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Evolução dos seres vivos

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Evolução dos seres vivos
O que significa evolução?
(Dicionário Aurélio)
	Substantivo feminino.
	1.Deslocamento progressivo.
	2.Série de movimentos concatenados e harmônicos.
	3.Sucessão de acontecimentos em que cada um está condicionado pelo(s) anterior(es).
	4.Processo de transformação em que certas características ou elementos simples ou indistintos se tornam aos poucos mais complexos ou mais pronunciados; desenvolvimento.
	5.Biol. Segundo o darwinismo (q.v.), processo que, ao longo de sucessivas gerações, leva à diferenciação das espécies, determinado por mutações genéticas e por seleção natural. [Plural.: –ções.] 
Evolução
	O que significa?
	Processo de transformações ao longo do tempo.
	Nem sempre essas transformações são para melhor.
	Ao longo do tempo, algumas coisas aparecem e outras desaparecem.
Teorias científicas
	Uma teoria científica é sustentada por evidências obtidas por meio de observações cuidadosas, registros, medições, experimentos e também em outras teorias que já foram aceitas pelos cientistas.
	As teorias científicas podem ser modificadas ou substituídas por novas descobertas que a contrariem. 
Método científico
	É um conjunto de regras básicas e etapas utilizadas para produzir um conhecimento científico.
	Na maioria das ciências, isto consiste em juntar evidências observáveis (fatos, provas, pistas, etc), empíricas (isto é, a partir de experiências ou observações) e mensuráveis (que se pode medir) e as analisar com o uso da lógica. 
Observação
	É a visualização de um fato ou fenômeno.
	Essa observação deve ser repetida várias vezes, buscando obter o maior número possível de detalhes, sendo realizada, portanto, com a maior precisão possível. 
Formulação de perguntas (problemas)
	Em que situações aparece um arco-íris?
	Como surge um arco-íris? 
	O que é essa “fumaça” que sai da panela?
	Por que essa “fumaça” se forma quando aquecemos água na panela?
	Do que é feita a ferrugem?
	De onde surge a ferrugem? 
Elaboração de hipóteses
	Hipóteses são respostas provisórias para os questionamentos que foram feitos ao se observar o fenômeno natural ou fato.
	As hipóteses podem ser confirmadas ou negadas através de experimentos ou de evidências (provas, pistas).
	Exemplo
	Pergunta: De onde surge a ferrugem?
	Hipótese 1: A ferrugem surge do contato do metal com o ar.
	Hipótese 2: A ferrugem é provocada por microrganismos que vivem no ar. 
Experimentação
	Por meio de experimentos é possível verificar se cada hipótese é verdadeira ou não.
	Estes experimentos devem ser controlados e possíveis de serem repetidos várias vezes, por diferentes pessoas em diferentes locais.
	Exemplos
	Deixar vários tipos de metal (alumínio, ferro, cobre, etc) entrarem em contato com bactérias presentes no ar atmosférico.
	Colocar metais em contato com o gás oxigênio da atmosfera, sem a presença de microrganismos. 
Teoria científica
	Os resultados dos experimentos nos permitem verificar se cada hipótese levantada inicialmente é verdadeira ou não, isto é, se responde corretamente à pergunta-problema ou não.
	Se a hipótese for confirmada, é possível formular uma teoria científica que explique aquele fenômeno ou fato.
	A teoria científica é uma explicação mais completa formulada por cientistas e capaz de explicar um fenômeno ou fato.
	As teorias científicas são apoiadas em evidências encontradas (objetos, pistas, provas, fatos), observações cuidadosas, registros, medições, experimentos e também em outras teorias que já foram aceitas pelos cientistas.
	 Se novas evidências que contrariem a teoria forem encontradas, a teoria pode ser modificada ou até substituída por uma nova teoria. 
Teoria da evolução dos seres vivos
	Em 1831, o naturalista Charles Darwin (1809-1882), foi convidado a participar de uma viagem de volta ao mundo – que durou cinco anos – a bordo do navio inglês Beagle, com a missão de estudar a geologia, a fauna e a flora dos locais visitados.
	Revendo o extenso material coletado e as observações que fez ao longo da viagem e refletindo sobre suas leituras de geologia, Darwin estava convencido de que a evolução biológica das espécies ocorria.
	Darwin leu o livro Ensaio sobre a população, de Thomas Malthus, que o ajudou a criar o conceito-chave de sua teoria evolucionista, a ideia de seleção natural.
Charles Darwin
(1809-1882)
Viagem do navio HMS Beagle
(27 de dezembro de 1831 a 2 de outubro de 1836) 
Viagem do navio HMS Beagle
(27 de dezembro de 1831 a 2 de outubro de 1836) 
Teoria da evolução dos seres vivos
	Finalmente, em 1859, Darwin publicou o seu livro: 
A origem das espécies por meio da seleção natural. Nesse livro, ele propunha uma nova teoria evolutiva, que constitui a base de todas as modernas teorias evolutivas. 
Evidências que sustentam a teoria da evolução
	Fósseis
	Similaridades morfológicas (características físicas semelhantes em espécies diferentes)
	Semelhanças embriológicas (os embriões dos animais são mais parecidos entre si do que as formas adultas)
	Estruturas vestigiais (partes do corpo que não tem mais função, mas são mantidas)
	Biogeografia (distribuição geográfica de animais e plantas)
	Evidências moleculares (quanto maior o parentesco entre dois organismos, mais semelhantes são suas moléculas, seu material genético)
Teoria da evolução por seleção natural
	Seleção natural é o conceito central na teoria da evolução de Charles Darwin. Esta ideia considera quatro características fundamentais de uma população (conjunto de indivíduos da mesma espécie que vivem em um mesmo local):
	Variabilidade: os indivíduos não são idênticos, mas apresentam pequenas variações entre si;
	Crescimento: uma população tende a crescer, pois os organismos se reproduzem;
	Falta de recursos: se as populações crescem, em algum momento poderão faltar recursos (alimento, parceiros reprodutivos, espaço, etc);
	Competição: se faltarem recursos, os indivíduos competirão entre si para garantir sua própria sobrevivência e reprodução.
Teoria da evolução por seleção natural
	Se os indivíduos de uma população não são iguais, alguns deles podem ter características que os favoreçam na competição por recursos. Por exemplo, em uma população de peixes, indivíduos que tenham nadadeiras mais desenvolvidas e nadarem melhor têm mais chances de sobreviver e se reproduzir. Se os descendentes herdarem dos pais as características favoráveis, ao longo das gerações, essas características tendem a estar presentes na maioria dos indivíduos.
Teoria da evolução por seleção natural
	Por outro lado, na população também pode haver indivíduos com características desfavoráveis, isto é, que não contribuem para sua sobrevivência. Por exemplo, peixes com nadadeiras menos desenvolvidas, que nadem mais lentamente. Estes, provavelmente, deixarão menos descendentes e, assim, as características desfavoráveis tendem a desaparecer da população.
	Darwin deu o nome de seleção natural à sobrevivência e reprodução diferencial dos indivíduos melhor adaptados de uma população em detrimento dos menos adaptados.
	Segundo o conceito de seleção natural, é o ambiente que seleciona os indivíduos melhor adaptados, que tendem a sobreviver e perpetuar a espécie.
	 A seleção natural é um dos fatores associados à evolução das espécies.
Seleção natural
	Imagine que em um bando de ursos brancos do pólo norte tenha nascido um urso com membros locomotores mais musculosos, que o tornam mais rápido que os outros. Dizemos que este urso é mais bem adaptado que os ursos mais lentos. Tem mais chances de deixar filhotes que os outros, e seus filhotes poderão herdar genes que o fazem ter membros mais musculosos. Assim, serão também mais rápidos nas caçadas e, da mesma forma, terão mais chances de sobreviver. Um membro locomotor mais musculoso é, portanto, uma adaptação, ou seja, uma característica que facilita a sobrevivência do urso. Outras adaptações são a pelagem grossa e branca.
Seleção natural
	Como essas adaptações favorecem à sobrevivênciae a reprodução, os indivíduos que apresentam essas características tendem a ser mais numerosos na população. Consequentemente, o número de descendentes com essas características cresce ao longo do tempo. Com outros indivíduos ocorre o contrário, e o número de seus descendentes diminui.
	Todas essas novidades podem surgir por mutações, ou seja, por mudanças nos genes contidos no DNA (material genético). As mutações geram novos genes e, consequentemente, novas características. Algumas delas aumentam a chance de um organismo sobreviver e deixar mais filhos; outras podem prejudicá-lo de alguma forma e talvez até impedí-lo de deixar descendentes; outras, por fim, podem não fazer nenhuma diferença para a sobrevivência do organismo.
	A reprodução sexuada, por combinar genes maternos e paternos, também produz combinações novas de genes e de características. Portanto, é igualmente importante no processo de evolução. 
	O núcleo é o centro de controle da célula, onde há fios microscópicos, os cromossomos.
	Um ser humano possui 46 cromossomos organizados em pares (23), nos quais se encontra o DNA (ácido desoxirribonucleico)
	O DNA é o material químico do qual é feito o gene, contido no cromossomo
	O gene é a unidade básica da hereditariedade, pois é ele que controla a produção de proteínas na célula
	As proteínas atuam nas características dos seres vivos: cor dos olhos, cor da pele, tipo de nariz, etc. 
DNA
Cromossomos
Célula e núcleo da célula
Cromossomo
DNA
Gene
Os genes são responsáveis por diversas características de um ser vivo.
Genes e hereditariedade
Exemplo de seleção natural: os tentilhões de Galápagos
	Em sua viagem, o Beagle esteve no arquipélago das ilhas Galápagos, onde Darwin encontrou alguns dos exemplos mais importantes para a fundamentação de sua teoria evolucionista.
	Nestas ilhas, havia diferentes espécies de tentilhão, ave que também pode ser encontrada no continente. Estudando os tentilhões das ilhas, Darwin concluiu que, no passado, teria existido um único tipo dessa ave, que colonizou as ilhas.
	Ao longo das gerações, em cada ilha foram naturalmente selecionados os indivíduos com bicos mais favoráveis à sobrevivência, isto é, bicos mais adaptados ao tipo de alimento disponível. Ou seja, de uma única espécie de tentilhão que vivia no continente, evoluíram diferentes espécies da ave que vivem nas ilhas. 
Exemplo de seleção natural: os tentilhões de Galápagos
Resumo da teoria da evolução dos seres vivos
	As espécies existentes hoje em dia não são as mesmas de bilhões ou milhões de anos atrás. 
	Evolução é o processo de transformação pelo qual passam os seres vivos ao longo do tempo, originando novas espécies.
	As características dos seres vivos são reguladas pelo seu material genético (DNA).
	As alterações que podem ocorrer no material genético são chamadas de mutações.
Resumo da teoria da evolução dos seres vivos
	As mutações resultam, então, no surgimento de características novas, que podem ser favoráveis ou não para a adaptação dos organismos ao ambiente em que vivem.
	Seleção natural: o ambiente “seleciona” os indivíduos que possuem características favoráveis (melhor adaptados) e tende a eliminar quem tem características desfavoráveis (pior adaptados).
	As características favoráveis podem ser transmitidas aos descendentes, permitindo que a espécie seja mais bem adaptada a um determinado ambiente 
Evidências que sustentam a teoria da evolução: registro fóssil
Evidências que sustentam a teoria da evolução: similaridades morfológicas
cavalo
zebra
jumento
Evidências que sustentam a teoria da evolução: semelhanças embriológicas
Evidências que sustentam a teoria da evolução: estruturas vestigiais
	Estruturas vestigiais são remanescentes de estruturas que tiveram função nos ancestrais, mas cuja utilização foi reduzida por uma mudança na utilização de nichos ecológicos (modos de vida).
Evidências que sustentam a teoria da evolução: estruturas vestigiais
Apêndice:
função original era digerir celulose e hoje protege contra infecções por bactérias simbióticas que ajudam na digestão
Evidências que sustentam a teoria da evolução: estruturas vestigiais
Espécies de peixes que vivem em cavernas completamente escuras têm olhos vestigiais, não funcionais. Quando seus ancestrais com visão acabaram vivendo em cavernas, não havia mais nenhuma seleção natural para manter a função dos olhos desses peixes. Então, peixes com visão melhor não mais competiam com os de pior visão. Hoje, esses peixes ainda têm olhos – mas eles não são funcionais e não é uma adaptação; eles são apenas subprodutos da história evolutiva desses peixes. 
Evidências que sustentam a teoria da evolução: biogeografia
	A atual distribuição de animais e plantas se deve à história de sua dispersão a partir de seus pontos de origem. Quanto mais tempo os continentes tenham estado isolados um do outro, mais diferentes são os organismos que habitam cada região.
O Aepycamelus ("camelo alto"), apelidado de camelo-girafa, foi um ancestral dos atuais camelos que viveu nos Estados Unidos durante a época do Mioceno, há 10 milhões de anos. Chegava a 3 m de altura e pesava 570 kg.
Vivia em pequenos grupos, comendo as folhas mais altas das savanas, como as girafas. Migrando para a Ásia e África, deu origem aos camelos e dromedários de hoje. O Aepycamelus tinha cabeça pequena, pescoço e pernas longos, cauda curta e pés "almofadados". Pode ter sido extinto com a mudança de temperatura no fim do Mioceno.
Espécies: Aepycamelus alexandrae, A. bradyi, A. elrodi, A. giraffinus, A. latus,A. major, A. priscus, A. proceras, A. robustus e A. stocki
Camelo moderno
Os camelos (Camelus) constituem um gênero de ungulados artiodáctilos (com um par de dedos de apoio em cada pata) que contém duas espécies: o dromedário (Camelus dromedarius), de uma corcova e o camelo-bactriano (Camelus bactrianus), de dois sacos. Ambos são nativos de áreas secas e desérticas da Ásia e Norte da África. Ambas as espécies são domesticadas, que fornecem leite e carne, e são animais de tração. Os humanos têm domesticados camelos há milhares de anos. 
Lhamas
Alpacas
Guanaco
Vicunha
Evidências que sustentam a teoria da evolução: evidências moleculares
	Quanto mais próximo o parentesco evolutivo entre dois organismos, mais semelhantes são as respectivas moléculas como, por exemplo, seus materiais genéticos.

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