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Anatomia dos tecidos do periodonto

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Anatomia dos tecidos do periodonto
Anatomia macroscópica 
- Gengiva Marginal 
- Sulco Gengival 
- Gengiva Inserida 
- Gengiva Interdental
O periodonto consiste em tecidos de recobrimento e suporte do dente: gengiva, ligamento periodontal, cemento e osso alveolar. Ele foi dividido em duas partes: a 
gengiva, cuja principal função é proteger os tecidos subjacentes, e o aparato de inserção, composto pelo ligamento periodontal, cemento e osso alveolar. O cemento 
é considerado como parte do periodonto porque, juntamente com o osso, serve de suporte para as fibras do ligamento periodontal.
Anatomia microscópica 
- Epitélio Gengival
- Tecido Conjuntivo Gengival
Correlação das características clínicas e histológica
Cor: rosa pálido (pode ter pigmentação em indivíduos de pele escura, asiáticos ou descendentes de indígenas diretos)
Tamanho: O tamanho da gengiva corresponde à soma total da maior parte dos elementos celulares e intercelulares e seu suprimento vascular. A alteração no 
tamanho é uma característica comum da doença gengival.
Contorno: contorno festonado ou arcos côncavos regulares
Forma: triangulares (papilas)
Consistência: A gengiva é firma e resiliente e, com exceção da gengiva marginal livre, fortemente ligada ao osso subjacente.
Textura Superficial: A gengiva apresenta uma textura superficial semelhante a uma casca de laranja e é citada como pontilhada. O pontilhado é mais bem 
visualizado ao secar a gengiva.
A gengiva inserida é pontilhada, ao passo que a gengiva marginal não.
Posição: A posição da gengiva se refere ao nível em que a margem gengival está aderida ao dente.
A mucosa oral consiste em três zonas a seguir:
Mucosa mastigatória: gengiva e o revestimento do palato duro.
Mucosa especializada: dorso da língua
Mucosa oral: que reveste o restante da cavidade oral. 
Gengiva Marginal
A gengiva marginal, ou não inserida, é a porção terminal ou borda da gengiva ao redor dos dentes em forma de colar. Normalmente medindo aproximadamente 1 mm 
de largura, a gengiva marginal forma a parede de tecido mole do sulco gengival e pode ser separada da superfície dental com uma sonda periodontal.
O ponto mais apical do arco côncavo da gengival marginal é chamado de zênite gengival. Suas dimensões apicocoronal e mesiodistal variaram entre 0,06 e 0,96 mm.
Sulco Gengival
O sulco gengival é um espaço raso ou fenda ao redor do dente delimitado pela superfície dental de um lado e o epitélio de revestimento da gengiva marginal livre no 
outro. Possui a forma de V e mal permite a entrada de uma sonda periodontal. Mede até 3mm de pcs (profundidade clínica de sondagem).
Gengiva Inserida
A gengiva inserida é contínua com a gengiva marginal. Ela é firme, resiliente e fortemente ligada ao periósteo do osso alveolar subjacente. O aspecto vestibular da 
gengiva inserida se estende à mucosa alveolar relativamente frouxa e móvel e é demarcada pela junção mucogengival.
A largura da gengiva inserida é outro parâmetro clínico importante. É a distância entre a junção mucogengival e a projeção na superfície externa do fundo do sulco 
gengival ou da bolsa periodontal.
Gengiva Interdental/papilar
A gengiva interdental ocupa a ameia gengival, que é o espaço interproximal abaixo da área de contato dos dentes. A gengiva interdental pode ser piramidal ou pode ter 
a forma de “col”. Na primeira, a ponta da papila está localizada imediatamente abaixo do ponto de contato; a última apresenta uma depressão em forma de vale que 
conecta a papila vestibular e lingual e em conformidade com a forma do contato interproximal e acontece apenas nos dentes posteriores. 
Se um diastema estiver presente, a gengiva torna-se firmemente aderida ao osso interdental e forma uma superfície 
lisa e arredondada sem papilas interdentais
Aspectos microscópicos
Epitélio Gengival
O epitélio gengival consiste em um revestimento contínuo de epitélio escamoso estratificado e as três diferentes áreas podem ser definidas a partir de pontos de vista 
morfológico e funcional: epitélio externo ou oral, epitélio sulcular e epitélio juncional.
O principal tipo celular do epitélio gengival, bem como de outros epitélios escamosos estratificados, é o queratinócito. Outras células encontradas no epitélio são as 
células claras ou não queratinócitos, que incluem as células de Langerhans, as células de Merkel e os melanócitos.
A principal função do epitélio gengival é proteger as estruturas profundas, enquanto permite o intercâmbio seletivo com o meio ambiente oral. Isto é alcançado pela 
proliferação e diferenciação dos queratinócitos.
É .
Epitélio oral (externo)
É um epitélio pavimentoso, estratificado, queratinizado, podendo ser ortoqueratinizado (n ċleos das cÈlulas ausentes) ou paraqueratinizado (n ċleos das cÈlulas 
presentes). Ele é queratinizado ou paraqueratinizado, e pode apresentar combinaÁıes dessas condições. Porém, a superfÌcie prevalente é a paraqueratinizada.
Ele reveste a cavidade oral, estendendo-se da margem gengival até a junção mucogengival, cobrindo desta forma, toda parte clinicamente visÌvel da gengiva livre e 
inserida. A maioria das células que compõe este epitélio são queratinócitos, caracterizados por sua capacidade em produzir filamentos de queratina citoplasm·ticos 
(tonofilamentos).
O epitélio é um tecido constantemente renovado, caracterizado por uma superfÌcie que descama queratinócitos maduros e pela renovação celular obtida pela divisão 
múltipla de células na camada basal.
Conforme o grau de diferenciação das células produtoras de queratina, ele pode ser dividido nas seguintes camadas:
- Estrato basal (camada basal);
- Estrato espinhoso (camada de cÈlulas espinhosas);
- Estrato granuloso (camada granulosa);
- Estrato córneo (camada corneificada).
O epitélio oral ou externo recobre a crista e a superfÌcie externa da gengiva marginal e a superfÌcie da gengiva inserida. Possui aproximadamente 0,2 a 0,3mm de 
espessura.
A queratinização da mucosa oral varia em diferentes áreas na seguinte ordem:
1) Palato (mais queratinizado);
2) Porção ventral da língua;
3) Mucosa jugal (menos queratinizada).
Epitélio sulcular
O epitélio do sulco reveste o sulco gengival, localizado entre o esmalte e a parte superior da gengiva livre. Ele é um epitélio escamoso estratificado não queratinizado fino 
e se estende do limite coronal do epitélio juncional a crista da gengiva marginal. O epitélio juncional não tem estrato granuloso (camada granulosa) e nem estrato córneo 
(camada cÛrnea ou corneificada).
Quando da erupção do dente, o epitélio oral se dobra e se transforma em epitélio sulcular. Este reveste o sulco gengival, estendendo-se do epitélio oral para dentro do 
sulco gengival, ladeando o dente. Sua porção mais apical encontra a porção mais coronária do epitélio juncional. Em geral, normalmente não È queratinizado, formado 
por um epitélio estratificado fino, embora algumas células paraqueratinizadas possam ser vistas coronariamente. O epitélio sulcular assemelha-se, portanto, ao epitélio 
oral, com exceção de um estrato córneo (queratina), sendo particularmente susceptÌvel a ação dos microrganismos.
O epitélio sulcular é muito importante pois pode atuar como uma membrana semipermeável através da qual produtos bacterianos passam da gengiva para o fluido 
gengival e tecidual, penetrando no sulco.
O epitélio sulcular não é abundantemente infiltrado por neutrófilos polimorfonucleares e parece ser menos permeável.
Epitélio Juncional
O epitélio juncional apresenta uma superfÌcie livre no fundo do sulco gengival. Assim como o epitélio do sulco e o epitélio oral, o epitélio juncional está sendo 
constantemente renovado por meio da divisão celular da camada basal. As células migram até a base do sulco gengival, de onde descamam.
O comprimento do epitélio juncional varia de 0,25 a 1,35mm. O epitélio juncional é formado pela confluência do epitélio oral e o epitélio reduzido do esmalte durante a 
erupção dental. No entanto, o epitélio reduzido do esmalte não é essencial para sua formação, uma vez que o epitélio juncionalé completamente restabelecido após a 
instrumentação ou cirurgia da bolsa e se forma ao redor de implantes.
É em parte responsável pela inserção da gengiva ao dente, desempenhando, desta maneira um papel extremamente importante. Coronariamente apresenta-se em 
continuidade com o epitélio sulcular e apicalmente com as fibras supracrestais gengivais. Encontra-se delimitado entre o tecido conjuntivo e a superfÌcie do dente.
Consiste apenas de duas camadas celulares, a basal e a espinhosa. É estruturalmente semelhante ao epitélio oral, sendo continuamente renovado através de divisão 
celular (mitótica) da camada basal. O número de células descamadas por unidade de área de superfÌcie é muitas vezes mais alto do que em qualquer outro lugar da 
mucosa oral. Isso é necessário pois o epitélio juncional se rompe com grande facilidade na sua porção coronária, principalmente em presença de leucócitos 
polimorfonucleares. O alto Ìndice com que suas células esfoliam-se resulta, portanto, numa rápida reposição do epitélio rompido por um tecido com células íntegras (em 
torno de 5 a 7 dias).
A interface entre o epitélio juncional e o esmalte é estruturalmente muito semelhante a interface epitélio-tecido conjuntivo, o que significa que o epitélio não só está em 
contato com o esmalte como está, na realidade, aderido fisicamente ao dente por meio dos hemidesmossomos. A aderÍncia do epitélio juncional ao dente também é 
reforçada pela presença das fibras gengivais que comprimem a gengiva marginal contra a superfÌcie dentária. Por isso, o epitélio juncional e as fibras gengivais são 
considerados uma unidade funcional, citados como unidade dentogengival.
O epitélio juncional apresenta caracterÌsticas tanto estruturais quanto funcionais que contribuem para prevenir a superfÌcie dental subgengival da colonização bacteriana:
- O epitélio juncional está firmemente aderido a superfície dental, formando uma barreira epitelial contra o biofilme bacteriano;
- Ele permite acesso do fluido gengival, células inflamatórias e componentes do sistema imunológico de defesa a gengiva marginal;
- As células do epitélio juncional tem uma rápida renovação, contribuindo para o equilÌbrio hospedeiro-parasita e permite um rápido reparo do dano tecidual.
Diferenças entre os epitélios
- O tamanho das células no epitélio juncional é maior do que no epitélio oral em relação ao volume do tecido.
- Em relação ao volume de tecido, o espaço intercelular é mais largo no epitélio juncional do que no epitélio oral.
- O número de desmossomos é menor no epitélio juncional do que no epitélio oral.
Fluido Gengival (Fluido Sulcular).
A importância do fluido gengival é que ele pode ser representado tanto por um transudato quanto por um exsudato. O fluido gengival contém uma vasta gama de fatores 
bioquímicos, oferecendo uso potencial como um biomarcador de diagnóstico ou prognóstico do estado biológico do periodonto na saúde e doença. A principal via de 
difusão do fluido gengival é através da membrana basal, por meio dos espaços intracelulares relativamente amplos do epitélio juncional e depois para o sulco.94
Acredita-se que o fluido gengival (1) purifique o material do sulco, (2) contenha proteínas plasmáticas que podem melhorar a adesão do epitélio ao dente, (3) possua 
propriedades antimicrobianas; e (4) exerça atividade de anticorpo para defender a gengiva
-
=
=
Tecido Conjuntivo Gengival
Os principais componentes do tecido conjuntivo gengival são as fibras colágenas (em torno de 60% em volume), fibroblastos (5%), vasos, nervos e matriz 
(aproximadamente 35%).
O tecido conjuntivo da gengiva é conhecido como lâmina própria e consiste em duas camadas: (1) uma camada papilar, subjacente ao epitélio, que 
consiste em projeções papilares entre as cristas epiteliais; e (2) uma camada reticular contígua com o periósteo do osso alveolar. O tecido conjuntivo possui 
um compartimento celular e outro extracelular compostos por fibras e substância fundamental. Assim, o tecido conjuntivo gengival é basicamente um tecido 
conjuntivo fibroso que possui elementos que se originam diretamente do tecido conjuntivo da mucosa oral, bem como algumas fibras (dentogengivais) que 
se originam do folículo dental em desenvolvimento.
Os três tipos de fibras do tecido conjuntivo são: colágenas, reticulares e elásticas. O colágeno tipo I forma a massa da lâmina própria e proporciona força 
tênsil ao tecido gengival. O colágeno tipo IV (fibra reticular argirofílica) se ramifica entre os feixes de colágeno tipo I e é contínuo com as fibras da 
membrana basal e as paredes dos vasos sanguíneos.
O sistema de fibras elásticas é composto de fibras oxitalânicas, elaunínicas e elastinas distribuídas entre as fibras colágenas.
Portanto, os feixes de colágeno densamente agrupados que estão ancorados no cemento acelular de fibras extrínsecas logo abaixo da porção terminal do 
epitélio juncional formam o tecido conjuntivo de inserção. A estabilidade desta inserção é o fator-chave para limitar a migração do epitélio juncional.
Fibras Gengivais
O tecido conjuntivo da gengiva marginal é densamente colagenoso e contém um sistema proeminente de feixes de fibras colágenas chamado fibras 
gengivais. Elas consistem em colágeno tipo I. 
As fibras gengivais possuem as seguintes funções:
1. Unir firmemente a gengiva marginal contra o dente.
2. Promover a rigidez necessária para resistir às forças da mastigação sem serem defletidas da superfície dental.
3. Unir a gengiva marginal livre ao cemento radicular e à gengiva inserida adjacente.
As fibras gengivais são organizadas em três grupos: dentigengival, dentoperiósteas, circular e transseptal.
Fibras circulares
Apresentam-se dispostas na gengiva livre, circundando-o como um
anel. Auxiliam na manutenção do contorno e posição da gengiva marginal livre.
Fibras dentogengivais
Projetam-se a partir do cemento da porção supra-alveolar da raiz,
em forma de leque, em direção ao tecido gengival livre das superfícies vestibular, 
lingual/palatina e proximal dos dentes. Auxiliam a proporcionar suporte gengival.
Fibras dentoperiósteas
Projetam-se da mesa porção do cemento que as fibras dentogengivais, porém em 
sentido apical sobre a crista óssea vestibular e lingual/palatina, para terminar na 
gengiva inserida. No limite entre a gengiva livre e a inserida o epitélio não se encontra 
sustentado por feixes de fibras colágenas pois nesta área, com frequência, está 
presente a ranhura gengival livre.
Fibras transseptais 
Estendem-se entre o cemento supra-alveolar de dentes vizinhos,
seguindo um trajeto retilÌneo sobre o septo interdental. Auxiliam a manter o 
relacionamento de dentes adjacentes e protege o osso interproximal.
Matriz do tecido conjuntivo 
É produzida principalmente pelos fibroblastos, apesar de alguns de seus componentes serem elaborados pelos mastócitos e outros serem derivados do 
sangue. É nela que encontram-se as células do tecido conjuntivo, sendo essencial para a manutenção da função normal do mesmo, como transporte de 
água, eletrólitos, nutrientes, metabólicos, etc, em direção as suas células e o seu retorno dentro da própria matriz.
Seus principais componentes são macromoléculas proteico polissacarÌdeas que devido a sua estrutura e hidratação exercem resistÍncia a deformação 
servindo, portanto, como reguladoras da consistÍncia do tecido conjuntivo. Por isso, se a gengiva for comprimida, as macromoléculas sofrem deformação, 
no entanto, quando a pressão é removida, as mesmas readquirem sua forma original sendo, portanto, de suma importância ara a resiliência da gengiva.
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