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DERMATOLOGIA GERIÁTRICA

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DERMATOLOGIA 
GERIÁTRICA
DRA. PATRÍCIA FAGUNDES
MÉDICA DERMATOLOGISTA
H9J
DADOS DEMOGRÁFICOS DA POPULAÇÃO 
COM MAIS DE 60 ANOS
• A população com mais de 80 
anos cresceu 70% últimos 10 
anos
• Atualmente no Brasil: 21 
milhões de pessoas têm mais
de 60 anos
• Em 2025, estima-se 32 
milhões de idosos no Brasil
Aumento da expectativa de vida / Melhoria nos padrões de 
habitação, higiene e cuidados de saúde
+
Redução do número de filhos/família
Maior demanda por cuidados de saúde na 3ª idade
CAUSAS DAS ALTERAÇÕES 
DEMOGRÁFICAS 
PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO >60 ANOS NA 
COMPOSIÇÃO DA POP. BRASILEIRA - 2007/2026
Fonte:IBGE Elaboração:SPS/MPS
http://www.anasps.org.br/revista_funprev/revista33.html
PIRÂMIDES ETÁRIAS BRASIL 
Fonte:IBGE - Elaboração:SPS/MPS http://www.anasps.org.br/revista_funprev/revista33.html
1980
2050
2005
REPERCUSSÕES NA CLASSE 
MÉDICA
IBGE publica pesquisa sobre transição demográfica
Data: 10/10/2009
Em documento recém-publicado, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
recomenda investimento na formação de especialistas em Geriatria e Gerontologia: 
"Em síntese, as informações sobre a esperança de vida ao nascer apontam, claramente, 
para um processo de envelhecimento populacional no País, o que vai exigir novas 
prioridades na área das políticas públicas a serem direcionadas para grupos 
populacionais específicos. Como exemplo dessas prioridades, destaca-se a formação 
urgente de recursos humanos para atendimento geriátrico e gerontológico, além de 
providências a serem tomadas com relação à previdência social, que deverá se adequar a 
essa nova configuração demográfica." (IBGE. A dinâmica demográfica brasileira e os 
impactos nas políticas públicas. Indicadores Sociodemográficos e de Saúde no Brasil 2009, 
pg 31.) 
Para baixar a publicação completa, com comentários, acesse o site do IBGE: 
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/indic_sociosaude/2009/default.shtm
.
REPERCUSSÕES NA CLASSE 
MÉDICA
• Criação do departamento de Dermatologia 
Geriátrica da Sociedade Brasileira de 
Dermatologia (SBD)
• Criação de ambulatórios de dermatologia 
geriátrica nos serviços credenciados de 
residência em Dermatologia
HOSPITAL 9 DE JULHO
BIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO
Envelhecimento:
�Declínio da capacidade de renovação celular
�Aumento na susceptibilidade a doenças
�Probabilidade crescente de morte a medida 
que a idade avança
SINAIS DE ENVELHECIMENTO 
CUTÂNEO
� ATROFIA
� FLACIDEZ
� PREGUEAMENTO
� SECURA
� TOM AMARELADO/PALIDEZ
� MANCHAS SENIS
� ENBRANQUECIMENTO CABELOS E PELOS
ALTERAÇOES CUTÂNEAS PELO 
ENVELHECIMENTO
�DERME:
- Alterações na sua estrutura aspecto envelhecimento
- Diminuição do número de fibras de colágeno e fibroblastos
�EPIDERME:
- Redução pela metade na taxa de renovação celular 
- Aumento da permeabilidade cutânea 
�Pigmentação: proliferação de melanócitos na 
junção dermoepidérmica (lentigo senil)
�Gls écrinas e sebáceas: Diminuição no número 
e atividade
� Inervação: Diminuição percepção sensório e 
aumento no limiar dor
ALTERAÇOES CUTÂNEAS PELO 
ENVELHECIMENTO
ALTERAÇOES CUTÂNEAS PELO 
ENVELHECIMENTO
�Sistema Imune:
- Diminuição número e capacidade de migração das céls de 
Langerhans
- Redução número de linfócitos T e resposta a Ag específicos
Aumento risco de fotocarcinogênese
Maior susceptibilidade a infecções crônicas de pele
CARACTERÍSTICAS DO ATENDIMENTO
DERMATOLÓGICO NA 3a IDADE
- Dissociação entre a queixa principal e o real problema 
cutâneo
- Anamnese dificultada por discurso confuso ou prolixo
- Tendência do paciente em prorrogar consulta: medo, 
desconhecimento, dificuldade de locomoção
- Eczemas, prurido, hematomas, xerose cutânea, tumores 
benignos e malignos: problemas frequentes
ANAMNESE DIRIGIDA 
BUSCA ATIVA DE DOENÇAS DE PELE
PREVALÊNCIA DE DERMATOSES 
EM GERIATRIA
Estudo americano com 20.000 
pacientes de 65 -74 anos não 
institucionalizados : 40% 
tinham algum problema 
dermatólogico significativo 
Significativo = Necessidade de 
exame dermatológico na avaliação
do médico examinador 
Marks R, Lever L. Studies on the effects of 
topic retinoic acid on photoageing. Br J 
Dermatol 1990;122 (Suppl.35):93-5
DERMATOSES MAIS PREVALENTES
• Estudo prospectivo transversal comparativo
• 200 pacientes > 60 anos
Epidemiologia de la dermatosis en pacientes geriátricos .Vargas-Alvarado A et al. Rev Med Inst Mex Seguro Soc 
2009;47(3):285-289
NEVO RUBI
PURPURA SENIL
LEUCODERMIA GUTATA
LENTIGO SOLAR
ALOPECIA ANDROG. DÇA FAVRE-RACOCHOUT
CERATOSE SEBORREICA
PREVALÊNCIA DE DOENÇAS CUTÂNEAS EM 
IDOSOS: ANÁLISE DE 4099 PACIENTES 
GERIÁTRICOS
- Eczemas/ Dermatites: 20,4% 
- Infecções fúngicas: 15,8%
- Prurido: 11,5%
- Infecções bacterianas: 7,3%
- Infecções virais: 6,7%
- Lesões pré-malignas ou Neoplasias cutâneas: 5,2%
BaÍak Yalçın, MD, Emine Tamer, MD, GüneÍ Gür Toy, MD, Pınar ÖztaÍ, MD, Mutlu Hayran, MD, 
and Nuran Allı, MD. Int J Dermatol 2006;45, 672-676
DOENÇAS ECZEMATOSAS NA 
POPULAÇÃO GERIÁTRICA
- Eczema de Contato, Eczema Atópico, Eczema Asteatósico, Eczema 
Seborreico 
- Quadro clínico comum a todos: eritema, edema, descamação, 
crostas, liquenificação, disseminação e hiperpigmentação
- Nos EUA, estima-se que o custo de doenças eczematosas/paciente 
possa chegar a $ 4635/ano
- Fatores predisponentes: redução no número de gls sebáceas e na 
produção de sebo, diminuição espessura pele
ECZEMA SEBORREICO
- Muito comum no paciente idoso e 
acamado
- Clínica: eritema e descamação 
amarelada “graxenta” em áreas 
de pele ricas em gls sebáceas –
couro cab, reg centro facial, tórax 
superior
- Pode assumir padrão em flexura 
confundindo com intertrigo ou 
psoríase invertida
ECZEMA DE ESTASE
• Clínica: dermatite 
circunferencial bilateral 
geralmente em tornozelos e 
panturrilhas
• Tríade: alopecia, aspecto 
encerado da pele, 
pigmentação castanho-
amarelada no terço distal de 
MMII 
• Muito mais frequente nos 
pacientes idosos
• Fisiopatolgia: insuficiência 
venosa
• Pode ser complicado por 
sensibilização
ECZEMA DE ESTASE
ECZEMA ASTEATÓSICO
- Sinônimos: xerose senil, eczema craquelé, prurido hiemal
- Clínica: pele seca e descamativa placas eritematosas 
conferindo aspecto quebradiço, “de calçamento” pelo encontro de 
linhas de fissuras horizontais e verticais
- Características: piora no inverno, maior acometimento de 
pernas
- Fatores agravantes: banhos frequentes, aquecimento central, 
uso de diuréticos 
- Tratamento: emolientes, preparações para uso no banho (úteis 
porém perigosas), redução temperatura banho. 
ECZEMA ASTEATÓSICO
ECZEMA ATÓPICO
- Manifesta-se no adulto, com frequência, como dermatite nas 
mãos
- Fatores predisponentes para persistência ou início em 
pacientes geriátricos: HP de dermatite atópica, histórico de 
pele seca e prurido frequente
ECZEMA DE CONTATO
1. Eczema de contato por irritante primário – menos comum em 
pacientes idosos
- Causas: diminuição exposição ocupacional e declínio na 
reatividade imune
2. Eczema de contato alérgico - problema significativo
- Causas: agentes de ação tópica: antibióticos, lanolina, 
parabenos, antihistamínicos, anestésicos, pó de luvas, 
aparelhos de audição, plantas e tinturas de cabelo.
ECZEMA DE CONTATO
ECZEMA DE CONTATO
DOENÇAS ECZEMATOSAS 
TRATAMENTO
• Semelhante para todos os tipos de eczemas
• Base do tratamento: 
- Corticóides no combate à inflamação
- Antihistamínicos no alívio do prurido
• O estágio do processo determina o tipo de tratamento
• Fases:
- Aguda, intensa: corticoterapia oral ou IM
- Subaguda: considerar lubrificação, corticóides tópicos com 
ou sem oclusão e antihistamínicos
- Crônica: corticóides oclusivos ou intralesionais, 
imunomoduladores Pimecrolimus ou Tacrolimus
DOENÇAS ECZEMATOSAS 
Tto TERCIÁRIO
FOCO NOS FATORES INTRÍNSECOS AO PACIENTE IDOSO
Pele fina
Poucas gls sebáceas
Red reserva água na pele
Maximizar hidratação e conteúdo lipídico da pele
Estimular ingesta hídricaadequada 
Considerar subst de agente diurético
Dieta adequada em óleos, peixe, vit. E ?
� Definição: sensação que faz a pessoa coçar a área afetada
� Prurido clássico: coceira presente na ausência de lesão de pele
� Ciclo prurido-coçadura liquenificação, escoriação, infecção e púrpura 
traumática
� Localizado ou generalizado
� Papel do dermatologista
- exame dermatológico obrigatório na busca 
de doença cutânea primária
- revisão do histórico medicamentoso
- proceder à propedêutica completa se causa 
desconhecida
PRURIDO
� Fisiopatologia: atrofia do tegumento + diminuição do aporte vascular 
alts composição lípides da pele, dim. retenção hídrica, descamação da 
epiderme e pruridermia
� Causas cutâneas: escabiose, xerose, candidíase (diabetes?), líquen 
escleroso e atrófico, penfigóide bolhoso
� Causas sistêmicas: dça renal, colestase, dça hepática crônica, 
tireoidopatia, anemia, neoplasias, medicamentos, acidente vascular 
cerebral, depressão, ansiedade
� Neoplasias mais associadas: Linfomas, leucemias e dças mielodisplásicas
PRURIDO NO PACIENTE IDOSO 
PROPEDÊUTICA PRURIDO
Exames na avaliação do prurido generalizado de etiologia indefinida:
• AVALIAÇÃO INICIAL:
• Hemograma completo
• VHS
• Uréia e creatinina
• Transaminases, Bilirrubinas e fosfatase alcalina
• Glicemia de jejum/ Hemoglobina glicosilada
• TSH, T4L
• Função da Paratireóide, Cálcio e fosfato
• Rx Tórax
• PPF seriado e pesquisa de sangue oculto
• Ferro sérico e ferritina
Adaptado de Weisshaar E, Kucenic MJ, Fleischer JRAB. Pruritus: a review. 
Acta derm Venereol 213(suppl.):5-32,2003.
PROPEDÊUTICA PRURIDO
AVALIAÇÃO SUBSEQUENTE:
• Eletroforese de proteínas séricas
• Imunoeletroforese sérica
• FAN
• Anti-HIV
• Abordagem diagnóstica alérgica: IgE total, RAST
• Prick test / Patch test
• Sedimento urinário
• Estudos de imagens complementares
Adaptado de Weisshaar E, Kucenic MJ, Fleischer JRAB. Pruritus: a review. 
Acta derm Venereol 213(suppl.):5-32,2003.
PRURIDO NO PACIENTE IDOSO
� Idosos com prurido generalizado, intenso, persistente e inexplicado
(pruritus sine materia) 
BIÓPSIA CUTÂNEA
(excluir Linfoma cutâneo de células T ou Penfigóide Bolhoso)
� Se nada for encontrado: Prurido senil
� Fatores associados aos quais o paciente deve estar atento: ansiedade, 
situações de stress no domicílio, animais de estimação, pólen, plantas, 
lã e tecidos de roupa de cama 
� Certos alimentos podem desencadear prurido sem indicar alergia
PRURIDO
TERAPÊUTICA:
� Tratamento da doença de base 
� Emolientes são a peça-chave no 
tratamento
� Agentes adicionais de ação 
anestésica por depressão dos 
receptores sensórios cutâneos: 
mentol, cânfora, fenol 
� Calamina, banhos de leite, 
óleos, camomila, gelo, 
resfriamento podem ser úteis
PRURIDO INTRATÁVEL
- Diagnóstico de exclusão
- Minoria de pacientes
- Acompanhado de pele sã ou xerótica
- Manejo extremamente difícil – alto grau insatisfação
- Emolientes, fórmulas calmantes com calamina e mentol, 
corticóides tópicos potentes – pouco efeito
- Drogas sistêmicas sedativas podem ser úteis – risco de 
desorientação e confusão
INFECÇÕES 
FÚNGICAS
- Prevalência aumentada na 
população idosa: Candidíase
mucosa e cutânea, Tinea pedis 
e Onicomicose
- Causas principais:
1. Diminuição defesa a agentes 
externos
2. Alterações anatômicas com a 
flacidez e fragilidade da pele e 
anexos cutâneos. 
Ex: Perlèche: redundância de 
pele nos ângulos da boca 
acúmulo de saliva, erosão e 
cresc. Candida
- Diagnóstico: confirmado pelo 
exame micológico direto e 
cultura para fungos
INFECÇÕES FÚNGICAS 
TRATAMENTO
1. Candidíase: 
- Imidazólicos tópicos ou orais s/n
2. Tinea pedis:
- Derivados azóis tópicos ou terbinafina 1% creme 2x/dia 4 sem
- Se maceração interdigital, antifúngicos tópicos com ação antibacteriana 
- Tto. oral: prático para idosos com dificuldades de visão (Terbinafina 250mg/d 2 m)
3. Onicomicose:
- Dermatófitos: Terbinafina 250mg/dia 6-16sem
- Candida: Imidazólicos (*) 
(*) Observar: 
- Riscos de sobrecarga hepática
- Interações medicamentosas: astemizol, terfenadina, sinvastatina, lovastatina, 
cisaprida, pimozide, midazolan
CANDIDÍASE
ONICOMICOSE
Tinea pedis
INFECÇÕES VIRAIS
HERPES ZOSTER
- Definição: Erupção de vesículas 
por reativação do vírus Varicela-
zoster em pacientes adultos
- Causa: declínio na imunidade 
mediada por células
- Incidência muito elevada na 3ª
idade: 
- 4 ptes em 1000/ano aos 55 
anos de 
vida
- 10 ptes em 1000/ano aos 90 
anos de 
vida
HERPES ZOSTER
TRATAMENTO
OBJETIVOS: 
- Diminuição da replicação viral
- Diminuição do dano e inflamação
neural
- Redução da duração e gravidade da
Neuralgia pós-herpética (NPH)
QUANDO INICIAR?
- Primeiras 72 horas
- Deve ser iniciado após 72h em ptes 
com alto risco para NPH e/ou que 
aindam tenham vesículas
HERPES ZOSTER
TRATAMENTO
ACICLOVIR:
- “Gold standard” por muitos anos: eficiente, seguro 
- MA: ligação à polimerase viral impedindo a replicação do DNA
- Afinidade pelo DNA viral 100x > DNA celular
- Dose: 800 mg 5x/dia 7dias
- Pacientes HIV+: manter até que novas lesões parem de ser 
formadas
- Falência em manter o tratamento na dose correta: “Zoster 
verrucoso”
HERPES ZOSTER
TRATAMENTO
ACICLOVIR:
- Vírus Herpes zoster é menos sensível ao tto com Aciclovir 
que o vírus Herpes simples 
- Doses maiores de Aciclovir são necessárias para atingir o 
índice terapêutico plasmático
- Apesar de a dose ser 4x > que a do tto para Herpes simples, 
os níveis séricos são só 2x superiores
- Importante: manter hidratação adequada pela eliminação
renal
HERPES ZOSTER
TRATAMENTO
FAMCICLOVIR:
- Forma oral do Penciclovir
- Absorção rápida
- MA: nas células infectadas, sofre conversão em sua forma ativa: trifosfato de 
penciclovir que inibirá competitivamente a DNA-polimerase viral
- Dose: 500mg 3x/dia 7dias 
VALACICLOVIR:
- Ester L-valina do Aciclovir
- Conversão in vivo Aciclovir
- Biodisponibilidade 3-5 x maior que Aciclovir oral (exposição similar a do Aciclovir 
venoso)
- Estudos clínicos: Valaciclovir fornece um benefício superior ao Aciclovir: redução na 
gravidade e duração da dor crônica em pacientes >50 anos, com a mesma segurança
de tratamento
- Facilidade de posologia: 1g 3x/dia 7dias
NEURALGIA PÓS HERPÉTICA
- Sensação de dor na pele com + 2 meses de 
duração após um episódio de Herpes zoster
- Início: variável
- Origem da dor: neuropática 
- Hiperatividade nervos periféricos pelo dano viral 
hiperexcitabilidade do núcleo dorsal resposta
nervosa central exagerada a toda esta demanda
- Tipo: constante ou intermitente, espontânea ou 
desencadeada por estímulo inócuo (ex: feixe de luz)
FATORES DE RISCO - NPH
1. Idade avançada: Pacientes > 60 anos: 50% evoluem com NPH 
Pacientes > 70 anos: 75% evoluem com NPH
2. Zoster oftálmico
3. Mulheres 
Fatores de risco para NPH prolongada (>1 ano): 
1. Pacientes com dor prodrômica
2. Pacientes > 60 anos 
3. Pacientes com dor intensa nos primeiros 3 dias de Herpes zoster
NEURALGIA PÓS HERPÉTICA
TRATAMENTO
CONSIDERAÇÕES
- Origens periférica e central da 
dor = abordagem terapêutica 
combinada
- Considerar qualidade de vida 
na escolha do tratamento
- Trocar rapidamente se 
ineficiência ou agravo
NEURALGIA PÓS HERPÉTICA
TRATAMENTO
Abordagem inicial:
- Analgésicos: muito usados/ valor limitado
- Ibuprofeno: ineficaz
- Tópicos: AAS+ éter, indometacina+éter, 
lidocaína: úteis (estudos não controlados)
- Injeções locais de lidocaína, procaína, 
mepivacaína: efeito temporário
- Capsaicina tópica: única droga aprovada pelo
FDA / sensação de ardência pode invalidar seu 
uso
NEURALGIA PÓS HERPÉTICA
TRATAMENTO
2º passo:
- Uso contínuo de analgésicos não narcóticos
- Se falha, considerar analgésicos narcóticos (pesar riscos de 
dependência/sedação) – alívio incompleto
3º passo:
- Introdução de antidepressivos tricíclicos
- MA: inibição da recaptação de noradrenalina e serotonina –
inibição dos neurônios espinhais responsáveis pela percepçãoda dor
- Amitriptilina em doses baixas 12,5-25mg à noite com ajustes 
semanais até o alívio da dor
- Estudos: 47-67% pacientes referiram alívio de “moderado” a 
“excelente” da dor
NEURALGIA PÓS HERPÉTICA
TRATAMENTO
Antidepressivos tricíclicos:
- Reações adversas: confusão, retenção urinária, hipotensão postural e 
arritimias
- Demora de algumas semanas para atingir benefício máximo
- Efeitos colaterais podem ser mais precoces que alívio dos sintomas
Componente lancinante da dor neuropática:
- Considerar associação de drogas anticonvulsivantes: fenitoína, 
valproato de sódio
- Carbamazepina reduz dor lancinante / ineficaz para dor contínua
Outras opcões de tratamento: estimulação elétrica neural transcutânea, 
etilcloreto spray
NEURALGIA PÓS HERPÉTICA
PREVENÇÃO
- A melhor forma de prevenir a NPH é não ter Herpes zoster
- CORTICÓIDES:
- Cinco grandes estudos clínicos controlados: benefícios no uso de 
corticóides em reduzir a inflamação e dano neural na fase aguda
- Prednisona 45-60mg/dia, Predinisolona 40mg/dia – 3-4 semanas
- Há necessidade de estudos com relação à profilaxia da dor 
crônica (NPH) 
- VACINA VARICELA: 
Pode ser útil por “revigorar” a resposta celular e humoral que 
diminuem com o envelhecimento
HERPES ZOSTER
HERPES ZOSTER
HERPES ZOSTER
INFECÇÕES POR ECTOPARASITAS
ESCABIOSE
- Infecção pelo Sarcoptes scabiei
- Natureza crônica: “Prurido dos 7 anos”
- Existe há mais de 2500 anos
- 300 milhões de novos casos/ano
- Há um aumento crescente de novos casos nos últimos 20 
anos
- Fatores predisponentes relacionados à instituição: >30 anos 
de construção, >120 leitos, > 10 leitos/cuidador
INFECÇÕES POR ECTOPARASITAS
ESCABIOSE
- Mito: escabiose e higiene precária
- Não faz distinção de nível sócioeconômico, 
gênero, raça ou padrão higiene pessoal
- Transmissão requere contato direto pele-pele
- Clínica: pápulas pruriginosas em abdome, 
virilha, seios, regiões dobras, espaços 
interdigitais
- Sarna Norueguesa: variante comum em ptes 
imunodeprimidos, debilitados, idosos
INFECÇÕES POR ECTOPARASITAS
ESCABIOSE
- Tratamento de escolha: 
Permetrina 5% em creme, 
piretróide sintético análogo da 
substancia piretum obtida da 
flor Crisântemo
- Aplicação única, à noite. 
Repetir após 1 semana
- Outras opções: Ivermectina, 
Enxofre precipitado, Lindano, 
monossulfiram, Deltametrina
SARNA NORUEGUESA / CROSTOSA
TUMORES DE PELE
- Maioria dos tumores são mais comuns na 3ª idade
- CLASSIFICAÇÃO:
1. Benignos: Ceratoses seborreicas, lentigo senil, 
melanoses
2. Displásicos: Ceratoses actínica
3. Neoplásicos: Carcinoma basocelular e espinocelular
- Lentigo maligno melanoma: frequente em > 65 anos
CERATOSES 
SEBORREICAS
CERATOSES 
ACTÍNICAS
CARCINOMA BASOCELULAR
CARCINOMA ESPINOCELULAR
MELANOMA
PÚRPURA SENIL
• Equimoses ou hematomas em
MMSS
• Causa: diminuição no suporte 
conjuntivo perivasal pela atrofia 
da pele, pp// pele fotolesada
• Surgem após traumas mínimos/ 
imperceptíveis
• Pode estar relacionada ao uso de 
AAS
• Tto: profilático com hidratantes e 
fotoprotetores, vitamina C 1-2g/dia
DERMATOSES PARANEOPLÁSICAS
Dermatoses que antecedem e/ou
acompanham uma neoplasia interna:
�Erythema gyratum repens: Ca 
pulmão, mama, estômago, próstata
�Acantose nigricante maligna: 
Adenocarcinoma gástrico, linfomas
�Acroqueratose (Sd Basex): CEC 
�Ictiose adquirida: Linfoma de Hodgkin. 
Ca mama
CUIDADOS COM A PELE NO PACIENTE 
IDOSO
• Evitar o uso indiscriminado de medicamentos
• Evitar o uso de tópicos que contenham perfumes ou 
corantes 
• Orientar hidratação cutânea frequente (2-3x/dia)
• Dar preferência para banhos com temperatura branda e 
uso de sabonetes líquidos
• Evitar contato da pele com tecidos sintéticos, evitar uso 
de buchas
• Verificar prazo de validade dos medicamentos !
CUIDADOS COM A PELE NO PACIENTE 
IDOSO
• No hospital:
- Eritema, descamação e prurido ?
- Localizado x Disseminado
- Revisar a prescrição e solicitar avaliação Dermatologia
- Evitar uso de hidratantes que contenham substs. potencialmente irritantes
- Cautela na prescrição de substs tópicas: antifúngicos, corticóides ou óleos
- Se persistência dos sinais/sintomas por mais de 3 dias, solicitar reavaliação
- Cuidados no manuseio: muitos idosos em uso de anticoagulantes !
- Áreas de hipossensibilidade: risco aumentado de úlceras de decúbito
- Cremes protetores/barreira: úteis na prevenção. Uma vez instalada doença 
de pele, podem inclusive agravar o processo !
- Idosos: manifestações atípicas de dermatoses – não esperar pelos sinais 
clássicos para iniciar tratamento
OBRIGADA
drapfagundes@gmail.com
SINAIS DE ENVELHECIMENTO 
CUTÂNEO
DESORDENS HEREDITÁRIAS MIMETIZADORAS
Cutis laxa: textura anormal da derme faz uma criança 
parecer um idoso
Progeria: derme densa porem a epiderme tem 
manchas de aspecto senil
�Diferenças culturais:
- Cultura oriental: Rugas, cabelos brancos: sinais de distinção 
e respeito 
- Maioria do mundo : fenômeno da Ocidentalização – sinais de 
envelhecimento são depreciativos
- Indústria farmacêutica e cosmética vendem a idéia (e seus
produtos) : juventude é beleza
- Aceitação do processo de envelhecimento
ASPECTOS DEMOGRÁFICOS E CULTURAIS
PSORÍASE
- Pico incidência de psoríase em idade avançada 
- Sem associação clara com HF+ em comparação com 
Psoríase de início mais recente
- Traz inúmeros problemas
- Mesmo psoríase localizada pode ser debilitante em 
idades avançadas
- Efeitos sistêmicos da psoríase generalizada ou pustulosa 
bem menos tolerados
- Pode se apresentar em todas as formas, pp// Psoríase 
invertida
PSORÍASE
FATORES RELACIONADOS AO 
ENVELHECIMENTO CUTÂNEO
�Alterações na estrutura e função da pele envelhecida
�Efeitos cumulativos da exposição a fatores ambientais (pp// RUV)
�Consequências na pele do envelhecimento de outros órgãos
�Diminuição exposição ocupacional
�Aumento da exposição a agentes irritantes e sensibilizantes
�Circunstâncias sociais: má nutrição, home care, limitação na 
mobilidade e expressão, perpetuação e falência no tto dças de pele
�Fragilidade física crescente
�Doenças concomitantes: demência, alzheimer, parkinson

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