aca- bam sobrecarregando as estru- turas que compoem a articula- t;:ao.0 processo se caraderiza por inflamat;:aodo tecido sinovial com aumento da quantidade de liquido sinovial produzido. Nos casos discretos, 0 liquido sinovial nao apresenta variat;:oes cons i- deraveis, e 0 estudo radiografico podera nao demonstrar altera- t;:oesosseas. 2. Artrite infecciosa (art rite supurativa): E uma verdadeira infect;:ao articular caraderizada por distensao da capsula arti- cular, devido a hipersecret;:ao de liquido sinovial e present;:a de baderias, que atingem a articu- lat;:aodevido a traumas diretos, punt;:oes realizadas sem assep- sia ou pela via hematica ou lin- fatica devido a processos local i- zados em outras regioes do or- ganismo. Neste tipo de artrite, as cartilagens e as extremida- des osseas podem estar aco- metidas e desenvolverem lise gradativa, podendo evoluir para osteoartrite degenerativa e an- quilosante, com perda progres- siva da funt;:ao articular. As ar- trites infecciosas podem ser su- purativas ou nao, dependendo da bade ria envolvida no caso. Os microorganismos mais en- contrados nas artrites infeccio- sas sac: Shigella equuli, Strepto- coccus pyogenes, Staphylococ- cus aureus, Corynebacterium pyogenes (supurativas), e E. coli (nao supurativa). Radiograficamente pode-se observar ap6s 2 a 3 semanas do inicio da artrite septica, pe- riosteite com ou sem exostose nos angulos 6sseos ou na regiao de insert;:aoda capsula articular, durantes as fases mais avant;:a- das, e apenas um aumento do es- pat;:oarticular nas fases iniciais da infect;:ao. Os cultivos de liquido sinovial com resultado negativo, nao ex- c1uem a possibilidade de artrite septica, tornando necessaria a realizat;:ao de provas comple- mentares de aglutinat;:ao e iden- tificat;:ao da fonte baderiana. Al- guns potros podem desenvolver artrite infecciosa ap6s infect;:ao umbilical, pneumonias e infec- t;:aointestinal aguda por Salmo- nelas. Em geral, as artrites infec- ciosas dos potros se instalam em mais de uma articulat;:ao, e exige diagnostico diferencial com a osteocondrose ("O.C'o.") e a doent;:aarticular degenerativa. 3. Artrite degenerativa (os- teaartrite au art rite hipertr6fica): Apresenta-se como degenera- t;:aoe proliferat;:ao de ossos, le- soes nas cartilagens e espes- samento da membrana sinovial e da capsula articular. Radiogra- ficamente, a artrite degenerati- va e caraderizada por redut;:ao do espat;:o articular e present;:a de neoformat;:oes osseas em graus variados ao redor da arti- culac;ao, no processo cronifi- cado. Nos casos de maior gra- vidade, a osteoartrite pode evo- luir para anquilose devido a in- tensa proliferat;:ao que acaba "fundindo" completamente as superficies dos ossos, obliteran- do 0 espat;:oarticular e impedin- do a livre movimentat;:ao da ar- ticulat;:ao (artrose). A osteoartri- te geralmente acomete animais adultos, podendo, no entanto, ser resultante de artrite serosa cr6nica ou mal curada. 4. Artrite anquilosante (an- quilose): E caraderizada por de- generat;:ao e hipertrofia ou proli- ferat;:ao ossea nas lesoes carti- laginosas e periosteais, levando a um estado final de ossificat;:ao, produzindo restric;ao total au parcial dos movimentos. A artri- te anquilosante pode ser a fase final da artrite degenerativa, ou de qualquer outra forma de ar- trite grave e cr6nica, ou ainda quando 0 processo inicial foi tra- tado inadequadamente. Figura 5.65 Artrite degenerativa anquilosante. Os potros, embora menos frequentemente, pode apresen- tar um outro tipo de artrite deno- minada Artrite Raquitica, decor- rente de disturbios metab61icos devidos a deficiente ingestao e metaboliza<;:aode Ca, P, Cu, Zn. Nestas situa<;:6es,pode ser ob- servada deprava<;:aodo apetite (pica) e pelagem opaca sem brilho. A artrite raquitica pode ainda ser acentuada devido a conforma<;:ao defeituosa de es- truturas articulares e de altera- <;:6esna placa fiseal, principal- mente de ossos longos. Diagn6stico das artrites Baseia-se na apresenta<;:ao clinica do processo articular tal como: aumento de volume, flu- tua<;:ao,calor, dor e claudica<;:ao. Evidentemente que sinais classi- cos como os citados, raramente sao suficientes para se estabe- lecer um diagn6stico diferencial, sendo de fundamental importan- cia 0 conhecimento previo de fa- to res como idade, alimenta<;:ao, tipo de trabalho, traumas agudos ou cr6nicos, manejo, condi<;:6es de aprumos, interven<;:6esinad- vertidas por parte de leigos ete. o estudo radiografico da articula- <;:aolesada, na maioria das vezes, constitui-se no elemento mais im- portante na elabora<;:aodo diag- n6stico diferencial e do progn6s- tico. Presen<;:ade gas no interior da articula<;:ao,processos dege- nerativos 6sseos e cartilaginosos, prolifera<;:6esosteocondrais fra- turas de ossos carpicos, hipertro- fias 6sseas e anquilose, saGima- gens frequentes em articula<;:6es de animais portadores de artrites com diagn6stico diferencial defi- nido e tratamento inadequado. A ultra-sonografia e artrosco- pia articular, atualmente consti- tuem-se nosmetodos auxiliares de diagn6stico cada vez mais uti- lizados e uteis para abreviarem o retorno do animal ao trabalho. Cavalos que foram operados atraves do artrosc6pio, e que apresentavam fraturas carpicas, por exemplo, recuperam-se para corridas mais rapidamente do que os tratados por artrotomia. A artrocentese, alem de ser uma via evacuat6ria e terapeuti- ca, se presta para auxiliar a ela- bora<;:aodo diagn6stico diferen- cial atraves de exames laborato- riais e da cultura do IIquido sino- vial. As pun<;:6esda articula<;:ao, tanto diagn6stica como terapeu- tica, deverao ser realizadas com assepsia, devido ao elevado risco de se introduzir microorganismos em uma articula<;:aoem condi<;:6es assepticas. A pele devera ser tri- cotomizada, lavada com agua e sabao e desinfetada com alcool- iodado ou iodo-povidine, de pre- ferencia. Agulhas e seringas de- vem estar esterilizadas,assim co- mo 0 operador devera cal<;:arlu- vas esterilizadas para a realiza- <;:aoda artrocentese. Animais in- d6ceis devem ser tranquilizados para que nao se corra 0 risco da articula<;:aoser traumatizada pela presen<;:ada agulha de pun<;:ao no espa<;:oarticular. Figura 5.66 Artrocentese - art rite serosa. Muito embora sejam de bai- xa ocorrencia, os comprometi- mentos articulares causados par traumas leves e continuados em ossos e ligamentos, em suas fa- ses iniciais, pode nao apresen- tar sinais articulares caracterfs- ticos, e somente poderao ser de- tectados atraves de bloqueios anestesicos intra-articulares. Em geral, estes animais SaD referi- dos como os que "defendem" 0 membro comprometido durante o trabalho, e em determinados tipos de exerdcios. Nestas cir- cunstancias, e comum que es- tes animais apresentem 2 a 3 semanas ap6s 0 infcio da mani- festac;:aoc1fnica,imagens radio- graficas de osteofitos, notada- Quanto a analise do Ifquido sinovial, os processos articulares podem ser divididos em grupos: mente nos ossos que comp6em as articulac;:6escarpi cas. Os exames laboratoriais do If- quido sinovial assepticamente colhido, incluem, alem da cultura para pesquisa de microorganis- mos e antibiograma, contagem total e diferencial de leuc6citos, contagem de eritr6citos, protef- na total, viscosidade, coagulo de mucina e analise de partfculas em suspensao (fibrina e restos 6sseos e cartilagfneos). Outros dados laboratoriais que podem auxiliar na avaliac;:aogeral dos processos articulares SaD os va- lores sericos da glicose; fosfata- se alcalina; desidrogenase lacti- ca; aspartato aminotransferase e transaminase glutamico piruvica. E de extrema importancia res- saltar-se que, ao cultivo do Ifquido sinovial,o isolamento de agentes infecciosos em uma afecc;:aoarti- cular, e sugestivo