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Saúde Públi a e Nu rição Lei 8.080 Lei n° 8.080 de 19 de Setembro de 1990 ou Lei Orgânica da Saúde Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços. Título I Das Disposições Gerais x SAÚDE: direito fundamental do ser humano x ESTADO: prover condições indispensáveis ao seu pleno exercício 1°: O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. 2°: O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade. A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes: x Alimentação x Moradia x Saneamento Básico x Meio Ambiente x Trabalho x Renda x Educação x Transporte x Lazer x Acesso aos bens e serviços essenciais ↪ Caso estes fatores sejam trabalhados, eles podem influenciar na saúde do paciente Título II Capítulo I Dos Objetivos e Atribuições ↪ OBJETIVOS do SUS: x IDENTIFICAÇÃO DE DETERMINANTES: a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes de saúde x FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS: a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social x ASSISTÊNCIA INTEGRAL E PREVENTIVA: a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas ↪ ATRIBUIÇÕES: I – a execução das ações: x Vigilância sanitária x Vigilância epidemiológica x Saúde do trabalhador x Assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica II – a participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico III – a ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde IV – a vigilância nutricional e a orientação alimentar V – a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho VI – a formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção – caso surja a necessidade de produzir alguma vacina p/ endemias VII – o controle e fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde VIII – fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano IX – a participação no controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos X – o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico XI – a formulação e execução da política de sangue e seus derivados Vigilância Sanitária → Conjunto de ações capazes de ELIMINAR, DIMINUIR ou PREVENIR riscos à saúde → Intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens de consumo e da prestação de serviços de interesse da saúde Vigilância Epidemiológica → Conjunto de ações que proporcionam o CONHECIMENTO, a DETECÇÃO ou PREVENÇÃO de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes ou coletiva ↳ Com a finalidade de recomendar e adotar medidas de prevenção e controle de doenças ou agravos Saúde do Trabalhador → PNST (Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora) → Assistência ao trabalhador vítima de acidente de trabalho ou portador de doença profissional e do trabalho → Fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento, transporte, manuseio de substâncias, produtos, máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador → Avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde → Requerer a interdição de máquina, setor de serviço ou de todo o ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco para a vida ou saúde dos trabalhadores Capítulo II Dos Princípios e Diretrizes UNIVERSALIDADE: acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência INTEGRALIDADE: serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema EQUIDADE: igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios DESCENTRALIZAÇÃO: ênfase na descentralização dos serviços para os municípios/regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde PARTICIPAÇÃO SOCIAL: participação da comunidade Capítulo III Da Organização, da Direção e da Gestão ↪ As ações e serviços de saúde executados pelo SUS, são organizados de forma hierarquizada e regionalizada ↪ A direção do SUS é única, sendo exercida em cada esfera do governo pelos órgãos: x No âmbito da União, pelo Ministério da Saúde x No âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente x No âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente → Municípios: podem constituir CONSÓRCIOS para desenvolver em conjunto s ações e os serviços de saúde que lhe correspondam – tem estrutura mais elaborada do que aqueles não tem consórcio ↓ O CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DE SAÚDE é uma iniciativa autônoma de municípios próximos que se associam para prover em conjunto os serviços à população das cidades participantes. → Governo do Estado + Prefeituras x Ampliar os serviços especializados (ex: construção de policlínicas) x Promover atendimento eficiente x Economizar investimentos em medicamentos, matérias de consumo, equipamentos x Organização nos atendimentos de acordo com a complexidade → Comissões intersetoriais abrangerão em especial as seguintes atividades: I – alimentação e nutrição II – saneamento e meio ambiente III – vigilância sanitária e farmacoepidemiologia IV – recursos humanos V – ciência e tecnologia VI – saúde do trabalhador Entidades Representativas das Secretarias de Saúde CONASS (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) x Criado em 1982 x Secretários de Saúde se unem e aumentam sua representatividade e poder de negociação junto ao governo Federal na definição de políticas públicas de saúde x CONASEMS (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) x Criado em 1988 x Nasceu a partir do movimento social em prol da saúde pública x Agrega e representa o conjutno de todas as secretarias municipais de saúde do país Capítulo IV Da Competência e das Atribuições ↪ SEÇÃO I - Das Atribuições Comuns AVALIAÇÃO E FISCALIZAÇÃO: definição dos mecanismo de controle, avaliação e fiscalização das ações e serviços de saúde ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS: recursos destinados em cada ano à saúde DIAGNÓSTICO E RESULTADO DA SAÚDE: acompanhamento, avaliação, divulgação do nível de saúde da população SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE SAÚDE: organização e coordenação desse sistema NORMAS TÉCNICAS E PARÂMETROS DE CUSTOS DA ASSISTÊNCIA: elaboração dessas normas e de padrões de qualidade da assistência à saúde NORMAS TÉCNICAS DE PROMOÇÃO A SAÚDE DO TRABALHADOR: elaboração dessas normas e de padrões de qualidade para a promoção da saúde do trabalhador POLÍTICAS PARA SANEAMENTO BÁSICO E PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE: participação de formulação da política e da execução das ações de saneamento básico e colaboração na proteção do meio ambiente CRIAÇÃO E ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE SAÚDE: elaboração e atualização periódica do plano POLÍTICA DE RECURSOS HUMANOS PARA A SAÚDE: participação na formulação e execução dessas políticas e desenvolvimento de RH para a saúde PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA: elaboração dessa proposta do SUS, de conformidade com o plano de saúde ATENDIMENTO DE NECESSIDADES COLETIVAS: para esses atendimentosde necessidades, urgentes e transitórias, decorrentes de situações de perigo iminente, calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade da esfera administrativa poderá requisitar bens e serviços. SISTEMA NACIONAL DE SANGUE: implementar esse sistema PESQUISA: realizar pesquisas e estudos na área da saúde ↪ SEÇÃO II – Da Competência DIREÇÃO FEDERAL x Formula, normatiza e avalia a implementação de Política Nacional de Saúde x Formula, avalia e apoia políticas de alimentação e nutrição x Coopera de forma técnica e financeira com todos os estados e municípios x Participa na formulação e na implementação das políticas de controle das agressões ao meio ambiente, de saneamento básico e as relativas às condições de trabalho x Define e coordena sistema de redes integradas de assistências de alta complexidade, de rede de laboratórios de saúde pública, de vigilância epidemiológica e sanitária DIREÇÃO ESTADUAL x Formula, coordena e avalia a execução da Política Estadual de Saúde x Coopera de forma técnica e financeira com todos os municípios x Promove a descentralização para os municípios dos serviços e das ações de saúde x Presta apoio técnico x Coordena e em CARÁTER COMPLEMENTAR, executa ações e serviços de vigilância epidemiológica e sanitária, de alimentação e nutrição e de saúde do trabalhador DIREÇÃO MUNICIPAL x Formula, avalia e executa a Política Municipal de Saúde x Planeja, organiza, controla e avalia as ações e os serviços de saúde e executam os serviços públicos de saúde x Formam consórcios administrativos intermunicipais x Executam serviços de vigilância epidemiológica e sanitária, de alimentação e nutrição, de saneamento básico e de saúde do trabalhador Título III Das Serviços Privados de Assistência à Saúde Capítulo I Do Funcionamento ↳ Define e caracteriza as possibilidades de atuação da iniciativa privada no sistema de saúde ↳ Permite participação direta ou indireta de empresas ou capital estrangeiro para ajudar na assistência, em alguns casos A assistência à saúde é livre à iniciativa privada – não é um dever o sistema público de saúde ter dentro do local uma empresa que custeie os gastos ↓ Princípios éticos: os direitos que ele tem devem estar claros; são os termos de consentimento, o que ele tem de respaldo e diretio nesse atendimento privativo (termos de consentimento) SUPLEMENTARIEDADE: o setor privativo entra para suplementar, consertar deficiência que o setor público não consegue x É a concessão para que a iniciativa privada concorra no mercado ofertando serviços de saúde direto aos pagantes ou por meio de suas operadoras (planos ou seguradoras de saúde). SETOR PRIVADO: visa os princípios do SUS (prevenção, promoção, recuperação e proteção) x Empresa que vai custear um serviço diferenciado (mais recursos, agilidade) dentro do setor público, não vai custear tanto quanto um hospital particular – ex: Santa Casa Clínica, Hospital do Coração x Para funcionar, precisa estar dentro da legislação x Precisa de profissionais habilitados para prestar a assistência x Precisa ser conscientizado sobre os custos e atendimentos (termo de consentimento – por isso precisa ter pessoa jurídica para legalizar esses documentos) Capítulo II Participação Complementar → Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garantir a cobertura assistencial à população de uma determinada área, o SUS poderá recorrer aos serviços ofertados epla iniciativa privada ↪ A participação será formalizada por contrato ou convênio Título IV Dos Recursos Humanos → Objetivos da política de RH: x Organização de um sistema de formação de RH em todos os níveis de ensino x Valorização da dedicação exclusiva aos serviços do SUS x O SUS deve permitir programas de estágio, residência – prestar assistência aos pacientes e permitindo a prática de ensino e pesquisa (hospitais universitários como em Botucatu) → Os serviços públicos constituem campo de prática para ensino e pesquisa → Os cargos e funções de chefia, direção e assessoramento só poderão ser exercidos em regime de tempo integral → As especializaçãos na forma de treinamento em serviço sob supervisão (RESIDÊNCIA) precisarão ter médico para fazer supervisão → Servidores que acumulam 2 cargos poderão exercer suas atividades em mais de 1 estabelecimento ↪ Entretanto, cada conselho profissional regulamenta os limites das jornadas de trabalho → Todo profissional de saúde é um tutor em potencial, especialmente se atuar numa unidade certificada como hospital de ensino → A política de RH no SUS hoje é conhecida como Política de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde Título V Do Financiamento Capítulo II Da Gestão Financeira ↳ Os recursos financeiros do SUS serão depositados em conta especial, em cada esfera de sua atuação, e movimentados sob fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde → União: o que investiu anteriormente + 5% sobre o PIB, desenvolvimento que teve no país → O SUS se mantem por meio da arrecadação de impostos e contribuição das 3 esferas → Todo o financiamento vai para o FNS e depois é repassado para as esferas – cada esfera tem um percentual de contribuição → O Ministério da Saúde acompanhará a aplicação dos recursos repassados a Estados e Municípios → Constatado o desvio ou não aplicação dos recursos, caberá ao Ministério da Saúde aplicar as medidas previstas na lei – fiscalização → Na esfera federal, os recursos financeirps serão administrados pelo FNS (Fundo Nacional de Saúde) Saúde Públi a e Nu rição NASF (Núcleo de Atenção à Saúde da Família) e ESF (Estratégia Saúde da Família) A Organização das Ações de Alimentação e Nutrição em Nível Local SUS: é atualmente organizado em diferentes pontos da Rede de Atenção à Saúde e cada um deles é caracterizado por diferentes níveis de complexidade. x Atenção básica (UBS) x Atenção de média complexidade (ambulatórios de especialidades) x Atenção de alta complexidade (hospitais terciários) → Segundo a PNAB – a ATENÇÃO BÁSICA é um conjunto de ações de saúde (âmbito individual e coletivo) que abrange a PROMOÇÃO, PROTEÇÃO, PREVENÇÃO, DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO, REDUÇÃO DE DANOS, MANUTENÇÃO E RECUPERAÇÃO DA SAÚDE ↓ OBJETIVO DA A.B: desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde nos determinantes e condicionantes de saúde → O Brasil tem 2 modelos vigentes de organização das ações para atendimento da demanda na Atenção Básica: x Modelo tradicional x Modelo Estratégia Saúde da Família (ESF) – prioridade para a expansao e a consolidação da Atenção Básica → Evolução x 1991 – PACS (Programa Agentes Comunitários de Saúde) x 1994 – PSF (Programa Saúde da Família) x 2011 – ESF (Estratégia de Saúde da Família) – Portaria 2.488 → Portaria 2.488 de 21 de Outubro de 2011 aprovou a PNAB estabelecendo a revisão de normas para a organização da Atenção Básica para a ESF e o PACS Modelo Tradicional – UBS → Composta por diversos profissionais: x Médico x Enfermeiro x Farmacêutico x Auxiliar de enfermeiro x Assistente Social x Cirurgião dentista → Atendimento: demanda programada ou espontânea de acordo com a necessidade → Diferenças entre os modelos: ESF (Estratégia Saúde da Família) → Iniciou-se em 1930 (PSF) → Estratégia de reorientação do modelo assistencial através da atuação de equipes multiprofissionais em UBS → Voltado para o diagnóstico → As equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um n° definido de famílias → Desenvolvem ações de: x Promoção e prevenção da saúde x Recuperação e reabilitação de doenças e agravos mais frequentes x Manutenção da saúde da comunidade → A ESF tem o intuito dereordenar o modelo de atenção no SUS → Busca maior racionalidade na utilização dos demais níveis assistenciais Equipes de Saúde → É o elemento chave para a busca permanente de comunicação e troca de experiências e conhecimento entre os integrantes da equipe ↪ E desses, com o saber popular do ACS → Composição da Equipe de Saúde: x 1 médico x 1 enfermeiro x 1 auxiliar de enfermagem x 6 agentes comunitários de saúde ↪ Quando ampliada, tem 1 nutricionista, 1 dentista, 1 auxiliar de consultório dentário e 1 técnico em higiene dental → Cada equipe fica responsável por acompanhar de 3.000 a 4.500 pessoas ou famílias de uma determinada área → Atuação das Equipes: x UBS x Nas residências e na mobilização da comunidade → Tem território definido e população delimitada sobre sua responsabilidade → Intervém sobre os fatores de risco aos quais a comunidade está exposta, prestam assistência integral, permanente e de qualidade, realizam atividades de educação e promoção da saúde Ações da Equipes da ESF x Consultas médicas x Procedimentos de enfermagem x Visitas domiciliares do profissional médico, enfermeiro, auxiliar de enfermagem e AGC x Grupos de educação em saúde com portadores de DCNT (hipertensão, DM, obesidade), idosos, gestantes e adolescentes x Atendimento individual do enfermeiro através de consultas de enfermagem de pré-natal de baixo risco, planejamento familiar, hipertensos, diabéticos, crianças, preventivo de câncer de colo uterino e mama Objetivos Específicos da ESF x Democratização de conhecimentos do processo de saúde/doença, da organização dos serviços e da produção social de saúde x Reconhecer a saúde como um direito de cidadania e expressão de qualidade de vida x Estimular a organização da comunidade para o efetivo exercício do controle social Atribuições dos Agentes Comunitários (AGC) x Realizar mapeamento de sua microárea x Cadastrar famílias e atualizar permanentemente esse cadastro x Identificar indivíduos e famílias expostos a situações de risco x Caso de família que nega receber a visita do AGC – o mesmo deve fazer 3 visitas consecutivas e no caso houver negação em todas, ele deve solicitar uma assinatura da família em uma declaração que dispensa a visita, e comunicar a sua equipe – com a declaração em mãos, o AGC deve voltar a visitar a família a cada 6 meses para saber se houve mudança na conduta frente as visitas A Importância das Informações de Saúde → As informações de saúde são de extrema importância para o acompanhamento de saúde do território INFORMAÇÕES BÁSICAS: diabetes, hipertensão, gestantes, crianças com diarréia e probelmas respiratórios, tuberculose, hanseníase, uso de medicamento controlado, etc. Atribuições do Nutricionista dentro da ESF x Identificação de áreas de risco e fatores de risco nutricional na comunidade x Diagnóstico/monitoramento do estado nutricional da família e da comunidade x Diagnóstico de probelmas alimentares e nutricionais (carências ou excessos) x Identificação de grupos biologicamente mais vulneráveis do ponto de vista do EN x Realização de palestras educativas para grupos focais x Incentivo e definição de estratégias de apoio comunitário ao aleitamento materno x Orientações sobre higiene e conservação de alimentos x Orientações dietoterápicas a nível domiciliar, quando necessário x Diagnóstico de consumo e práticas alimentares locais x Identificação de estratégias de SA disponíveis na comunidade x Implantação de ações de vigilância alimentar e nutricional Resumo do ESF x Identifico áreas de risco, faz diagnóstico nutricional, faz análise do consumo dos alimentos, SAN, se tem desperdício ou não NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) Portaria n° 154, 24 de Janeiro de 2008 → Compostos por assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos → É uma equipe composta por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, que devem atuar de maneira integrada e apoiando os profissionais das ESF s, das Equipes de Atenção Básica para populações específicas ↪ Compartilhando práticas e saberes em saúde nos territórios sob responsabilidade destas equipes Objetivo do NASF → Ampliar a abrangência das ações de Atenção Básica, bem como sua resolubilidade, apoiando a inserção da ESF na rede de serviços → NASF fazem parte da Atenção Básica, mas não se constituem como serviços com unidades físicas independentes ou especiais → As equipes do NASF ocupam o espaço físico das unidades às quais estão vinculadas ou outros espaços disponíveis no território – academias da saúde, escolas, igrejas, parques, etc Classificação do NASF → NASF 1: composto por no mínimo 5 profissionais de nível superior de ocupações não coincidentes x Médico acupunturista x Médico pediatra x Professor de educação física x Fisioterapeuta x Farmacêutico x Nutricionista x Psicólogo x Assistente social NASF 2: composto por no mínimo 3 profissionais de nível superior de ocupações não coincidentes x Nutricionista x Psicólogo x Assistente social x Professor de educação física x Farmacêutico x Fisioterapeuta Atribuições do Nutricionista dentro do NASF x Coordenação das ações de diagnóstico populacional da situação alimentar e nutricional x Promoção da alimentação saudável para todas as fases do curso da vida x Estímulo à produção e o consumo dos aliments saudáveis produzidos regionalmente x Capacitação da ESF e participação de ações vinculadas aos programas de controle e prevenção dos distúrbios nutricionais, como carências por micronutrientes, sobrepeso, obesidade, DCNT x Elaboração de rotinas de atenção nutricional e atendimento Composição do NASF É definida pelo gestor municipal por critérios de prioridade, a partir das necessidades locais e disponibilidade de profissionais Carga horária semanal de 40 horas ↪ Excepcionalmente o médico, em substituição a um profissional de 40 horas, podem ser registrados 2 profissionais de 20 horas semanais cada um NASF 1: vinculado a no mínimo 8 ESF e no máximo 15 ESF NASF 2: vinculado a no mínimo 3 ESF e no máximo 7 ESF ↓ Os municípios e o DF deverão optar por somente um tipo de modalidade do NASF Em Resumo o NASF é... x Uma equipe e não um serviço de saúde específico x Constitui-se como apoio especializado na Atenção Básica mas não é um ambulatório de especialidades ou serviço hospitalar x Recebe a demanda por negociação e discussão compartilhada com as equipes que apoia, e não através de encaminhamentos impessoais x Deve ser disponível para dar suporte em situações imprevistas e não se restringe à demanda previamente agendada x Tem disponibilidade para realizar atividades assistenciais diretas ais usuários (com critérios e co- responsabilização) x Realiza ações compartilhadas com as ESF , o q e n o ignifica q e necessariamente estarão untas no mesmo espaço-tempo em todas as ações x Apoia as equipes na qualificação dos encaminhamentos realizados para outros pontos de atenção x Resolve as ações que foram levantadas pelo ESF x Supervisiona (se está usando os protocolos) e faz capacitação da ESF; educação permanente Outras Ações e Programas da Atenção Básica Melhor em Casa x O programa amplia o atendimento domiciliar aos brasileiros no SUS x O princípio é oferecer aos pacientes da rede pública de saúde um serviço humanizado e acolhedor → Saúde Toda Hora x Ação estratégica e gradativa para qualificar a gestão e o atendimento nas urgências do SUS → Academia da Saúde x Estimula a criação de espaços públicos adequados para a prática de atividades físicas e de lazer x O objetivo é contribuir para a promoçãoda saúde da população Saúde da Família x O objetivo é atuar na manutenção da saúde e na prevenção de doenças ↳ ↓ ↑ ↪ → → Saúde Públi a e Nu rição Ações de Prevenção das Deficiências Nutricionais Ministério da Saúde → Dispõe de dois programas nacionais (partem de políticas públicas) para a prevenção e o controle das deficiências nutricionais x Programa de Suplementação de Vitamina A x Programa de Suplementação de Ferro ↓ Operacionalizados pelos profissionais de saúde da Atenção Básica → Profissionais da Atenção Básica potencializam a ação: x Distribuição de suplementos para todas as crianças nas consultas x Para todas as gestantes nas consultas de pré-natal Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A ↳ A deficiência de VITAMINA A é considerada uma das mais importantes deficiências nutricionais – principal causa de CEGUEIRA EVITÁVEL → A suplementação oral constitui-se na estratégia mais eficaz para prover VITAMINA A em indivíduos com riscos para a deficiência → O Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A foi instituído pela Portaria n° 729 de 13 de Maio de 2005 ↪ OBJETIVO: reduzir e controlar a deficiência nutricional desta vitamina em CRIANÇAS DE 6 A 59 MESES (5 anos) DE IDADE E PUÉRPERAS (realizou o parto e ainda está em período de internação) NO POS-PARTO IMEDIATO (ANTES DA ALTA HOSPITALAR) → Crianças de 6 a 59 meses e mulheres pós-parto precisam da suplementação profilática por não atingirem a quantidade diária necessária → OMS reconhece que a deficiência de Vitamina A (DVA) afeta muitas mulheres grávidas e crianças em idade pré-escolar Medidas Importantes de Prevenção da Deficiência de Vitamina A Prevenção do aleitamento materno exclusivo até o 6° mês e complementar até 2 anos de idade ou mais com a introdução dos alimentos ↪Leite materno é a melhor fonte de vitamina A para crianças e tem maior absorção, diferentemente das fórmulas infantis ↪Após 6 meses – introduzir alimentos fontes de vitamina A Promoção da alimentação adequada e saudável, assegurando informações para incentivar o consumo de alimentos fontes em vitamina A pela população Suplementação profilática (prevenção) periódica e regular das crianças de 6 a 59 meses de idade, com megadose de vitamina A Suplementação profilática com megadoses de vitamina A para mulheres no pós-parto (puérpera) antes da alta hospitalar Vitamina A Vitamina lipossolúvel – fica armazenada no fígado É um micronutriente encontrado em fontes de origem animal (RETINOL) e origem vegeral (PRÓ VITAMINA A) Fontes de origem animal (retinol): x Leite humano x Leite x Fígado x Gema do ovo Fonte de origem vegetal (pró vitamina A): x Vegetais folhosos verdes – espinafre, couve, almeirão x Vegetais amarelos – abóbora, cenoura x Frutas amarelo-alaranjadas – manga, caju, goiaba, mamão, caqui x Óleos e frutas oleaginosas – buriti, pupunha, dendê, pequi – SÃO AS MAIS RICAS EM VITAMINA A Deficiência de Vitamina A ↳ O corpo pode armazenar vitamina A no fígado, garantindo uma reserva que será utilizada na medida de sua necessidade. ↪ Se essa reserva está reduzida e não ingerimos alimentos que contêm vitamina A suficiente para satisfazer as necessidades nutricionais do nosso corpo, ocorre a deficiência. → A DVA pode se manifestar como deficiência subclínica ou como deficiência clínica → A DVA clínica é mais invavisa (xeroftalmia - ressecamento no olho) é definida por problemas no sistema visual, atingindo retina, conjutiva e córnea ↪ Que levará à diminuição da sensibilidade à luz até a cegueira parcial ou total ↪ A primeira manifestação cfuncional é a cegueira noturna, que constitui a diminuição da capacidade de enxergr em locais com baixa luminosidade → A DVA subclínica não é tão conhecida e é definida como uma situação na qual as [ ] dessa vitamina estão baixas e contribuem para a ocorrência de agravos à saúde ↪ Como diarréia (a vitamina A tem relação com o sistema imune – a DVA promove baixa defesa e bactérias entram no intestino causando a diarréia) e morbidades respiratórias ↪ À medida que as reservas de vitamina A diminuem, aumentam as consequências de sua deficiência → Nessa fase, a SUPLEMENTAÇÃO pode reverter a condição subclínica e impedir o avanço da deficiência para a forma clínica Casos Importantes para Investigar (evidenciam a DVA) x Criança ou gestante com dificuldade para enxergar a noite ou em baixa luminosidade (cegueira noturna) x Presença de alguma alteração ocular sugestiva de xeroftalmia x Ocorrência frequente de diarréia x Crianças com desnutrição energético-proteica Quem Precisa de Vitamina A? ↳ Todas as pessoas precisa desta vitamina para proteger sua saúde e visão → Alguns grupos populacionais, pela características da fase de vida em que se encontram, necessitam de atenção especial pois são mais VULNERÁVEIS à DVA: x Crianças que passam a receber outros alimentos, além do leite materno, a partir do 6° mês – precisam de quantidades adequadas da vitamina pois ela é essencial para o crescimento e desenvolvimento x Mulheres que amamentam – necessitam de mais vitamina A para manter a saúde Como Consumir a Recomendação Diária Através de Alimentos Saudáveis? → O leite materno fornece a quantidade de vitamina A que as crianças precisam nos 6 primeiros meses de vida ↪ A dieta materna é fator determinantes para a [ ] desta vitamina no leite materno – recomenda-se que as mulheres no pós-parto recebam nutrição adequada da vitamina → A composição da megadose de vitamina A distribuída pelo MS é a vitamina A na forma líquida, diluída em óleo de soja e acrescida de vitamina E → O PNSVA distribui gratuitamente nas UBS s cápsulas em duas dosagens (100.000UI e 200.000UI) acondicionadas em frascos – as cores das cápsulas se diferem dependendo da concentração da vitamina Programa Nacional de Suplementação de Ferro → A anemia por deficiência de ferro é um grave problema de saúde pública no Brasil → As prioridades do programa são crianças menores de 2 anos de idade (não há bom estoque) e gestantes (precisa em maior demanda para ela e para a criança) O PNSF faz a suplementação profilática com sulfato ferroso e isso é uma boa medida para prevenção da anemia O Programa consiste na suplementação profilática de ferro para todas as crianças de 6 a 24 meses de idade, gestantes ao iniciarem o pré-natal até o 3° mês pós-parto e na suplementação de gestantes com ácido fólico ↪ A suplementação dos dois durante a gestação é importante para reduzir o risco de baixo peso ao nascer da criança, anemia e deficiência de ferro na gestante A suplementação com ácido fólico deve ser iniciada pelo menos 30 dias antes da data em que se planeja engravidar para a prevenção de defeitos do tubo neural ↪ Deve ser mantida durante toda a gestação para a prevenção da anemia → O PNSF consiste nas seguintes ações de prevenção: x Suplementação universal com suplementos de ferro em DOSES PROFILÁTICAS para prevenir x A FORTIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS preparados para as crianças com micronutrientes em pó para aumentar o teor de ferro x A PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO adequada e saudável para o aumento do consumo de alimentos fontes de ferro Anemia → Condição na qual a [ ] de hemoglobina no sangue está abaixo do normal e pode ser determinada por diversos fatores → Cerca de 50% dos casos acontece em função da deficiência de ferro – determinada pela DIETA INSUFICIENTE EM FERRO ↪ Outras causas são relacionadas à deficiência de folato, B12 ou vitamina A – vitaminas essenciais para a formação, integridade e maturação das hemácias → Grupos de risco mais vulneráveis: x Criançasmenores de 2 anos x Gestantes x Mulheres em idade fértil Causas da Deficiência de Ferro e Fatores Predisponentes para seu Desenvolvimento GESTAÇÃO: há o aumento da necessidade x Alimentação inadequada x Não uso do suplemento de ferro profilático x Complicações nutricionais que podem diminuir a absorção do nutriente x Parasitoses (cuidar da microbiota) PARTO E NASCIMENTO: devido a perda de sangue x Clampeamento precoce do cordão umbilical – tem que esperar de 30 a 60s após a retirada da criança pois neste momento ocorre troca de células e se é feito de forma precoce, pode prejudicar a criança x Ausência de aleitamento materno na primeira hora de vida PRIMEIROS 6 MESES DE VIDA x Ausência de aleitamento materno exclusivo até o 6° mês – nos primeiros meses de vida deve ser dado o leite materno pois é fonte de ferro e tem lactoferrina (ajuda a aumentar a absorção de ferro) x Introdução precoce de alimentos e outros leites x Parasitoses A PARTIR DOS 6 MESES x Elevada necessidade de ferro - aumenta a demanda de ferro pelo desenvolvimento do organismo x Alimentação complementar inadequada – a oferta inadequada de alimentos ou a mistura de alguns deles também interfere na absorção pois eles competem entre si x Baixa ingestão de ferro heme x Não uso de suplemento de ferro profilático x Parasitose Consequências da Deficiência de Ferro x Comprometimento no sistema imune e aumento da predisposição de infecções x Aumento no risco de doenças e mortalidade perinatal para mães e recém-nascidos x Aumento na mortalidade materna e infantil x Redução da função cognitiva, do crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor de crianças com repercussões em outros ciclos vitais x Diminuição da capacidade de aprendizagem em crianças escolares e menor produtividade em adultos Alimentos Fontes de Ferro FERRO: micronutriente essencial que atua principalmente na síntese de hemácias e no transporte do O2 no organismo FERRO HEME: é de origem animal e bem mais absorvido x Carnes vermelhas (víscera principalmente como fígado e miúdos) x Carnes de aves x Suínos x Peixes e mariscos FERRO NÃO HEME: é de origem vegetal sendo menos absorvido x Hortaliças folhosas verde escuras x Leguminosas – feijão e lentilha x Possui baixa disponibilidade – ingerir na mesma refeição alimentos que melhoram a absorção desse tipo de ferro como os ricos em VITAMINA C – frutas cítricas como laranja, acerola, limão, caju; os ricos em VITAMINA A – frutas como mamão e manga e hortaliças como abóbora e cenoura Estratégias para a Prevenção e Controle da Anemia AÇÕES DE EAN: é um estímulo ao consumo de alimentos que contenham ferro de alta biodisponibilidade na fase de introdução da alimentação complementar e em fases de maior vulnerabilidade para essa deficiência SUPLEMENTAÇÃO MEDICAMENTOSA: a utilização desta com sais de ferro com suplementação oral para prevenir e tratar a anemia é muito utilizado ↪ Deve ser utilizada como ação curativa em indivíduos deficientes ou profilaticamente em grupos com risco de desenvolver anemia FORTIFICAÇÃO DE ALIMENTOS: refere-se a fortificação de farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico Recomendações Especiais para o Cuidado de Crianças e Gestantes x Crianças em aleitamento materno exclusivo só devem receber suplementos a partir do 6° mês de vida – porque o leite materno tem alto teor de ferro e absorção x Se a criança não estiver em aleitamento materno exclusivo, a suplementação deve ser realizada a partir dos 4 meses de idade, juntamente com a introdução dos alimentos complementares – para não correr o risco de ter deficiência no estoque x As parasitoses intestinais não são causas diretas da anemia mas podem PIORAR as condições das crianças anêmicas – por isso, para o controle da anemia é necessário além da suplementação de ferro, ações para o controle destas doenças parasitárias como a esquistossomose x As crianças ou gestantes que apresentarem doenças que cursam por acúmulo de ferro como a FALSIFORME, TALASSEMIA e HEMOCROMATOSE – devem ser acompanhadas individualmente para que seja avaliada a viabilidade do uso do suplemento de sulfato ferroso x A suplementação profilática com ferro pode ocasionar o surgimento de efeitos colaterais em função do uso prolongado – diarréia, constipação e vômitos ↪ O suplemento altera a evacuação pois ele reduz a água lá no I.G e diminui peristaltismo x As famílias precisam ser orientadas sobre a importância da suplementação e sobre dosagens, efeitos, tempo de intervenção – para que a adesão seja efetiva ↳ ↓ ↑ ↪ → Saúde Pública e Nu rição Prevenção e Controle de Agravos Nutricionais Deficiência de Vitamina B1 (Tiamina) BERIBÉRI: doença causada pela deficiência de B1 (tiamina) – substância importante para o metabolismo dos CHO s e AA s, essencial para as reações que produzem energia x Incapacitante e letal x Determinada pelas condições de vida e trabalho x Acomete principalmente adultos jovens Após a oficina de formação e desenvolvimento dos trabalhadores da saúde para o enfrentamento do BERIBÉRI, realizada em 2011, a Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição (CGAN/DAB/SAS) criou o Guia de Consulta para Vigilância Epidemiológica, Assistência e Atenção Nutricional dos Casos de Beribéri, que foi lançado em 2012. Guia de Consulta para Vigilância Epidemiológica, Assistência e Atenção Nutricional dos Casos de Beribéri Neste caso, a política aqui é uma CONSULTA x Destina-se aos profissionais de saúde do SUS e de seu Subsistema de Atenção à Saúde Indígena ↪ Em especial, aqueles que atuam na Atenção Básica, Vigilância Epidemiológica e que permanecem em contato direto com as populações sob risco. Esse enfoque visa à adoção das medidas de detecção, prevenção e controle da doença NUTRICIONISTA: realiza a consulta, abordando fatores de risco, avaliando risco nutricional, orientando mudanças no estilo de vida e tratamento não medicamentoso (mudança de práticas alimentares) Alimentos Fonte de B1 (Tiamina) x Cereais x Grãos x Legumes x Leveduras x Nozes x Carnes – de porco e de vaca - especialmente vísceras Deficiência de B1 (Tiamina) x Associada a populações que têm como principal componente da dieta: x Mandioca x Farinha de mandioca x Arroz polido ou moído x Farinha de trigo ↪ TODOS ESTES SÃO ALIMENTOS POBRES EM TIAMINA A Vitamina B1 (Tiamina) é muito instável e pode ser danificada com o modo de preparo e cozimento dos alimentos É hidrossolúvel e termolábil – maior parte dela é perdida – ex: o arroz é lavado antes do cozimento, no próprio processo de cozimento e quando a água de cozimento é descartada O organismo não consegue manter reservas duradouras de B1 – sua deficiência pode ser desenvolvida em um período de 2 a 3 meses de ingestão insuficiente Carência de Vitamina B1 (Tiamina) x Diminuição da formação da acetilcolina e comprometimento da função neural e cardiovascular x Atua como coenzima no metabolismo dos CHO e AA s – é essencial nas reações que produzem energia da glicose e que convertem a glicose para armazenamento nos tecidos x Exerce papel na condução de impulsos elétricos dos nervos periféricos Carência de Vitamina B1 (Tiamina) - BERIBÉBI MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: são variadas x Fraqueza nos membros inferiores x Parestesia x Anorexia x Mal estar geral x Edema x Neuropatia periférica x Insuficiência cardíaca com edema ↪ Indivíduos desnutridos são mais vulneráveis a desenvolver a doença, principalmente os ALCOOLISTAS CRÔNICOS Diagnóstico do Beribéri É clínico e o tratamento é feito com REPOSIÇÃOde B1 O diagnóstico laboratorial é feito através da medida de tiamina sérica, da excreção urinária de tiamina e da transcetolase de eritrócitos Necessidade Diária de Tiamina x 1,1 e 1,2mg/dia para adolescentes x 1,4mg/dia para homens e mulheres x 1,5mg/dia para gestantes e nutrizes Vigilância e Atenção aos Casos de Beribéri Todo caso suspeito de Beribéri deverá ser investigado e notificado A avaliação da situação alimentar e nutricional é realizada por meio da aferição de medidas antropométricas e por análise dos marcadores de consumo alimentar Investigação, Confirmação e Controle do Beribéri Os principais passos para a investigação, confirmação e controle do Beribéri a serem seguidos pelas equipes de saúde dos municípios são os seguintes: x 1 – Investigar os casos suspeitos por meio da vigilância ativa e sistema de informações x 2 – Promover integração entre as áreas (Vigilância Ep. e Sanit., Atenção Básica, etc) visando obter mais dados e informações para a adoção de medidas de prevenção e controle x 3 – Notificar todos os casos suspeitos de Beribéri x 4 – Acompanhar todos os casos confirmados por pelo menos 6 meses ou a critério do médico x 5 – Todos os casos confirmados deverão ser incluídos no SINAN (Sistema Nacional de Agravos Notificáveis) Manejo Clínico PROFILAXIA DOS GRUPOS DE RISCO: A conduta de suplementação profilática dos casos expostos ao risco de deficiência de B1 ou conforme critério médico ↪ Um comprimido de B1 (300mg) por dia durante 3 meses ↪ Grupos de risco para a deficiência: adultos jovens, alcoolistas e submetidos a estresse físico laboral elevado Programa Nacional para Prevenção e Controle dos Distúrbios por Deficiência de Iodo (DDI) – Pró-Iodo x Criado por meio da Portaria n° 2.362, de 01 de Dezembro de 2005 x Populações que vivem em áreas deficientes de IODO sempre terão risco x Deficiência de Iodo contribui com o aumento do gasto com atendimento em saúde e em educação pois incrementa as taxas de repetência e evasão escolas e redução da capacidade para o trabalho x As estratégias para controlar a deficiência devem ser totalmente preventivas x O Programa Pró-Iodo visa evitar agravos Deficiência de Iodo Pode causar: x Cretinismo (retardo mental grave e irreversível) em crianças x Surdo-mudez x Anomalias congênitas x Bócio (hipertrofia da tireóide; manifestação clínica mais visível) A má nutrição de Iodo está relacionada com: x Altas taxas de natimortos x Nascimento de crianças com baixo peso x Problemas no período gestacional x Aumento no risco de abortos x Mortalidade materna Pró-Iodo É um programa destinado a promover a ELIMINAÇÃO virtual sustentável dos DDI Fontes de Iodo x Frutos do mar x Algas marinhas x Caldo de peixe caseiro x Abacaxi x Aspargos x Verduras de coloração mais escura Linhas de Ação do Pró-Iodo I – Monitoramento do teor de iodo do sal para o consumo humano: ocorre por meio de inspeções sanitárias nos estabelecimentos beneficiadores de sal ↪ O monitoramento é executado no nível industrial (inspeções sanitárias) e no comércio (ações fiscais) II – Monitoramento do impacto da iodação do sal na saúde da população: deve ser realizado a cada 3 anos ↪ Objetivo: monitorar os indicadores do resultado da iodação do sal, com o intuito de prevenir e controlar o surgimento de doenças associadas à deficiência ou ao excesso deste micronutriente x O monitoramento deve ser realizado por meio de amostras representativas da população compostas por crianças em idade escolar de 6 a 14 anos (grupo vulnerável; prioridade) x Excreção Urinária de Iodo: a excreção é um indicador para avaliar o nível de ingestão de iodo pois 90% da quantidade absorvida é excretada na urina ↪ Marcador de excreção que reflete a ingestão x Volume da Tireóide: a cada 6 anos pois os efeitos do iodo no organismo se tornam evidentes somente ao longo do tempo III – Atualização dos parâmetros legais de teores de iodo do sal destinado ao consumo humano: IV – Implementação contínua de estratégias de informação, educação, comunicação e mobilização social: o objetivo é que toda a população tenha acesso às informações sobre os DDI s, formas de intervenção e evolução do Pró-Iodo ↪ Profissionais de saúde devem estar sensibilizados para o adequado acompanhamento, avaliação e monitoramento do referido programa Acompanhamento Pró-Iodo NutriSUS Estratégia de Fortificação da Alimentação Infantil com Micronutrientes em Pó Lançada em 2015 pelo MS Consiste na adição direta de nutrientes à alimentação oferecida às CRIANÇAS DE 6 MESES A 3 ANOS E 11 MESES EM CRECHES A iniciativa tem o objetivo de potencializar o pleno desenvolvimento infantil, prevenção e controle da ANEMIA e OUTRAS CARÊNCIAS NUTRICIONAIS ESPECÍFICAS NA INFÂNCIA Os micronutrientes em pó são embalados em sachês de 1g e são acrescentados às preparações alimentares NO MOMENTO EM QUE A CRIANÇA FOR COMER – é como se fosse um polivitamínico (tem ferro, ácido fólico, vitaminas) ↓ Os sachês são adquiridos pelo MS e encaminhados aos municípios Quem recebe? Todas as CRIANÇAS ENTRE 6 E 48 MESES que estão matriculadas em creches participantes do PSE Não há contraindicações para crianças acima da faixa etária – crianças de até 5 anos podem ser contempladas Esquema de Distribuição dos Sachês Há uma pausa de 3 a 4 meses na administração do sachê para não causar efeitos colaterais de hiperdosagem e/ou intoxicação Como Adicionar o Conteúdo do Sachê nas Refeiçoes das Crianças?