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RESENHA CRÍTICA GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA
Resenha Crítica de Caso 
Trabalho da disciplina Gestão de Riscos Financeiros
Tutor: Prof. Marcelo Brum Braggio
RJ
2020
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BLAINE KITCHENWARE INC.: ESTRUTURA DE CAPITAL
Referência: LUEHRMAN, Timothy A; HEILPRIN, Joel. Blaine Kitchenware Inc.: estrutura de capital: Harvard Business School, 413 – P02, out. 2009
	O estudo apresenta a história da Blaine Kitchenware, uma empresa de médio porte, produtora de pequenos eletrodomésticos de marca, fundada em 1927, produzia eletrodomésticos residenciais modernos para a época como ferros de passar, aspiradores de pó, máquinas de waffle e desnatadeiras, com apelo comercial de serem mais modernos, simples e fáceis de usar do que de seus concorrentes a óleo, carvão, gás ou mesmo manuais, em 2006 a empresa contava com um mix variado de pequenos utensílios de cozinha. Com pouco menos de 10% do mercado de pequenos eletrodomésticos para cozinha dos EUA, apresentando um modesto crescimento de 2% nas vendas unitárias anuais entre 2003 a 2006, após expansão para mercados externos, vendia aproximadamente 14 milhões de unidades por ano.
Liderada por Dubinski, a Blaine passou a operar com três diferenças significativas, a primeira, a empresa finalizou sua oferta pública inicial (IPO) em 1994, o deu maior liquidez aos descendentes dos fundadores que, coletivamente, possuíam 62% das ações após o IPO; a segunda, a partir de 1990, a Blaine transferiu gradualmente sua produção para o exterior, se beneficiando do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA); finalmente: adotou uma estratégia com foco em aumentar e complementar sua oferta de produtos pela aquisição de pequenos fabricantes ou de linhas de utensílios de cozinha de vários grandes fabricantes.
	Apresentou um lucro líquido de US$ 53,6 milhões, sobre receitas de US$ 342 milhões em 2006, aproximadamente 85% de sua receita e 80% de seu resultado operacional vinham da linha intermediária e produtos de ponta eram responsáveis pelo restante. Sua margem EBITDA estava entre as mais fortes dentro do grupo de concorrentes, quase 22%. Apesar recente a mudança de estratégia focando na linha de produtos de ponta, a margem operacional apresentava ligeira queda nos últimos três anos devido a custos de integração e baixas de estoque recentes aquisições.
O setor como um todo nos EUA enfrentava pressão considerável de produtos importados e de marca própria, e mudança na preferência dos consumidores, o que favorecia os grandes varejistas. Respondendo os principais concorrentes, a Blaine reduziu visando manter o crescimento das vendas.
Apesar da lucratividade, o retorno aos acionistas ficou abaixo da média, e o retorno sobre o patrimônio líquido ficou bem atrás dos concorrentes com capital aberto, além disso, seu lucro por ação tinha caído significativamente desde 2004, devido parcialmente a diluição nas aquisições. Entre 2004 a 2006, o retorno anual acionistas da BKI foi de aproximadamente 11% ao ano, sendo assim mais alta que o retorno do S&P 500 de aproximadamente 10% ao ano, mesmo assim ficou bem abaixo do retorno anual combinado de 16% dos concorrentes no mesmo período.
Em 2007, a Blaine planejava manter sua política de preços frente às pressões dos competidores, e consequentemente, era esperado um crescimento de apenas 3% na linha de produtos de ponta para o ano de 2007, considerando que nenhuma aquisição seria feita. Dubinski refletia na possibilidade da recompra de ações, essa decisão deveria estar aderente as políticas financeiras da BKI: liquidez, estrutura de capital, política de dividendos, estrutura societária e planos de aquisição, além disso, ele considerava se o momento era o certo, pois o preço da ação da não estava longe de seu pico de todos os tempos, mas estava claramente atrás dos seus concorrentes.
Por outro lado, essa decisão poderia ser impopular caso a Blaine a precisasse desistir de suas reservas de caixa e/ou a descontinuar suas atividades de aquisições, e ainda mais perturbadora se fosse necessário adquirir outro empréstimo, devido os significativos juros pela terceira vez em sua história.
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