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AULA 4- MÉTODOS DE ESREILIZAÇÃO. SÃO DIVIDIDOS EM FÍSICOS (calor úmido, calor seco, radiação ionizante e filtração) 
E QUÍMICOS (óxido de etileno, peróxido de hidrogênio e formaldeído). 
NÍVEL DE SEGURANÇA DE ESTERILIDADE: também conhecido pela sigla SAL significa: probabilidade de um item não estéril naquela 
população após passar por processo de esterilização. nível de garantia de esterilidade de 10−6, por exemplo, indica a probabilidade 
de não mais que um micro-organismo viável em 1 × 106 itens esterilizados do produto final. 
 
VALOR D: tempo de redução decimal, ou seja, tempo em minutos necessário para reduzir a população microbiana viável em 90% 
ou uma escala logarítima. Ex: carga de 10 ^2 com o incremento de 2D= 1 
CALOR: o agente esterilizante mais simples, econômico e seguro de que se dispõe. A eficiência na inativação dos micro-organismos 
é dependente da temperatura, tempo de exposição e presença de água, pois na presença dessa são exigidos menores tempos de 
exposição e temperaturas. 
 
CALOR ÚMIDO: A esterilização pelo calor úmido causa a coagulação das proteínas celulares dos micro-organismos. 
 
CALOR SECO: A esterilização pelo calor seco se dá em função de processos oxidativos, que necessitam de altas temperaturas e 
longo tempo de exposição. 
 
AUTOCLAVE (CALOR ÚMIDO): parâmetros essenciais (tempo, temperatura e presença de água). O princípio básico de operação é 
a substituição do ar da câmara por vapor saturado. Condição de referência para esterilização de preparações aquosas é de 
aquecimento de, no mínimo, 121 °C por pelo menos 15 minutos. 
 
TESTE DE BOWIE-DICK: é um Indicador Químico Classe 2 que tem o propósito específico de avaliar a eficácia dos sistemas de 
remoção dinâmica de ar dos esterilizadores. VERIFICAÇÃO DIÁRIA. 
 
INDICADOR BIOLÓGICO: INDICADOR NEGATIVO INDICA QUE O PROCESSO É BOM KKK. Preparado padronizado contendo 
microrganismos vivos e viáveis; Resistentes ao método de esterilização a ser monitorado; Objetiva demonstrar se as condições do 
esterilizador estão adequadas para produzir a esterilização. Para o processo de calor úmido, esporos de cepas apropriadas de 
Geobacillus stearothermophilus estão disponíveis comercialmente como indicadores biológicos. Para a validação do processo de 
esterilização, por via calor seco, podem ser empregados esporos de Bacillus atrophaeus. MAIOR RESISTÊNCIA: ESPOROS 
BACTERIANOS > MICOBACTÉRIAS > VÍRUS PEQUENOS > FUNGOS > BACT. VEGETATIVAS > VÍRUS MÉDIOS HIV 
 
ESTERILIZAÇÃO POR CALOR SECO: Realizada em estufa com distribuição homogênea do calor, que pode ser obtida por circulação 
forçada de ar. Podem ser esterilizados artigos como vidros, metais, pós, vaselinas, gorduras, ceras, soluções e suspensões oleosas, 
e tecidos especiais. Esse processo é aplicado, principalmente, para materiais sensíveis à esterilização por calor úmido. A condição 
de referência é uma temperatura mínima de 160 °C por, pelo menos, 2 horas. 
 
ESTERILIZAÇÃO POR RADIAÇÃO: Consiste em expor os produtos a ondas eletromagnéticas curtas (alta freqüência), com alto poder 
de penetração, como os raios gama do Cobalto 60. A radiação rompe a cadeia de DNA dos microorganismos, eliminando-os ou 
levando-os à incapacidade de reprodução. Permitido apenas após confirmação da ausência de efeitos nocivos sobre o produto 
(dados experimentais). 
 
ESTERILIZAÇÃO POR FILTRAÇÃO: Empregada para esterilização de soluções termossensíveis por remoção física dos 
microorganismos contaminantes; Realizada com membranas de graduação de tamanho de poro nominal de 0,2 μm, ou menor; As 
membranas filtrantes comercialmente disponíveis incluem acetato de celulose, nitrato de celulose, fluorcarbonato, polímeros 
acrílicos, poliéster, policarbonato, cloreto de polivinila, vinil, nylon e ainda membranas metálicas. 
 
ESTERILIZAÇÃO POR ÓXIDO DE ETILENO: Indicada para materiais que não resistem a altas temperaturas (apenas quando nenhum 
outro método é possível); Produz alquilação das cadeias proteicas microbianas, impedindo a multiplicação celular; O óxido de 
etileno tem propriedades mutagênicas, é altamente inflamável e pode deixar resíduos tóxicos nos materiais. 
 
AULA 5- TESTE DE ESTERILIDADE: OS MÉTODOS PODEM SER: Direto: inoculação direta no meio de cultura; Método mais 
simples; Indicado para suturas cirúrgicas, algodão e gaze estéril e dispositivos parenterais. Indireto: método de filtração em 
membrana; Utiliza sistema de filtração; Indicado para parenterais de maior volume. Filtro de nitrato de celulose: indicado para 
soluções aquosas, oleosas e fracamente alcoólicas. Filtro de acetato de celulose: indicado para soluções fortemente alcoólicas. 
Filtro de PTFE e PVDF: indicado para produtos oncológicos e com solventes agressivos. 
 
TESTE DE ESTERELIDADE: Classe I – ar horizontal; Classe II – ar vertical; Classe III – hermeticamente fechada com luvas acopladas. 
Tipo A – recicla 70% e expulsa 30% do ar para a sala; Tipo B1 – recicla 30% e expulsa 70% do ar para o exterior; Tipo B2 – expulsa 
100% do ar; Tipo B3 – recicla 70% e expulsa 30% do ar para o exterior. CAPELA: Ligar 30 min antes; Limpeza do interior com álcool 
70% E Velocidade do ar = 0,35 a 0,55m/s 
 
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO: EPI – macacão, gorro, máscara, luva e Sapatilha. Técnica de manipulação e descarte 
 
MEIO DE CULTURA: Meio fluido de tioglicolato: Usado para cultura de bactérias anaeróbicas. Caldo de caseína-soja: Usado para 
cultura de bactérias aeróbicas 
 
TESTES DE ADEQUAÇÃO DO MEIO: Teste de esterilidade dos meios (14 dias de incubação). Promoção de crescimento (inocular 
microrganismo teste). 
 
TESTE PARA PENICILINAS E CEFALOSPORINAS: Método direto: acrescentar ß-lactamase nos meios de cultura. Método indireto: 
acrescentar ß-lactamase nos fluidos de lavagem. Controle negativo: sem amostra. Controle positivo: com microrganismo teste. 
 
TESTE DE VALIDAÇÃO PARA BACTERIOSTASE E FUNGISTASE: Promoção de crescimento com amostra e microrganismo teste deve 
ser idêntica ao controle (sem amostra). 
 
AULA 6 – PIROGÊNIOS: Qualquer substância capaz de induzir elevações térmicas em animais e humanos, em resposta a 
injeção ou infecção. Os pirogênios dividem-se em duas classes: EXÓGENO E ENDÓGENO. 
 
PIROGÊNIOS EXÓGENOS: São aqueles que se originam fora do corpo e induzem elevações térmicas quando injetados. Incluem os 
pirogênios de origem microbiana (endotoxinas) e não microbianos, que incluem alguns fármacos, esteróides e frações do plasma. 
 
PIROGÊNIO ENDÓGENO: É produzido internamente pelo hospedeiro em resposta ao estímulo de pirogênios exógenos. É 
considerado o mediador primário da febre. Também chamado de Pirogênio granulocítico. 
 
ENDOTOXINAS: As endotoxinas são complexos de alto peso molecular associados à membrana externa de bactérias Gram-
negativas. 
 
MEMBRANA EXTERNA DAS BACTÉRIAS: POSSUEM REGIÃO CHAMADA DE LIPOPOLISSACÁRIDO (LPS) QUE POSSUI FUNÇÃO DE 
ESCAPAR DAS DEFESAS IMUNITÁRIAS DO ORGANISMO (ANTICORPOS): AS BACTÉRIAS PODEM MUDAR AS ESTRUTURA DE SEUS 
ANTÍGENOS AUMENTANDO OU DIMINUINDO SUA DIMENSÃO E PODEM MODIFICAR A ORDEM DOS MONOSSACARÍDEOS QUE 
CONSTITUEM O SEU NÚCLEO CENTRAL. O LPS TAMBÉM TEM FUNÇÃO DE CONFERIR CARGA NEGATIVA A SUPERFÍCIE BACTERIANA, 
ESTABILIZAR A ESTRUTURA DA MEMBRANA EXTERNA, PODE FUNCIONAR COMO ENDOTOXINA PIROGÊNICA 
 
AÇÕES BILÓGICAS DAS ENDOTOXINAS: São atribuídas diversas atividades biológicas à 
unidade lipídeo A da endotoxina: TOXICIDADE LETAL, LEUCOPENIA NECROSE DA MEDULA ÓSSEA, REABSORÇÃO DO OSSO 
EMBRIONÁRIO, QUEDA DE PRESSÃO SANGUÍNEA, AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA 
 
CONTROLE DE QUALIDADE: Os níveis de endotoxinas são cruciais na liberação de produtos farmacêuticos. Limites para produtos 
farmacêuticos: Produtos farmacêuticos e biológicos: 5 UE/Kg; Radiomarcadores: 2,5 UE/Kg; Parenterais de grande volume: 0,5 
UE/mL; Água para injeção: 0,25 UE/mL; Drogas intratecais: 0,2 UE/mL; Correlatos: 0,5 UE/mL e Correlatos intratecais: 0,06 UE/Ml 
 
MÉTODOS DE DESPIROGENIZAÇÃO: produto estéril nem sempre está apirogênico. Os métodos de despirogenização podemser 
de 2 tipos. Inativação da endotoxina e remoção da endotoxina 
 
MÉTODOS DE INATIVAÇÃO: HCl 0,05N 30min 100°C ou NaOH 0,25N 1h 50; Óxido de etileno; Peróxido de hidrogênio (água para 
injeção e Calor seco 30min 250°C 
 
MÉTODOS DE REMOÇÃO: Usa água estéril para injeção; Indicada para parenterais de grande volume. Usada em vários fármacos, 
incluindo antibióticos. 
Osmose reversa 
TESTE DE PIROGÊNIO: teste in vivo= Medida do aumento da temperatura corporal de coelhos após injeção intravenosa da amostra 
a ser testada. Ou Injetar na veia marginal da orelha de 3 coelhos não menos de 0,5mL e nem mais que 10mL/kg. Registrar a 
temperatura em intervalos de 30min durante 3h. Nenhum dos 3 coelhos deve apresentar aumento de temperatura ≥ 0,5°C. O 
ensaio de pirogênio em coelhos tem a seu favor a situação do envolvimento de toda a reação fisiológica do animal, constituindo 
um teste de segurança para os produtos injetáveis, líquidos para infusão e perfusão, materiais cirúrgicos e descartáveis em geral. 
A desvantagem do teste “in vivo” é ser mais susceptível a interferências, principalmente dos animais. 
teste in vitro= Usado para detectar ou quantificar endotoxinas bacterianas. utiliza o extrato aquoso dos amebócitos circulantes do 
L imulus polyphemus , caracterizado como reagente LAL. O reagente LAL é um extrato aquoso dos amebócitos, que são as células 
sanguíneas da hemolinfa azul da espécie de caranguejo ferradura, composto de enzimas que reagem em presença de pequenas 
quantidades de endotoxina. O teste “in vitro” é específico para endotoxinas bacterianas, mas não avalia os demais pirogênios 
exógenos, tais como alguns fármacos, esteróides e frações do plasma. A principal vantagem do teste “in vitro” é permitir a 
quantificação ou estabelecimento de limites para as endotoxinas, podendo ser empregado na avaliação dos processos de 
despirogenização da indústria farmacêutica. 
 
MÉTODO DE COAGULAÇÃO EM GEL: Semi-quantitativo. Baseado na formação de Coágulo. É o procedimento mais simples e 
amplamente usado para detecção de endotoxinas. Volumes iguais de reagente LAL e da solução a ser analisada são transferidos a 
tubos de ensaio. A mistura homogeneizada é incubada em banho de água a 37oC por uma hora. O ponto final da reação é 
facilmente verificado pela remoção dos tubos e inversão a 180°. A presença do gel que se mantém sólido durante a inversão é 
considerada positiva para endotoxinas. 
 
Método fotométrico: Quantitativo, Método turbidimétrico e Método cromogênico. Os testes para endotoxinas devem incluir 
incubação de várias concentrações de endotoxina padrão para obter uma curva de calibração.

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