for grande. Entre- tanto, graus mais discretos de osteoperiostites podem ser tra- tados por onda de choque. Eo processo inflamatorio dos ossos sesamoides proximais e de seus ligamentos, acometendo os membros anteriores de cava- los de saito e de corrida. E uma lesao que se apresen- ta por ostefte localizada e con- sequente a traumatismos dire- tos sobre 0 boleto. Pode tam- bem ser originada apos a exten- sao exagerada do membro, so- Figura 5.23 Osteoperiostite proliferativa periarticular - carpo - Raios-X. Figura 5.25 Osteoperiostite proliferativa periarticular - metatarsofalangica e sesamoidite. brecarregando os ligamentos colaterais e ligamento reto dos sesamoides e, ate mesmo, 0 li- gamento suspensorio do boleto, principalmente dos membros anteriores. Figura 5.24 Osteoperiostite proliferativa periarticular - metatarsofalangica - Raios-X. Figura 5.26 Osteoperiostite proliferativa periarticular - metatarsofalangica e sesamoidite - Raios-X. Figura 5.27 Sesamaidite decorrente de desmarrexia sesamafdea - Raias-X. A gravidade das les6es e as manifestac;6es c1fnicasda sesa- moidite dependemdo grau de comprometimento dos ligamen- tos e dos ossos que podem apre- sentar eros6es das cartilagens e osteofftos marginais. Os sintomas geralmente sac evidentes devido a intensa c1au- dicac;ao que 0 animal manifes- ta. Durante a locomoc;ao 0 ca- valo procura caminhar apoian- do mais a regiao da pinc;a do casco, demonstrando intensa dor devido a pressao e trac;ao que as estruturas atingidas so- frem. Em repouso, 0 cavalo pro- cura alternar 0 apoio com os membros anteriores, conservan- do quase sempre 0 membro doente apoiado sobre a pinc;a. o boleto se apresenta aumen- tado de volume, quente e extre- mamente sensfvel ao ser pres- sionado, principalmente sobre os sesamoides. o diagnostico e feito com base na impotencia funcionallo- comotora e nos sinais de alte- rac;ao.local. Ha necessidade de se radiografar 0 boleto, notada- mente os sesamoides, para se fazer 0 diagnostico diferencial com fratura, que pode manifes- tar sintomatologia muito seme- Ihante. Um aspecto importante para se observar e que as le- s6es ostefticas dos sesamoides somente sac detectadas radio- graficamente apos duas sema- nas do infcio do processo. o tratamento deve ter como base um repouso mfnimo de 60 dias e ser acompanhado pela aplicac;ao de liga de descanso embebida em agua vegetomine- ral. A utilizac;ao de corticoides para a reversao do processo in- flamatorio devera ser feita, as- sim como a indicac;ao de ferra- duras ortopedicas munidas com ramp6es de 1 a 3 cm de altura. A finalidade principal do ferra- geamento e aliviar a tensao dos ligamentos e ossos atingidos, reduzindo a dor. A aplicac;ao topica diaria de substancias heparinoides ou an- tiinflamatorias associadas ao DMSO em soluc;ao a 20%, que acompanhadas de penso com- pressivo durante 5 a 7 dias, na fase aguda do processo, auxilia a recuperac;ao e podera prevenir as sequelas junto ao periosteo. Devido ao tipo de apoio que o animal adota, e a extensa in- flamac;ao que ocorre na regiao, deve-se ficar atento quanto a possibilidade de ocorrencia de co ate as articulac;6esescapulou- Localizada a articulac;ao,e se fenomenos de atrofia do casco meral e coxofemoral. com oobje- o processo for recente, pode-se (encastelamento), em razao da tivo de verificar outras possfveis aplicar duchas de agua fria ou inatividade parcial do aparelho les6es, e a articulac;ao sensfvel bolsa de gelo, para que 0 der- fibroelastico. devera ser radiografada para rame sangufneo seja controlado. Decorrente da intensidade de diagnostico diferencial com fratu- Em seguida, friccione suavemen- ac;ao do trauma, podera haver ras ou mesmo luxac;6es. te toda a articulac;ao com subs- comprometimento do periosteo com formac;ao de osteoperiosti- ~~ te proliferativa periarticular. ,.. - .9 ~ 5.8. Entorse e luxa,;3o. Entorse ..s Denominamos entorse a per- •..0 da repentina e momentanea da .•.. 0 E relac;aoanatomica e estrutural de 0 () uma articulac;ao. 0....I Ocorre com mais frequencia 0J: em animais de corrida, polo e hi- Q)•.. pismo, cuja mecanica locomoto- ellCo <l: ra predisp6e ao apoio instavel, Figura 5.30 0 desequilibrado e falso, produzin- lJ Figura 5.28 LuxaQ8.ometatarsofalangica UJ Q) do, geralmente, torc;ao da articu- LuxaQ8.ometatarsofalang ica. - Raios-X. '00 lac;ao.As articulac;6es mais ex- ()Q) postas sac as interfalangicas e ~ metacarpo e metatarsofalangi- cas, em func;ao de suas caracte- rfsticas dinamicas de flexao, ex- tensao e rotac;ao. o sintoma mais evidente e a c1audicac;ao de aparecimento brusco e grave, chegando 0 ani- mal, em algumas vezes, a evitar o apoio do membro no solo. A articulac;ao atingida sofre, alem do estiramento dos ligamentos e da capsula, derrame intra-arti- cular, instalando-se rapidamente processo inflamatorio extrema- mente doloroso e quente. Diante dos sintomas, 0 mem- Figura 5.29 Figura 5.31 bro do animal devera ser minucio- LuxaQ8.oradiocarpica Luxa<;:8.ometacarpofalangica samente examinado desde 0 cas- - Raios-X. - Raios-X. 113 tancias heparin6ides ou antiin- flamat6rias, preferencialmente associadas ao DMSO para em seguida aplicar-se penso com- pressivo. Este tratamento deve ser feito 2 vezes ao dia, por 5 a 7 dias consecutivos. A ducha de agua fria ou a bota de ge- 10 devera, ja a partir do 2° dia de tratamento, ser substituida por duchas mornas, duas ve- zes ao dia, antes da massagem. Ocasionalmente, quando a ar- ticula<;ao estiver muito inchada, aplique antiinflamat6rios por via sistemica, de preferencia nao hormonais. o repouso devera ser no mi- nimo de 10 dias, e a volta ao tra- balho leve e gradativa. Luxayao As luxa<;6es sac produzidas basicamente pelos mesmos me- canismos das entorses, so que de intensidade muito maior,suficien- te para provocar a perda total da rela<;aodas faces articulares, rup- tura de ligamentos e,as vezes,ate desgarro da capsula com extra- vasamento de liquido sinovial. Praticamente todas as arti- cula<;6es do aparelho locomotor podem ser atingidas, e os sinto- mas dependem da articula<;aole- sada. Genericamente teremos impotencia funcional do membro atingido,dor a manipula<;aoe pos- sibilidCidede palpa<;aodas super- ficies articulares. Edema e tumefa<;aoacompa- nham a evolu<;aodo processo,as- sim como 0 aumento de tempera- tura local. Algumas articula<;6es Figura 5.32 Luxayao interfalangica distal. sac de diflcil acesso ao exame ma- nual,sendo possivel a abordagem somente atraves de radiografias que poderao confirmar a suspeita. o tratamento das luxa<;6es podera ser conservador consis- tindo de manobras de redu<;ao, coaptando as faces articulares, e aplica<;aot6pica de pomadas an- tiinflamatorias associada a apli- ca<;aosistemica de antiinflamato- rios, corticosteroide ou nao este- roidais. Eventualmente a cirurgia pode ser 0 tratamento eletivo, re- duzindo a luxa<;aoe reconstituin- do os ligamentos rompidos, ou ainda atraves da artrodese com pinos ou parafusos, anquilosando a articula<;aocomprometida. 5.9. Deslocamento dorsal da patela. Muito embora esta afec<;ao seja denominada de luxa<;aoda Figura 5.33 Artrodese na luxay8.o interfalangica distal. rotula ou patela por consagra- <;ao,na realidade, 0 que ocorre e 0 deslocamento dorsal sem que haja ruptura dos ligamentos patelares. o deslocamento dorsal da patela e considerado uma afec- <;aocuja principal predisposi<;ao e a hereditariedade, que se tra- duz por angula<;ao imperfeita da articula<;ao femorotlbio-patelar. Entretanto, idade jovem, tonus da musculatura dos membros pos- teriores, e profundidade do sul- co femoral sac condi<;6es impor- tantes para 0 desencadeamen- to ou nao do processo. Estas predisposi<;6es, associadas a a<;aotraumatica