escola realizar uma educação adequada, deverá, ao incluir o educando no meio escolar, incluir também a sua família nos espaços de atenção e atuação psicopedagógica. (CUNHA, 2012, p. 90) 
Deve haver a interação da família, do educador e todos que fazem parte da instituição de ensino, buscando enfrentar os problemas de forma participativa, para que seja possível realizar a inclusão dos autistas no meio social. 
O processo de inclusão, está relacionado com uma educação de qualidade para todos e um ensino especializado ao aluno. Desta forma, surge a necessidade de novas atitudes e maneiras de conseguir a interação nas escolas, de valorizar a forma como cada um vive, pois, essas iniciativas proporcionam a adaptação das crianças, seja ela deficiente ou não. De acordo com Valle e Maia (2010 p. 17): “A inclusão escolar consiste no processo de adequação da sociedade às necessidades de seus participantes, para que eles, uma vez incluídos, possam desenvolver-se e exercer plenamente sua cidadania”.
É fundamental que ocorra uma diminuição da quantidade de alunos por classe, melhoria da formação profissional, aprendizado cooperativo, uma maior valorização do magistério, plano individual de ensino, formas de ensino voltadas às habilidades de cada um e não em suas deficiências. Desta forma, será possível conseguir adquirir o sistema inclusivo. 
3.Conclusão
Sendo assim, a inclusão ainda tem muitos desafios para ser encarados e o que mais se espera é que a escola se transforme em um lugar sem preconceitos e discriminação, onde as diferenças de cada um sejam respeitadas e que a aprendizagem de qualidade seja alcançada por todos, sendo fundamental que os autistas adquiram a aprendizagem em sala de aula junto aos demais alunos que não possuem essas características. E assim espera-se que as diferenças não atrapalhem a inclusão no meio social, mas sim que as necessidades de todos sejam satisfeitas. 
Referências
BOSA C. A. As Relações entre Autismo, Comportamento Social e Função Executiva. Psicologia: Reflexão e Crítica, 2001. 
CUNHA, E. Autismo e inclusão: psicopedagogia e práticas educativas na escola e na família. 4 ed. Rio de Janeiro: Wak, 2012.
ORRÚ, E. S. Autismo, linguagem e educação: interação social no cotidiano escolar. Rio de Janeiro: Wak, 2012.
ROTTA, N. T. Transtorno de aprendizagem: abordagem neurobiológica e multidisciplinar. Porto alegre: Artmed, 2007. 
SILVA, A. B. B. Mundo singular: entenda o autismo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.
VALLE, T. G. M.; MAIA, A. C. B. Aprendizagem e comportamento humano. São Paulo: Cultura acadêmica, 2010.

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