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O voo da gaivota

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE HUMANIDADES
UNIDADE ACADÊMICA DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA 
DISCIPLINA: ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA NA EDUCAÇÃO DE SURDOS
O vôo da gaivota
SOBRE A AUTORA:
Emmanuelle Laborit, nascida em 18 de Outubro de 1971, surda de nascença, só conheceu a língua gestual aos 7 anos;
-O seu livro autobiográfico O grito da gaivota, escrito em 1993, retrata as suas lembranças de infância, sua difícil adolescência e o início da sua idade adulta autónoma, assim como o seu percurso.
-Venceu o prémio Molière da revelação teatral, em 1993, tornou-se ainda a embaixatriz da Língua Gestual Francesa. 
 -Atriz francesa e diretora do Teatro Visual Internacional. 
Confidência 
As palavras são uma extravagância;
O muro invisível;
Não compreendia passado, presente e futuro;
Palavras para designar as pessoas (construção da identidade);
Sede de aprender;
Forma de expressão;
Medo da escrita;
“Os sinais, essa dança das palavras no espaço, são minha sensibilidade, minha poesia, meu eu íntimo, meu verdadeiro estilo” p. 09;
2. O vôo da Gaivota
Gritos;
Apelido: Gaivota;
Mouette (gaivota) e muette (Muda);
Grita pois não escuta- Tio;
Pediatra: Louca, ouvinte;
Aos nove anos foi diagnosticada como surda profunda;
Três perguntas, três respostas;
Procurar culpados;
“Não posso lhe dizer que a amo, porque ela não escuta” p. 14
 
3. O silêncio das bonecas
Método Borel- Maisonny;
Comunicação “umbilical”;
Utilização do aparelho auditivo;
Palavras de consolos;
As bonecas;
“À noite, durmo bem-arrumada, calmamente, como uma boneca. Uma boneca não fala.” p. 19
Silêncio;
Escuro= medo;
“Não tinha palavras pra dizer isso, não tinha uma língua, não podia exprimir a angústia. Era um horror.” p 20
Medo do abandono; alguém sempre com a criança surda;
4. Ventre e música
Aparelho para diferenciar os surdos;
O ventre da mãe grávida (barulha da vida);
O ventre do pai;
Música;
Violão;
Voz dos cantores;
Boates;
5. Gato branco, gato preto
Desenhos;
Gato branco;
Morte;
Não crescer= medo da morte;
Única;
Não ver o gato morto;
Nascimento da irmã= outro gato (preto);
Carretel sabia que ela era surda;
Independência é difícil;
Difícil= Tifiti;
“Muro” entre a mãe e filha (comunicação cortada);
6. “Tifiti”
Era a forma que Emanuelle verbalizava a palavra difícil.
Dificuldades para ser compreendida.
7. Eu me chamo “eu”
Emanuelle falava dela como se fosse outra pessoa.
Anúncio na rádio sobre a língua de sinais.
Primeira vez que eles ouviram falara sobre a língua de sinais.
Teatro dos surdos de Vincennes.
Ela descobre que pode ser comunicar por meio da língua de sinais.
Um novo nascimento.
8. Maria, Maria...
Nascimento da irmã.
Dificuldades de escrever o nome Maria.
Emmanuelle tentou ensinar aos amigos da escola que era possível se comunicar por meio de sinais.
Sorte de ter pais que se preocupavam em aprender libras.
9. A cidade dos surdos
Washington, a cidade dos surdos.
Havia surdos em todos os lugares.
Ela compreende que é surda.
Pertence a comunidade surda.
10. Flor que chora
Não distinguia o que era ficção e realidade;
Repetição de palavras, mas não compreendia o significado;
Não se sentia pertencente ao espaço que estava;
Emoção ao se sentir “vista”;
Foi para Vincennes com o pai e juntos aprenderam a L.S.;
A alegria e a vontade de se comunicar dos surdos:
“ O “povo” surdo é alegre. [...]Eles têm prazer em se comunicar” (p. 75).
11. É proibido proibir
Progresso escolar- Colégio Molière- Curso Morvan;
Ensinando a Maria;
Deficiente não, surda!;
PROIBIDO utilizar a L.S, comunicação pela palavra;
Distribuição de cartilha sobre a língua dos surdos;
LSF praticada escondida por alguns professores;
Uso da língua de sinais em sala, mas só quando o professor dava as costas.
12. Solo de piano
Maria “intérprete”;
“ O piano era o símbolo daquela frustração dolorosa” (p.87);
Maria histérica.
13. Paixão baunilha
“[...] queriam apagar a minha identidade surda” (p. 89);
“ Aos trezes anos, explodi. Queria meu próprio mundo, minha própria língua, e que ninguém interferisse” (p. 90);
Emanuelle começou a sentir seus desejos de mulher;
Paixão-baunilha;
“Revolta”;
Grupo de adolescentes.
14. A gaivota na gaiola
Marcas do desprezo dos ouvintes diante de suas tentativas de comunicação;
A falta de confiança nos ouvintes;
Sentimento de sofrimento, humilhação, injustiça e raiva;
15. É perigoso roubar
Descoberta da independência por meio da chegada do Minitel;
A falta às aulas relacionadas ao oralismo;
Sentimento de perda de tempo;
Resistência a sua escola bilíngue;
Participação de manifestações em defesa da língua de sinais e uma educação completa;
O fim das escolas bilíngues.
Solidariedade surda; 
Necessidade de encontro com os amigos surdos depois de todo um dia perdido com ouvintes.
Pensamentos comuns das pessoas de que surdo quer dizer mudo, assim um silêncio é atrelado ao indivíduo;
Falsa ideia de que podem se aproveitar da surdez de alguém;
Sentimento de insegurança ainda maior pelo fato de ser surda;
as turmas de surdos que se reuniam para conversar em algum local, como o McDonald's, não eram bem vindos;
relacionamento do tratamento que recebiam com o tratamento de cães, quando são expulsos de algum local.
16. Comunicação aveludada
17. Amor veneno
Relacionamento que causou conflitos com os pais;
Total entrega ao namorado;
“E acima de tudo, estava apaixonada, atraída como que por um ímã. Não pensava mais, minha imaginação, meu pensamento, tudo estava ligado àquela atração. Ele procurava o amor com a mesma sede que eu. Nós bebíamos juntos” (p/137).
Desconfiança do namorado;
Confirmação da traição;
Desejo de vingança;
Fim da relação: desconfiança nos outros rapazes.
18. Gaivota cabeça idiota
Separação dos pais;
Fase da adolescência;
Rebeldia;
Enxergava-se como feia “Quando me olhava no espelho, via olheiras, cor acinzentada, um rosto desagradável”(p/143).;
Receio do pai de que o comportamento fosse ligado a surdez;
Busca por autonomia e liberdade.
19. Sol, sóis
Pensar sobre o futuro;
Amor pela arte e pela criação;
A expressão corporal;
Medo do mundo dos ouvintes;
Preparação para o bacharelado: Emprego de babá - Primeiro com meninas depois com meninos e faxina no laboratório do avô paterno;
Desejo de conhecer vários lugares do mundo “[...]Amo tanto o sol. O sol de qualquer lugar, de todos os lugares, [...]. Um dia verei todos os sóis do mundo”.
20. Aids- sol
Busca de uma comunicação eficiente sobre a AIDS para os surdos;
Campanhas de conscientização inadequadas, voltadas apenas para os ouvintes;
Organizações que reúnem os surdos para explicar os modos de transmissão;
Símbolo adotado na campanha de prevenção da AIDS que causam má compreensão sobre os riscos;
Criação do sinal-símbolo particular para descrever o vírus. 
21. Não me conformo
· O difícil caminho até o bacharelado
· Leitura labial
· A interrupção na conversa de sinais
· Relação conflituosa com os pais (amiga)
· Considerada como uma deficiente ”doente”
· Língua de sinais para compreender melhor as coisas
· Não me conformo
· Sylvia a única surda no mundo
· Política
 
22. Bacharelado silencioso
· Bilinguismo
· Não temos gramática na língua de sinais
· Ajuda da irmã
· Primeira tentativa
 
23. Olhar silencioso
· Convite para uma nova encenação
· Filhos do silêncio
 
24. Senhor médico de implantes
· Operação milagrosa
· Implante da cóclea
· Os humanos que usam esse aparelho devem aprender a decodificar sons
· Surdez nada tem haver com raça
25. levantando vôo
Necessidade de passar no exame de bacharelado, o teatro será sua recompensa;
Lutou para conseguir um intérprete;
vôo para o teatro/ “Os filhos do silêncio”
A dificuldade de fazer uma cena;
O teatro ajudou a uma criança surda a aprender a língua de sinais.
Emmanuelle Laborit foi indicada para o prêmio Molière,como revelação teatralem 1993.
26. Gaivota em suspense
O suspense se irá ganhar o prêmio;
Detalhes de como foi o dia;
Primeira atriz surda indicada ao Molière;
Alegria ao ver o sinal da união;
27. Até mais!
-Dia seguinte ao Molière/ termo Surda-muda;
-A mídia demonstra interesse, apesar de certas perguntas;
-Termos errados;
- Sua história começa a acontecer. “A gaivota cresceu e voa com suas próprias asas…”(p.205)
Conclusão
A seguir elencamos os pontos que visualizamos no decorrer do livro e que realizamos relação com os textos estudados. Dessa forma, optamos por citar o elemento destacado e a sua relação com a bibliografia estudada no decorrer da disciplina: 
Oralismo: Moura (1999), afirma que um grande defensor do oralismo foi Alexander G. Bell, cujo método se baseava na crença que a Língua de Sinais é prejudicial ao desenvolvimento do surdo. Esse método, segundo a autora, sugeria o ensino da leitura e da escrita como instrumentos básicos, sendo que deveriam ser ensinados baseados na forma natural em que as crianças ouvintes aprendem a fala.
Proibição língua de sinais: Congresso de Milão: A autora supramencionada coloca que foi nesse evento que a língua de sinais floresceu o caminho para o desprezo enquanto língua, e, como um dos fatores mais fortes de uma cultura e de uma formação de identidade que já havia resistido a muitas investidas orais, desta vez, atraves do Congresso de Milão, ela quase foi atingida mortalmente. 
Direitos negados: 
Dificuldade de relação: ( se não achar nada pra esse ponto, pode trocar outro que você consegue ver no livro) 
Formação de identidade surda: se constrói dentro da cultura surda e depende da relação com outros surdos. São multifacetadas, assim, passam a ser surdos a partir da relação com outros surdos, dos elementos visuais e do modo ser.
Se reconhecer pertencente à um grupo:
Língua materna: Slomski (2010) traz que “[...] a Língua de Sinais caracteriza-se como uma ‘língua natural’ para a pessoa surda, visto que, sendo esta uma língua espaço-visual (vista ao invés de ouvida)e considerando-se a incapacidade de recepção sonora da fala pelos surdos, é a que oferece a possibilidade de ser adquirida através da interação comunicativa entre a criança e o adulto.”
Bilinguismo: Slomski (2010) discorre sobre o verdadeiro bilinguismo que vem acompanhado do biculturalismo, pois uma língua não pode ser adquirida sozinha, isolada de todos, pois uma língua se aprende no meio da cultura.
Libras como L1 - De acordo com Slomski (2010) quando uma criança surda aprende a língua de sinais da comunidade surda, como primeira língua, ela transfere seus conhecimentos linguísticos para o aprendizado da sua L2 na modalidade escrita ou oral. É a língua de sinais que dará suporte ao aprendizado da segunda língua e favorece o desenvolvimento psicossocial, linguístico e cognitivo. 
Dificuldades nas escolas para ouvintes - A autora supracitada define que em uma sociedade majoritariamente ouvinte, é muito comum práticas educativas que privam as crianças surdas de adquirir um sistema linguístico de forma natural, forçando o aluno a adaptar-se dentro de um sistema pensado para ouvintes. “Sob esse ponto de vista, o ensino da palavra ocupa lugar de toda a educação, convertendo-se em meio e fim da reabilitação do surdo” (p/34).
Obrigada a oralizar: 
Usar aparelho:
Dificuldades do surdo numa sociedade majoritariamente ouvinte e egocêntrica:
no Congresso de Milão foi exemplo nítido dessa sociedade egocêntrica, no qual os ouvintes estabeleceram o modo de comunicação a ser seguido. Moura nos diz que: 
A razão política que parece estar por trás destas tentativas de oralização se refere á própria situação da França, que se havia estabelecido como um estado unitário de caráter centralista. isto se refletia na interferência do estado nos métodos educativos dos Surdos, pois para eles era importante que os Surdos tivessem uma identidade comum com os falantes, ou seja, a língua.
REFERêNCIAs
FERNANDES, Sueli. Educação de Surdos. 2 ed. Curitiba: Ibpex, 2011.
LABORIT, Emmanuelle. O Vôo da Gaivota. São Paulo: Best Seller.
MOURA, Maria Cecília de. O Surdo. Rio de Janeiros: Revinter, 1999.
SLOMSKI, Vilma Geni. Educação bilíngue para surdos: concepções e implicações práticas. Curitiba: Juruá, 2010, p. 25-58.

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