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Aula 1 Unid 2 - Feijão Caupi corrig Carla11111

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Prévia do material em texto

Prof.Me. José da Conceição Barbosa Silva
Prof.Dr. Luiz Junior Pereira Marques
Profa.Me. Flávia Arruda de Sousa
GRANDES CULTURAS
UNIDADE II
 A cultura do Feijão
• A Cultura do Feijão -caupi- introdução;
• Clima;
• Solos e adubação;
• Fixação Biológica de Nitrogênio;
• Plantio;
• Irrigação;
UNIDADE II
• Plantas Daninhas;
• Doenças;
• Principais doenças e controle;
• Pragas;
• Colheita, beneficiamento e acondicionamento;
• Comercialização.
A CULTURA DO FEIJÃO-CAUPI: INTRODUÇÃO
O feijão-caupi, feijão-de-corda ou feijão-macassar [Vigna unguiculata (L.) Walp.] é
uma excelente fonte de proteínas (23% a 25% em média) e apresenta todos os
aminoácidos essenciais, carboidratos (62% em média), vitaminas e minerais, além de
grande quantidade de fibras dietéticas e baixa quantidade de gordura (teor de óleo
de 2% em média). Representa alimento básico para as populações de baixa renda do
nordeste brasileiro.
A CULTURA DO FEIJÃO-CAUPI: INTRODUÇÃO
Apresenta ciclo curto, baixa exigência hídrica, rusticidade para se desenvolver
em solos de baixa fertilidade e, por meio da simbiose com bactérias do
gênero Rhizobium, tem a habilidade para fixar nitrogênio do ar.
Por seu valor nutritivo, o feijão-caupi é cultivado principalmente para a
produção de grãos, secos ou verdes, e para o consumo humano, in natura, na
forma de conserva ou desidratado. Também é utilizado como forragem verde,
feno, ensilagem, farinha para alimentação animal e ainda como adubação verde
e proteção do solo.
A CULTURA DO FEIJÃO-CAUPI: INTRODUÇÃO
Estimativas não oficiais, obtidas por Silva (2016), mostram que em 2015 o Brasil
produziu 452.013 toneladas colhidas em 1.078.040 hectares, com uma
produtividade média de 419 kg ha-1. Essa produção coloca o Brasil como o quarto
maior produtor mundial. Os maiores produtores brasileiros em 2015 foram os
estados do Mato Grosso (127.000 toneladas), Ceará (107.291 toneladas), Piauí
(55.278 toneladas), Pernambuco (52.406 toneladas), Maranhão (50.314 toneladas) e
Bahia (20.890 toneladas). O Ceará apresentou a menor produtividade de grãos, com
270 kg ha-1, enquanto o Mato Grosso, a maior produtividade, com 1.095 kg ha-1.
O feijão-caupi é cultivado predominantemente no sertão semiárido da região
nordeste e em pequenas áreas na Amazônia. Nessas regiões, ainda predominam
práticas tradicionais de cultivo, com baixo uso de tecnologias e baixas
produtividades de grãos. No entanto, com o advento de tecnologias que
permitem o seu cultivo totalmente mecanizado, tem aumentado a área de
cultivo, a produção e produtividade na região Centro-Oeste, notadamente no
Estado do Mato Grosso. Nesse estado, a realidade é diferente, cultivando-se o
feijão-caupi em larga escala, com a participação de médios e grandes
produtores, apresentando as maiores produtividades de grãos.
A CULTURA DO FEIJÃO-CAUPI: INTRODUÇÃO
CLIMA
No Brasil, poucos estudos de fisiologia do feijão-caupi têm sido conduzidos com a
finalidade de verificar a resposta dessa cultura aos fatores climáticos. A maioria
dessas informações é obtida por meio de trabalhos realizados em outros países.Entre
os elementos de clima conhecidos, destacam-se a precipitação e a temperatura do ar,
que, por intermédio do zoneamento de risco climático, possibilitam verificar a
viabilidade e a época adequada para a implantação da cultura do feijão-caupi. Outros
elementos do clima que exercem influência no crescimento e desenvolvimento dessa
cultura são o fotoperíodo o vento, e a radiação solar.
SOLOS E ADUBAÇÃO
✔ Em áreas recém-desmatadas ou em solos de textura arenosa e com baixos
níveis de matéria orgânica (menos de 10g.kg-1), recomenda-se usar uma
adubação de cobertura, com nitrogênio na dose de 30 kg de N.ha-1, em
cobertura, aos 15 dias após a fase de emergência das plantas.
✔ Caso seja necessária adubação nitrogenada, recomenda-se usar as
combinações sulfato de amônio e superfosfato triplo ou ureia e superfosfato
simples para garantir o suprimento de enxofre às plantas.
SOLOS E ADUBAÇÃO
✔ Em solos com reconhecida deficiência em micronutrientes (molibdênio e zinco),
recomenda-se aplicar no sulco de plantio, 3 kg de zinco/ha e realizar o
tratamento das sementes, utilizando-se 20 gramas de molibdênio para 20 kg de
semente.
✔ Repetir a análise química do solo após o terceiro cultivo consecutivo, para
ajustar a recomendação de adubação.
FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO
A Fixação Biológica de Nitrogênio constitui a
principal via de incorporação do nitrogênio à
biosfera e, depois da fotossíntese, é o
processo biológico mais importante às
plantas e fundamental para a vida na Terra
(UNKOVICH et al., 2008)
Foto: Rosa Maria Cardoso Mota de Alcantara
Figura 1. Detalhe de raiz de feijão-caupi inoculado com 
a estirpe de riz óbio BR 3267.
CULTIVARES
Cultivar(1)
Ano
de lançamento
Região de adaptação
Porte da 
planta(2)
Ciclo de 
maturação
Subclasse comercial
Peso de 
100 grãos 
(g)
Produtividade de grãos 
(kg.ha-1)
Sequeiro Irrigado
Sempre-Verde 1981 AL, BA, CE, MA, PI, RN, SE SPR 70-80 Sempre-Verde 15,9 900 1.200
Setentão 1988 AL, BA, CE, MA, PB, PI, RN, SE SPR 65-70 Sempre-Verde 19,8 1.200 -
IPA-205 1988 MA, PB, PE, RN SPR 70-80 Mulato Liso 20,0 1.319 -
BRS Novaera 2007 MA SER 65-70 Branco Rugoso 20,0 1.125 1.611
BRS Xiquexique 2008
AL, AM, AP, BA, MA, MT, MS, PE, 
PI, RN, RO, RR, SE
SPR 70-75 Branco Liso 16,0 1.018 1.593
BRS Tumucumaque 2009
AL, AM, MA, MT, MS, PA, PE, PI, 
RN, RO, RR, SE
SER 65-70 Branco Liso 18,0 1.100 1.703
BRS Pajeú 2009
AL, MA, MT, MS, PA, PE, PI, RR, 
SE
SPR 70-80 Mulato Liso 21,0 981 1.863
BRS Potengi 2009 AM, MA, MT, MS, PE, RN, RO, RR SER 65-70 Branco Liso 20,0 972 1.766
BRS Imponente 2016 MA, MT, PI, PA SER 65-70 Branco Rugoso 34,0 1.311 1.276
PLANTIO
O plantio do feijão-caupi pode ocorrer em:
✔ Áreas preparadas convencionalmente, onde comumente são utilizados arados e
grades de diferentes tipos e dimensões.
✔ Áreas preparadas em cultivo mínimo (reduzido) com a utilização do arado
escarificador, apresentando vantagem sobre o anterior do ponto de vista
conservacionista.
PLANTIO
✔ Plantio direto: no geral, constitui-se em um sistema de implantação de cultura
em solo não revolvido e protegido por cobertura morta, proveniente de restos
de cultura, vegetais plantados para essa finalidade e plantas daninhas
controladas por método químico. O plantio direto constitui-se, do ponto de vista
conservacionista, em um dos mais eficientes métodos de prevenção e controle
de erosão, o que justifica o seu uso.
PLANTIO
Época de plantio:
A melhor época de plantio das variedades de feijão-caupi de ciclo médio (70 a 80 dias) é
a metade do período chuvoso de cada região. Com as variedades precoces (55 a 65
dias), o ideal é plantar 2 meses antes de terminar o período chuvoso. Com isso, evita-se
que a colheita seja feita em períodos com maior probabilidade de ocorrência de chuvas.
No nordeste brasileiro, o chamado “período das chuvas” é caracterizado pela
irregularidade das precipitações, tornando a agricultura de sequeiro uma atividade
econômica de alto risco, que pode ser reduzido por meio do plantio escalonado e do
sistema policultivar.
PLANTIO
Métodos de plantio
O feijão-caupi é cultivado em todo o território brasileiro, principalmente no nordeste
e norte, onde se encontram os mais variados métodos de plantio, desde o mais
rudimentar até a motomecanização com plantadeiras-adubadeiras.
Densidade de plantas
Uma das causas da baixa produtividade de grãos do feijão-caupi é a escassez ou o
excesso do número de plantas por área. A escassez pode ser ocasionada por falhas
que ocorrem na linha de plantio, podendo ser consequência da má regulagem da
plantadeira, uso de sementes de baixo vigor, danos causados por insetos, doenças
que matam as plantas ou devido ao plantio efetuado com pouca umidade no solo.
PLANTIO
Espaçamento entre fileiras
O número de plantas por área é função do
espaçamento entre linhas de plantio e da densidade de
plantas na linha.O espaçamento de 0,80 m a 1,00 m
entre linhas em variedades de portes semiprostrado e
prostrado é bastante usado. Nas variedades de portes
semiereto e ereto, os espaçamentos mais indicados
variam de 0,50 m a 0,70 m.
PLANTIO
A densidade de sementes na linha de plantio é de 6 a 8 sementes por
metro. Esses espaçamentos podem ser ajustados em função da textura
do solo, do manejo da fertilidade e da irrigação.
IRRIGAÇÃO
A deficiência de água é um dos fatores mais limitantes para a obtenção de
elevadas produtividades de grãos de feijão-caupi. Essa perda de produtividade é
função da intensidade do déficit hídrico e do estádio do ciclo vegetativo em que
ocorrer o déficit.
O sistema de irrigação mais indicado para o feijão-caupi é o de aspersão, desde os
automatizados, como o pivô central, mais recomendado para áreas maiores que
100 ha, até a aspersão convencional, mais usado em áreas menores. Também são
empregados os sistemas de irrigação por sulco ou inundação em pequenas áreas.
IRRIGAÇÃO
ASPERSÃO PIVÔ CENTRAL
PLANTAS DANINHAS
A interferência de plantas daninhas durante todo o ciclo da cultura pode resultar
em redução de produtividade de grãos secos de até 90% (FREITAS et al., 2009).
Após a colheita, a presença de frutos e/ou sementes de plantas daninhas junto aos
grãos beneficiados pode depreciar o seu valor de venda; em caso de sementes,
pode impedir a sua comercialização, se não atender às exigências legais.
PLANTAS DANINHAS
Ações de controle de plantas daninhas.
Portanto, a escolha da ação de controle tem que considerar as espécies presentes
na lavoura, haja vista que as características de cada uma influenciam a eficácia da
ação, as características climáticas de cada região e a disponibilidade de recursos
econômico-financeiros de cada agricultor (pois os gastos de energia e de tempo
para o controle de plantas daninhas é diretamente proporcional ao tamanho da
área cultivada).
DOENÇAS
✔ Morte das plantinhas
✔ Podridão-do-colo (Pé da planta)
✔ Podridão-cinzenta-do-caule
✔ Murcha-de-fusarium
✔ Murcha/podridão-de-esclerócio
✔ Carvão
✔ Mancha-café
✔ Mela
✔ Ferrugem
✔ Oídio ou cinza
✔ Sarna
✔ Mofo-cinzento-das-vagens
✔ Mosaico-severo-do-caupi
✔ Mosaico-rugoso
✔ Mosqueado-severo
✔ Mosaico-dourado
Principais doenças do feijão-caupi:
A seguir veremos algumas doenças e formas de controle:
PRINCIPAIS DOENÇAS E CONTROLE
Morte das plantinhas
Sintomas: a plantinha recém-germinada morre antes de sair do solo. A doença é
causada por fungos de solo e, dependendo do tipo de fungo, os sintomas podem
variar de pequenas lesões em baixo relevo, alongadas e marrons, envolvendo
todo o caule da plantinha, até a presença de lesões esverdeadas de aspecto
aquoso (Figura 1). Nessa situação, quando as condições climáticas apresentam
muita umidade e temperaturas amenas, o desenvolvimento das lesões é muito
rápido, ocasionando murcha e tombamento das plantas. Assim, observa-se falha
na germinação e, consequentemente, redução do número de plantas na área
(PONTE, 1996; RIOS, 1988).
PRINCIPAIS DOENÇAS E CONTROLE
Controle: os métodos de controle se baseiam fundamentalmente no emprego de 
sementes sadias e certificadas.
Fotos: Candido Athayde Sobrinho.
Figura 1. Morte de plantinhas causada por fungo de solo.
PRINCIPAIS DOENÇAS E CONTROLE
Podridão-das-raízes
Sintomas: o sintoma primário tem início na raiz principal
que, a princípio, apresenta discreta coloração avermelhada,
progredindo em intensidade e extensão. Posteriormente, a
coloração avermelhada torna-se marrom, época em que os
tecidos se rompem em fendas longitudinais, causando sua
podridão (Figura 2). Com isso, observa-se um
amarelecimento geral, murcha, seca e morte das plantas
(PONTE, 1996).
Fotos: Candido Athayde Sobrinho.
Figura 2. Podridão-das-raízes.
PRINCIPAIS DOENÇAS E CONTROLE
Controle: na ausência de cultivares comprovadamente resistentes,
devem ser adotadas a remoção e a queima das plantas doentes, a
eliminação dos restos culturais e a rotação de cultura com algodão
e/ou gramíneas. A aplicação de calcário na ordem de 1 t/ha tem sido
destacada por Santos et al. (1996) como eficiente para o controle da
doença.
PRINCIPAIS DOENÇAS E CONTROLE
Mosaico-severo-do-caupi
Sintomas: os sintomas apresentados por plantas doentes são, em geral, severos,
expressos na forma de intenso encrespamento das folhas, em razão do surgimento
de pequenas “bolhas” (Figura 14). Essas bolhas apresentam-se com severo
mosqueado (áreas com alternância de coloração verde-clara com outras de coloração
verde-escura). Frequentemente, são observados redução do limbo, distorção foliar e,
quando as plantas são infectadas no início do ciclo, apresentam-se anãs, com severos
prejuízos à produção. Em estudos conduzidos em casa de vegetação, observou-se
que, dependendo da idade da planta infectada com o vírus, a produção pode ser
reduzida em até 81% (GONÇALVES; LIMA, 1982). As sementes produzidas de plantas
atacadas apresentam-se deformadas, "chochas" e manchadas, com acentuada
redução do poder germinativo.
PRINCIPAIS DOENÇAS E CONTROLE
Controle: considerando-se a ocorrência generalizada, severa e permanente dessa
virose em toda a região Nordeste, a melhor forma de controle a ser adotada é o
emprego de cultivares comerciais altamente resistentes. Nesse particular, indicam-
se as cultivares desenvolvidas pela Embrapa. Tais medidas devem ser embasadas
no controle sistemático dos vetores, plantio em época de baixa população dos
vetores e eliminação, sempre que possível, das plantas silvestres próximas ao
plantio, para evitar que o vírus causador da doença passe para o feijão-caupi.
.
Foto: Candido Athayde Sobrinho.
Figura 14. Mosaico-severo
PRAGAS
Os insetos, de uma maneira geral, ocorrem em uma determinada época na
planta, cuja fase está produzindo o alimento ideal do inseto. Assim, as pragas
do feijão-caupi ocorrem de acordo com a fase da planta (Tabela 1). O
conhecimento dessa relação inseto/planta é importante tendo em vista que o
produtor ou técnico tem que ir ao campo para uma vistoria ou
acompanhamento do nível populacional de uma praga para fins de manejo.
PRAGAS
Germinação Fase vegetativa Fase reprodutiva
Paquinha
Paquinha Vaquinhas
Lagarta-elasmo Lagartas desfolhadoras
Lagarta-rosca Lagartas-das-vagens
Larvas de vaquinhas Cigarrinhas
Vaquinhas Pulgão
Lagartas desfolhadoras Mosca-branca
Cigarrinhas Minador-das-folhas
Pulgão Percevejos
Mosca-branca Manhoso
Minador-das-folhas Caruncho
(de 3 a 5 dias) (de 35 a 40 dias) (de 55 a 80 dias)
Tabela. 1. Esquema do ciclo fenológico do feijão-caupi com a ocorrência das principais
pragas
PRAGAS
Manejo das pragas
De acordo com o local de ataque na planta, podem-se classificar as pragas do
feijão-caupi da seguinte forma:
1- Pragas subterrâneas.
2- Pragas da parte aérea.
2.1- Pragas dos ramos e das folhas.
2.2- Pragas dos órgãos reprodutivos (flores, vagens e grãos).
3-Pragas dos grãos armazenados.
O controle de algumas pragas na cultura do feijão-caupi não pode ser feito com o
uso de inseticidas por não haver produtos registrados no Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (MAPA) para aplicação em todas as pragas que ocorrem
nessa cultura. Portanto as formas de controle das pragas que não tem produtos
registrados no MAPA para esse fim, devem ser baseadas no controle biológico ou
em controles alternativos como a aplicação de extratos ou óleos derivados de
plantas, uso de plantas resistentes ou ainda por meio do manejo cultural, que são
formas de controle de pragas mais adequadas para a agricultura familiar.
PRAGAS
COLHEITA, BENEFICIAMENTO E ACONDICIONAMENTO
A colheita deve ser feita na época correta, ou seja, imediatamente após as vagens
completarem a secagem. A cultura não deve ficar no campo além do necessário, porque
fica exposta à infestação por pragas e doenças e sujeita a uma maior exposição ao sol,
orvalho e possíveis chuvas, que são fatores responsáveis pela perda de qualidade do
produto. A colheita é uma das etapasmais importantes no processo produtivo do feijão-
caupi. Tradicionalmente, na agricultura familiar, a colheita do feijão-caupi é feita vagem por
vagem e, em uma mesma lavoura, realiza-se de 2 a 3 colheitas. Nesse caso, geralmente, a
produção é de alta qualidade, porque só se colhe as vagens que realmente estão no ponto
de colheita.
COLHEITA, BENEFICIAMENTO E ACONDICIONAMENTO
Grandes produtores, principalmente em áreas de cerrado,
fazem a colheita totalmente mecanizada, sem arrancar ou
ceifar a lavoura para a secagem das plantas. Entretanto,
aplicam um dessecante para acelerar e uniformizar a
secagem da lavoura. Tanto o corte quanto a ceifa e a
dessecação devem ser feitos quando a lavoura está
praticamente pronta para a colheita, ou seja, em um
estádio em que há uma pequena porcentagem de grãos
imaturos.
COLHEITA, BENEFICIAMENTO E ACONDICIONAMENTO
Beneficiamento
O beneficiamento deve ser feito em máquina apropriada e bem-regulada para evitar
danos aos grãos e principalmente às sementes. É importante que tanto grãos como
sementes estejam bem limpos e padronizados, principalmente quanto à cor, forma e
tamanho.
Acondicionamento
O acondicionamento para comercialização é feito, principalmente, em sacos de fibra 
de polietileno e em sacos de papel multifoliados, geralmente com peso de 50 kg ou 
60 kg.
COMERCIALIZAÇÃO
O mercado do feijão-caupi ainda se restringe a grãos secos, grãos verdes
(hidratados) e sementes, havendo algumas iniciativas para o processamento
industrial de caupi para produção de farinha e produtos pré-cozidos e congelados.
O mercado do caupi ainda tem contornos regionais, concentrando-se,
principalmente, nas regiões nordeste e norte. Entretanto, há indícios de certa
expansão da cultura na região sudeste, principalmente no norte de Minas Gerais e
Rio de Janeiro, predominando nesses estados o grão da subclasse Fradinho.
COMERCIALIZAÇÃO
A comercialização do feijão-caupi,
tradicionalmente, segue os seguintes
passos: produtores, intermediários e
cerealistas. Entre os cerealistas, há
alguns que fazem um beneficiamento
adicional e empacotamento dos grãos.
COMERCIALIZAÇÃO
No Brasil podem-se identificar três segmentos de
mercado para o feijão-caupi, já bem-estabelecidos:
grãos secos, feijão-verde (vagem verde ou grão verde
debulhado) e sementes. O mercado de feijão
processado industrialmente está em fase inicial.
COMERCIALIZAÇÃO
No mercado de grãos secos, nas regiões norte e nordeste, o feijão-comum
e o feijão-caupi, embora não competindo no campo, competem por
mercado e sempre que há uma queda na oferta de feijão-caupi, o mercado
é suprido por feijão-comum de outras regiões do país e, às vezes,
importado.

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