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Fluxo de energia no ecossistema florestal: 1) O que é estratificação florestal? A estratificação do dossel representa a distribuição dos organismos ao longo do plano vertical da floresta. 2) Descreva os estratos florestais. - serrapilheira (folhas mortas, troncos e galhos) e banco de sementes; no solo - banco de plântulas (1% da radiação incidente) - arbustos e árvores jovens (2% da radiação incidente) - dominadas - co-dominantes - emergentes 3) Quais as estratégias das plantas frente à baixa radiação florestal? - Formar banco de plântulas - Formar banco de sementes - Crescimento no período decíduo - Arquitetura da árvore - Capacidade de explorar o verde - Parasitismo - Saprofitismo - Hábitos trepadores 4) Descreva os objetivos, métodos e principais resultados descritos no artigo “Composição florística de epífitos vasculares... Floresta Estacional Decidual do Rio Uruguai, RS...”, de Rogalski e Zanin (2003). 5) O que são clareiras florestais naturais e como se formam? A abertura de clareiras no dossel das florestas ocorre periodicamente pela queda ou morte de árvores, acarretando a formação de uma paisagem em mosaico de áreas com diferentes idades, condições ambientais e composição florística. A principal modificação que ocorre no ambiente de clareira é o aumento da intensidade de luz, interferindo no estabelecimento, crescimento e sobrevivência de muitos indivíduos. 6) O que é sucessão ecológica? Sucessão ecológica é o nome dado à sequência de comunidades, desde a colonização até a comunidade clímax, de determinado ecossistema. Estas comunidades vão sofrendo de grande amplitude (pouco exigentes); e não especializadas. 7) O que é sucessão ecológica primária e secundária? A sucessão pimária: Ocorre em ambientes desprovidos de vida anteriormente, como dunas de areia, rochas varridas pela erosão, um fluxo de lava, um lago recém-formado, etc. A sucessão secundária: Ocorre num ambiente que foi anteriormente ocupado por outras comunidades, e que sofreu algum tipo de perturbação, como forças naturais (vendavais, inundações, deslizamentos, furacões, etc), ou perturbações provocadas pelo homem ou animais (fogo, áreas cultivadas, corte de florestas, etc). 8) Quais as características da vegetação durante os estágios iniciais de sucessão e finais de sucessão? Numa sucessão ecológica, comunidades pioneiras também chamadas de ecésis são comunidades biológicas geralmente formadas por líquens, musgos ou gramíneas, que conseguem sobreviver em ambientes inóspitos, em condições adversas e que acabam modificando o substrato, permitindo o desenvolvimento de outras espécies. São espécies de grande amplitude (pouco exigentes); e não especializadas. Por exemplo, na superfície de uma rocha nua, poucos seres vivos conseguiriam sobreviver. Alguns seres, como os líquens, podem instalar-se sobre ela, produzindo ácidos que lentamente corroem a rocha, iniciando a formação do solo. A partir de então, as condições do local deixam de ser tão desfavoráveis, possibilitando o desenvolvimento de outras comunidades. Clímax é o último estágio alcançado por comunidades ecológicas ao longo sucessão ecológica. Na sucessão, primeiramente têm-se ambientes desprovidos de vegetação, seguidos por populações pioneiras (ou ecesses), posteriormente as intermediárias (ou seres), até que alcance o clímax. Este estágio é caracterizado por compreender espécies que são as melhores competidoras da comunidade local. Geralmente as espécies vegetais climáxicas (e.g. típicas do estagio Clímax) são de maior porte, além de mostrar alta eficiência entre produção e consumo de nutrientes. No estágio clímax, quando uma espécie é extinta, outra espécie típica de clímax a substitui, mantendo a ciclagem entre as comunidades de florestas e outros habites de topo na sucessão ecológica. Comunidade Climax representa uma situação natural em que a comunidade permanece com um nível estável em freqüência de espécies (biodiversidade), onde a variabilidade dos recursos ambientais mantém-se pouco ociosa. Em clímax, a comunidade apresenta apenas leves modificações, causadas por pequenos distúrbios, que não a descaracterizam e rapidamente normalizam sua eficiência funcional. Ao se aproximar do clímax, uma comunidade demonstra uma tendência ao aumento na variedade de espécies, na complexidade funcional e alimentar das populações de plantas e animais. Apesar de ser o ótimo do desenvolvimento, a comunidade clímax mostra-se bem sustentável e duradoura, ciclando bem seus recursos, mantendo-se nesta condição, até que algum evento catastrófico natural ou antrópico a transforme. Para entender essa comunidade, deve-se levar em conta o tempo de desenvolvimento para chegar ao nível de clímax, pois tendo uma biota mais complexa, utiliza-se mais tempo, podendo-se permear vários séculos, para estabilizar-se. 9) Quais características podem ser usadas (e como) para detecção do estágio de sucessão de uma floresta? Para a detecção do estagio de sucessão em uma floresta podemos observar o grau de diversidade ou seja areas com maior diversidades tiveram sucessões a mais tempo do que as com menor diversidade além da quantidade total de biomassa da area. 10) Explique o mosaico sucessional de uma floresta. Mosaico florestal são as variações floristicas e estruturais das diferentes fases de desenvolvimento de uma floresta no decorrer da sucessão, podendo ser divido em 3 fases: clareira (arvores jovens), construção (crescimento) e madura. MOSAICO FLORESTAL, são todas as guildas de regeneração da florestas em seus diferentes níveis de regeneração 11) O que é um banco de sementes e sua importância? Banco de sementes é um reservatório viável de sementes atual. Esse reservatório corresponde às sementes não germinadas, mas potencialmente capazes de substituir as plantas adultas que tivessem desaparecido pela morte natural ou não, e pelas plantas perenes que são suscetíveis a doenças de plantas, distúrbios e consumo de animais. 12) O que é um banco de plântulas e sua importância? 13) Quais as características das árvores pioneiras? 14) Quais as características das árvores clímácicas? 15) O que são estratégias “r” e “K”? As plantas "k" estrategistas aquelas de ciclo de vida maior, a custo de elevado gasto energético geram poucas e grandes sementes. Investem na competição e não na reprodução. Plantas r estrategistas são aquelas de ciclo de vida mais curto, geram muitas sementes porém elas são pequenas para economia de energia. Investem na reprodução e não na competição. Um ambiente com pouca competição e muito alimento favorece indivíduos R estrategistas enquanto um ambiente com muita competição e pouco alimento favorece indivíduos K estrategistas mas isso varia com o ambiente e as variáveis dentro do ambiente. 16) Segundo o artigo “A Dinâmica da Floresta Neotropical e as Mudanças Climáticas Globais”, de Godoy et al. (2009), discorra sobre a relação entre grupos funcionais e as mudanças climáticas globais. Fluxo de matéria e o ecossistema florestal 17) O que é ciclagem de nutrientes e sua importância para o ecossistema? O ciclo biogeoquímico é o percurso realizado no meio ambiente por um elemento químico essencial à vida. Ao longo do ciclo, cada elemento é absorvido e reciclado por componentes bióticos (seres vivos) e abióticos (ar, água, solo) da biosfera, e às vezes pode se acumular durante um longo período de tempo em um mesmo lugar. É por meio dos ciclos biogeoquímicos que os elementos químicos e compostos químicos são transferidos entre os organismos e entre diferentes partes do planeta. O estudo e a compreensão dos ciclos biogeoquímicos pode ajudar a identificar potenciais impactos ambientais causados pela introdução de substâncias potencialmente perigosas nos diversos ecossistemas. As relações entre os organismos vivos e o ambiente físico caracterizam-se por uma constante permuta dos elementos, em uma atividade cíclica. Na verdade, o fenômeno é estritamente cíclico apenas em relação ao aspecto químico, no sentido de que os mesmos compostos químicos alterados se reconstituem ao finaldo ciclo. Assim, há uma espécie de intercâmbio contínuo entre meio físico, denominado abiótico (relativo à parte sem vida do meio físico) e o biótico (conjunto de seres vivos), sendo esse intercâmbio de tal forma equilibrado, em relação à troca de elementos nos dois sentidos, que os dois meios se mantêm praticamente constantes. 18) O que é cadeia alimentar? A cadeia alimentar é uma sequência de seres vivos que dependem uns dos outros para se alimentar. É a maneira de expressar as relações de alimentação entre os organismos de um ecossistema, incluindo os produtores, os consumidores (herbívoros e carnívoros (predadores) e os decompositores. 19) O que é cadeia de pastagem? 20) O que é cadeia de detritos? 21) O que é teia alimentar? Teia, ou também pode ser chamada de rede alimentar, é um conjunto de cadeias alimentares ligadas entre si, e são representadas através de um diagrama das relações entre os diversos organismos ou espécies de um ecossistema. Nas teias alimentares, cada espécie se alimenta em níveis diferentes e produz sua própria teia de interações alimentares, com vários produtores. A teia alimentar acontece quando um organismo se alimenta de diversos seres vivos, assim como ele serve de alimento para outros seres vivos, nesse processos as cadeias alimentares acabam se encontrando, formando então a teia alimentar, e nela um mesmo animal pode ocupar papéis diferentes, dependendo da cadeia envolvida. Para participar de uma teia alimentar, é necessário estar inserido em um ecossistema. 22) O que é nível trófico? O nível trófico é o nível de nutrição a que pertence um indivíduo ou uma espécie, que indicam a passagem de energia entre os seres vivos num ecossistema. Existem 3 níveis tróficos principais: Produtores: reúnem todos os seres capazes de autotrofia. Consumidores: São organismos que consomem produtores e outros consumidores. Geralmente são heterótrofos. Estes podem ser: Consumidores de primeira ordem (primários): Alimentam-se de produtores. Consumidores de segunda ordem (secundários): Alimentam-se de consumidores de 1ª ordem. Consumidores de terceira ordem (terciários): Alimentam-se de consumidores de 3ª ordem. Decompositores: Consomem os restos de plantas e animais. Responsáveis pela devolução de minerais e nutrientes para o ambiente, que servirão para produtores mais uma vez, fechando o ciclo. 23) O que é resiliência? A resiliência indica a capacidade do ecossistema de se regenerar após alguma alteração natural ou antrópica, estando relacionada com a saúde do ecossistema. 24) Como a complexidade da teia alimentar pode influenciar a resiliência do ecossistema? 25) O que é uma espécie-chave? Uma espécie-chave é aquela que desempenha um papel crítico na manutenção da estrutura de uma comunidade ecológica e cujo impacto é maior do que seria esperado com base na sua abundância relativa ou biomassa total. Essas espécies afetam muitos outros organismos em um ecossistema e ajudam a determinar os tipos e números de várias outras espécies em uma comunidade. Espécie-chave difere de espécie dominante, pois seus efeitos são maiores do que o previsto em relação a sua abundancia. O conceito está relacionado às cadeias tróficas. É uma espécie que interage fortemente no meio determinando alterações que se propagam ao longo da cadeia alimentar. A remoção ou adição de uma espécie-chave determina grandes mudanças na abundância de outras espécies, alterando sua composição dentro de uma comunidade. 26) O que é decomposição e qual sua importância? Em biologia e ecologia, decomposição é o processo de transformação da matéria orgânica em minerais, que podem ser assimilados pelas plantas para a produção de matéria viva, fechando assim os ciclos biogeoquímicos. A decomposição tem papel importantíssimo na ciclagem de nutrientes, sem esse processo o ciclo não seria fechado, e os minerais não seriam devolvidos ao ambiente. 27) Discorra sobre a serapilheira? A serapilheira compreende, principalmente, o material de origem vegetal (folhas, flores, rasos, casas, frutos e sementes) e, em menor proporção, o de origem animal (restos animais e material fecal) depositado na superfície do solo de uma floresta. Atua como um sistema de entrada e saída, recebendo entradas via vegetação e, por sua vez, decompondo-se e suprindo o solo e as raízes com nutrientes e com matéria orgânica. Este processo é particularmente importante na restauração da fertilidade do solo nas áreas em início de sucessão ecológica. Em comunidades sucessionais, o acúmulo de serapilheira e o tempo de sua remoção podem produzir mudança radical na estrutura, afetando a substituição de espécies dominantes, bem como a riqueza e a diversidade. A quantificação da serapilheira, ao longo do ano, permite estimar a produção anual por hectare. Em uma área ciliar em recuperação, esta informação é muito importante, pois possibilita a comparação com outros estudos realizados em áreas ciliares. Se a produção de serapilheira da área em avaliação está muito baixa em comparação com outras comunidades ciliares pode estar ocorrendo problemas, em nível de ciclagem de nutrientes. A ausência ou a baixa densidade de sementes de espécies não pioneiras na chuva de sementes significa que estas espécies terão dificuldades de regeneração na área em recuperação. Como as espécies pioneiras são mais importantes na definição da estrutura da floresta, devem ser tomadas medidas visando estimular sua chegada na área. 28) Quais os tipos de organismos envolvidos na decomposição? Os organismos decompositores são as bactérias e os fungos. 29) Quais fatores abióticos afetam a decomposição e como? 30) Qual a importância da água na planta e no solo? 31) Quais as possíveis adaptações das plantas à baixa quantidade de água em um ecossistema? 32) O que é interceptação florestal, em termos hidrológicos? 33) Qual porcentagem de uma chuva é interceptada por uma floresta? 34) O que são florestas ciliares? Mata ciliar, vegetação ribeirinha, vegetação ripária ou vegetação ripícola é a designação dada à vegetação que ocorre nas margens de rios e mananciais. O termo refere-se ao fato de que ela pode ser tomada como uma espécie de "cílio" que protege os cursos de água do assoreamento. Elas estão sujeitas a inundações frequentes. A mata ciliar é encontrada ao longo do curso dos rios e tem uma fisiologia dos diversos biomas existentes, mesmo não estando diretamente ligada a eles. As espécies arbóreas apresentam diferenciações sutis. Essas formações arbóreas variam de acordo com a região onde se encontram e a vegetação que predomina no local. Podendo ser encontradas do norte ao sul do Brasil, apresentam uma notável biodiversidade arbórea. 35) Qual a importância das matas ciliares? Matas ciliares ajudam a sedimentar o controle, reduzir os efeitos danosos das enchentes e ajuda na estabilização dos igarapés. O principal papel desempenhado pela mata ciliar na hidrologia de uma bacia hidrográfica pode ser verificado na quantidade de água do deflúvio. Em estudos realizados para verificar o processo de filtragem superficial e subsuperficial dos nutrientes, nitrogênio, fósforo, cálcio, magnésio e cloro; através da presença da mata ciliar, as conclusões foram as seguintes: -A manutenção da qualidade da água em microbacias agrícolas depende da presença da mata ciliar; -A remoção da mata ciliar resulta num aumento da quantidade de nutrientes no curso de água; -Esse efeito benéfico da mata ciliar é devido à absorção de nutrientes do escoamento subsuperficial pelo ecossistema ripário. Fatores bióticos em ecossistemas florestais 36) O que são síndromes de polinização? Existe uma grande variedade estruturas morfológicas e anatômicas das flores que se associam aos mecanismos de polinização. O conjunto destas características inclui a forma geral da flor, morfologia do gineceu e das anteras, odor, cores, tempo de antese, momento de deiscência das anteras, fornecimento de substâncias atrativas como o néctar e o próprio arranjo das flores e sua posição na planta, as quais freqüentemente se relacionamà forma e ao comportamento do agente polinizador. Este conjunto de características é chamado de síndrome de polinização. 37) O que são síndromes de dispersão? Síndrome de dispersão corresponde a adaptações estruturais que as plantas apresentam para se espalharem no meio ambiente. As funções dessas adaptações são de proteger as sementes e promover a dispersão dessas em locais apropriados a sua germinação e sobrevivência, garantindo a perpetuação da espécie. 38) Explique quatro síndromes de polinização e dê exemplos. Anemofilia (polinização pelo vento) – ex: Ornitofilia (polinização por aves) – ex: Quiropterofilia (polinização por morcegos) – ex: Pscofilia (polinização por borboletas) – ex: 39) Explique quatro síndromes de dispersão e dê exemplos. Anemocoria (vento) – ex: sementes aladas Hidrocoria (água) – ex: Ornitocoria (aves) – ex: Barocoria (gravidade) ex 40) O que é herbivoria e sua importância? A herbivoria é um tipo de relação ecológica que ocorre entre certos animais e plantas. Nesta relação os animais ingerem partes da planta viva para seu alimento e nutrição. A planta então sofre prejuízo enquanto o animal obtém vantagem. Por isso é considerada uma relação ecológica negativa, já que há prejuízo para um dos seres participantes, neste caso a planta. Nessa relação, os insetos são os principais consumidores da produção primária da Terra. Esses insetos são muito importantes ecologicamente, por serem predadores, parasitas e indicadores da qualidade ambiental. 41) Como as plantas se defendem da herbivoria? As plantas se defendem da herbivoria através de: . defesas mecânicas: (tricomas, espinhos, acúleos, esclerofilia, etc.) . defesas biológicas: mutualismo . defesas químicas: compostos secundários 42) O que é alelopatia? Atualmente, alelopatia é definida como: “processo que envolve metabólitos secundários produzidos por plantas, algas, bactérias e fungos que influenciam o crescimento e desenvolvimento de sistemas biológicos. Segundo Molisch, alelopatia é "a capacidade de as plantas, superiores ou inferiores, produzirem substâncias químicas que, liberadas no ambiente de outras, influenciam de forma favorável ou desfavorável o seu desenvolvimento" As plantas produzem e estocam grande número de produtos do metabolismo secundário, os quais são posteriormente liberados para o ambiente. Tais compostos poderão afetar o crescimento, prejudicar o desenvolvimento normal e até mesmo inibir a germinação de outras espécies. Substâncias alelopáticas podem ser liberadas das plantas através da lixiviação dos tecidos, em que as toxinas solúveis em água são lixiviadas da parte aérea e das raízes; volatilização de compostos aromáticos das folhas, flores, caules e raízes sendo absorvidos por outras plantas; exudação pelas raízes, onde um grande número de compostos alelopáticos é liberado na rizosfera circundante, influindo direta ou indiretamente nas interações planta/planta.