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DERMATOLOGIA GERIÁTRICA DRA. PATRÍCIA FAGUNDES MÉDICA DERMATOLOGISTA H9J DADOS DEMOGRÁFICOS DA POPULAÇÃO COM MAIS DE 60 ANOS • A população com mais de 80 anos cresceu 70% últimos 10 anos • Atualmente no Brasil: 21 milhões de pessoas têm mais de 60 anos • Em 2025, estima-se 32 milhões de idosos no Brasil Aumento da expectativa de vida / Melhoria nos padrões de habitação, higiene e cuidados de saúde + Redução do número de filhos/família Maior demanda por cuidados de saúde na 3ª idade CAUSAS DAS ALTERAÇÕES DEMOGRÁFICAS PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO >60 ANOS NA COMPOSIÇÃO DA POP. BRASILEIRA - 2007/2026 Fonte:IBGE Elaboração:SPS/MPS http://www.anasps.org.br/revista_funprev/revista33.html PIRÂMIDES ETÁRIAS BRASIL Fonte:IBGE - Elaboração:SPS/MPS http://www.anasps.org.br/revista_funprev/revista33.html 1980 2050 2005 REPERCUSSÕES NA CLASSE MÉDICA IBGE publica pesquisa sobre transição demográfica Data: 10/10/2009 Em documento recém-publicado, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística recomenda investimento na formação de especialistas em Geriatria e Gerontologia: "Em síntese, as informações sobre a esperança de vida ao nascer apontam, claramente, para um processo de envelhecimento populacional no País, o que vai exigir novas prioridades na área das políticas públicas a serem direcionadas para grupos populacionais específicos. Como exemplo dessas prioridades, destaca-se a formação urgente de recursos humanos para atendimento geriátrico e gerontológico, além de providências a serem tomadas com relação à previdência social, que deverá se adequar a essa nova configuração demográfica." (IBGE. A dinâmica demográfica brasileira e os impactos nas políticas públicas. Indicadores Sociodemográficos e de Saúde no Brasil 2009, pg 31.) Para baixar a publicação completa, com comentários, acesse o site do IBGE: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/indic_sociosaude/2009/default.shtm . REPERCUSSÕES NA CLASSE MÉDICA • Criação do departamento de Dermatologia Geriátrica da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) • Criação de ambulatórios de dermatologia geriátrica nos serviços credenciados de residência em Dermatologia HOSPITAL 9 DE JULHO BIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO Envelhecimento: �Declínio da capacidade de renovação celular �Aumento na susceptibilidade a doenças �Probabilidade crescente de morte a medida que a idade avança SINAIS DE ENVELHECIMENTO CUTÂNEO � ATROFIA � FLACIDEZ � PREGUEAMENTO � SECURA � TOM AMARELADO/PALIDEZ � MANCHAS SENIS � ENBRANQUECIMENTO CABELOS E PELOS ALTERAÇOES CUTÂNEAS PELO ENVELHECIMENTO �DERME: - Alterações na sua estrutura aspecto envelhecimento - Diminuição do número de fibras de colágeno e fibroblastos �EPIDERME: - Redução pela metade na taxa de renovação celular - Aumento da permeabilidade cutânea �Pigmentação: proliferação de melanócitos na junção dermoepidérmica (lentigo senil) �Gls écrinas e sebáceas: Diminuição no número e atividade � Inervação: Diminuição percepção sensório e aumento no limiar dor ALTERAÇOES CUTÂNEAS PELO ENVELHECIMENTO ALTERAÇOES CUTÂNEAS PELO ENVELHECIMENTO �Sistema Imune: - Diminuição número e capacidade de migração das céls de Langerhans - Redução número de linfócitos T e resposta a Ag específicos Aumento risco de fotocarcinogênese Maior susceptibilidade a infecções crônicas de pele CARACTERÍSTICAS DO ATENDIMENTO DERMATOLÓGICO NA 3a IDADE - Dissociação entre a queixa principal e o real problema cutâneo - Anamnese dificultada por discurso confuso ou prolixo - Tendência do paciente em prorrogar consulta: medo, desconhecimento, dificuldade de locomoção - Eczemas, prurido, hematomas, xerose cutânea, tumores benignos e malignos: problemas frequentes ANAMNESE DIRIGIDA BUSCA ATIVA DE DOENÇAS DE PELE PREVALÊNCIA DE DERMATOSES EM GERIATRIA Estudo americano com 20.000 pacientes de 65 -74 anos não institucionalizados : 40% tinham algum problema dermatólogico significativo Significativo = Necessidade de exame dermatológico na avaliação do médico examinador Marks R, Lever L. Studies on the effects of topic retinoic acid on photoageing. Br J Dermatol 1990;122 (Suppl.35):93-5 DERMATOSES MAIS PREVALENTES • Estudo prospectivo transversal comparativo • 200 pacientes > 60 anos Epidemiologia de la dermatosis en pacientes geriátricos .Vargas-Alvarado A et al. Rev Med Inst Mex Seguro Soc 2009;47(3):285-289 NEVO RUBI PURPURA SENIL LEUCODERMIA GUTATA LENTIGO SOLAR ALOPECIA ANDROG. DÇA FAVRE-RACOCHOUT CERATOSE SEBORREICA PREVALÊNCIA DE DOENÇAS CUTÂNEAS EM IDOSOS: ANÁLISE DE 4099 PACIENTES GERIÁTRICOS - Eczemas/ Dermatites: 20,4% - Infecções fúngicas: 15,8% - Prurido: 11,5% - Infecções bacterianas: 7,3% - Infecções virais: 6,7% - Lesões pré-malignas ou Neoplasias cutâneas: 5,2% BaÍak Yalçın, MD, Emine Tamer, MD, GüneÍ Gür Toy, MD, Pınar ÖztaÍ, MD, Mutlu Hayran, MD, and Nuran Allı, MD. Int J Dermatol 2006;45, 672-676 DOENÇAS ECZEMATOSAS NA POPULAÇÃO GERIÁTRICA - Eczema de Contato, Eczema Atópico, Eczema Asteatósico, Eczema Seborreico - Quadro clínico comum a todos: eritema, edema, descamação, crostas, liquenificação, disseminação e hiperpigmentação - Nos EUA, estima-se que o custo de doenças eczematosas/paciente possa chegar a $ 4635/ano - Fatores predisponentes: redução no número de gls sebáceas e na produção de sebo, diminuição espessura pele ECZEMA SEBORREICO - Muito comum no paciente idoso e acamado - Clínica: eritema e descamação amarelada “graxenta” em áreas de pele ricas em gls sebáceas – couro cab, reg centro facial, tórax superior - Pode assumir padrão em flexura confundindo com intertrigo ou psoríase invertida ECZEMA DE ESTASE • Clínica: dermatite circunferencial bilateral geralmente em tornozelos e panturrilhas • Tríade: alopecia, aspecto encerado da pele, pigmentação castanho- amarelada no terço distal de MMII • Muito mais frequente nos pacientes idosos • Fisiopatolgia: insuficiência venosa • Pode ser complicado por sensibilização ECZEMA DE ESTASE ECZEMA ASTEATÓSICO - Sinônimos: xerose senil, eczema craquelé, prurido hiemal - Clínica: pele seca e descamativa placas eritematosas conferindo aspecto quebradiço, “de calçamento” pelo encontro de linhas de fissuras horizontais e verticais - Características: piora no inverno, maior acometimento de pernas - Fatores agravantes: banhos frequentes, aquecimento central, uso de diuréticos - Tratamento: emolientes, preparações para uso no banho (úteis porém perigosas), redução temperatura banho. ECZEMA ASTEATÓSICO ECZEMA ATÓPICO - Manifesta-se no adulto, com frequência, como dermatite nas mãos - Fatores predisponentes para persistência ou início em pacientes geriátricos: HP de dermatite atópica, histórico de pele seca e prurido frequente ECZEMA DE CONTATO 1. Eczema de contato por irritante primário – menos comum em pacientes idosos - Causas: diminuição exposição ocupacional e declínio na reatividade imune 2. Eczema de contato alérgico - problema significativo - Causas: agentes de ação tópica: antibióticos, lanolina, parabenos, antihistamínicos, anestésicos, pó de luvas, aparelhos de audição, plantas e tinturas de cabelo. ECZEMA DE CONTATO ECZEMA DE CONTATO DOENÇAS ECZEMATOSAS TRATAMENTO • Semelhante para todos os tipos de eczemas • Base do tratamento: - Corticóides no combate à inflamação - Antihistamínicos no alívio do prurido • O estágio do processo determina o tipo de tratamento • Fases: - Aguda, intensa: corticoterapia oral ou IM - Subaguda: considerar lubrificação, corticóides tópicos com ou sem oclusão e antihistamínicos - Crônica: corticóides oclusivos ou intralesionais, imunomoduladores Pimecrolimus ou Tacrolimus DOENÇAS ECZEMATOSAS Tto TERCIÁRIO FOCO NOS FATORES INTRÍNSECOS AO PACIENTE IDOSO Pele fina Poucas gls sebáceas Red reserva água na pele Maximizar hidratação e conteúdo lipídico da pele Estimular ingesta hídricaadequada Considerar subst de agente diurético Dieta adequada em óleos, peixe, vit. E ? � Definição: sensação que faz a pessoa coçar a área afetada � Prurido clássico: coceira presente na ausência de lesão de pele � Ciclo prurido-coçadura liquenificação, escoriação, infecção e púrpura traumática � Localizado ou generalizado � Papel do dermatologista - exame dermatológico obrigatório na busca de doença cutânea primária - revisão do histórico medicamentoso - proceder à propedêutica completa se causa desconhecida PRURIDO � Fisiopatologia: atrofia do tegumento + diminuição do aporte vascular alts composição lípides da pele, dim. retenção hídrica, descamação da epiderme e pruridermia � Causas cutâneas: escabiose, xerose, candidíase (diabetes?), líquen escleroso e atrófico, penfigóide bolhoso � Causas sistêmicas: dça renal, colestase, dça hepática crônica, tireoidopatia, anemia, neoplasias, medicamentos, acidente vascular cerebral, depressão, ansiedade � Neoplasias mais associadas: Linfomas, leucemias e dças mielodisplásicas PRURIDO NO PACIENTE IDOSO PROPEDÊUTICA PRURIDO Exames na avaliação do prurido generalizado de etiologia indefinida: • AVALIAÇÃO INICIAL: • Hemograma completo • VHS • Uréia e creatinina • Transaminases, Bilirrubinas e fosfatase alcalina • Glicemia de jejum/ Hemoglobina glicosilada • TSH, T4L • Função da Paratireóide, Cálcio e fosfato • Rx Tórax • PPF seriado e pesquisa de sangue oculto • Ferro sérico e ferritina Adaptado de Weisshaar E, Kucenic MJ, Fleischer JRAB. Pruritus: a review. Acta derm Venereol 213(suppl.):5-32,2003. PROPEDÊUTICA PRURIDO AVALIAÇÃO SUBSEQUENTE: • Eletroforese de proteínas séricas • Imunoeletroforese sérica • FAN • Anti-HIV • Abordagem diagnóstica alérgica: IgE total, RAST • Prick test / Patch test • Sedimento urinário • Estudos de imagens complementares Adaptado de Weisshaar E, Kucenic MJ, Fleischer JRAB. Pruritus: a review. Acta derm Venereol 213(suppl.):5-32,2003. PRURIDO NO PACIENTE IDOSO � Idosos com prurido generalizado, intenso, persistente e inexplicado (pruritus sine materia) BIÓPSIA CUTÂNEA (excluir Linfoma cutâneo de células T ou Penfigóide Bolhoso) � Se nada for encontrado: Prurido senil � Fatores associados aos quais o paciente deve estar atento: ansiedade, situações de stress no domicílio, animais de estimação, pólen, plantas, lã e tecidos de roupa de cama � Certos alimentos podem desencadear prurido sem indicar alergia PRURIDO TERAPÊUTICA: � Tratamento da doença de base � Emolientes são a peça-chave no tratamento � Agentes adicionais de ação anestésica por depressão dos receptores sensórios cutâneos: mentol, cânfora, fenol � Calamina, banhos de leite, óleos, camomila, gelo, resfriamento podem ser úteis PRURIDO INTRATÁVEL - Diagnóstico de exclusão - Minoria de pacientes - Acompanhado de pele sã ou xerótica - Manejo extremamente difícil – alto grau insatisfação - Emolientes, fórmulas calmantes com calamina e mentol, corticóides tópicos potentes – pouco efeito - Drogas sistêmicas sedativas podem ser úteis – risco de desorientação e confusão INFECÇÕES FÚNGICAS - Prevalência aumentada na população idosa: Candidíase mucosa e cutânea, Tinea pedis e Onicomicose - Causas principais: 1. Diminuição defesa a agentes externos 2. Alterações anatômicas com a flacidez e fragilidade da pele e anexos cutâneos. Ex: Perlèche: redundância de pele nos ângulos da boca acúmulo de saliva, erosão e cresc. Candida - Diagnóstico: confirmado pelo exame micológico direto e cultura para fungos INFECÇÕES FÚNGICAS TRATAMENTO 1. Candidíase: - Imidazólicos tópicos ou orais s/n 2. Tinea pedis: - Derivados azóis tópicos ou terbinafina 1% creme 2x/dia 4 sem - Se maceração interdigital, antifúngicos tópicos com ação antibacteriana - Tto. oral: prático para idosos com dificuldades de visão (Terbinafina 250mg/d 2 m) 3. Onicomicose: - Dermatófitos: Terbinafina 250mg/dia 6-16sem - Candida: Imidazólicos (*) (*) Observar: - Riscos de sobrecarga hepática - Interações medicamentosas: astemizol, terfenadina, sinvastatina, lovastatina, cisaprida, pimozide, midazolan CANDIDÍASE ONICOMICOSE Tinea pedis INFECÇÕES VIRAIS HERPES ZOSTER - Definição: Erupção de vesículas por reativação do vírus Varicela- zoster em pacientes adultos - Causa: declínio na imunidade mediada por células - Incidência muito elevada na 3ª idade: - 4 ptes em 1000/ano aos 55 anos de vida - 10 ptes em 1000/ano aos 90 anos de vida HERPES ZOSTER TRATAMENTO OBJETIVOS: - Diminuição da replicação viral - Diminuição do dano e inflamação neural - Redução da duração e gravidade da Neuralgia pós-herpética (NPH) QUANDO INICIAR? - Primeiras 72 horas - Deve ser iniciado após 72h em ptes com alto risco para NPH e/ou que aindam tenham vesículas HERPES ZOSTER TRATAMENTO ACICLOVIR: - “Gold standard” por muitos anos: eficiente, seguro - MA: ligação à polimerase viral impedindo a replicação do DNA - Afinidade pelo DNA viral 100x > DNA celular - Dose: 800 mg 5x/dia 7dias - Pacientes HIV+: manter até que novas lesões parem de ser formadas - Falência em manter o tratamento na dose correta: “Zoster verrucoso” HERPES ZOSTER TRATAMENTO ACICLOVIR: - Vírus Herpes zoster é menos sensível ao tto com Aciclovir que o vírus Herpes simples - Doses maiores de Aciclovir são necessárias para atingir o índice terapêutico plasmático - Apesar de a dose ser 4x > que a do tto para Herpes simples, os níveis séricos são só 2x superiores - Importante: manter hidratação adequada pela eliminação renal HERPES ZOSTER TRATAMENTO FAMCICLOVIR: - Forma oral do Penciclovir - Absorção rápida - MA: nas células infectadas, sofre conversão em sua forma ativa: trifosfato de penciclovir que inibirá competitivamente a DNA-polimerase viral - Dose: 500mg 3x/dia 7dias VALACICLOVIR: - Ester L-valina do Aciclovir - Conversão in vivo Aciclovir - Biodisponibilidade 3-5 x maior que Aciclovir oral (exposição similar a do Aciclovir venoso) - Estudos clínicos: Valaciclovir fornece um benefício superior ao Aciclovir: redução na gravidade e duração da dor crônica em pacientes >50 anos, com a mesma segurança de tratamento - Facilidade de posologia: 1g 3x/dia 7dias NEURALGIA PÓS HERPÉTICA - Sensação de dor na pele com + 2 meses de duração após um episódio de Herpes zoster - Início: variável - Origem da dor: neuropática - Hiperatividade nervos periféricos pelo dano viral hiperexcitabilidade do núcleo dorsal resposta nervosa central exagerada a toda esta demanda - Tipo: constante ou intermitente, espontânea ou desencadeada por estímulo inócuo (ex: feixe de luz) FATORES DE RISCO - NPH 1. Idade avançada: Pacientes > 60 anos: 50% evoluem com NPH Pacientes > 70 anos: 75% evoluem com NPH 2. Zoster oftálmico 3. Mulheres Fatores de risco para NPH prolongada (>1 ano): 1. Pacientes com dor prodrômica 2. Pacientes > 60 anos 3. Pacientes com dor intensa nos primeiros 3 dias de Herpes zoster NEURALGIA PÓS HERPÉTICA TRATAMENTO CONSIDERAÇÕES - Origens periférica e central da dor = abordagem terapêutica combinada - Considerar qualidade de vida na escolha do tratamento - Trocar rapidamente se ineficiência ou agravo NEURALGIA PÓS HERPÉTICA TRATAMENTO Abordagem inicial: - Analgésicos: muito usados/ valor limitado - Ibuprofeno: ineficaz - Tópicos: AAS+ éter, indometacina+éter, lidocaína: úteis (estudos não controlados) - Injeções locais de lidocaína, procaína, mepivacaína: efeito temporário - Capsaicina tópica: única droga aprovada pelo FDA / sensação de ardência pode invalidar seu uso NEURALGIA PÓS HERPÉTICA TRATAMENTO 2º passo: - Uso contínuo de analgésicos não narcóticos - Se falha, considerar analgésicos narcóticos (pesar riscos de dependência/sedação) – alívio incompleto 3º passo: - Introdução de antidepressivos tricíclicos - MA: inibição da recaptação de noradrenalina e serotonina – inibição dos neurônios espinhais responsáveis pela percepçãoda dor - Amitriptilina em doses baixas 12,5-25mg à noite com ajustes semanais até o alívio da dor - Estudos: 47-67% pacientes referiram alívio de “moderado” a “excelente” da dor NEURALGIA PÓS HERPÉTICA TRATAMENTO Antidepressivos tricíclicos: - Reações adversas: confusão, retenção urinária, hipotensão postural e arritimias - Demora de algumas semanas para atingir benefício máximo - Efeitos colaterais podem ser mais precoces que alívio dos sintomas Componente lancinante da dor neuropática: - Considerar associação de drogas anticonvulsivantes: fenitoína, valproato de sódio - Carbamazepina reduz dor lancinante / ineficaz para dor contínua Outras opcões de tratamento: estimulação elétrica neural transcutânea, etilcloreto spray NEURALGIA PÓS HERPÉTICA PREVENÇÃO - A melhor forma de prevenir a NPH é não ter Herpes zoster - CORTICÓIDES: - Cinco grandes estudos clínicos controlados: benefícios no uso de corticóides em reduzir a inflamação e dano neural na fase aguda - Prednisona 45-60mg/dia, Predinisolona 40mg/dia – 3-4 semanas - Há necessidade de estudos com relação à profilaxia da dor crônica (NPH) - VACINA VARICELA: Pode ser útil por “revigorar” a resposta celular e humoral que diminuem com o envelhecimento HERPES ZOSTER HERPES ZOSTER HERPES ZOSTER INFECÇÕES POR ECTOPARASITAS ESCABIOSE - Infecção pelo Sarcoptes scabiei - Natureza crônica: “Prurido dos 7 anos” - Existe há mais de 2500 anos - 300 milhões de novos casos/ano - Há um aumento crescente de novos casos nos últimos 20 anos - Fatores predisponentes relacionados à instituição: >30 anos de construção, >120 leitos, > 10 leitos/cuidador INFECÇÕES POR ECTOPARASITAS ESCABIOSE - Mito: escabiose e higiene precária - Não faz distinção de nível sócioeconômico, gênero, raça ou padrão higiene pessoal - Transmissão requere contato direto pele-pele - Clínica: pápulas pruriginosas em abdome, virilha, seios, regiões dobras, espaços interdigitais - Sarna Norueguesa: variante comum em ptes imunodeprimidos, debilitados, idosos INFECÇÕES POR ECTOPARASITAS ESCABIOSE - Tratamento de escolha: Permetrina 5% em creme, piretróide sintético análogo da substancia piretum obtida da flor Crisântemo - Aplicação única, à noite. Repetir após 1 semana - Outras opções: Ivermectina, Enxofre precipitado, Lindano, monossulfiram, Deltametrina SARNA NORUEGUESA / CROSTOSA TUMORES DE PELE - Maioria dos tumores são mais comuns na 3ª idade - CLASSIFICAÇÃO: 1. Benignos: Ceratoses seborreicas, lentigo senil, melanoses 2. Displásicos: Ceratoses actínica 3. Neoplásicos: Carcinoma basocelular e espinocelular - Lentigo maligno melanoma: frequente em > 65 anos CERATOSES SEBORREICAS CERATOSES ACTÍNICAS CARCINOMA BASOCELULAR CARCINOMA ESPINOCELULAR MELANOMA PÚRPURA SENIL • Equimoses ou hematomas em MMSS • Causa: diminuição no suporte conjuntivo perivasal pela atrofia da pele, pp// pele fotolesada • Surgem após traumas mínimos/ imperceptíveis • Pode estar relacionada ao uso de AAS • Tto: profilático com hidratantes e fotoprotetores, vitamina C 1-2g/dia DERMATOSES PARANEOPLÁSICAS Dermatoses que antecedem e/ou acompanham uma neoplasia interna: �Erythema gyratum repens: Ca pulmão, mama, estômago, próstata �Acantose nigricante maligna: Adenocarcinoma gástrico, linfomas �Acroqueratose (Sd Basex): CEC �Ictiose adquirida: Linfoma de Hodgkin. Ca mama CUIDADOS COM A PELE NO PACIENTE IDOSO • Evitar o uso indiscriminado de medicamentos • Evitar o uso de tópicos que contenham perfumes ou corantes • Orientar hidratação cutânea frequente (2-3x/dia) • Dar preferência para banhos com temperatura branda e uso de sabonetes líquidos • Evitar contato da pele com tecidos sintéticos, evitar uso de buchas • Verificar prazo de validade dos medicamentos ! CUIDADOS COM A PELE NO PACIENTE IDOSO • No hospital: - Eritema, descamação e prurido ? - Localizado x Disseminado - Revisar a prescrição e solicitar avaliação Dermatologia - Evitar uso de hidratantes que contenham substs. potencialmente irritantes - Cautela na prescrição de substs tópicas: antifúngicos, corticóides ou óleos - Se persistência dos sinais/sintomas por mais de 3 dias, solicitar reavaliação - Cuidados no manuseio: muitos idosos em uso de anticoagulantes ! - Áreas de hipossensibilidade: risco aumentado de úlceras de decúbito - Cremes protetores/barreira: úteis na prevenção. Uma vez instalada doença de pele, podem inclusive agravar o processo ! - Idosos: manifestações atípicas de dermatoses – não esperar pelos sinais clássicos para iniciar tratamento OBRIGADA drapfagundes@gmail.com SINAIS DE ENVELHECIMENTO CUTÂNEO DESORDENS HEREDITÁRIAS MIMETIZADORAS Cutis laxa: textura anormal da derme faz uma criança parecer um idoso Progeria: derme densa porem a epiderme tem manchas de aspecto senil �Diferenças culturais: - Cultura oriental: Rugas, cabelos brancos: sinais de distinção e respeito - Maioria do mundo : fenômeno da Ocidentalização – sinais de envelhecimento são depreciativos - Indústria farmacêutica e cosmética vendem a idéia (e seus produtos) : juventude é beleza - Aceitação do processo de envelhecimento ASPECTOS DEMOGRÁFICOS E CULTURAIS PSORÍASE - Pico incidência de psoríase em idade avançada - Sem associação clara com HF+ em comparação com Psoríase de início mais recente - Traz inúmeros problemas - Mesmo psoríase localizada pode ser debilitante em idades avançadas - Efeitos sistêmicos da psoríase generalizada ou pustulosa bem menos tolerados - Pode se apresentar em todas as formas, pp// Psoríase invertida PSORÍASE FATORES RELACIONADOS AO ENVELHECIMENTO CUTÂNEO �Alterações na estrutura e função da pele envelhecida �Efeitos cumulativos da exposição a fatores ambientais (pp// RUV) �Consequências na pele do envelhecimento de outros órgãos �Diminuição exposição ocupacional �Aumento da exposição a agentes irritantes e sensibilizantes �Circunstâncias sociais: má nutrição, home care, limitação na mobilidade e expressão, perpetuação e falência no tto dças de pele �Fragilidade física crescente �Doenças concomitantes: demência, alzheimer, parkinson
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