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Materia do semestre de Direito Internacional Privado

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Direito Internacional Privado 
1. Partes: 
São: 
a. Pessoas naturais (pessoas físicas): 
são os particulares por natureza; 
b. Pessoas jurídicas de direito 
privado: as empresas (não podem 
ser as públicas) e ONG’s. 
 
2. Conceito de Direito 
Internacional Privado: 
É o ramo do direito que regulamenta as 
questões jurídicas dos particulares com 
elemento de conexão externo. 
Por exemplo: contrato celebrado entre 
uma empresa brasileira domiciliada no 
Brasil com uma empresa alemã, 
domiciliada na Alemanha. O elemento 
de conexão é o domicílio. 
3. Elemento de conexão: 
É o fator determinador da 
nacionalização da relação jurídica entre 
particulares. E também auxiliará na 
resolução dos maiores problemas de 
Direito Internacional Privado: a fixação 
da competência territorial e a lei 
aplicável ao caso concreto. 
3.1. Da Pessoa Natural 
 
3.1.1. Nacionalidade: é o vínculo de 
uma pessoa com o Estado 
seguindo regras de concessão 
determinadas pelo Estado 
concedente. 
a. Tipos: 
 
i. Originária: geralmente é 
decorrente do local do nascimento. 
ii. Derivada: adquirida 
posteriormente. Ex.: naturalização, 
dupla nacionalidade. 
 
b. Formas de determinação: 
i. “jus solis”: nacionalidade 
determinada pelo território, 
geralmente aplicada pelos Estados 
do Novo Mundo, ou seja, que 
foram colonizados. 
ii. “jus sanguinis”: determinação da 
nacionalidade pela ascendência, 
geralmente pelos Estados do Velho 
Mundo, por exemplo, a Europa. 
O Brasil adota o critério misto, tanto 
“jus solis” quanto “jus sanguinis”. 
3.1.2. Naturalização 
a. Definição: é a opção por uma outra 
nacionalidade se guindo um 
procedimento que difere de um 
estado para o outro, o qual no caso 
do Brasil tem suas principais 
regras, previstas no art. 12, da CF e 
no Estatuto do Estrangeiro. 
Art. 12. São brasileiros: 
II - naturalizados: 
a) os que, na forma da lei, adquiram a 
nacionalidade brasileira, exigidas aos 
originários de países de língua portuguesa 
apenas residência por um ano ininterrupto e 
idoneidade moral; 
b) os estrangeiros de qualquer 
nacionalidade, residentes na República 
Federativa do Brasil há mais de quinze anos 
ininterruptos e sem condenação penal, desde 
que requeiram a nacionalidade brasileira. 
Classicamente, a naturalização 
determina a perda da nacionalidade 
originária em favor de outra. A nova 
nacionalidade será derivada. 
OBS.: se a razão que levou o pedido da 
naturalização for por força das 
circunstâncias e não por vontade própria 
do solicitante, a nacionalidade brasileira 
poderá ser mantida. 
Exemplo: exigência para permanência 
em Estado estrangeiro; exigência do 
empregador; necessidade de utilização 
de serviços de saúde. 
No Brasil, apesar de não ser a 
característica da naturalização, ocorre 
cumulação. 
Há um regime especial para os 
Portugueses residentes no Brasil, os 
quais não precisam se naturalizar para 
terem direitos de naturalizados. Podem 
votar, se candidatar a determinados 
cargos na política. As regras estão 
previstas na CF/88 e no Tratado da 
Amizade (1970). 
3.1.3. Cidadania: direitos e 
obrigações, principalmente 
direitos civis, políticos. 
3.1.4. Dupla nacionalidade: acúmulo 
de nacionalidade não 
necessariamente duas, podendo 
ser mais de duas. 
a) Critério: atender exigências 
daquele que concede. Alguns 
Estados não aceitam que seu 
cidadão tenha outras 
nacionalidades, mesmo que de 
forma cumulativa. Ex.: China. 
Trata-se de um serviço consular e não 
da embaixada. As exigências dos 
consulados são diferentes, no entanto, 
há um fator em comum: a ascendência 
(admitido diferentes graus de 
parentescos dependendo do consulado). 
Há pontos inconvenientes na dupla 
nacionalidade: declaração de imposto de 
renda (para evitar bitributação), visitar o 
país uma vez por ano. 
3.1.5. Apátrida: é aquele que não tem 
nacionalidade. Pode ter 
acontecido de ter perdido a 
nacionalidade. 
A nacionalidade originária não é 
cassável, diferente da nacionalidade 
derivada que pode ser cassada, mas há 
várias regras; 
Alguns Estados cassam a nacionalidade 
originária, apesar da proibição 
internacional. 
Ex.: extinção do estado; cassação da 
nacionalidade derivada. 
A ONU tem uma missão especial para a 
busca de uma nacionalidade de quem a 
perdeu. Geralmente, readquire-se a 
nacionalidade originária. 
3.2. Da Pessoa Jurídica: 
3.2.1. Sentido: com a globalização 
esse sentido diminuiu. Cada vez 
menos os Estados querem 
diferenciar a empresa nacional 
da estrangeira. Também, o Brasil 
alterou sua legislação. Em 1995, 
ocorreu a Emenda à Constituição 
acabando com a diferença entre 
as empresas. 
 
3.2.2. Formas de determinação: 
a) Sócios: nacionalidade dos sócios 
determina a da pessoa jurídica. 
Dependendo da nacionalidade 
(país) dos sócios. Não é um bom 
critério. 
Ex.: um restaurante formado por um 
Português e um Japonês no Brasil, a 
empresa teria nacionalidade portuguesa, 
japonesa, brasileira ou todas juntas? Por 
isso não é um bom critério. 
b) Local onde exerce sua principal 
atividade econômica: Não é um 
bom critério. 
Ex.: na época da crise econômica, o 
mercado brasileiro sustentou muitas 
empresas estrangeiras, por exemplo, a 
GM. No entanto, a empresa continuou 
americana, não se tornou brasileira. 
c) De onde partem as principais 
decisões da empresa, ou se já, 
hierarquicamente superior: é um 
critério mais aceitável. 
Ex.: Volkswagen com grande 
participação no Brasil, não é uma 
empresa brasileira, é uma empresa de 
origem alemã. Apesar de aqui serem 
tomadas decisões importantes, na 
Alemanha é de onde partem as 
principais decisões e estratégias. 
3.3. Domicílio 
A lei aplicável e o foro competente são 
as principais dúvidas quando se trata de 
Direito Internacional. 
3.3.1. Conceito/Ideia: é o local onde 
uma pessoa natural responde 
por suas obrigações. Pode 
ocorrer de uma pessoa ter mais 
de um domicílio em um Estado 
ou ter domicílio em mais de 
um Estado. 
3.3.2. Formas de determinação: 
a) local onde a pessoa se estabelece com 
ânimo definitivo; 
b) local onde exerça suas principais 
atividades. 
3.3.3. Conflito: entre domicílios 
internacionais. Sendo 
domiciliado em mais de um 
país. 
Há 3 tipos de domicílios: legal, judicial 
e voluntário. O domicílio legal é 
determinado pela lei (por exemplo, 
servidor público, militar, preso). O 
domicílio judicial é determinado por 
ordem judicial. E o domicílio 
voluntário é determinado pela livre 
escolha. 
Havendo conflito: 
a) Entre domicílio voluntário e o 
domicílio legal, prevalece o 
domicílio legal; 
b) Entre domicílio voluntário e o 
domicílio judicial, prevalece o 
domicílio judicial; e 
c) Entre o local onde exerça suas 
principais atividades e atividades 
secundárias, prevalece o local das 
principais atividades; 
Em caso de nômade, por exemplo, os 
circenses, será considerado domicílio o 
local onde ocorreu o fato. 
 
4. Uniformização do Direito 
 
4.1. Ideia: é a coincidência de 
semelhanças entre o direito em 
estados distintos ou até mesmo 
atuação proposital para que se 
encontrem semelhanças ou 
identidade completa. 
 
 
4.2. Formas: 
a) Direito uniforme: alguns Estados 
em virtude de fatores históricos ou 
influência doutrinária possuem 
grande semelhança em suas normas 
e no Direito em geral. 
Por exemplo, o Brasil e Portugal são 
semelhantes em razão da colonização. A 
semelhança não é proposital. 
b) Direito uniformizado: de forma 
proposital alguns Estados acertam 
entre si que terão para certas áreas 
normas idênticas. 
Por exemplo, a relação entre Brasil e 
Itália, Brasil e Japão. 
c) Direito internacional privado 
uniformizado: trata-se da 
uniformização de suas normas de 
direito internacional privado entre 
Estados. 
Por exemplo, na LINDB que trata de 
sucessões, herdeiros, obrigações. 
d) Direito comparado: é a análisedo 
direito de outro Estado objetivando 
a construção de conceitos 
doutrinários, o auxílio na 
elaboração de decisões, a 
elaboração de normas no Brasil 
baseadas nas normas do exterior. 
 
5. Conceitos norteadores da 
aplicação do direito 
estrangeiro no Brasil: 
Os três primeiros conceitos são 
baseados no art. 17 da LINDB e são 
considerados os limitadores da 
aplicação do direito estrangeiro no 
Brasil. 
Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, 
bem como quaisquer declarações de vontade, 
não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem 
a soberania nacional, a ordem pública e os 
bons costumes. 
a) Ordem pública: desdobra-se em 
dois conceitos: 
i. A ordem pública engloba a ordem 
jurídica; 
Exemplo: casamento poligâmico árabe 
não se homologa aqui, pois fere a ordem 
pública, no que tange à ordem jurídica. 
ii. É a forma como uma sociedade se 
organiza. 
 
b) Soberania nacional: pode ser vista 
de duas formas: 
i. Internamente: é o poder de um 
Estado sobre seus cidadãos e sobre 
o seu território. 
ii. Externamente: é a autoafirmação 
de um Estado, demonstrada pela 
independência em relação aos 
demais Estados. 
 
c) Bons costumes: 
Este conceito é visto como retrógrado 
pela população em geral. 
Demonstra quais hábitos a sociedade 
aceita. São as práticas, bons hábitos, 
aceitas e assim reconhecidas pela 
cultura brasileira. 
Exemplo: topless na Europa se faz em 
praça pública; no Brasil não é costume 
nem mesmo em praias. 
d) Fraude à lei: 
É a utilização de forma ardilosa da 
norma de um Estado que seja mais 
benéfica em relação à de outro Estado, 
transparecendo legalidade, para que 
não se descubra a verdadeira má-fé de 
seu beneficiário. 
Exemplo: quando da vigência do CC de 
1916, casava-se no Uruguai, pois lá, se 
permitia o casamento de maiores de 18 
anos, o que no Brasil era permitido 
somente para maiores de 21 anos. 
Portanto, apesar de tudo certo na forma, 
o objetivo era fraudar a lei brasileira. 
e) Qualificações: 
Trata-se de determinação do ramo de 
direito aplicável a certo caso. 
f) Questão prévia: 
Trata-se de decisão que tem de ser 
tomada em uma questão prejudicial, 
antes de se decidir a questão principal, 
ou seja, uma pendência. 
Exemplo: após a morte de homem 
casado e com filhos, mulher se 
apresenta com criança que alega ser 
filho dele. Antes, a questão principal era 
abrir o inventário, agora, apresenta-se 
uma questão prévia, que é a 
investigação de paternidade. 
6. Homologação de sentença 
estrangeira no Brasil: 
 
6.1. Conceito: 
É a validação, no Brasil, de decisão 
judicante proferida no exterior, ou seja, 
sua nacionalização, objetivando sua 
execução, o seu cumprimento no Brasil. 
6.2. Tipos: 
a) Direta: o juiz brasileiro decide, no 
Brasil, aplicando a lei de outro país; 
b) Indireta: decide-se no exterior e 
traz-se para o Brasil para 
homologação. 
 
6.3.Observação: 
A competência foi deslocada do STF 
para o STJ, por força da EC 45. 
6.4. Decisões não judicantes: 
 
 
a) Ideia: é uma decisão que não 
resolve uma questão jurídica, 
como, por exemplo, uma 
instrutória ou interlocutória 
(citação, intimação, produção de 
provas, etc). Não coloca fim ao 
processo. Não decide o mérito. 
O instrumento para esse tipo de decisão 
é a carta rogatória, que é o 
instrumento processual para o 
cumprimento de atos no exterior. 
Obs.: carta precatória utiliza-se para 
cumprimento de atos em outras 
comarcas dentro do país, para 
cumprimento de atos não judicantes. E a 
carta de ordem é utilizada para que 
decisão de instância superior seja 
cumprida pela instância inferior. 
b) Procedimento: a carta rogatória 
deverá ser instruída com cópia da 
decisão devidamente traduzida e 
demais documentos necessários ao 
convencimento do juiz recebedor, a 
qual será analisada pelo STJ. 
O STJ analisará a competência do juízo 
originário, o cumprimento das 
formalidade de instrução, e se fere o art. 
17 da LINDB. 
LINDB, Art. 17. As leis, atos e sentenças de 
outro país, bem como quaisquer declarações de 
vontade, não terão eficácia no Brasil, quando 
ofenderem a soberania nacional, a ordem 
pública e os bons costumes. 
Em caso de ferir o art. 17, a decisão não 
será cumprida no país. O vício é 
considerado insanável. 
Se estiver tudo em ordem, determinará a 
oitiva da parte interessada (empresa 
brasileira) sobre o instrumento. 
A parte brasileira poderá se defender do 
cumprimento da carta rogatória. Na 
defesa poderá ser alegado de feito de 
instrumentalização (falta de 
documentos, procedimento, tradução). 
O vício é considerado sanável. 
Se o vício for considerado como sanável 
ele poderá ser reapresentado. Se a carta 
rogatória ferir o art. 17 da LINDB não 
poderá ser cumprida e não poderá ser 
reapresentada. 
Ao final, o Ministro do STJ decidirá 
pelo cumprimento ou não, cabendo 
recurso de agravo regimental. 
c) “Exequatur”: é o nome da decisão 
do STJ de determinação da 
execução (é o “cite-se”). 
 
6.5. Decisões judicantes: 
a) Ideia: são as decisões que resolvem 
o problema jurídico. Decidem um 
litígio. 
Exemplos de decisões judicantes: 
sentença, acórdão, arbitragem. 
b) Procedimento: a homologação de 
decisão judicante no Brasil ocorre 
através de uma ação judicial 
movida no STJ. A ação judicial é a 
homologação de sentença 
estrangeira. 
c) Objetivo: convencimento do STJ 
para homologar a sentença 
estrangeira tornando-a exequível ou 
executável. 
d) Sistema envolvido: processual e 
internacional. 
e) Revisão de mérito pelo STJ? 
 Total: não, revisa tudo. 
 Parcial: não, revisa parcialmente. 
 Reciprocidade diplomática: são 
tratados que o Brasil firmou de 
cooperação judiciária para facilitar 
a homologação com outros países. 
 Reciprocidade de fato: é aquela 
que demonstra através de 
precedentes que o outro Estado 
homologa nossas decisões, dessa 
forma faremos o mesmo. 
 Delibação: não revisam o mérito. 
Decisões 
Judicantes 
Ideia Total 
Procedimento Parcial 
Objetivo 
Reciprocidade 
diplomática 
Sistema 
Envolvido 
Reciprocidade 
de fato 
Revisão de 
mérito pelo 
STJ? 
 Deliberação 
 
6.6. Resolução nº 9, do STJ: 
Parte interessada é a autora da ação de 
homologação, ou seja, a que quer fazer 
com que a decisão seja cumprida no 
Brasil. 
Observam-se os requisitos da petição 
inicial, previsto no art. 282, do CPC. 
Cópia autêntica é a que passa pelo 
Consulado Brasileiro. 
Art. 3º A homologação de sentença 
estrangeira será requerida pela parte 
interessada, devendo a petição inicial conter 
as indicações constantes da lei processual, e 
ser instruída com a certidão ou cópia 
autêntica do texto integral da sentença 
estrangeira e com outros documentos 
indispensáveis, devidamente traduzidos e 
autenticados. 
Art. 4º A sentença estrangeira não terá 
eficácia no Brasil sem a prévia homologação 
pelo Superior Tribunal de Justiça ou por seu 
Presidente. 
Provimentos não-judiciais, por 
exemplo, a arbitragem. 
§1º Serão homologados os provimentos não-
judiciais que, pela lei brasileira, teriam 
natureza de sentença. 
Não há necessidade das decisões 
estrangeiras serem homologadas por 
inteiro. Se uma parte da decisão ferir o 
art. 17 da LINDB não será homologada, 
podendo outra parte que não fere o art. 
17 da LINDB ser homologada. 
§2º As decisões estrangeiras podem ser 
homologadas parcialmente. 
§3º Admite-se tutela de urgência nos 
procedimentos de homologação de sentenças 
estrangeiras. 
Art. 5º Constituem requisitos indispensáveis à 
homologação de sentença estrangeira: 
No inciso I, o STJ analisará se o juízo 
era competente para análise do caso. Se 
as decisões forem proferidas por juiz 
incompetente é nula. 
I - haver sido proferida por autoridade 
competente; 
No inciso II, verifica-se se o processo 
transcorreu adequadamente. Se tiver 
vícios, a sentença estrangeira não é 
homologadapelo STJ. 
II - terem sido as partes citadas ou haver-se 
legalmente verificado a revelia.; 
No inciso III, o STJ analisa se a 
sentença estrangeira transitou em 
julgado. A decisão proferida no exterior 
para ser homologada no Brasil deve 
estar em fase de execução. 
III - ter transitado em julgado; e 
No inciso IV, fala-se em procedimento. 
IV - estar autenticada pelo cônsul brasileiro e 
acompanhada de tradução por tradutor oficial 
ou juramentado no Brasil. 
Art. 6º combinado com o art. 17 da 
LINDB. 
Art. 6º Não será homologada sentença 
estrangeira ou concedido exequatur a carta 
rogatória que ofendam a soberania ou a ordem 
pública. 
Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro 
país, bem como quaisquer declarações de 
vontade, não terão eficácia no Brasil, quando 
ofenderem a soberania nacional, a ordem 
pública e os bons costumes. 
Art. 8º trata do processo de 
homologação. 
Art. 8º A parte interessada será citada para, no 
prazo de 15 (quinze) dias, contestar o pedido de 
homologação de sentença estrangeira ou 
intimada para impugnar a carta rogatória. 
Parágrafo único. A medida solicitada por carta 
rogatória poderá ser realizada sem ouvir a parte 
interessada quando sua intimação prévia puder 
resultar na ineficácia da cooperação 
internacional. 
No art. 9º, alega o vício formal, por 
exemplo, autenticidade de documento. 
Art. 9º Na homologação de sentença estrangeira 
e na carta rogatória, a defesa somente poderá 
versar sobre autenticidade dos documentos, 
inteligência da decisão e observância dos 
requisitos desta Resolução. 
Art. 11 Das decisões do Presidente na 
homologação de sentença estrangeira e nas 
cartas rogatórias cabe agravo regimental. 
No art. 12, será expedida carta de ordem 
ao Juiz Federal. 
Art. 12 A sentença estrangeira homologada será 
executada por carta de sentença, no Juízo 
Federal competente. 
6.7. Arbitragem (Lei nº 9.307/96): 
É um procedimento distinto do 
judiciário. A decisão arbitral proferida 
no exterior deve ser homologada no 
Brasil. 
As partes devem expressamente 
convencioná-la, ou seja, é uma opção a 
utilização da arbitragem, devendo ser 
documentado. 
6.7.1. Constituição: 
a) Cláusula arbitral: são disposições 
de um contrato determinando que 
em caso de desavença serão 
resolvidas por arbitragem. 
b) Convenção de arbitragem: as 
partes firmam contrato de 
arbitragem, podendo ser firmado 
durante o litígio. 
 
6.7.2. Vantagens: 
a) Especialidade da decisão: chance da 
questão discutida ser tecnicamente 
melhor julgada; 
b) Celeridade. Se paga mais, no 
entanto, é mais célere que o Poder 
Judiciário; 
c) Sigilo; 
d) Irrecorrível; 
e) Define a câmara de arbitragem não 
havendo discussão de competência. 
Altamente recomendável para 
contratos internacionais, pois 
resolve a competência e a lei 
aplicável. 
 
6.7.3. Lei 9.307/96: 
No caso do Brasil, as decisões arbitrais 
se tornaram eficazes com a lei própria 
de 1996 e com a derrubada das medidas 
que discutiam sua constitucionalidade. 
A lei de 1996 deu a decisão arbitral a 
mesma força de sentença, impedindo a 
rediscussão no Poder Judiciário. 
A utilização da arbitragem, conforme 
art. 1º é válido somente para os direitos 
patrimoniais disponíveis. 
Art. 1º As pessoas capazes de contratar poderão 
valer-se da arbitragem para dirimir litígios 
relativos a direitos patrimoniais disponíveis. 
As regras de homologação de sentença 
arbitral são as mesmas que as da 
sentença, bem como, devem ser 
observados os arts. 1º e 34 a 40 da Lei 
nº 9.307/96. 
O capítulo VI (arts. 34 a 40) dispõe do 
reconhecimento e execução de 
sentenças arbitrais estrangeiras. 
Art. 34. A sentença arbitral estrangeira será 
reconhecida ou executada no Brasil de 
conformidade com os tratados internacionais 
com eficácia no ordenamento interno e, na sua 
ausência, estritamente de acordo com os termos 
desta Lei. 
Parágrafo único. Considera-se sentença arbitral 
estrangeira a que tenha sido proferida fora do 
território nacional. 
Art. 35. Para ser reconhecida ou executada no 
Brasil, a sentença arbitral estrangeira está 
sujeita, unicamente, à homologação do Superior 
Tribunal de Justiça. 
Os arts. 483 e 484 do CPC tratam da 
homologação de sentença estrangeira. 
Art. 36. Aplica-se à homologação para 
reconhecimento ou execução de sentença 
arbitral estrangeira, no que couber, o disposto 
nos arts. 483 e 484 do Código de Processo Civil. 
Art. 37. A homologação de sentença arbitral 
estrangeira será requerida pela parte interessada, 
devendo a petição inicial conter as indicações da 
lei processual, conforme o art. 282 do Código de 
Processo Civil, e ser instruída, necessariamente, 
com: 
I - o original da sentença arbitral ou uma cópia 
devidamente certificada, autenticada pelo 
consulado brasileiro e acompanhada de tradução 
oficial; 
O inciso II trata da prova de que as 
partes livremente optaram pela 
utilização da arbitragem. 
II - o original da convenção de arbitragem ou 
cópia devidamente certificada, acompanhada de 
tradução oficial. 
O art. 38 trata dos possíveis argumentos 
trazidos pela defesa para que seja 
negada a homologação. 
Art. 38. Somente poderá ser negada a 
homologação para o reconhecimento ou 
execução de sentença arbitral estrangeira, 
quando o réu demonstrar que: 
Na hipótese do inciso I, a decisão é 
nula. 
I - as partes na convenção de arbitragem eram 
incapazes; 
II - a convenção de arbitragem não era válida 
segundo a lei à qual as partes a submeteram, ou, 
na falta de indicação, em virtude da lei do país 
onde a sentença arbitral foi proferida; 
III - não foi notificado da designação do árbitro 
ou do procedimento de arbitragem, ou tenha 
sido violado o princípio do contraditório, 
impossibilitando a ampla defesa; 
No inciso IV, as partes podem estipular 
limites das questões que serão 
submetidas à arbitragem. 
IV - a sentença arbitral foi proferida fora dos 
limites da convenção de arbitragem, e não foi 
possível separar a parte excedente daquela 
submetida à arbitragem; 
V - a instituição da arbitragem não está de 
acordo com o compromisso arbitral ou cláusula 
compromissória; 
VI - a sentença arbitral não se tenha, ainda, 
tornado obrigatória para as partes, tenha sido 
anulada, ou, ainda, tenha sido suspensa por 
órgão judicial do país onde a sentença arbitral 
for prolatada. 
Art. 39. Também será denegada a homologação 
para o reconhecimento ou execução da sentença 
arbitral estrangeira, se o Supremo Tribunal 
Federal constatar que: 
I - segundo a lei brasileira, o objeto do litígio 
não é suscetível de ser resolvido por arbitragem; 
Inciso II combinado com o art. 17 da 
LINDB. 
II - a decisão ofende a ordem pública nacional. 
Parágrafo único. Não será considerada ofensa à 
ordem pública nacional a efetivação da citação 
da parte residente ou domiciliada no Brasil, nos 
moldes da convenção de arbitragem ou da lei 
processual do país onde se realizou a 
arbitragem, admitindo-se, inclusive, a citação 
postal com prova inequívoca de recebimento, 
desde que assegure à parte brasileira tempo 
hábil para o exercício do direito de defesa. 
Art. 40. A denegação da homologação para 
reconhecimento ou execução de sentença 
arbitral estrangeira por vícios formais, não 
obsta que a parte interessada renove o 
pedido, uma vez sanados os vícios 
apresentados. 
7. Condição jurídica do 
estrangeiro 
 
7.1.Ideia: é o estudo da entrada, estada 
e saída da compulsória de 
estrangeiros do Brasil. 
 
7.2.Entrada 
a) Documentos: passaporte que é o 
documento para viagens 
internacionais emitido pelo seu 
Estado, atestados de idoneidade 
moral, de saúde, vacinação. 
b) Visto: autorização consular para 
entrada em certo território. 
i. Tipos: turismo, trabalho, 
negócios, diplomático, oficial. 
Com relação ao visto, o Brasil adota o 
princípio da reciprocidade, se exigem 
dos brasileiros, seráexigido para o 
outro. 
OBS.: Embaixada x Consulado. 
Embaixada é que aquela é a 
representação política e uma de um 
estado no outro, em regra, as 
embaixadas ficam na capital, enquanto o 
Consulado objetiva prestar serviços aos 
seus cidadãos no exterior, por exemplo, 
serviços cartoriais. 
7.3.Saída compulsória: é obrigatória. 
a) Extradição: um estado que tenha 
jurisdição sobre um indivíduo e 
contra ele há uma condenação penal 
requererá ao outro Estado onde ele 
se encontre que o extradite. 
O Brasil não extraditará por crimes 
políticos ou de opinião, para 
cumprimento de pena superior ao do 
nosso ordenamento jurídico, crimes 
prescritos, refugiados e asilados, 
brasileiro nato. 
As principais regras sobre extradição 
estão em tratados firmados entre o 
Brasil e outros Estados. 
Por exemplo, caso do Ronald Biggs, 
Salvatore Cacciola, Abadia. 
b) Deportação: um estrangeiro tenta 
ingressar irregularmente no 
território de outro Estado (imigrante 
ilegal) ou lá estando se torna 
irregular, podendo ser deportado 
(visto ilegal, visto deturpado, que é 
o visto para uma determinada 
finalidade e utiliza-se para outra, por 
exemplo, quando se tem visto de 
estudante e começa a trabalhar). 
 
c) Expulsão: um estrangeiro regular no 
território nacional, mas que se torna 
elemento nocivo aos interesses 
nacionais poderá ser expulso. 
Exemplo, jornalista correspondente do 
NY Times ao falar sobre o então 
presidente Lula e sobre as mulheres 
brasileiras. 
d) Banimento: é a expulsão do próprio 
nacional. É a mesma coisa que a 
expulsão. No entanto, é proibida 
pela CF, sendo considerado um tipo 
de pena. 
e) “Expulsão”: é a modalidade 
prevista pelo Tribunal Penal 
Internacional (TPI) para convocação 
de estrangeiro para julgamento. 
Parece extradição, no entanto, não é 
o Estado que solicita, mas o TPI que 
faz a solicitação.

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