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Enfermidades dos Cavalos - Armen Thomassian-ilovepdf-compressed.pdf
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tempo?: _ ( ) Cicatrizantes OuaICis)?: _ Como: _ Por quanto tempo?: _ ( ) Repelentes Oual(is)?: _ Como?: _ Par quanto tempo?: _ ( ) Outros ( ) 0 animal esta recebendo algum medicamento? OuaICis)?: _ Ouantas vezes ao dia?: _ Diagn6stico(s): Tratamento(s): Local: II E. ocasionada pela invasao de larvas de Habronema sp em ferimentos, principal mente ex- sudativos. Manifesta-se em les6es de pele ou escoria<;6es onde 0 equino nao consegue espan- tar as moscas vetoras das lar- vas. Desenvolve-se mais co- mumente no canto interno do olho, na linha media do abdo- men e nos membros abaixo das regi6es metaca.rpica e metatarsica. Sao menos co- muns as localiza<;6es na cer- nelha, orelhas e regi6es acima da articula<;ao carpiana e da tarsiana, no penis e prepucio. A habronemose cutanea e tambem conhecida pelo nome de "ferida de verao" pelo fato de que nesta epoca do ana proli- feram as moscas predispondo ao desenvolvimento da lesao. A ferida evolui de forma rapi- da, podendo atingir grandes dia- metros. Possui 0 centro ligeira- mente concavo com tecido de granula<;ao irregular, averme- Ihada e, as vezes, recobertas par crosta acinzentada. 0 granulo- ma pode evoluir atingindo gran- des volumes, 0 que torna impar- tante 0 tratamento precoce. o que chama a aten<;ao e que a habronemose cutanea nao responde aos tratamentos comuns de feridas, indicando-se nestas condi<;6es 0 uso de pro- dutos organofosforados (triclor- fom po) atraves da sonda naso- gastrica, na dose de 25 a 40 mg/kg, repetindo-se a dose apos 20 dias, ou organofos- forados pasta, na dose de 40 mg/kg, ou ivermectina na dose de 0,2 mg/kg, ou sob a forma injetavel. Localmente, podemos utilizar a mesma formula de po- mada indicada para as feridas tratadas por segunda inten<;ao Figura 2.11 Granulayao exuberante na habronemose. Figura 2.13 Granulayao exuberantena pitiose. adicionando-se, porem, 9 9 de triclorfom po. Outra formula que propor- ciona bons resultados no trata- mento de granulomas cutaneos causados pelo Habronema sp pode ser aviada com os seguin- tes componentes: Figura 2.12 Granulayao exuberante na habronemose. Figura 2.14 Habronemose cutanea. Organofosforados (triclorfom) 9 9 Nitrofurazona base soluvel em agua 224 9 Dexametasona soluc;:ao40 mg DMSO 90% 56 9 Os componentes da f6rmu- la devem ser convenientemen- te homogeneizados e aplicados 3 vezes ao dia sobre 0 tecido lesado, podendo-se proteger a ferida com a aplicac;:ao de um penso compressivo. Ouando 0 tecido de granula- c;:aose torna muito exuberante e necessite ressecc;:ao,associe ao tratamento t6pico, infusao intra- venosa de organofosforados (tri- c1orfom) na dose de 22 mg/kg dilurdo em 1 a 2 litros de soluc;:ao fisiol6gica. A aplicac;:aointraveno- sa deve ser lenta e interrompida a qualquer sinal que 0 animal ma- nifeste de intolerancia ao produ- to, como excitac;:aoe sudorese. Tenha sempre 0 cuidado de sub- meter 0 animal a jejum total de volumosos pelo menos 12 horas, e hrdrico de 6 horas. Como opc;:aoao tratamento convencional, em granulomas pe- quenos, pode-se instituir a criote- rapia, utilizando-se gas carbonico ou nitrogenio liquido. Preventivamente, deve-se manter as instalac;:6es limpas e construir esterqueiras, eliminan- do os focos de proliferac;:ao de moscas e conservando 0 animal em baias teladas. 2.5. Pitiose (ficomicose, oomicose, zigomicose). Conhecida tambem como "tumor dos pantanos e alagadi- c;:os"a pitiose, e uma infecc;:aoin- vasiva,ulcerativa, proliferativa, mi- c6tica piogranulomatosa causa- da pelo Pythium insidiosum, an- tes denominado Hyphomyces destruens, pode estar associada a varias outras especies de fun- Figura 2.15 Habronemose cutanea no canto das palpebras. gos e microorganismos. Os mi- craorganismos se instalam no te- cido subcutaneo do animal, prin- cipalmente nos membros, abdo- men, pescoc;:oe cabec;:a;poden- do incluir a cavidade nasal, labios e eventualmente a traqueia. Apesar de ser referido como um fungo, 0 Pythium sp. e um membra do reino Protista, c1asse Oomicetos, ordem Peronospora- les e famniaPythiacea e saGpara- sitas de plantas aquaticas em aguas estagnadas. Alguns autores diferenciam as diversas infecc;:6escausadas por agentes desencadeantes de les6es similares conforme a re- giao em que se encontra insta- lada, entretanto, 0 aspecto for- mal e patol6gico e semelhante, o que possibilita agrupa-Ias em um s6 item. Os principais agentes do pro- cesso granulomatoso saG Py- thium insidiosum, Entomophtho- ra coronata, Mucorspp, Basidio- Figura 2.16 Habronemose cutanea na regiao interfalangica. II bolus haptosporus, alem de ou- tros dos generos Absidia coryn- bifera, Rhizopus spp., Mortierella wolfii e Conidiobolus coronatus. A doen<;:aocorre em animais de regi6es tropicais e subtropi- cais umidas, principalmente nos meses de verao, atacando equi- nos de todas as idades, sexo ou ra<;:as.0 Pythium sp. tambem pode causar doen<;:acutanea em bovinos e humanos, e ainda aco- meter caes e gatos. Em geral a infec<;:aose instala no tecido subcutaneo quando ha lesao de pele, desenvolvendo, de forma cr6nica 0 tecido de granu- la<;:aoexuberante (Fig. '2.17). 0 processo de desenvolvimento da lesao se inicia com areas de ne- crose formando multiplos traje- tos fistulosos com exsuda<;:aose- rosa intensa. A lesao evolui para forma<;:ao granulomatosa com presen<;:as de fistulas; canais com secre<;:aoviscosa abundan- te e areas mais ou menos circu- lares de massas necroticas ama- reladas e acinzentadas, conten- do hifas e nucleos calcificados. o intenso processo reacional que se instala, e a caracteristica pruriginosa da lesao, faz 0 cava- 10 ro<;:ara lesao em superficies asperas e se automutilar com os dentes, estimulando ainda mais a prolifera<;:ao granulomatosa, que cresce sem controle. Na maioria das vezes 0 pro- cesso fica restrito a pele e teci- do subcutaneo. Entretanto, oca- sionalmente podera haver inva- sao de estruturas mais profun- das, ou, ate mesmo atingir a dis- tancia 0 trato intestinal, os ossos, Lesao cutanea 1 Instala<;:aoe prolifera<;:ao do fungo (geralmente - Necrose subcutanea nos membros) 1 Intensa rea<;:aoeosinofilica e necrose de vasos sangUineos Aspecto multifilamentoso den so 1 1 Forma<;:aode grumos_ Forma"ao de ffstulas_Granula"ao exuberante com fungo e tecidos com calcificado prurido viscoso Figura 2.17 Etiopatogenia da pitiose. os pulm6es, a traqueia, os lin- fonodos, as articula<;:6es e as bainhas de tend6es, causando gastroenterites, periostites, os- teomielites, artrites septicas, laminite, pneumonia, linfadeni- tes, e tenosinovites de extrema gravidade. o diagnostico se baseia no aspecto granulomatoso da lesao; presen<;:a de areas necroticas com fistulas e canais que secre- tam prurido viscoso; e nucleos calcificados. Em razao do aspec- to granulomatoso da lesao ha a possibilidade de ser confundida, no inicio, ou ser associada com tecido de granula<;:aocicatricial exuberante, habronemose cuta- nea, basidiobolomicoses, e com o sarcoide fibroso ou fibroblasti- co, deve-se realizar 0 diagnostico diferencial, cultivando-se a se- cre<;:aoem meios especiais para fungos, para observa<;:aoe isola- mento do agente. Em muitos casos, ha neces- sidade de realiza<;:aode exames histopatologicos com biopsias profundas da regiao de transi- <;:aodo granuloma, auxiliando, desta maneira, 0 diagnostico di- ferencial (rea<;:ao eosinofnica, necrose de vasos sanguineos e presen<;:ade hifas). Ocasional- mente podem ser utilizados tes- tes de fixa<;:ao,imunodifusao e Figura 2.18 GranulaQaoexuberantena pitiose. hiperssensibilidade intradermi- ca, ainda pouco consistentes em Medicina Veterinaria, o tratamento consiste em ressecyao cirurgica profunda da massa