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Relatório Estágio Diferentes Contextos

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
FRANCIELE CRISTINA DE MELLO SANTOS, RU: 1320439, TURMA: 2017/02
ESTÁGIO SUPERVISIONADO – DIFERENTES CONTEXTOS
CURITIBA
2018
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
FRANCIELE CRISTINA DE MELLO SANTOS, RU: 1320439, TURMA: 2017/02
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Relatório de Estágio Supervisionado- Diferentes Contextos apresentado ao curso de Licenciatura em Pedagogia do Centro Universitário Internacional UNINTER.
CURITIBA
2018
INTRODUÇÃO
O Estágio Supervisionado é um momento de nossa formação acadêmica que temos destinado para conhecer melhor os espaços educativos em que podemos atuar e estar em pleno contato com a realidade vivida pela população daquela localidade e pelos profissionais que atuam naquela instituição. É a oportunidade de estabelecer uma aproximação entre a teoria e a prática, é na prática durante os estágios que encontramos a possibilidade de vivenciar e entender alguns conceitos que nos foram ensinados em forma de teoria durante o curso, o estágio permite que o estagiário conheça e analise sobre a carreira profissional escolhida e seu futuro ambiente de trabalho por meio de informações e trocas de experiências com profissionais que já atuam nesse meio, assim nos sentiremos mais preparados para enfrentar a realidade. O Estágio Supervisionado- Diferentes Contextos foi realizado durante o período de seis de março de dois mil e dezoito a dezesseis de abril de dois mil e dezoito, na Instituição Casa de Referência de Assistência Social (CRAS), realizado por mim, Franciele Cristina de Mello Santos.
Dentre os objetivos do Estágio Supervisionado: Diferentes Contextos pode se destacar o processo de como acontece à organização da prática pedagógica em diferentes espaços e propostas educacionais; o conhecimento da comunidade escolar e não escolar e suas dimensões histórica, geográfica e a diversidade cultural; os espaços de aprendizagem em contextos educacionais formais e não formais; observação da atuação do Pedagogo em espaços educativos não escolares. Integração do estudante com a realidade social e econômica e do trabalho pedagógico em ONGs, hospitais, empresas, programas de formação continuada; desenvolver projeto de atuação do Pedagogo em espaços educativos não escolares. O presente relatório tem como objetivos descrever as atividades realizadas por mim em toda minha trajetória durante esse período, explicando como foi minha observação e o meu envolvimento com a instituição estagiada.
Durante toda nossa formação acadêmica, estudamos inúmeras teorias e conteúdos no curso, até que chega o momento de realizarmos uma etapa importantíssima para nossa formação acadêmica o Estágio Supervisionado, que é uma etapa indispensável para a formação de estudantes de todos os cursos, principalmente para Cursos de Licenciaturas, é o momento em que temos a oportunidade de vivenciar experiências, nos deparar com situações do dia a dia que são decorrentes em um ambiente educacional, e consequentemente preparar-se para encarar tais situações após o ingresso nessa carreira.
Durante o curso de graduação começam a ser construídos os saberes, as habilidades, posturas e atitudes que formam o profissional. Em períodos de estágio, esses conhecimentos são ressignificados pelo aluno estagiário a partir de suas experiências pessoais em contato direto com o campo de trabalho que, ao longo da vida profissional, vão sendo reconstruídos no exercício da profissão. (ALMEIDA e PIMENTA, 2014, p. 73)
 No decorrer desse período de estágio realizei observações e participações diárias, pesquisei e levantei dados que norteiam o funcionamento da instituição Casa de Referência de Assistência Social (CRAS), Verifiquei o Projeto Político Pedagógico da instituição, elaborei e apliquei um Projeto de Intervenção.
Nesse relatório abordarei itens, tais como, o estagio supervisionado, a instituição estagiada, os Programas de Assistência Social oferecidos no CRAS, a identificação da instituição, descrição de meu Projeto de Intervenção,
A INSTITUIÇÃO ESTAGIADA
A Casa de Referência de Assistência Social, também conhecida como CRAS é uma Unidade Pública Estatal descentralizada da política de assistência social sendo responsável pela organização e oferta dos serviços socioassistenciais da Proteção Social Básica do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) nas áreas de vulnerabilidade e risco social dentro do município de Sengés. Essa Unidade faz parte das quase oito mil, espalhadas por todo o nosso país. Seus principais atendimentos são o PAIF (Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família), o SCFV (Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Adolescentes) e a Assistência Social. É por meio do CRAS que a Assistência Social tem a oportunidade de se aproximar mais das famílias, reconhecerem as desigualdades sociais, buscar nas políticas sociais reduzir essas desigualdades, identificar e potencializar as famílias que mais precisam. O horário de atendimento no período matutino inicia-se das oito horas às onze horas da manhã, já no período vespertino, o atendimento é retomado das treze às dezessete horas. 
2.1 PAIF- SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL À FAMILIA
O PAIF é um serviço social oferecido em todas as Casas de Referência da Assistência Social (CRAS) e apóia as famílias, auxilia e orienta para prevenção de situações de vulnerabilidade ou violência, preveni rupturas em vínculos familiares e busca promover o acesso a direitos para contribuir na qualidade de vida das mulheres que lá frequentam. O foco desse serviço social está em suas ações de caráter preventivo, protetivo e proativo. Este trabalho social com a família estimula potencializar as famílias e a comunidade, promovendo espaços para a escuta e troca de informações e experiências. Fortalece a função protetiva da família, preveni os vínculos familiares de possíveis rupturas, possibilitando a superação de casos em que os vínculos foram ou estão sendo desfeitos, promove o acesso a benefícios, programas de transferência de renda e serviços socioassistenciais, contribuindo para a inserção das famílias na rede de proteção social de assistência social, apóia famílias que possuem, dentre seus membros, indivíduos que necessitam de cuidados, por meio da promoção de espaços coletivos de escuta e troca de vivências familiares.
As famílias dessa Unidade que participam do PAIF são as que se encontram em situações de vulnerabilidade social, as que vivem em localidades com difícil de acesso a saúde, educação, especialmente famílias em que a mãe assume papel de pai também, ou que tenham filhos dependentes, famílias sem acesso a serviços e benefícios sócio assistenciais, famílias que moram em situações precárias, sem instalações elétricas, água potável, rede de esgoto, em áreas com riscos de deslizamentos e desastres ambientais com vivencias de discriminação por serem étnico-raciais por terem membros com deficiências ou orientação sexual, famílias que estejam em contato com situações de violência, crime ou trafico de drogas, que estão enfrentando o desemprego, ou com renda muito baixa para o sustento de todos os seus integrantes. Entretanto, nem todas as famílias que se encontra nas situações citadas acima são obrigatoriamente inseridas no PAIF, visto que o atendimento desse serviço é de interesse e concordância familiar. 
Os encontros do PAIF são pautados em escuta e análise da afetividade na família, os participantes se sentem seguros para expor sua própria história, hábitos e costumes, durante as conversas, e tentam em conjunto com a psicóloga e a assistente social encontrar alternativas para tentar mudar ou transformar a realidade vivida. 
2.2- SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS ADOLESCENTES- SCFV.
O SCFV busca reunir adolescentes entre doze e dezessete anos de idade, para desenvolvimento de projetos, atividades e ações em grupos. Podem participar adolescentes que sofreram ou sofrem violência, vítimas de trabalhoinfantil, jovens que cumprem medidas sócioeducativas, sem amparo da família e da comunidade. 
O serviço tem como objetivo fortalecer as relações familiares e comunitárias, além de promover a integração e a troca de experiências entre os participantes, valorizando o sentido de vida coletiva. O SCFV possui um caráter preventivo, pautado na defesa e afirmação de direitos e no desenvolvimento de capacidades dos usuários. É uma forma de intervenção social planejada que cria situações de estímulos e orientações aos usuários na construção e reconstrução de suas histórias e vivências.
Para participar do SCVF, os responsáveis pelos adolescentes se dirigem até uma Unidade do CRAS e participam de uma entrevista para o preenchimento de uma Ficha de Acolhida, para que a instituição conheça um pouco mais da família pelas informações recolhidas, nessa ficha há perguntas, como: Nome do adolescente, data, nome do responsável, endereço, quantidade de moradores na casa, quem é o responsável mais presente na vida do adolescente, a mãe ou o pai, como é o relacionamento familiar, qualidades daquele adolescente, problemas de saúde e renda. Após preenchimento essas fichas são arquivadas e somente os funcionários do CRAS têm acesso, pois as respostas das perguntas são extremamente pessoais. Os encontros do SCFV são realizados três vezes na semana, as segundas-feiras, terças-feiras e quintas-feiras, nesses encontros em grupo são realizadas atividades artísticas, culturais, de lazer e esportivas, de acordo com a idade dos usuários. Lá os adolescentes têm a oportunidade de participar de Oficinas de arte com materiais recicláveis, pintura e escultura, música, confecção artesanal de instrumentos, danças populares, projetos sociais, educação ambiental; oficinas vocacionais, de teatro, cidadania, esporte e lazer. 
Todo o planejamento das atividades realizadas no CRAS pelo grupo SCFV, leva em consideração a realidade do município e dos adolescentes que participam, assim, no primeiro encontro do ano entre os adolescentes e a Psicóloga, ela entrega a eles pedaços de papéis, para que os mesmos escrevam temas que gostariam que fossem abordados nos futuros encontros durante todo o ano de dois mil e dezoito, eles não precisam se identificar, apenas escrever o tema escolhido, dobrar o papel e colocar em uma caixinha, para que a Psicóloga leia e analise os temas, dessa maneira a mesma fica atenta quanto as necessidades de informações daquele grupo, a partir do tema sugerido, e em conversa com a profissional de artes e ofícios que estará trabalhando diretamente com os adolescentes desenvolve atividades diferenciadas e prazerosas para suprir as necessidades daqueles grupo. Outra atividade que a Psicóloga opta em seu primeiro contato com os adolescentes é entregar um pedaço de papel, para que o mesmo de forma breve e em poucas linhas escreva o que esperam que aconteçam em suas vidas no decorrer desse ano, os papéis são guardados e só serão abertos no final dos encontros para que os adolescentes reflitam, se todos os acontecimentos do ano foram os esperados e escritos no primeiro encontro.
Durante o período que o adolescente participa dos encontros no grupo, além das oficinas que o mesmo participa o objetivo também é tentar inserir esse adolescente no mercado de trabalho, por meio de Cursos oferecidos pelo SENAI, ou em estágios em empresas e Bancos do Município de Sengés, como por exemplo, estágio no Banco do Brasil, Empresas como Línea Paraná Madeiras LTDA. e Arauco.
2.3- ASSISTÊNCIA SOCIAL
O trabalho da Assistente Social no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) é diretamente com as famílias, buscando entender as reais situações dos usuários da unidade, os pontos de vulnerabilidade. Nos primeiros encontros a assistente assume apenas o papel de escuta, é nessas conversas que a família começa a compreender que ela tem vez e voz, e ao se sentir compreendida, ela se sente confortável para descrever suas vulnerabilidades e suas necessidades para a assistente. Nesse momento lhes são apresentados e oferecidos a participação nos programas e serviços oferecidos no CRAS e realizadas algumas orientações pessoais. 
É responsabilidade da Assistente Social, visitar as famílias para verificar a situação em que vivem e as quais situações estão expostas, autorizar famílias a receber a Cesta Básica, que é uma ajuda temporária e mensal enquanto os mesmos estiverem passando por dificuldades financeiras, desemprego, assinar Ordem de Fraldas para as mamães grávidas que não condições, para que estas possam confeccionar as fraldas que usarão em seus bebês na Casa de Ofício, emitir uma guia autorizando a 2ª via de documentos como Certidão de Nascimento, Registro Geral e Cadastro de Pessoa Física gratuitamente. A Assistente Social também é quem autoriza a família a Participar do Programa Cesta Verde, que garante as famílias cadastradas, semanalmente buscar frutas legumes e verduras fornecidas pela prefeitura na Unidade do CRAS.
2.4- ATIVIDADES REALIZADAS NOS ENCONTROS DO SCFV 
Durante minha estadia como estagiária do CRAS, pude perceber que nos encontros com o grupo de adolescestes que ocorrem três vezes na semana, as segundas-feiras, terças-feiras e quintas-feiras, no dia do encontro assim que chegam à Instituição ajudam na arrumação da disposição das mesas e cadeiras, respondem a chamada diária que é realizada pela orientadora de artes e ofícios que é a pessoa que tem o contato mais próximo com esses adolescentes. E iniciam as atividades, que são bem atrativas e variadas, confeccionam cartazes decorativos, cartazes com as Regras de Convivência, Confeccionam cartões de Datas comemorativas com materiais e moldes diversos disponibilizados pela orientadora, confeccionam bichinhos de feltro, para chaveiros. Assistem a filmes com a classificação indicativa apropriados para a idade deles e que tenham um fundo moral, reflexivo e de conscientização. Realizam ilustrações com materiais diversificados, lápis de cor, canetinhas, tinta. Debatem temas como Violência, Drogas, Abuso, Gravidez, Reciclagem, Juventude, Saúde e qualidade de vida. Nessas conversas também são incentivados ao mercado de trabalho e importância da permanência na Escola.
2.5 ATIVIDADES REALIZADAS NOS ENCONTROS DO ARTESANATO
O grupo de artesanato tem seu encontro semanal toda às quartas- feiras, também ajudam na arrumação da disposição das mesas e cadeiras, respondem a chamada diária e iniciam suas atividades, esse grupo é composto apenas por mulheres, que fazem artesanatos para melhorar suas habilidades, aprender e praticar algumas técnicas de costuras, crochês e pinturas, tudo o que é feito nesses encontros é levado para casa, assim as mesmas podem vender seus artesanatos e contribuir com a renda da família. Durante esses encontros para artesanatos, as mulheres se sentem a vontade para conversar, trocar informações e orientações sobre a família, o dia a dia e suas vivências.
Ao final de todo o encontro, independente de ser de jovens ou adultos, é servido um lanche para os que estivam presentes, após o lanche eles organizam novamente o ambiente assim como a sala estava no início, recolhendo os lixos e guardando os materiais utilizados no armário, depois de tudo organizados os mesmos retornam para suas casas.
	
PROJETO DE INTERVENÇÃO: GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA - CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS
3.1 CONTEXTO DO PROJETO:
Segundo o “Estatuto da Criança e do Adolescente, Art. 2.º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescentes aqueles entre doze e dezoito anos de idade”. O projeto foi pensando a partir do alto número de casos de gravidez precoce ocorridos entre adolescentes de doze a dezoito anos na comunidade em questão e no Brasil como um todo, também pelo número de complicações futuras que estão ligadas a uma gravidez precoce e inesperada, visando então promover informações, discussões, e a sensibilização dos adolescentes para as questões relativas à gravidez não planejada e o uso de métodos contraceptivos para a prevenção dedoenças sexualmente transmissíveis (DST).
A adolescência é uma fase caracterizada por mudanças e conflitos, é onde o adolescente não se reconhece mais como uma criança, e menos ainda como um adulto, é uma fase em que ele ainda não sabe bem no que está realmente se transformando, nem quem ele é de verdade. A adolescência caracteriza-se então pelo período de transição entre a infância e a vida adulta compreendido entre os doze e os dezoito anos de idade. Esta se inicia com as mudanças corporais da puberdade e termina quando o indivíduo consolida seu crescimento e sua personalidade. Tudo durante o período da adolescência é descoberta, e é em meio a tantas descobertas que muitas vezes ocorre à gravidez na adolescência, seja pela influência de meios externos, mídias e veículos de comunicação que estão estimulando as atividades sexuais cada vez mais precoces entre os jovens e adolescentes ou pelo afastamento e a desestrutura familiar. Diante disso o apoio da família é primordial, porque a família é o nosso alicerce, é nela que encontraremos segurança e amor, nas situações mais difíceis durante nossa vida, já que a gravidez na adolescência é considerada como um dos problemas de saúde pública aqui no Brasil, assim torna-se importante articular reflexões sobre a gravidez precoce alertando para a necessidade de se implantar políticas que previnam a mesma. 
3.1.2 JUSTIFICATIVA:
A gravidez na adolescência é um problema social visível enfrentado por adolescentes que frequentam a Casa de Referência de Assistência Social (CRAS), e por todos os outros desse Bairro e Município, durante o período de observações em que estive presente lá, descobriu-se que uma das adolescentes está grávida.
A ocorrência da gravidez faz com que a adolescente sofra uma ruptura em seu desenvolvimento e antecipe uma etapa da sua vida que poderia ser adiada por algum tempo, e se depare com um momento de insegurança sobre sua expectativa de futuro e a reação da família. Por estes motivos, a gestação precoce é apontada como um elemento capaz de abalar a vida da adolescente, um problema para os jovens que iniciam uma família não intencionada, afeta na possibilidade de elaborar um projeto de vida estável e as expõe ao comprometimento com a saúde por meio de doenças sexualmente transmissíveis. A gravidez na adolescência representa uma das principais causas de morte de adolescentes do sexo feminino, causando consequências para o bebê, deixando-o exposto a condições de risco, como o baixo peso, desnutrição e até mesmo a mortalidade no primeiro ano de vida. 
 “Dentre esses fatores que têm contribuído para o aumento da gravidez na adolescência, destacam-se o início precoce da vida sexual associado à ausência do uso de métodos contraceptivos, além da dificuldade de acesso a programas de planejamento familiar” (AMORIM et al., 2009).
Neste sentido, torna-se indispensável trabalhar a sexualidade, principalmente na adolescência, pois ainda a mesma é tratada como tabu, mesmo sendo retratada frequentemente em programas de televisão e músicas. Diante disso, faz- se necessário um projeto para conscientizar, informar e orientar os riscos e as complicações da gravidez e do aborto, tudo isso visando diminuir o índice de gravidez na adolescência e os riscos desnecessários de uma gravidez precoce. 
OBJETIVOS:
3.1.3.1 Objetivos Gerais:
Sensibilizar os Adolescentes do programa SCFV (Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Adolescentes), através do projeto de intervenção, sobre as consequências da gravidez na adolescência e os métodos contraceptivos para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, a fim de diminuir os altos índices de gravidez nessa faixa etária.
3.1.3.2 Objetivos Específicos:
Promover no adolescente um comportamento responsável no que se refere ao inicio de relações sexuais e à prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)
Possibilitar um espaço de discussão onde o aspecto principal será a sexualidade e gravidez na adolescência.
Conscientizar os jovens sobre as possíveis consequências da gravidez precoce por meio de panfletos.
3.1.4 PÚBLICO ALVO: 
Adolescentes entre doze a dezessete anos que participam do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Adolescentes, na Unidade do CRAS.
3.1.5 METODOLOGIAS:
Durante o período de observações do Estágio Supervisionado na Unidade CRAS, identifiquei as situações sociais mais agravantes daquela comunidade e a partir deste, escolhi para ser abordado o tema Gravidez na Adolescência. 
1º Momento: Iniciarei meu Projeto de Intervenção com uma breve apresentação/ dinâmica para os adolescestes.
 Procedimento: Direi meu nome, a função que eu exerço e uma qualidade. E seguida pedir que todos do grupo se apresentem dizendo o nome e uma qualidade que os defina e que comece com a primeira letra do nome deles. Essa é uma maneira simples de fazer com que todos busquem qualidades dentro de si.
2º Momento: Abordar o tema “Gravidez na Adolescência- Causas e Consequências”, por meio do Vídeo ‘Curta Metragem- Gravidez na Adolescência’ com duração de 14 minutos e 47 segundos, que será exibido em um projetor multimídia. O vídeo relata a vida de uma adolescente chamada Lana de 14anos, que namora um menino chamado Diego de 15 anos, há aproximadamente um ano, os dois decidem manter a primeira relação sexual, Lana tenta conversar com sua Mãe Maria, sobre a proposta do namorado em manterem relação sexual, mas não obtém sucesso, então em uma conversa com as amigas decide ter relação sexual com o namorado, porém eles não utilizam preservativos, após algumas suspeitas e sintomas de gravidez vai até a farmácia com uma amiga para comprar um teste de gravidez e descobre que está realmente grávida, assim que procura o namorado para dar a noticia o mesmo desconversa e diz não ser o pai, pede para abortar e que Lana escolha entre ele ou a criança, apesar das inseguranças Lana escolhe o bebê, os meses passam e Lana já não consegue mais esconder o crescimento da barriga e conta para a sua mãe que está grávida, Maria em primeiro momento não acredita e questiona a pouca idade da filha, sai à procura orientações de um Religioso, depois de aconselhada decide aceitar e apoiar a gravidez da filha. Lana ainda tentava se comunicar com o Diogo durante toda a gravidez, porém não obteve êxito. Lana deu à luz a uma menininha saudável, porém com o nascimento da filha Lana teve que deixar de fazer coisas e freqüentar lugares que mais gostava. Diego nunca mais apareceu. O vídeo foi retirado da plataforma Youtube.
3º Momento: Dinâmica – “Cuidando do Ninho”
Nesse momento, os adolescentes irão vivenciar papéis parecidos com os de Lana e Diego do vídeo.
Objetivos da dinâmica: Trabalhar com os adolescentes as questões relacionadas com a dificuldade de falar de sexualidade, maternidade e paternidade precoce e com suas responsabilidades e métodos contraceptivos. A dinâmica envolve o tema sexualidade e saúde, procurando mostrar que a sexualidade é fundamental não só para a reprodução, como também para o bem estar do ser humano, devendo por isso estar relacionada a outros aspectos como o afeto, prazer, namoro, casamento, filhos e projeto de vida.
Materiais necessários: Ovo cru ou bexiga personalizada, nós utilizaremos uma bexiga, e certidão de nascimento do Bebê ovo/ Bebê Bexiga.
Desenvolvimento: Cada adolescente receberá uma bexiga, que simboliza um recém-nascido que poderá ser cuidado pelo ‘pai’, pela ‘mãe’ ou por ambos. 
Cada adolescente deverá personalizar seu bebê-bexiga, desenhando olhos, nariz, boca, fazendo roupinhas de feltro e montar/preencher uma Certidão de Nascimento para seu bebê.
O bebê-bexiga fará parte de nosso dia a dia, portanto levaremos a todos os lugares aonde normalmente vamos, durante a realização do Projeto de Intervenção.
Ao final da dinâmica cada adolescente deverá descrever oralmente como foi à experiência de cuidar de seu bebê, contando histórias ocorridas com o bebê e com o participante durante a realização da atividade.
4º momento: Entregar aos alunos panfletos impressossobre a Gravidez na Adolescência, com o objetivo de conscientizá-los sobre uma gravidez precoce e indesejada e o uso de métodos contraceptivos.
3.1.6 CRONOGRAMA:
	Cronograma de Desenvolvimento do Projeto
	Período/Horas
	Atividades
	8h às 8h e 20 min.
	Recepção dos Adolescentes.
Apresentação pessoal e dos adolescentes.
	8h e 25 min. às 8 h 40 min.
	Assistir ao Vídeo: ‘Curta Metragem- Gravidez na Adolescência’.
	8h e 40 min. às 9 h e 10 min. 
	Dinâmica: Cuidando do Ninho (explicação da dinâmica, personalização da bexiga, preenchimento da Certidão de Nascimento da Bexiga).
	10 h às 10 h e 25 min.
	Roda da Conversa (referente à experiência com o bebê bexiga).
	10: 25 h às 10h e 30 minutos
	Entregar os Panfletos de conscientização.
	10 h e 30 minutos às 10h e 50min min.
	Lanche.
	10h e 50 min. às 11 h
	Organização do Ambiente/ Sala e retorno para casa.
3.1.7 AVALIAÇÃO:
Pretende-se com este Projeto de Intervenção melhorar o nível de informação dos adolescentes sobre a Gravidez na Adolescência, envolvê-los em questionamentos a fim de reduzir o índice de mães e pais adolescentes no município de Sengés. Espera-se que haja a partir de então, uma melhoria no planejamento familiar, conscientização sobre a importância de uma família bem estruturada e dos impactos causados por uma gravidez precoce. Isso não significa que veremos os resultados da noite para o dia, ou que seja uma tarefa simples de ser realizada, entretanto se não conseguirmos ver resultados imediatos quanto aos índices de gravidez na adolescência, saberei que plantei uma sementinha de conscientização e de informação naquele grupo de adolescentes.
	
 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESTAGIADA
O Estágio Supervisionado: Diferentes Contextos foram realizados na Instituição: Casa de Referência de Assistência Social (CRAS), situada à Rua Acácio de Souza, número 116, no Bairro São Pedro, CEP 84220-000, localizada na cidade de Sengés, no estado do Paraná. O contato com a Instituição pode ser realizado por meio do telefone (43) 35672463 e do e-mail prefeito@senges.pr.gov.br.
A instituição Casa de Referência de Assistência Social (CRAS) oferta seus atendimentos nos períodos matutinos e vespertinos.
Essa instituição atente um total aproximado de 300 a 400 pessoas mensalmente.
O estágio foi realizado no período de 06 de março de 2018 a 16 de abril de 2018, no período matutino, sendo nesse período observado o trabalho de Assistência Social e de Prevenção de situações consideradas vulneráveis e de risco social realizado pelo CRAS, aqui na cidade de Sengés.
CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA / FILOSÓFICA DA INSTITUIÇÃO
A Casa de Referencia de Assistência Social para o seu completo funcionamento é norteada pela Política Nacional de Assistência Social (PNAS), que foi aprovada em 2004 e apresenta as diretrizes para a efetivação da assistência social como direito de cidadania e responsabilidade do Estado. 
A Política Pública de Assistência Social realiza-se de forma integrada às políticas setoriais, considerando as desigualdades socioterritoriais, visando seu enfrentamento, à garantia dos mínimos sociais, ao provimento de condições para atender contingências sociais e à universalização dos direitos sociais.
Política de Assistência Social PNAS/2004 Norma Operacional Básica- NOB/SUAS
De acordo com a Política Nacional de Assistência Social (PNAS), os princípios a ser seguidos pelo CRAS em seus atendimentos a família são: Em consonância com o disposto na LOAS, capítulo II, seção I, artigo 4º, a Política Nacional de Assistência Social rege-se pelos seguintes princípios democráticos:
 I – Supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica; 
II - Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas; 
III - Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade; 
IV - Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais; 
V – Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão.
A organização da Assistência Social tem as seguintes diretrizes, baseadas na Constituição Federal de 1988 e na LOAS: 
I - Descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e execução dos respectivos programas às esferas estaduais e municipais, bem como a entidades beneficentes e de assistência social, 26 garantindo o comando único das ações em cada esfera de governo, respeitando-se as diferenças e as características socioterritoriais locais; 
II - Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis; 
III - Primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera de governo; 
IV - Centralidade na família para concepção e implementação dos benefícios, serviços, programas e projetos.
Conhecendo a Legislação, deve-se utilizá-la como parte integrante e instrumento do trabalho na Instituição, a mesma, segue em sua conduta o que consta nas leis: “Constituição Federal de 1988, Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS/1993, Norma Operacional Básica da Assistência Social – NOB SUAS/2005, Legislação específica do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social, Benefícios Eventuais e do Programa Bolsa-Família, Caderno de Orientações Técnicas do CRAS e de Orientações Técnicas do PAIF – Volumes I e II.”
A equipe do CRAS deve estar atenta aos seus eixos norteadores: convivência social, direito de ser e participação. É a partir destes eixos são realizados os encontros dos grupos, que precisam ser planejados com antecedência Entre estas atividades, estão oficinas de esporte, lazer, arte e cultura.
A Unidade também conta com princípios éticos que devem orientar a intervenção dos profissionais da área de assistência social, segundo a NOB-RH/SUAS:
I-Defesa severa dos direitos socioassistenciais.
II- Compromisso em ofertar serviços, programas, projetos e benefícios de qualidade que garantam a oportunidade de convívio para o fortalecimento de laços familiares e comunitários.
III- Promoção aos usuários do acesso à informação, garantindo conhecer o nome e a credencial de quem os atende.
IV- Compromisso em garantir atenção profissional direcionada para construção de projetos pessoais e sociais para autonomia e sustentabilidade.
V- Reconhecimento do direito dos usuários a ter acesso aos benefícios e renda e aos programas de oportunidades para a inserção profissional e social;
VI- Incentivo aos usuários para que estes exerçam seu direito de participar de fóruns, conselhos, movimentos sociais e cooperativas populares e de produção;
VII- Garantia do acesso da população a política de assistência social sem discriminação de qualquer natureza (gênero, raça/etnia, credo, orientação sexual, classe social, ou outras), resguardando os critérios de elegibilidade dos diferentes programas, projetos, serviços e benefícios.
VIII- Devolução das informações colhidas nos estudos e pesquisas aos usuários, no sentido de que estes possam usá-las para o fortalecimento de seus interesses.
IX- Contribuição para a criação de mecanismos que venham desburocratizar a relação com os usuários, no sentido de agilizar e melhorar os serviços prestados.
Os funcionários que atendem no CRAS do Bairro São Pedro, na cidade de Sengés, também participam anualmente de uma Conferência, onde um Palestrante é escolhido e trazido para Sengés pela Secretaria de Assistência Social e a Prefeitura Municipal, este por sua vez, explica e dá sugestões de temas, atividades e dinâmicas para ser realizadas com o publico que é atendidopelo CRAS.
DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
6.1 CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL
A Casa de Referencia de Assistência Social oferece em sua programação encontros em grupos de adolescentes e de adultos para a realização atividades e oficinas. Para esses encontros é utilizada a Sala Multiuso. A instituição realiza algumas atividades e prestação de serviço para o público como o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Adolescentes, o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF), Assistente Social, Cestas Básicas, Cesta Verde, Fotos 3X4 para documentos, 2ª via de Certidão de Nascimento e Ordem de Confecção de Fraldas. Não possui fins lucrativos, tudo que é oferecido às famílias são gratuitamente, os materiais e lanche que são utilizados e consumidos nos encontros são fornecidos pela Secretaria Municipal de Assistência Social juntamente com a Prefeitura Municipal de Sengés. Exerce suas atividades desde o dia 02 de março de 2.012, data de sua inauguração, são mais de seis anos atuando com serviços de Assistência Social. É uma unidade nacional, que atende as famílias do Município de Sengés-Paraná, principalmente as famílias que moram no Bairro São Pedro, Bairro em que a Unidade do CRAS está localizada. 
O ambiente sempre esteve bem cuidados, limpo, iluminados e ventilados, os móveis em bom estado, às portas são todas sinalizadas com plaquinhas decorativas em E.V.A para maior facilidade do publico atendido em localizar-se no ambiente
O imóvel da sede da Casa de Referencia e Assistência Social, conta com alguns espaços específicos a Recepção é onde ficam dispostas cadeiras para que o público aguarde seu atendimento ou seu horário, um computador para controle das presenças e faltas diárias, lá tudo é controlado por meio de planilhas, um telefone que é utilizado por todos os funcionários. Nas paredes são fixados murais informativos como os horários de atendimento, cronogramas, controle do Programa Bolsa Família e avisos em geral.
 Sala de Brinquedoteca utilizada pela Psicóloga para atendimentos que a mesma realiza com crianças que são ou foram vítimas de abuso sexual, ou mesmo em casos em que há apenas a suspeita de abuso sexual. Em dias em que a psicóloga não utiliza essa sala, as mamães que fazem artesanato e não tem ou não tiveram ninguém para com quem deixar seu filho naquele dia pode deixá-lo brincando na sala da Brinquedoteca, quando isso ocorre à recepcionista e a zeladora sempre que podem supervisionam a criança para mãe.
Sala Multiuso é de uso coletivo para os encontros dos grupos de adolescentes, artesanatos, PAIF e reuniões em geral.
Sala administrativa é utilizada pela da Coordenadora do CRAS, onde são coordenados os trabalhos, realizadas a entrevista para a Ficha de Acolhida para o inicio da participação dos adolescentes nos encontros do SCFV, também onde ficam armários com os materiais de estoque, manta acrílica, velcros, botões, miçangas, papéis sulfite, pois a unidade não possui almoxarifado, e como a sala é de um tamanho considerável é utilizada para essas duas finalidades.
A sala de atendimento da Assistente Social possui computador, impressora, atas para registro dos atendimentos, estante de arquivos e documentação das famílias já atendidas e que ainda receberão o atendimento e/ou visitas da Assistente Social.
Sala para o atendimento da Psicóloga tem decoração nas paredes, armários onde ficam arquivados os registros de todos os seus atendimentos além de sua sala a psicóloga da Unidade utiliza também a sala de brinquedoteca para seus atendimentos, como já citado anteriormente
Cozinha, onde é preparado o lanche diário dos usuários da Unidade, é uma cozinha e um banheiro, ficam no fundo separados da Unidade, é um lugar pequeno, porém bem organizado, tudo limpinho e em seus lugares.
Os Banheiros comuns separados entre funcionários e publico em geral, e um adaptado para portadores de necessidades especiais.
	
CARACTERIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA INSTITUIÇÃO ESTAGIADA
A instituição conta com os seguintes profissionais: Assistente Social/ Coordenadora cursou Graduação para Assistente Social, e no momento foi nomeada e trabalha como coordenadora do CRAS. 
A Assistente Social, também é formada em Assistência Social, está trabalhando no CRAS há cinco meses, anteriormente trabalhava em uma cidade próxima a Sengés, chamada Wenceslau Braz, lá a mesma também atuava como Assistente Social e atendimento às famílias. 
A Psicóloga da Instituição é formada em Psicologia, iniciou seu trabalho no CRAS em janeiro desse ano, 2018. Porém já atuava como psicóloga em anos anteriores. 
A Orientadora/Artes de Ofícios é efetiva na Prefeitura Municipal de Sengés, no momento está cursando Graduação em Artes, porém, tem cursos de capacitações e Extensões em Trabalho com Pessoas e Área Social. Trabalha a dois anos na Casa de Referência de Assistência Social, anteriormente trabalhou durante quatro anos em um projeto social da cidade, Projeto PIÁ. 
A cozinheira é também a zeladora da instituição, tem dentro da unidade essas duas funções, tem ensino médio completo, é concursada pela Prefeitura Municipal de Sengés, já trabalhou anteriormente como zeladora de Escolas Municipais.
A Recepcionista do CRAS iniciou seu trabalho na instituição em dezembro de 2017, porém anteriormente trabalhava como Bibliotecária e Secretária em Escolas Estaduais do Município.
Perante a comunidade os profissionais demonstram que além dos seus conhecimentos teóricos e acadêmicos, estão sempre dispostos a escutar o individuo ou as famílias, dando abertura para troca de experiências, estimulam a participação da comunidade e das famílias em seus serviços oferecidos, buscam identificar as necessidades e oferecer orientações aos que precisam, estão sempre acompanhando as famílias, trabalham harmoniosamente em equipe, registram tudo em planilhas e documentos para realizar monitoramento e avaliação do serviço, tratam todos igualitariamente, desenvolvem atividades socioeducativas de apoio, acolhida, reflexão e participação que visem o fortalecimento familiar e a convivência comunitária. 
Ao serem questionados sobre o papel da Pedagogia na sociedade atual descreveram que no momento não há nenhum Pedagogo na Instituição, porém que seu trabalho seria indispensável, pois a partir da institucionalização do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) no Brasil, a proteção social assume um caráter interdisciplinar sobre intervenções com famílias e seus membros em situações de riscos e vulnerabilidades sociais. Também relatam que o Pedagogo contribuiria ainda mais para o trabalho socioeducativo nos Centros de Referência de Assistência Social, este teria o papel de aproximar das realidades das comunidades, criar vínculos diretos com o público, desenvolver e promover a dos direitos sociais do indivíduo e das famílias. 
CARACTERIZAÇÃO DO PÚBLICO ATENDIDO PELA INSTITUIÇÃO
A Casa de Referência de Assistência Social atende em sua unidade um total aproximado de trezentas a quatrocentas pessoas mensalmente, em todos os seus serviços. 
Esse público demonstra bastante interesse em tudo que lhes é apresentado e proposto, participam e interagem em todos os encontros, manifestam alegria e satisfação em participar das atividades e projetos. Respeitam a orientadora, às vezes exageram um pouco nas conversas, pois querem aproveitar o momento e colocar todos os assuntos em dia, pois já tornaram- se íntimas uns dos outros, mas tudo se resolve com uma boa conversa, sabem o momento de parar.
 A comunicação que o público tem com os profissionais ocorre muitas de vezes de uma maneira informal, pois a maioria do público recorre à unidade quando está passando por situações difíceis, de vulnerabilidade, fragilização, gravidez precoce ou não planejada, discriminação social, entre outros. 
O publico é constituído por indivíduos ou famílias que estão em situações de vulneráveis e de riscos, com perda ou fragilidade de vínculos de afetividade, desvantagem pessoal resultante de deficiências, exclusãopela pobreza, sofrendo diferentes formas de violência no núcleo familiar. 
Grande parte dos indivíduos e famílias que procuram o CRAS não tem um perfil socioeconômico bom, estável, muitos enfrentam o desemprego, uma renda que não é suficiente para todos os seus integrantes, e no momento vê nos projetos e atividades do CRAS estratégias e alternativas diferenciadas de sobrevivência.
TAXAS DE RENDIMENTO EDUCACIONAIS NOS ENSINOS FUNDAMENTAL E MÉDIO – 2016
	TIPO DE ENSINO
	APROVAÇÃO (%)
	REPROVAÇÃO (%)
	ABANDONO (%)
	Fundamental
	 89,3 
	8,5 
	2,2 
	Anos iniciais (1ª a 4ª série e/ou 1º a 5º ano)
	94, 
	4 5,6 
	–
	Anos finais (5ª a 8ª série e/ou 6º a 9º ano)
	83,3 
	12,0 
	4,7 
	Médio 
	 79,9 
	10,5 
	9,6
 
FONTE: MEC/INEP
TAXA DE ANALFABETISMO SEGUNDO FAIXA ETÁRIA – 2010
	FAIXA ETÁRIA (anos) 
	TAXA (%) 
	De 15 ou mais
	8,43
	De 15 a 19
	1,41
	De 20 a 24
	1,13
	De 25 a 29
	2,84 
	De 30 a 39
	4,80 
	De 40 a 49
	8,44
	De 50 e mais
	21,28 
FONTE: IBGE - Censo Demográfico NOTA: Foi considerado como analfabetas as pessoas maiores de 15 anos que declararam não serem capazes de ler e escrever um bilhete simples ou que apenas assinam o próprio nome, incluindo as que aprenderam a ler e escrever, mas esqueceram.
	
	
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Por meio das observações e da intervenção realizadas durante os Estagio Supervisionado Diferentes Contextos pude receber o verdadeiro papel do CRAS no Município de Sengés muitas vezes passava em frente a essas Casas Referencia de Assistência Social, mas nunca imaginei quantas atividades, projetos maravilhosos e significativos são desenvolvidos dentro dessas instituições, e por meio desses estágios tive a oportunidade de vivenciar uma parcela do trabalho que é desenvolvido em favor da proteção social básica, prevenção de ocorrência de situações de vulnerabilidade e riscos sociais, fortalecimento de vínculos familiares e do acesso aos direitos de cidadania. 
Dentro da Instituição compreendi o quão importante é o trabalho exercido pelos profissionais na comunidade. Idosos, pessoas em condições desfavoráveis e dependentes químicos são amparadas pelos serviços que lhes são oferecidos. Seus encontros e oficinas são estratégias de incentivo para a participação do público para promover reflexões sobre temas que precisam ser abordados. 
No CRAS, onde estagiei, apesar de todos os profissionais terem consciência da importância que um pedagogo teria dentro da instituição, ainda não havia nenhum pedagogo na equipe. Considerando que o trabalho de um Pedagogo é tão importante em espaços não escolares quanto nos escolares, sente-se muito a falta do mesmo na instituição, pois mais do que proporcionar aprendizagem, o pedagogo auxiliaria muito no desenvolvimento humano, daqueles indivíduos e famílias.
Segundo Nascimento (2010, p. 33), “a essência da área social é trabalhar a libertação, o protagonismo do indivíduo, com intuito de superar as condições de desigualdades sociais, permitindo que este indivíduo excluído socialmente, possa ser incluído e ter uma vida digna”.
O público que esse profissional iria atender dentro da unidade faz realidades, situações complexas e delicadas, são indivíduos e famílias que já trazem consigo frustrações e desilusões quanto à vida que levam e as sociedades que frequentam, na maioria das vezes são discriminadas, convivem a violência, a criminalidade, a pobreza e o abandono. Apesar do trabalho realizado no CRAS ser maravilhoso e trazes bons resultados o pedagogo auxiliaria para obtenção de resultados melhores ainda.
Portanto, concluo que esse estágio foi de grande valia para minha formação profissional, pude estar em pleno contato com a realidade das famílias da cidade de Sengés, e refletir sobre elas, e quando atuar como Pedagoga, buscar dar o meu melhor seja em um espaço escolar ou não, pois aquele indivíduo ou aquela família que procura os serviços sociais é porque quer realmente almeja mudar a realidade em que vive diariamente nem que seja aos poucos, atrás de cada pessoa possui uma historia e esse estágio favoreceu que eu descobrisse isso e consequentemente ter uma visão realista das aprendizagens que acontecem em diferentes áreas. Após este estágio sinto que fiquei mais confiante e otimista para encarar os desafios de uma sala de aula.
REFERÊNCIAS:
10.1 Artigos
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/4774.pdf
http://www.scielo.br/pdf/cadsc/v22n1/1414-462X-cadsc-22-01-00016.pdf
file:///C:/Users/FRANCIELE%20CRISTINA/Downloads/2006-6185-1-PB.pdf
10.2 Panfletos:
https://alimaira.files.wordpress.com/2010/10/folder-ceprosom-pt-interna.jpg
https://alimaira.files.wordpress.com/2010/10/folder-ceprosom-pt-externa.jpg
10.3 Textos retirados da internet
https://ares.unasus.gov.br/acervo/handle/ARES/5206
https://www.significados.com.br/adolescencia/
http://criatividadeeciencia.blogspot.com.br/2012/04/gravidez-na-adolescencia-dinamica.html
http://certidaodenascimento.com.br/certidao-de-nascimento-atualizada/#prettyPhoto[gallery11587]/0
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estatuto_crianca_adolescente_3ed.pdf
https://www.ibccoaching.com.br/portal/rh-gestao-pessoas/dinamicas-de-apresentacao-divertidas-e-quebra-gelo/
http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/PNAS2004.pdf
http://mds.gov.br/assistencia-social-suas/servicos-e-programas/paif
http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/perguntas_e_respostas/PerguntasFrequentesSCFV_03022016.pdf
http://www.ipardes.gov.br/cadernos/MontaCadPdf1.php?Municipio=84220
10.4 Vídeos:	
https://www.youtube.com/watch?v=AqpmcBkj_Ao (Curta metragem sobre Gravidez na Adolescência feito por alunos do 9 e 8 ano da Escola Estadual Newton Sampaio - São José da Boa Vista – PR)
APÊNDICES:
11.1 CERTIDÃO DE NASCIMENTO DO BEBÊ- BEXIGA:
11.2 PANFLETO:
Conscientização: Gravidez na Adolescência

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