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Jornada de Trabalho

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DISCIPLINA: JORNADA DE 
TRABALHO
PROFESSOR: RICARDO DA SILVEIRA E SILVA
CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS
Na história dos homens, inicialmente, a jornada em 
que o trabalhador executava as tarefas não tinha 
qualquer limite.
 Trazia danos irreversíveis à saúde, às condições 
econômicas do trabalhador e daqueles que dele 
dependiam, principalmente seus familiares.
Essas lesões atingiam a sociedade como um 
todo, em face das doenças físicas e mentais, 
impedindo o indivíduo de usufruir de tempo 
razoável para dedicar-se à criação cultural ou 
ao convívio com os amigos e com a família.
Ademais, o trabalhador, em estado de 
esgotamento, produz menos.
Este aspecto é desfavorável à produção, na 
medida em que o resultado das energias 
despendidas pelo empregado é um dos fatores do 
progresso da empresa.
O descanso tem, portanto, uma conotação 
histórica, a par de um aspecto de natureza moral, 
ética, psicológica e médica. É, enfim, um dado 
ínsito à natureza humana.
 (ARAÚJO, Eneida Melo Correia de Araújo. A Redução das Horas de Trabalho como um dos 
Paradigmas de Superação da Crise Econômica. 2009, p. 89-90)
A jornada de trabalho teve uma considerável 
mudança no período da revolução industrial, 
ocorrida na Inglaterra, século XVIII. 
A partir de então, os trabalhadores começaram a 
exercer longas jornadas de trabalho em locais com 
periculosidade e manejando máquinas de alta 
tecnologia, com as quais não estavam 
acostumados e, deste modo, acabavam 
padecendo com mutilação, intoxicação, desgaste 
físico, etc.
Diante das míseras condições dos 
trabalhadores, verificou-se a necessidade de 
mudança. 
Houveram inúmeras mobilizações a fim de se 
elaborar medidas legais para a melhoria das 
condições de trabalho. 
As primeiras leis trabalhistas sugiram também na 
Inglaterra e foram se disseminando pela Europa.
No Brasil, as leis trabalhistas se deram mais 
tardiamente, visto que o país na época da 
revolução industrial ainda era pouco 
desenvolvido, e tinha sua mão de obra 
basicamente escrava e agrícola. 
Com o advento de doenças como febre 
amarela, cólera e a peste, que mataram muitos 
trabalhadores, despertou-se a preocupação 
com os mesmos.
Triangle Shirtwaist Company
A Triangle Company ocupava os três últimos 
andares do edifício Asch, de dez andares, que fazia 
esquina entre as ruas Greene Street e Washington 
Place, e empregava cerca de 600 trabalhadores, a 
maioria constituída por mulheres jovens imigrantes 
que trabalhavam 14 horas por dia, em semanas de 
trabalho de 60-72 horas, costurando vestuário por 
modestos salários entre os 6 e os 10 dólares por 
semana.
A empresa já se tornara midiática em 1909, com 
uma grande greve de mulheres costureiras 
coordenadas pelo histórico sindicato International
Ladies' Garment Workers' Union, que tentava 
negociar um acordo coletivo; a Triangle ter-se-ia 
recusado a assinar o acordo. International Ladies' 
Garment Workers' Union era um dos maiores 
sindicatos dos Estados Unidos e um dos primeiros 
sindicatos americanos a ter a maioria dos filiados 
do sexo feminino
As condições da fábrica eram as típicas da época: 
têxteis inflamáveis guardados em toda a fábrica, 
fumar era frequente, a iluminação era a gás e não 
existiam extintores de incêndio.
Naquela época, os 
trabalhadores eram 
trancados nas 
fábricas e os relógios 
eram cobertos, para 
não terem noção de 
quanto tempo 
haviam trabalhado.
Versão mais conhecida diz que, em 1911, cerca de 
600 mulheres e homens trabalhavam na fábrica, 
quando as chamas começaram. 
As péssimas condições, com vários retalhos de 
tecidos espalhados pelo chão do lugar, ajudaram 
o fogo a se espalhar rapidamente, matando 125 
mulheres, de 13 a 23 anos, e mais 21 homens, 
enquanto trabalhavam.
O episódio causou comoção nacional e, no dia do 
funeral, 100 mil pessoas compareceram ao local. O 
terreno em que funcionava a Triangle Shirtwaist
Company hoje é a Universidade de Nova York.
 Uma outra versão diz que o incêndio aconteceu no 
século 18 e o fogo teria sido proposital. O objetivo era o 
de matar trabalhadoras têxtis que pediam diminuição 
da carga horária, que naquela época era de até 14 
horas diárias, de segunda-feira a sábado, chegando a 
incluir alguns domingos de manhã.
 Era comum também os filhos das operárias, ainda 
crianças, comporem os quadros de empregados das 
indústrias, pois o trabalho infantil não era proibido e 
creches não eram um direito das mães trabalhadoras.
 “Em 8 de março de 1857, em Nova York, as operárias 
têxteis entraram em greve pedindo a redução da 
jornada de trabalho de 16 para 10 horas por dia e 
recebendo menos que um terço do salário dos homens. 
Parte das grevistas foi trancada no galpão e a fábrica 
foi incendiada. 130 delas foram carbonizadas”, 
segundo a cientista política Lucia Avelar, professora da 
Universidade de Brasília.
Tratado de Versalhes - OIT
As primeiras leis que regulamentavam a jornada 
de trabalho no Brasil surgiram na década de 30, 
durante o governo Vargas – CLT.
Jornada de trabalho diária máxima de 8 horas 
por dia e 44 horas por semana, bem como 
também regulamentação do pagamento de 
horas extras, leis trabalhistas para gestantes e 
férias remuneradas.
CONSIDERAÇÕES BIOLÓGICAS
A limitação das 
jornadas possui 
fundamentos 
biológicos, pois se 
combate problemas 
psicofisiológicos da 
fadiga e excessiva 
racionalização do 
serviço.
A limitação da jornada de trabalho é vantajosa 
para ambas as partes, empregado e 
empregador. 
Todo indivíduo possui um “limite” para sua 
fadiga, o trabalhador deve ter tempo para 
descansar e recuperar-se física e mentalmente 
para voltar à jornada de trabalho no dia 
seguinte.
 Tanto o cansaço físico, quanto mental, comprometem 
substancialmente o rendimento dos funcionários no 
trabalho e, além disso, prejudicam significativamente a 
saúde dos mesmos, podendo causar-lhes inúmeras 
enfermidades.
A sobrecarga do trabalho é a principal causa 
de acidentes de trabalho em todo o mundo. 
Cerca de 50 a 80 % das doenças de nível 
psicossomático são causadas pelo excesso de 
estresse relacionado à longa jornada de 
trabalho.
À vista disso, tamanha é a importância da 
regulamentação da jornada de trabalho no 
que tange ao fator biológico. O trabalhador 
necessita das horas de descanso para que não 
tenha sua saúde prejudicada e possa realizar 
seu trabalho de maneira eficaz.
RISCO DE ACIDENTES POR CANSAÇO
https://www.youtube.com/watch?v=TMIK_fGCSIM
https://www.youtube.com/watch?v=OqyQJ-Sj-rY
https://www.youtube.com/watch?v=LHn2A48xtxw
https://www.youtube.com/watch?v=TMIK_fGCSIM
https://www.youtube.com/watch?v=OqyQJ-Sj-rY
https://www.youtube.com/watch?v=LHn2A48xtxw
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1410200716.htm
CUSTO PARA O INSS
CONSIDERAÇÕES SOCIAIS
Karl Marx – conceito de mais valia
Além do descanso físico e mental, os 
trabalhadores também necessitam da 
convivência no meio social. As considerações 
sociais também contribuíram para a limitação 
da jornada de trabalho.
Os empregados precisam dispor de tempo para 
que possa dedicar-se à família e ter suas horas 
de lazer, que contribuem para o relaxamento e 
alívio do estresse corriqueiro.
Levando isso em conta, o limite de horas 
trabalhadas se dá para que o indivíduo 
empregado possa conciliar a vida social e o 
trabalho, tendo tempo para atender e suprir as 
necessidades familiares que tiver, relacionar-se 
com amigos e entreter-se da maneira que 
desejar, seja com estudos, atividades físicas, 
hobbies ou qualquer outra que seja.
Empregadores que procuram cumprir os limites 
legais de jornadas costumam experimentar 
melhores índices de produtividade e satisfação 
por parte dos empregados. 
Respeitados e com tempo para convivência 
em família, tempo para satisfazer suas outras 
necessidades humanas como lazer ou acesso à 
cultura, os trabalhadores acabam mais 
satisfeitos e felizes, prestando serviços de melhor 
qualidade,inclusive com menos adoecimento 
ou acidentes.
http://maringa.odiario.com/maringa/2017/07/supermercados-podem-abrir-aos-domingos-decide-justica/2391795/
CONSIDERAÇÕES ECONÔMICAS
A limitação de jornada faz com que o 
empregador, necessitando de mais mão de 
obra, invés de sobrecarregar trabalhadores, 
contrate novos empregados, contribuindo assim 
com o princípio constitucional da atividade 
econômica de redução das desigualdades 
regionais e sociais, bem como, princípio da 
busca do pleno emprego, ou seja, diminuindo 
desemprego.
Mais pessoas formalmente empregadas 
significa maior arrecadação e, por conseguinte, 
possibilidade de melhores investimentos e 
políticas públicas nas áreas de saúde, 
educação, qualificação profissional e 
infraestrutura. 
 Investimentos em infraestrutura e qualificação 
profissional, como ciclo virtuoso, favorecem o 
ambiente para investimentos privados e 
surgimento ou ampliação de empresas e 
produtividade, fortificando o crescimento e 
robustecendo a economia.
A jornada de trabalho exerce uma ação 
estimulante sobre o processo técnico e o 
próprio rendimento dos trabalhadores. 
Ou seja, a margem de lucros será maior 
quando o funcionário tiver um maior 
rendimento, esse rendimento se dá quando o 
empregado tem tempo suficiente para produzir 
no trabalho, descansar e aliviar o estresse.
Além disso, quando o trabalhador exerce sua 
função exaurido, a probabilidade de ocorrer 
um acidente de trabalho é maior, fazendo com 
que haja prejuízos econômicos para o 
empregador, visto que ficará sem a mão de 
obra ou pagará por ela dobrado, pois terá que 
contratar temporariamente outro indivíduo e 
continuará pagando pelos serviços, durante 
determinado tempo, ainda que não esteja 
exercendo, do trabalhador que se acidentou, 
no decorrer do período de atestado médico.
A ampliação excessiva - além dos limites legais -
das jornadas pode, num primeiro momento, 
diminuir custos do empregador, o qual poderá 
oferecer serviços ou produtos de menor valor 
em relação a seus concorrentes que não 
adotam tais práticas, mas sim seguem a 
legislação, desestabilizando o mercado.
A médio ou longo prazo é nítido que posturas ilícitas 
como a mencionada não se sustentam, isto porque 
mais cedo ou mais tarde as multas poderão superar 
a lucratividade arbitrária que estiver sendo 
auferida, sem falar que trabalhadores adoecidos 
ou acidentados poderão pleitear indenizações, ou 
mesmo o próprio sistema de previdência pode 
reivindicar que a empresa culpada pelos prejuízos 
do trabalhador incapacitado indenize o órgão 
pagador dos benefícios.
CÓDIGO PENAL - Art. 149. Reduzir alguém a condição 
análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos 
forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a 
condições degradantes de trabalho, quer restringindo, 
por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida 
contraída com o empregador ou 
preposto: (Redação dada pela Lei nº 10.803, de 
11.12.2003)
 Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além 
da pena correspondente à violência.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.803.htm#art149
CÓDIGO PENAL não estabelece a quantidade 
de horas específicas que torne exaustivo o 
trabalho, mas entende-se a configuração do 
artigo quando o trabalho é muito superior à 
força física que o trabalhador consegue 
suportar.
JORNADA DE TRABALHO
 Jornada de Trabalho: tecnicamente, é a duração do 
trabalho diário, a quantidade de horas 
verdadeiramente laboradas em um dia de trabalho / 
tempo à disposição.
 Horário de Trabalho: é o período que abrange a hora 
de entrada e a hora de saída, de acordo com 
pactualmente acordado entre as partes no contrato de 
trabalho.
 Duração do trabalho = atividade + repousos 
(DSR/FÉRIAS)
 A jornada de trabalho é o tempo em que o 
empregado está à disposição de seu 
empregador, aguardando ou executando 
ordens.
O horário de trabalho são os marcos de início e 
fim de um dia de trabalho, mas na jornada só se 
computa o efetivo tempo de trabalho
CLT - Art. 4º - Considera-se como de serviço 
efetivo o período em que o empregado esteja 
à disposição do empregador, aguardando ou 
executando ordens, salvo disposição especial 
expressamente consignada.
A atividade é o trabalho (trabalhador desempenha 
a sua função) e o tempo à disposição do 
empregador.
 Tempo à disposição: Deslocamento entre portaria e 
setor de trabalho, cafezinho antes do início do 
expediente ou aqueles minutos a mais no fim do 
dia para esperar a chuva passar antes de ir 
embora.
 Tecnicamente, se seu chefe precisasse, você 
estaria disponível. (mudanças na nova lei)
Mesmo que não esteja fazendo nada: esperando 
ordem ou manutenção de equipamento, mas está à 
disposição
 Empresa de importação e exportação – Serviço 
aduaneiro em greve – tem jornada de trabalho mesmo 
sem ter o que fazer, pois está à disposição
 Tempo à disposição pode ser hora extra.
 Excesso à limite (8 diárias / 44 semanais, exceto 
bancário, aeronauta...), somados período à disposição 
e período de trabalho
Alteração simples, trazida pela lei 13.467/2017
Antes da reforma: tempo do funcionário na 
empresa podia ser computado como horas extras
Após reforma: tempo que o trabalhador 
permanecer na empresa realizando atividades de 
interesse pessoal não contará como tempo à 
disposição, seja qual for esse tempo
 CLT Art. 4º (...)
 § 2o Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será 
computado como período extraordinário o que exceder a jornada normal, 
ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos previsto no § 1o do art. 58 desta 
Consolidação, quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção 
pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições 
climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da 
empresa para exercer atividades particulares, entre outras: 
 I - práticas religiosas; 
 II - descanso;
 III - lazer;
 IV - estudo;
 V - alimentação;
 VI - atividades de relacionamento social; 
 VII - higiene pessoal; 
 VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de 
realizar a troca na empresa.”
“insegurança nas vias públicas”
“más condições climáticas”
 PRÁTICAS RELIGIOSAS
 DESCANSO
 LAZER
 ESTUDO
 Alimentação
 Atividade de relacionamento social
 Higiene pessoal (idas ao banheiro continham fazendo parte da jornada)
 troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade 
de realizar a troca na empresa (a mudança de uniforme só será 
considerada tempo de trabalho quando houver a obrigatoriedade 
de realizar a troca na empresa)
Se o funcionário pode ir embora de uniforme, não 
tem nenhuma atividade que poderia ter 
contaminação ou algo assim, e escolhe sair da 
empresa com outra roupa, o período em que ele se 
troca não será mais considerado jornada de 
trabalho
O mesmo vale quando é rodízio do carro e o 
funcionário quer chegar mais cedo empresa; ou é 
universitário e quer esperar um tempo antes de sair 
para a faculdade; ou quer pegar um uber, então 
vai ficar um pouco mais… Todo esse tempo era 
antes considerado jornada
Os intervalos no meio do expediente (como um 
lanche no meio da tarde ou a saída para fumar) 
poderão ou não ser descontados da jornada. 
Depende do tipo do trabalho - existem funções 
que exigem a permanência dos trabalhadores em 
seus postos a todo instante, como é comum em 
fábricas. Nestes casos, não haverá o desconto.
No entanto, em um escritório, seria possível um 
empregado ir à padaria da esquina sem 
prejuízo. Mas é preciso ter bom senso — lógico que 
se ficar três horas fora será descontado”.
§ 2o Por não se considerar tempo à disposição do 
empregador, não será computado como período 
extraordinário o que exceder a jornada normal, 
ainda que ultrapasse o limite de cinco minutos 
previsto no § 1o do art. 58 desta Consolidação, 
quando o empregado, por escolha própria, buscar 
proteção pessoal, em caso de insegurança nasvias 
públicas ou más condições climáticas, bem como 
adentrar ou permanecer nas dependências da 
empresa para exercer atividades particulares, entre 
outras:
Rol exemplificativo
A CAMINHO DO EMPREGO
 CLT/43
 Art. 58 (...) § 2º O tempo despendido pelo empregado até o local 
de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, 
não será computado na jornada de trabalho, salvo quando, 
tratando-se de local de difícil acesso ou não servido por transporte 
público, o empregador fornecer a condução. 
 LEI 13.467
 Art. 58 (...) § 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua 
residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o 
seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, 
inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na 
jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do 
empregador.
A reforma trabalhista também determina que o 
tempo que o profissional leva entre a sua casa e o 
trabalho com transporte fornecido pela 
empresa deixa de ser considerado parte da 
jornada.
Horas in itinere — este tempo de deslocamento do 
empregado até chegar na empresa e, depois, da 
empresa até sua residência – alteração profunda
A jornada agora irá começar a partir do momento 
em que o funcionário dá início a suas atividades
ACIDENTE A CAMINHO DO TRABALHO
A CLT atual, previamente à alteração pela Lei 
13.467/2017, não trata da disponibilidade do 
empregado para o empregador durante o 
percurso residência-trabalho-residência.
O que há atualmente na CLT, antes da mudança 
vigente somente a partir de 11/11/2017, é que o 
tempo de percurso “não será computado na 
jornada de trabalho”, salvo quando os locais forem 
de difícil acesso ou não servidos por transporte 
público e o empregador forneça o transporte. 
Dessa forma, enquanto o enunciado atual do art. 
58, § 2º da CLT trata exclusivamente de jornada de 
trabalho, seu novo enunciado trará mais: o 
empregado não estará à disposição do 
empregador.
Não estará o empregado à disposição do 
empregador durante o trajeto residência-trabalho-
residência, apresenta-se no mínimo ilógico e sem 
fundamento classificar de acidente do trabalho 
aquele sofrido pelo empregado durante esse 
tempo. 
Mas é o que continuará dizendo a Lei 8.213/1991 
(plano de benefícios da Previdência Social) em seu 
art. 21, IV, “d”, ao dispor que equipara-se ao 
acidente do trabalho, para os fins daquela Lei, o 
acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do 
local e horário de trabalho, “d) no percurso da 
residência para o local de trabalho ou deste para 
aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, 
inclusive veículo de propriedade do segurado.”
CLT Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, 
individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da 
atividade econômica, admite, assalaria e dirige a 
prestação pessoal de serviço.
A Lei previdenciária, avança sobre ponto já tratado 
pela Lei trabalhista ao atribuir ao empregador 
responsabilidades por atividades alheias às dele e 
de seus negócios, como é o caso das atividades 
que os empregados livremente conduzem, a pé, 
em transportes público ou particulares, no trajeto 
de ida ou volta ao trabalho. 
O empregador, sem praticar qualquer ato ilícito e 
sem estar o empregado no trabalho ou a sua 
disposição, é obrigado pela Lei previdenciária a 
reportar acidente do trabalho
Para o empregado praticamente nada muda se o 
acidente por ele sofrido no trajeto de ida ou de 
volta para o trabalho seja ou não considerado 
acidente do trabalho, afinal, sendo ele segurado 
obrigatório da Previdência Social e observadas as 
regras aplicáveis, terá ele ou seus dependentes 
legais direito aos benefícios previdenciários em 
decorrência de acidentes de qualquer natureza.
Mas para o empregador a situação é 
completamente diferente. 
Primeiro porque o acidente do trabalho 
garante o empregado no emprego por 12 
meses após a cessação do auxílio-doença 
acidentário. 
Por esse tempo, portanto, um empregador não 
poderá dispensar sem justa causa empregado 
que sofreu acidente de percurso, mesmo não 
estando o trabalhador à disposição do 
empregador conforme a nova CLT.
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolida%C3%A7%C3%A3o-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
Carga horária
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, 
além de outros que visem à melhoria de sua condição 
social:
 (...)
 XIII - duração do trabalho normal não superior a oito 
horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a 
compensação de horários e a redução da jornada, 
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
 A reforma não altera os limites máximos de jornada semanal 
e mensal previstos na Constituição Federal
 A CLT define que a jornada diária de trabalho deve ser de 
no máximo oito horas. A lei também determina que o 
trabalhador não pode fazer mais de duas horas extras por 
dia. 
 A jornada máxima semanal é de 44 horas regulares. A 
jornada mensal, por sua vez, fica limitada a 220 horas.
 Com a reforma, o trabalhador poderá ficar até 12 horas em 
atividade. No entanto, nesses casos, deverá haver 
obrigatoriamente um intervalo de 36 horas antes do retorno 
à empresa.
 A mudança não permite que os trabalhadores 
contratados para jornadas de 8 horas ou menos 
trabalhem 12 horas por dia. 
 Se quiser aderir à nova regra, a empresa terá de fazer 
previamente um acordo individual por escrito com o 
profissional fixando sua carga horária em 12 horas ou 
um acordo coletivo com o sindicato. 
 A partir de então, o turno será de 12/36. Isto é, a 
empresa não poderá exigir que o profissional trabalhe 
ora em jornadas de 8 horas, ora em jornadas de 12 
horas.
Na jornada de 12/36 o funcionário, por exemplo, 
chega na segunda-feira às 8h da manhã e sai às 
20h. 
Na terça-feira, ele não pode trabalhar
Pode voltar ao emprego quarta-feira às 8h da 
manhã. Trabalha 12 horas e tem 36 de folga
Serviços de saúde, petroleiros
Algumas categorias são proibidas de estender suas 
jornadas. 
É necessário que o trabalhador cheque com seu 
sindicato se a sua profissão permite dias de 
trabalho mais longos. 
Para algumas funções é muito desgastante 
trabalhar muitas horas
Em um callcenter, o limite de jornada é de seis 
horas. Não é possível fazer 12/36 em um callcenter.
REGIME DE TEMPO PARCIAL
 Tempo menor do que o estabelecido pela CLT
 Trabalho em regime de tempo parcial é aquele 
cuja duração não exceda a 30 horas semanais, 
sem a possibilidade de horas suplementares 
semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não 
exceda a 26 horas semanais, com a possibilidade 
de acréscimo de até 6 horas suplementares 
semanais.
CLT Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de 
tempo parcial aquele cuja duração não exceda a 
trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas 
suplementares semanais, ou, ainda, aquele cuja 
duração não exceda a vinte e seis horas semanais, 
com a possibilidade de acréscimo de até seis horas 
suplementares semanais.
TRABALHO INTERMITENTE
 A CLT antiga não regulamentava o trabalho 
intermitente. 
O contrato com o menor número de horas era o 
parcial, que tem no máximo 25 horas semanais 
(substituídas por 30 horas semanais, com a reforma 
trabalhista). 
O contrato intermitente, por sua vez, não define uma 
carga horária mínima de horárias trabalhadas. 
 Na prática, o funcionário poderia até ser contratado 
para prestar duas horas de serviço por semana — ou 
por mês. Os limites máximos de jornada garantidos pela 
Constituição são mantidos, no entanto: 44 horas 
semanais e 220 horas mensais.
Continua sendo um contrato de trabalho. Ele ainda 
tem os benefícios da Previdência, o FGTS… 
A única questão é que isso flexibiliza os períodos de 
prestação de serviço tanto para o empregado, 
quanto para o empregador.
Ele deve ser celebrado por escrito, com 
especificação do salário-hora, que não poderá 
ser inferior ao mínimo ou ao dos que exerçam a 
mesmafunção (artigo 452-A, caput)
O empregador (empresa) faz um contrato com um 
funcionário que fica à sua disposição até ser 
“convocado” para o trabalho. 
Quando precisar dele, a companhia tem de avisá-
lo com pelo menos três dias de antecedência. 
O profissional, então, presta serviços à empresa 
pelo tempo combinado, seja qual for esse período 
— três horas, duas semanas, cincos meses, não 
importa.
 CLT Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser 
acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por 
escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para 
prestação de trabalho intermitente.
 (...)
 § 3o Considera-se como intermitente o contrato de trabalho 
no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é 
contínua, ocorrendo com alternância de períodos de 
prestação de serviços e de inatividade, determinados em 
horas, dias ou meses, independentemente do tipo de 
atividade do empregado e do empregador, exceto para os 
aeronautas, regidos por legislação própria.
 A “convocação” do trabalhador deve acontecer “por 
qualquer meio de comunicação eficaz” (telefone, 
WhatsApp até Messenger, desde que a pessoa faça 
uso desses meios). 
 Recebida a convocação, o empregado terá o prazo 
de um dia útil para responder ao chamado. 
 Não respondeu? Ficará presumida a recusa da oferta. 
 Tal recusa, vale destacar, não caracteriza 
insubordinação.
 Depois de completar aquele serviço, o funcionário tem 
de obrigatoriamente receber por aquele período 
imediatamente em seguida. 
O valor deverá incluir remuneração, férias proporcionais 
com acréscimo de um terço, décimo terceiro salário 
proporcional, repouso semanal remunerado (o 
domingo ou dia de folga da categoria) e adicionais 
legais (como hora extra, se for o caso). 
O dinheiro referente ao FGTS (Fundo de Garantia do 
Tempo de Serviço) é depositado na conta do 
funcionário na Caixa Econômica Federal, como 
acontece com um trabalhador regular em contrato 
CLT. 
O recibo de pagamento deverá conter a 
discriminação de cada um desses valores, para 
que o trabalhador saiba o que está recebendo.
Quando aceita a oferta para o comparecimento 
ao trabalho, a parte que descumprir deverá pagar 
à outra uma multa de 50% da remuneração no 
prazo de 30 dias
 Também entre os direitos do contratado estão 
férias de 30 dias. 
Mas como o funcionário sempre recebe as férias 
em dinheiro depois do trabalho, o benefício aqui 
fica sendo apenas um mês sem trabalhar. 
A cada doze meses, o empregado adquire direito 
a usufruir, nos doze meses subsequentes, um mês de 
férias, período no qual não poderá ser convocado 
para prestar serviços pelo mesmo empregador
Se a empresa só precisará do trabalhador 
esporadicamente, por que iria contratá-lo — tendo 
de pagar todos os direitos exigidos pela CLT —, se 
poderia simplesmente conseguir um autônomo ou 
pessoa jurídica? 
A chave está no principal elemento que 
caracteriza o vínculo empregatício: a 
subordinação. 
O funcionário ter de obedecer ordens e ter todo o 
processo do seu trabalho supervisionado. No caso 
do autônomo, o profissional atua com total 
independência — sem pitacos.
Você pode ser contratado e ficar à mercê da 
empresa para saber o dia e a quantidade de horas 
que você vai trabalhar durante o mês. Não é um 
contrato com prazo determinado. É totalmente 
indeterminado
Na prática, o trabalhador vai precisar de mais de 
um contrato para conseguir sobreviver.
 Independentemente da pessoalidade ou da 
subordinação, aquele que presta serviços em caráter 
eventual não é empregado. É, na realidade, por 
oposição à definição legal, um trabalhador eventual.
 Todavia, o texto coloca o trabalhador intermitente 
numa posição ontológica de imprevisibilidade, mas 
mantém a essência da relação de emprego, sem 
alterar a redação do artigo 3º da CLT.
Concebe, assim, uma antinomia, porquanto ninguém 
pode “ser e não ser” ao mesmo tempo.
 Transfere-se parte do risco ao empregado
ATIVIDADES COM JORNADA ESPECIAL
 A Constituição Federal impõe limite máximo para a 
jornada de trabalho, mas a lei pode estabelecer 
condições mais benéficas aos trabalhadores e 
adequadas às peculiaridades do trabalho desenvolvido
 Regimes próprios de proteção ao trabalho, desde que 
as regras especiais não contrariem o sistema geral
Categorias específicas
 Trabalhadores submetidos à sistemática especial 
de atividade
Organização do trabalho
 Jornadas especiais - estabelecidas por norma 
jurídica
Evidentemente, podem extrapolar o padrão diário 
fixado para o mercado de trabalho no país, ou 
seja, 8 horas diárias, mantendo-se válidas desde 
que feita a compensação na forma legal
Jornadas diárias eventualmente superiores a 
oito horas ao dia os aeronautas; os 
trabalhadores nos setores de petróleo, 
petroquímica e indústria de xisto; os 
eletricitários; os ferroviários
Jornadas diárias eventualmente inferiores ao 
padrão constitucional, como por exemplo: 
telefonistas, bancários, radialistas, jornalistas
Modalidade especial de organização do 
trabalho: turnos ininterruptos de revezamento
Sistemática especial de atividade funcional: 
esforço contínuo de digitação
 Art. 224 - A duração normal do trabalho dos 
empregados em bancos, casas bancárias e Caixa 
Econômica Federal será de 6 (seis) horas continuas nos 
dias úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um 
total de 30 (trinta) horas de trabalho por semana.
 § 1º - A duração normal do trabalho estabelecida neste 
artigo ficará compreendida entre 7 (sete) e 22 (vinte e 
duas) horas, assegurando-se ao empregado, no horário 
diário, um intervalo de 15 (quinze) minutos para 
alimentação.
 § 2º - As disposições deste artigo não se aplicam aos 
que exercem funções de direção, gerência, 
fiscalização, chefia e equivalentes, ou que 
desempenhem outros cargos de confiança, desde que 
o valor da gratificação não seja inferior a 1/3 (um terço) 
do salário do cargo efetivo.
Art. 227 - Nas empresas que explorem o serviço 
de telefonia, telegrafia submarina ou subfluvial, 
de radiotelegrafia ou de radiotelefonia, fica 
estabelecida para os respectivos operadores a 
duração máxima de seis horas contínuas de 
trabalho por dia ou 36 (trinta e seis) horas 
semanais
Não se beneficiam da jornada especial os 
trabalhadores que lidam com aparelhos 
convencionais de telefone, ou ainda aqueles 
que, operando central telefônica, lidam com 
movimento reduzido de ligações
 Art. 232 - Será de seis horas a duração de trabalho dos 
músicos em teatro e congêneres.
 Parágrafo único. Toda vez que o trabalho contínuo em 
espetáculo ultrapassar de seis horas, o tempo de 
duração excedente será pago com um acréscimo de 
25 % (vinte e cinco por cento) sobre o salário da hora 
normal.
 Art. 233 - A duração normal de trabalho dos músicos 
profissionais poderá ser elevada até oito horas diárias, 
observados os preceitos gerais sobre duração do 
trabalho.
 Art. 234 - A duração normal do trabalho dos operadores 
cinematográficos e seus ajudantes não excederá de 
seis horas diárias, assim distribuídas:
 a) 5 (cinco) horas consecutivas de trabalho em cabina, 
durante o funcionamento cinematográfico;
 FERROVIÁRIO - Art. 239 - Para o pessoal da categoria "c", a 
prorrogação do trabalho independe de acordo ou contrato 
coletivo, não podendo, entretanto, exceder de 12 (doze) 
horas, pelo que as empresas organizarão, sempre que 
possível, os serviços de equipagens de trens com 
destacamentos nos trechos das linhas de modo a ser 
observada a duração normal de oito horas de trabalho. 
 § 1º - Para o pessoal sujeito ao regime do presente artigo, 
depois de cada jornada de trabalho haverá um repouso de 
10 (dez) horas contínuas, no mínimo, observando-se, 
outrossim, o descanso semanal.
DAS EQUIPAGENS DAS EMBARCAÇÕES DA MARINHA MERCANTE 
NACIONAL, DE NAVEGAÇÃO FLUVIAL E LACUSTRE, DO TRÁFEGO 
NOS PORTOS E DA PESCA
 Art. 248 - Entre as horas 0 (zero) e 24 (vinte e quatro) de cada dia 
civil, o tripulante poderáser conservado em seu posto durante 8 
(oito) horas, quer de modo contínuo, quer de modo intermitente.
 § 1º - A exigência do serviço contínuo ou intermitente ficará a 
critério do comandante e, neste último caso, nunca por período 
menor que 1 (uma) hora.
 § 2º - Os serviços de quarto nas máquinas, passadiço, vigilância e 
outros que, consoante parecer médico, possam prejudicar a saúde 
do tripulante serão executados por períodos não maiores e com 
intervalos não menores de 4 (quatro) horas.
 DOS SERVIÇOS FRIGORÍFICOS
 Art. 253 - Para os empregados que trabalham no interior das 
câmaras frigoríficas e para os que movimentam mercadorias 
do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, 
depois de 1 (uma) hora e 40 (quarenta) minutos de trabalho 
contínuo, será assegurado um período de 20 (vinte) minutos 
de repouso, computado esse intervalo como de trabalho 
efetivo.
 Parágrafo único - Considera-se artificialmente frio, para os 
fins do presente artigo, o que for inferior, nas primeira, 
segunda e terceira zonas climáticas do mapa oficial do 
Ministério do Trabalho, Industria e Comercio, a 15º (quinze 
graus), na quarta zona a 12º (doze graus), e nas quinta, sexta 
e sétima zonas a 10º (dez graus).
 DO TRABALHO EM MINAS DE SUBSOLO
 Art. 293 - A duração normal do trabalho efetivo para os 
empregados em minas no subsolo não excederá de 6 
(seis) horas diárias ou de 36 (trinta e seis) semanais.
 OS JORNALISTAS PROFISSIONAIS
 Art. 303 - A duração normal do trabalho dos empregados 
compreendidos nesta Seção não deverá exceder de 5 
(cinco) horas, tanto de dia como à noite.
 Art. 304 - Poderá a duração normal do trabalho ser elevada 
a 7 (sete) horas, mediante acordo escrito, em que se estipule 
aumento de ordenado, correspondente ao excesso do 
tempo de trabalho, em que se fixe um intervalo destinado a 
repouso ou a refeição.
 Advogado, aeronauta, aeroviários de pista, assistente social, 
atleta de futebol, bombeiro, médico, técnico em radiologia, 
terapeuta ocupacional...
 Repentista - LEI Nº 12.198, DE 14 DE JANEIRO DE 2010. Dispõe 
sobre o exercício da profissão de Repentista.
 Art. 4o Aos repentistas são aplicadas, conforme as 
especifidades da atividade, as disposições previstas nos arts. 
41 a 48 da Lei no 3.857, de 22 de dezembro de 1960, que 
dispõem sobre a duração do trabalho dos músicos. 
 (5 horas)
TELETRABALHO
 Home Office ou modalidade de trabalho realizada a 
distância.
 Fora das dependências (estabelecimento ou 
residência) do empregador.
 Utilização de ferramentas da tecnologia da informação 
(meios telemáticos e informatizados), principalmente 
com canais de comunicação online via internet para se 
comunicar com a empresa e/ou colegas de trabalho, 
clientes, fornecedores, etc.
 Desenvolvimento e uso massificado das ferramentas eletrônicas = as 
relações cada vez mais são realizadas a distância.
 Forte influência da tecnologia
 Ganho de produção
 Diminuição de custos
 Favorecer o empregado (horas 
anteriormente gastas com 
locomoção)
Teletrabalho transfronteiriço
Trabalhador presta trabalho a partir do seu 
domicílio localizado num Estado diferente do 
estabelecimento do empregador.
Conflito quanto à lei aplicável
Origens na Revolução Industrial – trabalho 
externo no domicílio
Desenvolvimento tecnológico e massificação 
do acesso à tecnologia
Surgimento de preocupações ambientais 
(tempo, energia e custo do deslocamento)
CLT - ‘Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a 
prestação de serviços preponderantemente fora 
das dependências do empregador, com a 
utilização de tecnologias de informação e de 
comunicação que, por sua natureza, não se 
constituam como trabalho externo. 
Parágrafo único. O comparecimento às 
dependências do empregador para a realização 
de atividades específicas que exijam a presença 
do empregado no estabelecimento não 
descaracteriza o regime de teletrabalho.’
Teletrabalho não significa necessariamente o 
mesmo que trabalho no domicílio do 
empregado, pois este pode ser realizado sem 
os instrumentos tecnológicos, os quais são 
indispensáveis ao teletrabalho.
Pode-se dizer que o teletrabalho é uma espécie 
de trabalho a distância ou home office, mas 
com a utilização da tecnologia da informação.
Configuração do teletrabalho 
(requisitos/pressupostos da relação de 
emprego)
Pessoalidade
Não eventualidade (continuidade)
Remuneração (onerosidade)
Subordinação
Alteridade (risco de outrem, não do 
empregado)
Poder de controle e supervisão do empregador 
pode ser exercido por meio dos recursos 
tecnológicos, equiparando-se, para fins jurídicos 
de subordinação, aos meios pessoais e diretos 
de comando e supervisão do trabalho 
executado pelo empregado.
A norma não tratou de direitos e deveres das 
partes no teletrabalho
Restringiu-se a efetuar equiparação do 
teletrabalho com o trabalho realizado 
pessoalmente (no estabelecimento)
Respeitadas regras gerais sobre a ornada de 
trabalho (carga horária máxima diária e 
semanal), DSR e outros direitos do empregado 
assegurados por lei.
A previsão legal do teletrabalho nada mais é 
do que o reconhecimento de uma realidade 
nas relações de emprego. 
Atividades preferenciais para o teletrabalho:
 Telecomunicações
Concepção e desenvolvimento de produtos 
informáticos
Contabilidade
Design
Mover o trabalho para os trabalhadores ao 
invés de mover os trabalhadores para o 
trabalho.
Vantagens para o Empregador
Maior flexibilidade na organização do trabalho
Redução de custos (imobiliário, energia)
Combater o absentismo (falta habitual)
Maior flexibilidade de horários
Aumento nas possibilidades de recrutamento 
de mão de obra especializada
Vantagens para o Trabalhador:
Maior disponibilidade para a sua vida familiar
Diminuição do stress e aumento do bem estar
 Elimina problemas com deslocamento (custo)
Redução de custos de alimentação
Poder de controlar o ritmo de trabalho / 
flexibilidade de horário
Maior autonomia
Desvantagens para o Empregador
Resistência à mudança
Dificuldade em supervisionar o trabalho
Problemas de motivação dos trabalhadores
Problemas na proteção de dados da empresa
Diminuição da coesão
Problemas ao implementar sistema de 
avaliação de desempenho
Desvantagens para o Empregado
 Falta de integração entre colegas
 Isolamento social e profissional
Dificuldade em separar a vida profissional e 
pessoal
Problemas de metodologia / autodisciplina
 Espaço comum ao trabalho e família pode 
gerar conflitos
Acidente do trabalho.
O problema está em verificar se o acidente 
sofrido foi ou não em razão da atividade 
laborativa e prevalecerá a melhor prova neste 
sentido.
Tal produção de provas será mais difícil para o 
empregado do que para o empregador, uma 
vez que o empregado mescla afazeres 
domésticos com as obrigações laborais.
EMENTA: INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. DOENÇA 
PROFISSIONAL. CULPA DO EMPREGADOR. EMPREGADO EM 
DOMICÍLIO. O fato de o empregado trabalhar em domicílio 
não constitui, por si só, motivo para eximir o empregador da 
observância das normas de segurança e medicina do trabalho, 
colocando o trabalhador à margem da proteção legal que 
deve abranger "todos os locais de trabalho", sem distinção 
(artigo 154 da CLT). É certo que não há como exigir do 
empregador, em semelhante circunstância, a fiscalização 
cotidiana dos serviços prestados, inclusive quanto à efetiva 
observância pelo empregado das normas de segurança e 
medicina, mesmo porque a casa é asilo inviolável do indivíduo, 
ninguém nela podendo penetrar sem o consentimento do 
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou 
para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação 
judicial, nos termos da garantia estatuída no artigo 5o., inciso XI, 
da Constituição Federal. 
Essa particularidade, sem dúvida, constitui elemento que vai 
interferir na gradação da culpa do empregador em relação a 
eventual doença profissional constatada, masnão permite 
isentá-lo do cumprimento de obrigações mínimas, como a de 
instruir os empregados quanto às precauções a tomar no 
sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças 
ocupacionais, nos termos do artigo 157, II, da CLT, além de 
fornecer mobiliário adequado, orientando o empregado 
quanto à postura correta (artigo 199 da CLT), pausas para 
descanso, etc. Verificado o descumprimento dessas obrigações 
primordiais pelo empregador, em face da sua omissão 
negligente no tocante aos cuidados com a saúde da 
empregada, é inegável a sua culpa no surgimento da doença 
profissional constatada, incidindo sua responsabilidade pela 
compensação do dano moral sofrido pela obreira.
Processo 00208-2006-143-03-00-2 RO. Desembargador Relator 
Heriberto de Castro. Juiz de Fora, 02 de setembro de 2008.
TRT-PR-03-06-2016 EQUIPARAÇÃO SALARIAL. "HOME OFFICE", 
TELETRABALHO OU TRABALHO A DISTÂNCIA. CIDADE DIVERSA DA 
LOCALIDADE DA EMPRESA. Lei 12.551/2011. A ideia de "mesma 
localidade" contida no item X da Súmula 6 do TST - (O conceito 
de "mesma localidade" de que trata o art. 461 da CLT refere-se, 
em princípio, ao mesmo município, ou a municípios distintos 
que, comprovadamente, pertençam à mesma região 
metropolitana) deve ser interpretada à luz da legislação 
vigente e da evolução tecnológica presente, as quais facultam 
a muitos trabalhadores a conveniência de exercer suas 
atividades profissionais por meio da internet, sem a necessidade 
de se deslocar da sua residência até à empresa. 
Com efeito, o trabalhador que executa seu trabalho à 
distância, não pode ter o direito à equiparação salarial 
mitigado sob o argumento de que trabalha em outra 
localidade, porquanto, à época da elaboração da CLT, não 
era possível prever a evolução das modalidades de realização 
do trabalho, sendo o teletrabalho uma delas, pelo que a Lei 
12.551/2011 conferiu nova redação ao art. 6ª da CLT para 
equiparar o trabalho executado no domicílio do empregado 
àquele executado no estabelecimento do empregador. 
Recurso da parte autora ao qual se dá provimento no 
particular.
TRT-PR-19814-2012-014-09-00-3-ACO-18556-2016 - 5A. TURMA
Relator: ARCHIMEDES CASTRO CAMPOS JUNIOR
Publicado no DEJT em 03-06-2016
TRT-PR-12-06-2015 TELETRABALHO. CONFIGURAÇÃO. Com a
implementação de novas tecnologias, mormente nas áreas da
informática e telecomunicações, surgiram outras formas de trabalho,
que não exigem o comparecimento diário do empregado na empresa,
dentre elas o teletrabalho. Conquanto o art. 6º da CLT se refira ao
trabalho "executado no domicílio do empregado", o teletrabalho pode
ocorrer em outros locais, como em telecentros ou sem um local fixo e
certo, sem o contado direto, pessoal e contínuo com o empregador. O
teletrabalho difere do trabalho externo, por ser desenvolvido mediante
o emprego de modernas tecnologias de informática e telecomunicações.
Assim, comprovado o trabalho externo, consistente no atendimento a
clientes da empregadora, e não o teletrabalho, não são devidas horas
extras oriundas desta última modalidade de prestação de serviços.
Recurso ordinário do autor não provido.
TRT-PR-05723-2014-015-09-00-9-ACO-18567-2015 - 4A. 
TURMA
Relator: CÉLIO HORST WALDRAFF
Publicado no DEJT em 12-06-2015
	DISCIPLINA: JORNADA DE TRABALHO
	CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS
	Slide Number 3
	Slide Number 4
	Slide Number 5
	Slide Number 6
	Slide Number 7
	Slide Number 8
	Slide Number 9
	Slide Number 10
	Slide Number 11
	Slide Number 12
	Slide Number 13
	Triangle Shirtwaist Company
	Slide Number 15
	Slide Number 16
	Slide Number 17
	Slide Number 18
	Slide Number 19
	Slide Number 20
	Slide Number 21
	Slide Number 22
	Slide Number 23
	Slide Number 24
	Slide Number 25
	Slide Number 26
	Slide Number 27
	CONSIDERAÇÕES BIOLÓGICAS�
	Slide Number 29
	Slide Number 30
	Slide Number 31
	Slide Number 32
	Slide Number 33
	Slide Number 34
	Slide Number 35
	Slide Number 36
	CONSIDERAÇÕES SOCIAIS�
	Slide Number 38
	Slide Number 39
	Slide Number 40
	CONSIDERAÇÕES ECONÔMICAS�
	Slide Number 42
	Slide Number 43
	Slide Number 44
	Slide Number 45
	Slide Number 46
	Slide Number 47
	Slide Number 48
	Slide Number 49
	Slide Number 50
	JORNADA DE TRABALHO
	Slide Number 52
	Slide Number 53
	Slide Number 54
	Slide Number 55
	Slide Number 56
	Slide Number 57
	Slide Number 58
	“más condições climáticas”
	Slide Number 60
	Slide Number 61
	Slide Number 62
	Slide Number 63
	Slide Number 64
	Slide Number 65
	Slide Number 66
	Slide Number 67
	Slide Number 68
	Slide Number 69
	Slide Number 70
	A CAMINHO DO EMPREGO
	Slide Number 72
	ACIDENTE A CAMINHO DO TRABALHO
	Slide Number 74
	Slide Number 75
	Slide Number 76
	Slide Number 77
	Slide Number 78
	Slide Number 79
	Carga horária
	Slide Number 81
	Slide Number 82
	Slide Number 83
	Slide Number 84
	REGIME DE TEMPO PARCIAL
	Slide Number 86
	TRABALHO INTERMITENTE
	Slide Number 88
	Slide Number 89
	Slide Number 90
	Slide Number 91
	Slide Number 92
	Slide Number 93
	Slide Number 94
	Slide Number 95
	Slide Number 96
	Slide Number 97
	ATIVIDADES COM JORNADA ESPECIAL
	Slide Number 99
	Slide Number 100
	Slide Number 101
	Slide Number 102
	Slide Number 103
	Slide Number 104
	Slide Number 105
	DAS EQUIPAGENS DAS EMBARCAÇÕES DA MARINHA MERCANTE NACIONAL, DE NAVEGAÇÃO FLUVIAL E LACUSTRE, DO TRÁFEGO NOS PORTOS E DA PESCA
	Slide Number 107
	Slide Number 108
	Slide Number 109
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