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Trabalho de Antropologia
Educar na era planetária
Edgar Morin, Emilio Roger Ciurana, Raul Domingo Motta
Apresentação.
Jorge Werthein inicia o livro comentando de uma crise educacional que esta crescendo devido à complexidade e da incerteza da vida contemporânea.
Devido a vários problemas, como, a violência nas escolas, o que acaba fazendo com que a própria instituição acabe impotente em relação ao ensino.
Morin fala sobre uma nova condução da educação, um novo método. Método esse, que visava uma revolução da aprendizagem.
Prefacio.
O autor do prefacio é Morin, e nesse ponto ele explica “o momento da era planetária”, que aconteceu entre os séculos XV e XVI. Essa idéia se desenvolveu ultrapassando a colonização ate chegar nas relações das diferentes partes do globo. Ele pontua a importância de conhecer o destino planetário e suas interações.
Devido a urgência de educar na era planetária e autor apresenta três reformas, no meio do conhecimento, do pensamento e do ensino,
Capítulo 1: O Método
Esse capítulo inicia-se com Morin novamente, falando sobre o método, ele considera que atualmente o método é um conjunto de receitas eficazes para chegar á um resultado já previsto. Nessa concepção, o método já visa os resultados finais e em vista disso o método e programa são equivalentes. Mas, essas receitas são tão simples assim.Essa idéia de método, em alguns dicionários, é relacionada com a filosofia de Descartes. Portanto, método é algo aplicado a uma natureza e uma sociedade sendo trivial e determinista. 
Porém, se pensarmos que a realidade muda a todo instante e está em movimento, é insuficiente interpretar o método como programa. Nesses casos, perante situações de incerteza, necessita-se de estratégias para solucioná-las. Por isso, é necessária a presença de um sujeito pensante e estrategista. Em situações complexas, há um dialogismo. Assim, método é semelhante a caminho. 
No pensamento complexo, o ensaio é a melhor forma de expressão escrita e é um método. Ele é a melhor forma, pois é equilibrado, se eqüidista da poesia e to ratado. Pensar uma obra como ensaio, é encontrar uma travessia em meio à tensão, não sendo um caminho improvisado. O seu sentido e valor decorre da proximidade com o homem, com seu caráter genuíno. Após as experiências só século XX, não se pode mais falar em escrever algo definitivamente. Em se tratando da experiência, necessita-se a construção de um processo de aprendizagem com ausência de fundamento, pois não se pode conhecer a plenitude dos que nos rodeia. Talvez seja esta plenitude que nos leva ao aprender. Citando María Zambrano, ela fala de uma metafísica para a experiência, mostrando a peculiaridade de um método-caminho que leva a uma experiência da pluralidade e da incerteza, que tem uma relação direta com a revelação da multiculturalidade. Tudo isso não seria somente para o espírito, mas para todo o ser. E através da experiência que surge o método. 
O método é ao mesmo tempo caminho, mas também se dissolve no caminhar. Ele só nasce durante a pesquisa, podem até se formular no final. Ele é o fim. Porém, para Antonio Machado, ninguém ainda retornou ao inicio, não é um circulo completo, pois todo método traz consigo a experiência da viagem. Esse retorno nos leva a sabedoria que não passa pelos mitos e religiões, sempre modificando aquele que entrou nesta viagem. Assim, o método descobre e nos descobre diferentes. Esse retorno revela que o inicio esta longe de presente. Esta é a aprendizagem. Segundo Nietzche, aquele que alcançou a liberdade da razão é como se fosse um viajante sem uma direção fixa. O método busca, através da vida, a totalidade do seu significado, a sua complexidade. 
Relacionando o método com a teoria, ela é o que permite o conhecimento, é a possibilidade de uma partida, é a possibilidade de tratar um problema. A teoria só ganha vida com o pleno emprego da capacidade mental de um sujeito, e esta intervenção do sujeito é o que confere ao método o seu papel indispensável. A teoria é composta de traços permanentes, enquanto o método, para funcionar, é composto de vários pontos. Para ela permanecer, precisa se recriar. O método, gerado pela teoria, a regenera. Eles são componentes indispensáveis para o pensamento complexo.
O método também contem a precariedade do pensar e a falta de fundamento do conhecer. Para exercitar o método é necessárias a incorporação do erro e uma visão diferente da verdade. Não pensar no erro, seria o maior erro. Além de ser necessário, o erro é um problema prioritário e tem que ser pensado. Na vida, o erro é presença constante tanto para reprimi-lo quanto para favorece o surgimento da diversidade e da possibilidade de evolução. O erro leva a aprender, a se aperfeiçoar. Ele tem sua origem na linguagem humana, quando se tratando do humano, e é através dela e da ideia que se cria uma nova maneira de induzir ao erro. O espírito humano não reflete o mundo, o interpreta com o cérebro, e assim é fácil se encontrar erro. A verdade é a responsável pelo agravamento do problema do erro, pois todo aquele que acredita ser o dono da verdade é insensível aos erros. A verdade é frágil e sem fim; seus caminhos passam pelo ensaio e o erro e ela só pode ser buscada através da itinerância. Para Gaston Bachelard, o obstáculo da aprendizagem do conhecimento cientifico é a fixação de um conhecimento velho. Se o homem morre, não se podem existir verdades. Através de seus princípios, o método não fica preso a esta verdade. 
O método semelhante à estratégia busca recursos, faz contornos e desvios, é móvel, tira proveito dos erros. Ele é criação de um ser pensante que ensaia estratégias para resolver incertezas. Diminui-lo a programa é afirmar que se pode eliminar incertezas. Resumindo, o método é tudo aquilo que se pode aprender e é ao mesmo tempo aprendizagem. Ele esta totalmente ligado ao momento em que o sujeito que o pratica está. Ele só pode ser assim resistindo as tentações racionalizadoras: a idealização, a racionalização e a normalização. A educação deve ensinar aquilo que foge as regras. O pensamento complexo quer se aproximar da realidade. 
O método não é apenas estratégia, é gerador delas também. Essa ideia de estratégia não se dissocia da arte, pois ela é indispensável para a descoberta cientifica. A reflexividade do método abre uma fronteira com a filosofia. Essa reflexão é a aptidão mais rica do pensamento, ele se supera.
Para se ter um pensamento complexo, o método/caminho/ensaio/estratégia contém um conjunto de princípios metodológicos. Eles são em numero de sete. O primeiro é o princípio sistêmico ou organizacional que permite religar o conhecimento das partes no todo e vice versa. O segundo é o principio hologramático que afirma que toda parte tem praticamente todas as informações de um objeto tanto a sua pluralidade como os antagonismos. O terceiro é o principio da retroatividade com o conceito de circuito retroativo que rompe com a causalidade linear; é um circuito sobre a causa e o efeito que permite a autonomia organizacional do sistema. Já o quarto é o principio da recursividade que é aquele cujos produtos são necessários para a própria produção do processo, ou seja, os estados finais são necessários para a geração dos estados iniciais. O quinto é o principio de autonomia/dependência que introduz a ideia de processo auto-eco-organizacional. O sexto é o principio dialógico que contribui para pensar lógicas que se complementem e se excluem, é uma “associação complexa”. E, finalmente, o sétimo principio é o da reintrodução do sujeito cognoscente em todo conhecimento, ou seja, devolver o papel ativo àquele que havia sido excluído. É necessário pensar que o método e paradigma são inseparáveis. A atividade metódica existe em função do paradigma. Perante um paradigma que simplifica se propõe um pensamento que articula. Educar com o pensamento complexo é uma forma de fugir da fragmentação dos saberes contemporâneos e de um pensamento social e político.
Durante toda a explanação sobre o método as diferentes formas de tragédia se manifestaram.Ela é a responsável pela percepção do inacabamento de tudo que é feito pelo homem. Mas deve-se pensar sobre ele, pois ele é constante na vida.
Concluindo, o método é dinâmico e se movimenta, que fazer todos aprender e terem aprendizado, é a nova forma de educar.

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