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Autismo (1)

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A INCLUSÃO DA CRIANÇA COM ESPECTRO AUTISTA
NA EDUCAÇÃO INFANTIL
FOGGIATO, Cassandra de França 
Licenciando em Pedagogia no Centro Universitário Internacional Uninter
RESUMO
Este trabalho analisa a inclusão da criança com espectro autista na educação Infantil. Tal problemática consiste em buscar compreender “Qual o papel do professor na inclusão da criança com espectro autista na educação infantil?” Essa questão se justifica ao compreendermos que a inclusão é uma realidade que não pode ser adiada, protelada, cabe ao professor buscar conhecimentos e aperfeiçoamentos para trabalhar com alunos de inclusão, a criança com espectro autista tem por uma característica a dificuldade em socializar, sendo assim se faz necessário que os professores aprimorem seus conhecimentos sobre o espectro autista, suas principais características e qual o papel do professor no processo de inclusão. Para isso foram empregados os seguintes procedimentos: leitura de artigos científicos, publicações e livros que tratam sobre o tema estudado. Esse propósito será fundamentado a partir da revisão bibliográfica. A análise demonstrou que é muito importante o papel que o professor tem no processo de inclusão das crianças com espectro autista na educação infantil, ele é o elo entre a família, quem em sua prática pedagógica faz a inclusão de fato. A fundamentação teórica desse trabalha buscou analisar questões sobre o uso das tecnologias da informação e comunicação nas atividades com as crianças da educação infantil.
Palavras-chave: Inclusão. Espectro Autista. Educação Infantil. Professor.
1.Introdução
A inclusão é o direito a igualdade de oportunidades e a uma educação inclusiva, compreende a educação como um direito humano fundamental, que se preocupa em atender todas as pessoas, sejam quais forem suas características, dificuldades ou habilidades
A educação inclusiva é uma realidade que está presente em todas as escolas. Não se trata de um ou outro caso de alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento, altas habilidades/superdotação ou espectro autista, cada aluno é um indivíduo único, como também com um tempo único de aprendizagem, com dificuldades, deficiências ou habilidades. A escola, por ser uma instituição social educativa, tem como papel primeiro a formação do cidadão para participar conscientemente da sociedade em que vive, com qualidade de ensino e garantindo a permanência desse aluno no ensino regular. Nesse sentido, repensar, pois, a educação é fundamental, o que a Escola, o Município, o Estado, a sociedade em geral devem fazer com seriedade, integridade e competência, no sentido de que a escola cumpra o seu verdadeiro papel social.
Este artigo tem o objetivo de trazer reflexões e analisar a importância que a escola, o professor e a família têm no processo inclusão da criança com espectro autista na educação infantil, identificar ações a serem desenvolvidas na prática pedagógica e compreender o papel do professor na inclusão do aluno com espectro autista.
Esse tema justifica-se quando se entende que para uma educação inclusiva ocorrer de fato na sociedade, é necessário que educadores, escolas, sistemas educativos e a sociedade em geral aceitem a diversidade, respeitem o diferente, incluir não é apenas matricular em uma escola, são necessárias ações, atitudes reais de todos os envolvidos. A inclusão é uma realidade e deve ser tratado com seriedade, não é papel somente da escola, a família também tem suas responsabilidades para que a inclusão desses alunos tenha o resultado esperado.
Os objetivos iniciais desse artigo foram alcançados, a análise demonstrou que a discussão e reflexões sobre o processo de inclusão do aluno com Espectro Autista na Educação Infantil é de extrema importância, que professores, escolas, família e sociedade tem papeis distintos e que cada um deve fazer a sua parte.
O trabalho estrutura-se em quatro seções, sendo que na primeira seção traz uma abordagem sobre questões que permeiam a Educação Infantil e sua importância no desenvolvimento infantil, a segunda seção é sobre o autismo, alguns conceitos. A terceira seção aborda sobre a inclusão e o papel do professor, por fim, a quarta seção traz apontamento sobre a importância da família no processo de inclusão.
Ressalta-se que esta pesquisa, de caráter bibliográfico, não tem por intencionalidade esgotar o tema, o que exigiria a utilização de outra metodologia e instrumentos de pesquisa, mas sim, lançar questões e reflexões a partir da pergunta norteadora e que podem ser objeto de atenção em outros trabalhos.
2.Metodologia
A metodologia para o desenvolvimento deste trabalho baseou-se em livros da área de metodologia científica, se utilizou da pesquisa bibliográfica que serviu de referências para fundamentação do problema apresentado. Segundo Cortellazzo e Romanowski (2007, p. 37). 
A pesquisa bibliográfica se refere aos estudos investigativos que tem como base fontes de referências tais como livros e periódicos. Seu objetivo é auxiliar na análise e na compreensão de um tema, contribuindo para explicar o problema a partir das inferências teóricas obtidas nas leituras. 
As leituras complementares são obrigatórias e devem propiciar a uma expansão do conhecimento do leitor. A pesquisa tem cunho qualitativo, as pesquisas qualitativas trazem dados, elementos que não podem ser quantificados, pois se trata de elementos da ordem social, interpretativos. Inicialmente será feita uma revisão bibliográfica para fundamentar os objetivos da pesquisa e conseguir as informações necessárias, para uma análise mais profunda sobre a inclusão da criança com espectro autista na Educação Infantil e qual o papel do professor e família nesse processo. Foram pesquisadas monografias que abordam o tema, autores como Barbosa, Cunha, Dorziat, Orrú, entre outros, para a busca foram utilizadas as palavras chaves inclusão, Espectro Autista, Educação Infantil e professor.
3.Fundamentação Teórica
3.1 A Educação Infantil
A educação infantil é um momento muito importante na vida de uma criança, é quando seu processo de aprendizagem, desenvolvimento e socialização se intensifica, o seu mundo é ampliado.
A educação infantil trilhou um longo caminho para ser entendida como algo essencial à criança, um direito, por meio do qual as crianças possam ser atendidas na perspectiva do seu desenvolvimento integral, nas dimensões física, social, cultural, afetiva e cognitiva. A inclusão da creche e pré-escola no sistema educacional foi garantida na Constituição Federal de 1988, em seu artigo 208, no inciso IV: “[...] O dever do Estado para com a educação será efetivado mediante a garantia de oferta de creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade” (BRASIL, 1988).
A Educação Infantil ganhou destaque nas políticas públicas brasileiras sendo reconhecida formalmente como a primeira etapa da Educação Básica na Constituição Federal de 1988, no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) de 1990, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1996, entre outros documentos e normas (BARBOSA et AL., 2014, p. 506).
A educação infantil passou a ser parte da educação básica, com um trabalho pedagógico a ser desenvolvido nessa etapa, assim como nas etapas seguintes, esse trabalho deve ser intencional e planejado, visando ao desenvolvimento integral das crianças.
A infância é um período muito rico e importante para as crianças, é um mundo de descobertas, de aprendizagens, de investigações e construção de conhecimentos sobre si mesma e sobre o mundo. Os bebês e crianças pequenas da educação infantil precisam vivenciar experiências que impulsionem o seu desenvolvimento de forma integral, em todos os seus aspectos: social, cultural, físico, cognitivo e afetivo, e esse é o papel do professor. Nesse momento da vida as interações, o brincar e as brincadeiras, a ludicidade e os jogos, são essenciais para o desenvolvimento das crianças. 
 3.2 O autismo
Não é algo fácil diagnosticar uma criança com espectro autista, existem alguns aspectos que precisam ser observados,desde 2013 o autismo aparece com uma nova nomenclatura “Transtorno do Espectro do Autismo”, segundo DSM-V de 2013 (apud ORRÚ, 2016, p.20), para esse diagnóstico são necessários preencher esses três critérios:
1) Déficits clinicamente significativos e persitentes na comunicação social e nas interações sociais, manifestadas de todas as maneiras seguintes:
a) Déficits expressivos na comunicação não verbal e verbal usadas para interação social;
b) Falta de reciprocidade social;
c) Incapacidade para desenvolver e manter relacionamentos de amizade apropriados para o estágio de desenvolvimento;
2) Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades, manifestados por pelo menos das duas maneiras abaixo:
a) Comportamentos motores ou verbais estereotipados, ou com comportamentos sensoriais incomuns;
b) Excessiva adesão/aderência a rotinas e padrões ritualizados de comportamento;
c) Interesses restritos, fixos e intensivos.
3) Os sintomas devem estar presentes no início da infância, mas podem não se manifestar completamente até que as demandas sociais excedam os limites de suas capacidades. ( DSM-V, 2013 apud ORRÚ, 2016, p.20)
A criança com espectro autista, geralmente já chega no ambiente escolar com esse diagnóstico, cabe ao professor e a equipe pedagógica promover ações para perceber qual o nível de interação dessa criança, pois esse é um ambiente novo, onde a criança vai se adaptar. Relatos anteriores são importantes, mas é a observação do comportamento nesse ambiente que irá definir como professor e equipe pedagógica irão desenvolver suas práticas. Cada criança é única, cada diagnóstico também, não há como fazer comparações, o acompanhamento pedagógico dessa criança também será único, exclusivo para ela, para suas especificidades.
3.3 A Inclusão e o Papel do Professor
O processo de inclusão de crianças sejam com síndromes, transtornos, deficiências físicas, altas habilidades ou espectro autista é uma realidade que está presente no ambiente escolar, não existem salas homogêneas, com alunos padronizados, no mesmo nível de aprendizagem, a individualidade, a diferença entre os alunos são um desafio ao professor e a sua prática pedagógica. 
A inclusão é conviver com a diversidade em sala de aula e estar atento as necessidades subjetivas do sujeito cognoscente, estabelecendo cumplicidade com o processo de aprendizagem, respeitando-o, são de fato desafios atuais lançados a instituição escolar. Desafios que geram medos e angustias, mas também propiciam mudanças e aprendizagens para toda uma vida. (ZILIOTTO, 2007, p.86)
A educação em si, a docência é um grande desafio, proporcionar meios para que as crianças adquiram conhecimentos é algo sublime e ao mesmo tempo desafiador, independente de qual etapa, cada criança é um indivíduo único, com seu tempo de aprendizagem, nesse contexto... 
[...] reconhecer a diferença é reconhecer, sobretudo, as potencialidades dos alunos. Além desse reconhecimento, a viabilização de um ensino democrático requer que haja reflexão sobre a sociedade a que se destinam os esforços educativos, no sentido de que sejam proporcionadas igualdade de oportunidades, por meio da desmistificação das relações de poder presentes também nos micros espaços sociais (DORZIAT 2009, p. 69).
Dentro dessa realidade das salas de aula, não é difícil encontrar alunos em processo de inclusão, com déficit, transtornos globais de desenvolvimento, altas habilidades/superdotação ou autismo, o que não se deve esquecer que são crianças e com direito a aprendizagem, cabe ao professor e a escola propor atividades condizentes com a individualidade de cada um.
(...) que no ensino do aluno com Transtorno de Espectro Autista, não há metodologias ou técnicas salvadoras. Há, sim, grandes possibilidades de aprendizagem, considerado a função social construtivistas da escola. Entretanto, o ensino não precisa estar centrado nas funções formais e nos limites preestabelecidos pelo currículo escolar. Afinal, a escola necessita se relacionar com a realidade do educando. Nessa relação, quem primeiro aprende é o professor e quem primeiro ensina é o aluno (CUNHA, 2015, p. 49).
O processo de inclusão de uma criança não é apenas matriculá-la e deixar que ela se adapte muito pelo contrário, é a instituição, o professor que precisa modificar sua prática pedagógica e realmente acolher essa criança em suas diferenças e necessidades, a criança inclusa tem direito as mesmas oportunidades de aprendizagem, onde devem ser respeitadas as suas individualidades e seu tempo de aprendizagem. 
Nesse processo um fator que definirá ou não o sucesso da inclusão é a parceria com a família, a criança necessita da segurança familiar, essa parceria é fundamental no processo de aprendizagem e o sucesso do mesmo, independente de qual seja a sua deficiência, síndrome, transtorno ou altas habilidades.
A percepção do professor em relação às dificuldades de aprendizagem de seus alunos é o ponto inicial para que aluno e professor possam caminhar juntos e encontrar um método que possa satisfazer as necessidades do educando e para que haja uma evolução real no ensino aprendizagem. O professor deve estar atento a vários aspectos quanto ao aluno com espectro autista, segundo Cunha esses aspectos seriam:
 Terapêutico: superar comportamentos inadequados provenientes do comportamento autístico e proporcionar maior qualidade de vida e independência. Afetivo: criar o vínculo com o processo de aprendizagem, com o professor e com o espaço escolar, pela mediação do interesse e do desejo, em atividades lúdicas e educativas. Social: proporcionar ao autista, experiências em grupo, por meio de momentos de aprendizagem em sala de aula comum e no convívio com os demais alunos, trabalhando a interação e a comunicação. Pedagógico: estabelecer atividades que observem a sua história pessoal, contemplando sua individualidade para o desenvolvimento de habilidades como aprendiz no espaço escolar (CUNHA, 2009, p. 54).
A escola é um espaço único, que oferece inúmeras aprendizagens, estando o professor em contato direto com a criança durante o processo de ensino-aprendizagem, é ele quem primeiro perceberá quais as práticas pedagógicas, quais métodos serão mais apropriados para cada momento, para cada criança. Conforme afirma Romanowski (2007, p.118) “A ação docente pertinente revela-se na capacidade de confrontar os problemas e buscar alternativas para o êxito da relação, conhecimento e promoção da aprendizagem”. Sendo assim, torna-se imprescindível que o professor adquira os conhecimentos necessários para a promoção da aprendizagem de seus alunos.
3.4 A Família
Nesse processo um fator que definirá ou não o sucesso da inclusão da criança é a parceria com a família, a criança necessita da segurança familiar, essa parceria é fundamental no processo de aprendizagem e o sucesso do mesmo, independente de qual seja a sua deficiência, síndrome, transtorno ou altas habilidades. Também é de fundamental importância que a família compreenda e reconheça as condições do educando.
Há muitos benefícios em se estabelecer uma parceria efetiva entre família e profissionais (…), por meio da parceria a família fica mais bem informada em relação aos seus direitos, responsabilidades e recurso, mais esclarecida sobre a deficiência da criança ou jovem e aprende a ensinar habilidades e a manter as que já foram aprendidas. No caso dos profissionais, estes podem adquirir mais conhecimentos sobre as características e as necessidades da família e da criança. (AIELLO apud Silva, 2010, p. 159-160).
A parceria é uma via de mão dupla, onde os dois lados têm muito a ensinar e a aprender. O entendimento, essa comunicação entre as partes é muito importante para o desenvolvimento e aprendizagem da criança, se por um lado à família precisa saber como está à aprendizagem, de que forma que ela ocorre e é orientada pelo professor, para que haja uma continuidade, o professor também precisa saber o que ocorre em casa, como é realizada a comunicação com a criança, se a família precisa de alguma orientação,ou se as informações que ela tem podem facilitar o convívio dessa criança.
Ainda sobre essa parceria Minetto discorre sobre a importância do trabalho em equipe, com vários parceiros:
Ao identificar que um aluno tem necessidades educacionais especiais, a escola (diretores, orientadores e professores) deve organizar uma rede de apoio eficiente, incluindo a família. Isso engloba buscar assessoria técnica de especialistas de diferentes áreas sempre que necessário, sendo que, em alguns casos, essa assistência precise ser contínua; promover reuniões com a família de estudo; priorizar a participação e o envolvimento dos pais e demais profissionais (técnicos que fazem atendimento fora da escola), para que estes possam dar suas sugestões e também ver o esforço da escola. (2008, p. 61-62).
A família e a escola têm, na sociedade atual, tarefas complementares, apesar de distintas em seus objetivos. A família, os pais ou responsáveis são os primeiros mediadores, são eles que ensinam, que primeiro educam as crianças, dentro de seus princípios, seus valores e regras, segundo a cultura onde está inserida essa família.
A escola é o lugar para criar, com certeza é neste espaço de muitas escolhas e projetos multidisciplinares que o aluno aprende a criar, ou seja, é por meio de tantas atividades diferenciadas, que a criança começa a ter a sua visão de mundo. É nesse ambiente escolar que suas habilidades são trabalhadas e suas competências desenvolvidas. Neste sentido: 
Uma escola ou turma considerada inclusiva precisa ser mais do que um espaço para convivência, um ambiente onde ele (aluno com necessidades educacionais especiais) aprenda os conteúdos socialmente valorizados para todos os alunos da mesma faixa etária. (GLAT & BLANCO, 2007, p. 17)
Cabe à família participar e conhecer a realidade dos filhos na escola, esta, deve estar envolvida em todos os momentos da vida escolar, pois essa união entre família-escola no processo educacional garante uma verdadeira e enriquecedora aprendizagem. 
A parceria escola e família são primordiais no processo de educação. Esta parceria é de extrema necessidade, urgência e valor, porque as duas têm um objetivo em comum que é a educação da criança, como também de seu progresso para a vida. E quando a escola e a família conseguem fazer esse jogo, essa mistura, o resultado só tende a seu crescimento. 
Um bom relacionamento entre pais e escola proporciona melhor compreensão das necessidades, interesses e possibilidades da criança, a família sente-se segura em relação ao ambiente escolar, assim como a criança. 
O processo de inclusão é uma oportunidade de aprendizagem e de conhecimento para todos, respeitando e valorizando a diversidade da convivência entre os diferentes, baseada na compreensão de que cada ser é único, com características, habilidades e potencialidades próprias e que todos fazem parte do mesmo contexto. É um elo forte entre a escola e a família, onde a união em torno do aluno faz valer à pena todos os obstáculos encontrados nessa caminhada. O papel da escola, do professor para com a criança com Autismo é:
“assegurar que todas as crianças da turma são educadas a um nível que seja adequado às necessidades de cada uma. Para isso, é necessário criar um ambiente que encoraje a valorização dos indivíduos e reconheça os diferentes estilo de aprendizagem inerentes a cada um” (CUMINE et al., 2008, p.50).
A socialização, uma educação de qualidade e respeito às diversidades é fundamental para que indivíduos com algum tipo de deficiência possam sentir-se acolhidos, fazendo parte da escola, e não como um indivíduo diferente, descontextualizado do ambiente escolar. Nesse contexto também se encontra a família, que também quer sentir-se acolhida, compreendida, fazendo parte da comunidade escolar, contribuindo para o processo de inclusão.
4. Considerações Finais
Este artigo buscou refletir sobre a inclusão de crianças com espectro autista na educação infantil e quais os papeis que o professor e a família tem no processo inclusão de uma criança com autismo, identificar ações a serem desenvolvidas na prática pedagógica e compreender o papel do professor na inclusão das crianças com autismo.
A inclusão é um tema pertinente, principalmente no ambiente educacional, os fatores que envolvem a criança inclusa são de extrema importância para que seus avanços na aprendizagem e no desenvolvimento se concretizem, dentro desse processo um elo fundamental é a participação efetiva da família, o professor, a escola é fundamental para que essa parceria funcione e de certo. São muitas as questões envolvidas, muitas as cobranças e também as responsabilidades, que não podem ser delegadas a outros. Cabe à escola, o professor a assumir seu papel de mediador de aprendizagens, buscar métodos e maneiras de ajudar a criança a superar suas dificuldades e avançar em seu desenvolvimento, porém por outro lado a família também é responsável por acompanhar e auxiliar no que for possível para que essa caminhada ocorra da melhor maneira possível.
A jornada de uma criança de inclusão não é fácil, requer muito esforço de todos (professor, família, escola), é um processo longo, com resultados nem sempre esperados, no tempo previsto, mas é gratificante, cada passo, cada conquista é uma vitória, e a família tem muito a contribuir. Para a criança diagnosticada com espectro autista, a inclusão é um desafio enorme, que requer ações bem específicas, pois umas das características do autismo é a dificuldade na interação social, aspecto esse muito importante tanto para o processo de inclusão.
Os objetivos iniciais desse artigo foram alcançados, a discussão e reflexão sobre o processo de inclusão da criança com Espectro Autista na educação infantil regular e a importância que a família exerce nesse processo, é um tema amplo, complexo, necessitando assim de mais estudos e reflexões. Para fundamentar essa pesquisa foi realizada uma revisão bibliográfica, onde foram consultados diversos livros, sites e artigos sobre o tema em questão. Esse tema é muito amplo, havendo assim a necessidade de mais estudos e reflexões acerca desse tema.
Inclusão é incluir o diferente, aceitar como ele é, mas ser diferente não é apenas ter uma deficiência, pois somos todos diferentes, em vários aspectos, o professor deve levar a crianças a entender as diferenças, respeitá-las, esse é o caminho para uma inclusão real. A palavra chave é respeito sempre.
5.Referências 
BARBOSA, Ivone Garcia et AL. A educação infantil no PNE Novo plano para antigas necessidades, 2014. Disponível em<https://repositorio.bc.ufg.br/bitstream/ri/12755/5/Artigo%20-%20Ivone%20Garcia%20Barbosa%20-%202014.pdf> acesso em 04 abr. 2022.
BRASIL, Presidência da República, Casa Civil. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm> Acesso em 09 abr. de 2023.
CORTELAZZO, I. B. C., ROMANOSWSKI, J. P. Pesquisa e prática profissional: procedimentos de pesquisa. Curitiba: IBPEX, 2007.
CUMINE, V., et al. (2008). Compreender a Síndrome de Asperger - Guia prático para educadores. Porto: Porto Editora.
CUNHA, E. Autismo e Inclusão: Psicopedagogia e práticas educativas na escola e na família. Rio de Janeiro: Wak editora, 2009.
CUNHA, E. Autismo na escola: um jeito diferente de aprender, um jeito diferente de ensinar – ideias e práticas pedagógicas. 3 ed. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2015.
DORZIAT, A. Inclusão escolar: para além do discurso oficial. In: (org.). O outro da educação: pensando a surdez com base nos temas identidade/diferença, currículo e inclusão. Petrópolis: Vozes, 2009. p. 61-82
GLAT, R. BLANCO, L. M. V. Educação Especial no contexto de uma educação inclusiva. In: GLAT, R. Educação Inclusiva: cultura e cotidiano escolar. Rio de Janeiro: 7 letras, 2007.
MINETTO, M. F. Currículo na educação inclusiva: entendendo esse desafio. Curitiba: IBPEX, 2008.
ORRÚ, S. E. Aprendizes com autismo: apendizagem por eixos de interesse em espaços não excludentes. Petropolis, RJ: Vozes, 2016
ROMANOWSKI,J. P. Formação e profissionalização docente. 3. ed.rev. atual Curitiba: IBPEX, 2007.
SILVA, A. M. Educação especial e inclusão escolar: história e fundamentos. Curitiba: IBEPEX, 2010. (Série Inclusão Escolar).
ZILIOTTO, G. S. Fundamentos psicológicos e biológicos das necessidades especiais. Curitiba: IBEPEX, 2007

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