RESENHA SOBRE O FILME JOKER

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RESENHA SOBRE O FILME JOKER(CORINGA)
Joker é um filme de drama e suspense do ano de 2019, dirigido e roteirizado pelo diretor Todd Phillips.
O filme conta da estória do personagem Arthur Fleck, um homem com problemas mentais que se deixa levar pela completa insanidade, quando toma consciência de que esta, em questão, cada vez mais o Ignora e o maltrata. 
A película toca em diversos assuntos em seus 122 min, temas como degradação humana, preconceito, politica, capitalismo, a sociedade e sua estrutura, desigualdade e injustiça social, entre outros são debatidos com maestria no decorrer do recorrente roteiro.
A obra traz um rol de simbolismos imenso, desde a significação do próprio personagem principal, este que se veste de palhaço, metaforizando a psique do ser humano mais degradante, ou seja aquele ser que precisa sorrir constantemente, que é quase obrigado fazer alegria de todos, mas que no fundo não é visto e notado por ninguém em sua verdadeira essência pessoal. Indo até a personalização da própria sociedade, que aqui é trabalhada como se tivesse alma. A sociedade aqui é referida com animação, com movimento e vivacidade. Ela é mostrada como causadora de sua própria auto destruição. A face da hipocrisia, da falsa ilusão e crença de que a elite se preocupa com as classes sociais menores, a percepção de que tanto as classes mais inferiores tanto as classe mais ascendentes, são unidas muitas vezes pelo toque da animalidade, da carência em empatia com o semelhantes, isto tudo é delineado de forma bastante convincente.
O roteiro em si, é bastante fluido, construindo de forma competente as diversas faces do personagem, e sua evolução, mesmo que esta seja degradativa. Explana se também de forma firme todo o ambientes ao redor e sua influência no cotidiano tanto do personagem principal tanto do personagens secundários.
Em relação ao elenco, este conta a atuação deslumbrante de Joaquin Phoenix, que interpreta o coringa de forma única e com características próprias. Sua atuação como o palhaço do crime é bastante peculiar, possuindo nuances físicas e psicológicas inerentes exclusivamente a sua própria existência artística.
 É Impossível sugerir a comparação com coringa de Heath Ledger, no filme Batman o cavaleiro das trevas, pois assim como dito lá em cima, Ledger deu a seu personagem partes interpretativas próprias, demonstrando todo o seu calculismo - anarquismo presente em suas intenções. Já a interpretação de Phoenix é mais delicada, repleta de sinceridade, o sofrimento é visto constantemente em olhos lacrimantes, Joaquin interpreta um ser destruindo e que precisa destruir para sobreviver. Portanto uma interpretação não tem nenhuma relação com a outra, apesar de interpretarem o mesmo personagem vilão, suas intenções, suas objeções e projeções são completamente paralelas uma da outra.
Ainda em relação ao elenco, pode se destacar a grande atuação de Robert de Niro que interpreta o apresentador de tv Murray Franklin, também destaca se a atriz Frances Conroy que interpreta a mão de Arthur.
A obra possui uma trilha sonora impecável contendo obras sonoras riquíssimas como Thats Life de Frank Sinatra e principalmente Smile de Jimmy Duarente, esta canção que dá o toque rítmico dramático de quase todo o correr da trama.
A fotografia está condizente com o roteiro em que a trama está baseada, com planos físicos próximos, demonstrando toda a emoção que esta emite.
Enfim galera, Joker é um grandioso filme, é um trabalho que é um tratado sobre o ser humano e a sociedade a qual este está inserido. O trabalho fílmico bebe de referências de filmes como taxi driver, o rei da comedia, laranja mecânica, tempos modernos, isso só pra citar alguns.
Portanto Joker é um filme recomendado a todos que amam a 7° arte e que adoram um trabalho com uma construção de personagem competente e com atuações de primeira linha. Nota 10,0