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DIREITO PENAL – parte especial – slide_1_Prof. Me. Alexandre Calixto OBS: os slides disponibilizados correspondem apenas a um roteiro das aulas que serão ministradas, não tendo o condão de exaurir os temas apresentados em classe. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES P1 NA: p1 (1) 13/09 (10 pontos) NB: p1 (1) 19/09 (10 pontos) DC: p1 (1) 21/09 (10 pontos) P2 NA: p2 - 22/11 - subs. 29/11- entrega notas - provas: 06/12 NB: p2 - 21/11 - subs. 28/11- entrega notas - provas: 05/12 DC: p2 - 23/11 - subs. 30/11- entrega notas - provas: 07/12 ROUBO PRÓPRIO Art. 157 – SUBTRAIR coisa móvel, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido a impossibilidade de resistência. Pena: Reclusão de quatro a dez anos, e multa. - crime complexo (crimes de furto + lesão corporal leve= (roubo praticado com violência à pessoa) ou (furto + ameaça= se cometido com o emprego de grave ameaça)). 1.1-OBJETIVIDADE JURÍDICA - crime pluriofensivo (atinge bens jurídicos diversos) = ameaça ao patrimônio e a integridade física da vítima. Obs: roubo não é compatível com o princípio da insignificância; 1.2- SUJEITOS= o tipo penal não exige nenhuma qualidade específica tanto do sujeito ativo, como do passivo; 1.3- NÚCLEO DO TIPO= SUBTRAIR= retirar algo de alguém, invertendo o título da posse do bem; 1.4- ELEMENTO SUBJETIVO= DOLO --- amimus rem sibi habendi; - No roubo a subtração do bem móvel se reveste de maior gravidade em decorrência dos meios de execução (crime de forma livre) utilizados, capazes de facilitar a prática do crime, sem prejuízo de causar maiores danos à vítima e à coletividade. Grave ameaça= (violência moral ou de vis compulsiva) consiste na promessa de mal grave, iminente e verossímil. Seu potencial intimidatório deve ser aferido no caso concreto; obs: levar sempre em consideração que o roubo é crime de forma livre – não há a necessidade de verbalização da promessa de mal grave!!! Ex: porte simulado de arma – porte ostensivo de arma – observar que o uso do emprego de arma com defeito, desmuniciada ou de brinquedo autoriza o reconhecimento da grave ameaça; (não se aventa aqui a discussão sobre a potencialidade lesiva da arma para a ocorrência ou não da causa de amento de pena do artigo 157, par. 2º, I, CP). b) Violência à pessoa= (violência própria, violência física, vis corporalis ou vis absoluta) consiste do emprego de força física sobre a vítima, mediante lesão corporal, para paralisar ou dificultar os seus movimentos, impedindo sua defesa; A violência pode ser empregada contra a pessoa, que pode ser titular do objeto material ou a terceira pessoa que detém momentaneamente sua posse; - Violência direta ou imediata é a exercida contra a pessoa de quem se quer subtrair os bens. Violência indireta ou mediata é a dirigida contra pessoas ligadas à vítima da subtração por laços de parentesco ou amizade (se assemelha da grave ameaça – pois influi no estado anímico da vítima). c) Qualquer meio que reduza a vítima à impossibilidade de resistência= trata-se de VIOLÊNCIA IMPRÓPRIA – em que o agente dolosamente retira da vítima seu poder de resistência (ex: ingestão de drogas – boa noite cinderela); 1.5- Consumação no roubo próprio 2 são as posições: 1- teoria da inversão da posse (dominante no STF e no STJ); 2- teoria da retirada da esfera de vigilância da vítima; Observações: - Se a res for destruída ou perdida pelo agente criminoso – o crime está consumado; - Se o roubo foi cometido em concurso de agentes e apenas um foi preso em flagrante delito, o mesmo está consumado para todos os envolvidos; 1.6- Tentativa no roubo próprio é possível e ocorre quando o sujeito, mesmo com o emprego de violência ou grave ameaça, não consegue a posse da coisa; 1.7- Ação penal pública incondicionada em todas as modalidades de roubo; 1.8- Roubo de uso Discute-se se há roubo na hipótese em que a subtração é praticada para assegurar a utilização transitória de um bem, com devolução posterior da coisa no mesmo estado e no local em que se encontrava. 1ª posição= Há crime de roubo. O sujeito, para roubar, é levado a usar violência ou grave ameaça contra a pessoa, de forma que a vítima tem imediata ciência da conduta e de que seu bem foi subtraído; 2ª posição - Não há crime de roubo. Esse posicionamento admite a figura do roubo de uso, respondendo o agente tão só por constrangimento ilegal (Art. 146 CP.). Vejamos o que diz Rogério Grecco: “ Se houver violência na subtração levada a efeito pelo agente, que não atua com a vontade de ter a coisa para si ou para terceiro, mas tão somente de usá-la por período curto de tempo, a fim de devolvê-la logo em seguida, poderíamos raciocinar com o tipo penal do art. 146 do diploma repressivo 2- ROUBO IMPRÓPRIO Par.1º: Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro. Também chamado de roubo por aproximação; Observar que também é classificado como roubo simples – mesma pena do “caput”; Nesta modalidade a violência ou grave ameaça contra a pessoa é empregada logo depois da subtração da coisa a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro - IMPORTANTE: no roubo impróprio a violência ou à grave ameaça é utilizada após a subtração do bem, mas IMEDIATAMENTE antes da consumação do furto (pois caso contrário estaria configurando furto em concurso material com lesão corporal ou ameaça); Observar que no roubo impróprio não há a descrição da violência imprópria como no roubo próprio; 2.1- CONSUMAÇÃO Ocorre quando o agente logo depois da subtração da coisa, emprega violência contra a pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro; - NA LINHA DE ENTENDIMENTO DO STJ A CONSUMAÇÃO OCORRE NO MOMENTO EM QUE A VIOLÊNCIA É EMPREGADA, UMA VEZ QUE ESTA É POSTERIOR À SUBTRAÇÃO DA COISA!!!!! 2.2- TENTATIVA 2 são as posições: 1ª posição= não é possível (majoritária na doutrina), pois o momento consumativo é o do emprego da violência ou da grave ameaça; 2ª posição= é cabível sempre que o agente, tendo completado a subtração, não logra êxito em concretizar o emprego da grave ameaça ou da violência, por circunstâncias alheias à sua vontade; BIBLIOGRAFIA UTILIZADA: JESUS, Damásio Evangelista. Direito penal: parte geral. vol. 1, São Paulo: Saraiva, 33ª ed., 2012. MIRABETE, Júlio Fabbrini. Manual de direito penal: parte especial. vol. 2, São Paulo: Atlas, 30ª ed., 2013. MASSON, Cleber. Direito Penal – Esquematizado: parte especial. Vol. 2, São Paulo. Editora Métodos, 6ª edição, 2014. SALIM, Alexandre, AZEVEDO, Marcelo André. Direito Penal – parte espcial, Salvador. Editora Juspodivm, 2ª edição, 2014. CUNHA, Rogério Sanches. Código Penal para concursos. Salvador. Editora Juspodivm, 6ª edição, 2014.
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