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Resumo - Riscos à saúde no trabalho dos técnicos de laboratório de prótese dentária

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Riscos à saúde no trabalho dos técnicos de laboratório de prótese dentária
Sylvia Maria ELLERO, José Salvador LEPERA
INTRODUÇÃO
Nos dias atuais (2008) estão inscritos no Conselho Federal de Odontologia 17.249 técnicos em prótese dentária e 3.191 auxiliares de laboratório de prótese, porém o número de profissionais ativos supera os inscritos no conselho
Os laboratórios classificam os profissionais acordo com sua área de atuação:
- área de resina: são confeccionados os aparelhos protéticos e removíveis de ortodontia, usando resinas autopolimerizáveis, fotopolimerizáveis ou termoplolimerizáveis. 
- área de metal: são confeccionados aparelhos protéticos fixo ou removíveis através de fundição de ligas metálicas.
- área de cerâmica: são confeccionados os aparelhos protéticos usado cerâmica.
- área de prótese bucomaxilofacial: são confeccionados próteses bucomaxilofacial.
O ambiente de laboratório pode agrupar alguns riscos à saúde do profissional pois existe microorganismos nos molde e moldeiras, a manipulação alguns materiais e substâncias podem gerar riscos químicos. Riscos físicos também podem ocorrer, pois existe contato com calor, radiação UV e ruídos podem acontecer acidentes como exemplo um trauma ocular ocasionado por partículas soltas entre desgastes e polimentos.
Para evitar que aconteça uma contaminação cruzada é preciso mesmo com as dificuldades realizar a descontaminação de materiais, instrumentais e equipamentos utilizados durante os procedimentos protéticos.
Compreende-se que os profissionais que trabalham em ambientes de laboratório de prótese dentária estão exposto a vários tipos de riscos durante sua atividade laboral sendo necessário uma pesquisa para que um grupo de informações possam gerar estratégias para prevenção.
O Objetivo do presente estudo é uma pesquisa sobre todos os agentes de riscos sejam químicos, físicos, ergonômicos, biológicos dentro dos laboratórios na cidade de Araraquara - SP
Material e método
População em estudo 
Todos os laboratórios registrados de Araraquara forma visitados durante para a realização desta pesquisa, atendendo 70 profissionais em 20 laboratórios que apoiaram a realização deste trabalho.
Todos os profissionais que concordaram em participar assinaram um termo de consentimento livre e esclarecimento, no primeiro momento todos responderam um questionário que traziam informações sobre o indivíduo, seu trabalho, a biossegurança instituída no seu ambiente de trabalho, riscos em geral e uso de proteção.
Questionário
Incluído perguntas de identificação como idade e sexo, sobre o trabalho referente ao tempo de profissão área de atuação, sobre seus conhecimentos de biossegurança, infecção cruzada, doenças infecciosa, a existência de contágio através de moldeira por exemplo, seu histórico de vacinas, como funciona o intervalo durante o trabalho se existe um local apropriado para se alimentar, perguntas sobre a área física do laboratório e suas instalações como sua saúde durante todo tempo de profissão.
Resultado
Este estudo contou com a presença de 28 técnicos e 11 auxiliares, todos com faixa etária de 17 à 62 anos sendo a maioria do genero masculino e tempo de profissão variando entre 1 e 46 anos.
Área de atuação: esta separação ficou divida em 28,2% atuam com resinas e metais, 23,1% apenas com metais e 17,9% apenas com resina, cerâmica e matais.
31% dos contribuintes da pesquisa não tinham informações sobre biossegurança, os que tinha essa informação 33,3% realizaram curso de formação e 20,5% foi auto instrução, os demais mencionara informações através folhetos e palestras.
100% indicaram conhecer os riscos de contrair algum tipo de doenças infecciosas
76,9% dizem realizar a desinfecção dos seus materiais os outros profissionais confiam na desinfecção realizada pelo dentista. A solução mais utilizada para a ação de desinfecção é o hipoclorito de sódio 1%. E o glutaraldeído 2%.
Quando o assunto foi doenças 35,9% reclam de queimação gátrica, 1 profissional se afatou 3 vezes pelo mesmo motivo – epicondilite, 1 afastou-se por tendinite, 1 outro por problemas estomacais, e 1 por estresse.
25% afirmam já ter acontecido algum acidente ou ter contraído alguma doença mas sem afastamento do trabalho.
Discussão
1/3 dos profissionais entrevistados não sabem sobre a biossegurança porém conhecem os riscos de obter alguma doença infecciosa como hepatite B.
 É reconhecido que muitos itens da área de prótese não podem ser facilmente desinfetados ou esterilizados.
É recomendado que o profissional considere todo paciente passível de transmitir qualquer patologia infecciosa, é importante tomar medidas preventivas em todas as peças que entram em contato com a boca do paciente.
Sobre a vacinação a hepatite B é geral realizada, mas a antitetânica apenas 35 dos profissionais a receberam.
A ergonomia apenas 20% conseguem a adaptação do posto de trabalho os outros existe necessidades não atendidas tendo dificuldade em adaptação de posição para trabalhar pelos próprios móveis ou insuficiência de iluminação.
ENZO
JANAINA
RODRI
A atividade repetitiva e posturas não apropriadas geram conseqüências como problemas nos membros superiores para prevenir é importante a ergonomia no ambiente laboral.
Os intervalos são relativamente importante para que o profissional não fique por muito tempo em jejum, em jornadas longas de trabalho é necessário que haja ventilação adequada para prevenir riscos pela exposição de agentes químicos.
Se não for possível a mudança do espaço físico é importante não abrir mão do uso de EPI’S
Conclusão
Conclui-se que as informações sobre biossegurança que os profissionais possuem não é o desejável, notando práticas insuficiente de anti-sepsia e insuficiência de vacinação.
Informações sobre os riscos químicos também são insuficientes onde os profissionais estão expostos a materiais tóxicos.
O uso de EPI’S também foi constatado insuficiente na maioria dos ambientes avaliados.
Quase todos os profissionais entrevistados possuem carga horários de trabalho excessiva em média 18 horas por dia, ocasionando desgaste físico e mental.

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