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Brinquedoteca Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Me. Luciene Teixeira Diniz Revisão Textual: Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin Brinquedoteca Virtual • Novas Possibilidades de Brinquedoteca; • A Brinquedoteca Virtual Pode Ser Real. · Conhecer as possibilidades de elaboração de uma Brinquedoteca virtual; · Discutir o ambiente virtual como ferramenta para o ensino e aprendizagem; · Identificar os Jogos Virtuais e os Materiais Virtuais como acervo de uma Brinquedoteca. OBJETIVO DE APRENDIZADO Brinquedoteca Virtual Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Brinquedoteca Virtual Novas Possibilidades de Brinquedoteca Chegamos agora à última Unidade da nossa Disciplina. Compreendemos a im- portância do brincar e do lúdico para o desenvolvimento humano; entendemos que para cada fase de desenvolvimento existe um estímulo ideal que caracterizamos pelos tipos de jogos de Jean Piaget. Com as unidades, aprendemos a importância do ambiente e da cultura para a formação do que agora conhecemos como Cultura Lúdica; usamos teóricos da Pedagogia para fundamentar esse conceito. Lev Vygotsky e sua teoria da influência do ambiente na aprendizagem e, conse- cutivamente, no desenvolvimento infantil, ajudaram essa compreensão. Assim, chegamos à Brinquedoteca como um espaço ideal em que a criança pode desenvolver suas dimensões cognitivas, motoras e afetivas, construindo sua Cultura Lúdica com a brincadeira, com o jogo e com o brinquedo. Aprendemos que a Brinquedoteca pode ser diferente, com muitos tipos e fun- ções e, nessa direção, apresentamos uma unidade dedicada à organização de uma Brinquedoteca, com conceitos de segurança, espaço físico, acervo e cronograma de tarefas, entre outras informações. Após desvendar as dimensões de uma Brinquedoteca e entender a sua impor- tância como uma ação Pedagógica, vamos conversar um pouco sobre algumas realidades na área educacional e novas possibilidades para o docente e o aluno. Nessa direção, vamos conversar sobre a Brinquedoteca virtual. Como sabemos, a Brinquedoteca configura-se como um ambiente de aprendiza- gem; os jogos, as brincadeiras e as atividades lúdicas, culturais e estéticas valorizam o ato de brincar como propulsor de desenvolvimento dos nossos alunos e são um meio para apresentarmos conteúdos, conhecimentos e experiências diversas. Entender como trabalhar com essas possibilidades pode contribuir com a forma- ção de professores e outros profissionais que atuam na Educação. Mas nem sem- pre temos a possibilidade de ter esse espaço como uma ferramenta pedagógica na Escola; falta de verba, de espaço físico ou mesmo de conhecimento podem levar o docente a não usar a Brinquedoteca como uma estratégia de ensino e aprendiza- gem; assim surge a Brinquedoteca virtual. Esse ambiente de aprendizagem virtual tem como objetivo criar, experimentar e disponibilizar atividades educativas focadas na Educação da infância e na Educação Básica, para facilitar o acesso à informação dos docentes e o acesso aos alunos. A Brinquedoteca Virtual pode ser uma opção interessante para o curso de Pe- dagogia Virtual ou Presencial ou para escolas sem espaços físicos ou com pouca verba para montar o acervo de materiais. 8 9 Na formação do docente, a Brinquedoteca virtual configura-se como um am- biente de aprendizagem que permite aos acadêmicos a realização de atividades formativas de diversas certificações do Projeto Pedagógico do Curso. O espaço virtual pode estimular o graduando com a participação em ativida- des formativas na Brinquedoteca ou com a oportunidade de pesquisar e elaborar novas propostas de ensino aprendizagem que envolvam o lúdico como propulsor desse processo. A possibilidade de uma Brinquedoteca virtual permite a discussão da importância de se criar espaços alternativos e democráticos para a inclusão da Educação Virtual na formação dos professores, e também trazer a questão central de motivar nossos docentes para o uso de brinquedos pedagógicos feitos a partir de materiais reaprovei- táveis e, ao mesmo tempo, incluindo-os nas questões da Educação Ambiental. Uma Brinquedoteca pode ser toda construída com materiais recicláveis. A “Sucatoteca”, como se pode chamar, é um espaço que reúne muitas possibilidades e potencialidades para desenvolver trabalhos sérios e relevantes para as crianças por meio de brinquedos construí- dos durante as aulas ou pelos docentes a partir de material reaproveitado. Ex pl or Vale nos lembrarmos de que, na Brinquedoteca, o brincar supre a necessidade da criança de se expressar, participar, transformar, desenvolver, aprender e atuar com subjetividade no cotidiano escolar, na Sociedade e na sua Cultura. Diante disso, torna-se primordial refletir sobre a importância da presença da Brinquedoteca no ambiente escolar, sendo ela presencial ou virtual. Mas, por mais que a ludicidade tenha ganhado espaço nas pesquisas e nas discussões teóricas, porque ainda tantos docentes negligenciam a presença da ludicidade em seu plane- jamento? Quais são os motivos que justificam a pouca presença lúdica no contexto das escolas? A Brinquedoteca virtual ou a presencial podem ser uma ferramenta metodológi- ca para resgatar a utilização da ludicidade. Nesse contexto, fechamos a nossa Disciplina trazendo possibilidades e sugestões para a criação de uma Brinquedoteca Virtual. A Brinquedoteca Virtual Pode Ser Real Uma Brinquedoteca virtual também tem alguns critérios para a sua organização. Assim como uma Brinquedoteca presencial, vamos apresentar alguns tópicos que podem guiar você nessa elaboração: 1. O espaço virtual deve incentivar o uso de jogos ou atividades educativas informatizadas como parte integrante da metodologia no desenvolvimento do seu planejamento pedagógico. Você deve utilizar as mais diversas áreas 9 UNIDADE Brinquedoteca Virtual do conhecimento para que seu aluno tenha experiências que permitam uma melhor aprendizagem; 2. Hoje, não considerar o AmbienteVirtual na Escola como uma ótima op- ção de aprendizagem é negar as preferências dos seus alunos. Assim, ofereça aos seus alunos possibilidades de qualificar o tempo em que estão usando as ferramentas virtuais para aprender; ofereça novas fontes de co- nhecimento que tragam prazer ao seu aluno. Isso é lúdico; 3. Disponibilize ao seu aluno um espaço atraente para consulta, informações (em forma de links) sobre brincadeiras tradicionais da cultura popular, jo- gos diversos e ambientes interativos, entre outras opções. Com esses tópicos em mente, você pode, agora, começar a criar sua Brinque- doteca virtual. A criatividade é o diferencial; não temos um modelo, mas caminhos que surgem com as suas ideias. Vou expor aqui algumas possibilidades. Vamos apresentar uma interface de Brinquedoteca virtual elaborada a partir da metáfora de Brinquedotecas reais, nas quais existem normalmente os cantinhos temáticos. Assim, aproximamos todos os usuários de um modelo de Brinquedo- teca real. A virtual pode apresentar-se como um espaço arquitetônico, representado em perspectiva, no qual a criança pode passear. Biblioteca Virtual UNISINOS - Espaço Games: https://goo.gl/PHWNc1 Ex pl or Para acessar as atividades, o aluno deveria clicar nas áreas temáticas e quando passasse o mouse sobre uma das áreas, essa se destacaria e se tornaria acessível. As áreas temáticas na sua Brinquedoteca podem ser as mesmas encontradas nas Brinquedoteca reais, ou você pode excluir ou incluir novas áreas conforme seus objetivos ou a matriz curricular da Escola. Cada uma dessas áreas viria a dar acesso a diferentes atividades independentes, selecionadas pelos docentes com o intuito de estimular diferentes objetivos. A quantidade do seu acervo aqui é muito maior, e o grau de dificuldade pode ser diverso, conversando com as faixas etárias, o seu objetivo e as metas de aprendi- zagem e desenvolvimento. O material pode ser elaborado especificamente para o seu espaço virtual ou com links para vários jogos, livros etc. já disponibilizados na Internet, vez que, além de serem de alto custo para elaboração, podem não ter compatibilidade com o Sistema Operacional adotado pelas Escolas Públicas. Sim, devemos pensar em todas essas variáveis, afinal, queremos novas possibilidades para o ensino do lúdico na Escola. 10 11 É importante pesquisar os recursos disponíveis nas Escolas ou Instituições Edu- cacionais para criamos nosso espaço virtual. O discurso de que trabalhamos com algo limitado por falta de verba reduz o processo criativo, transformam a aprendi- zagem em algo pobre e a motivação e o prazer do aluno ficam em baixa. Sugiro aos docentes em formação que busquem trabalhar seu processo criativo sempre. Outra possibilidade é criar figuras com os espaços das salas e ao clicar o aluno tem acesso às informações. Figura 1 Figura 2 11 UNIDADE Brinquedoteca Virtual Figura 3 Figura 4 12 13 Figura 5 Figura 6 13 UNIDADE Brinquedoteca Virtual Figura 7 Figura 8 14 15 Figura 9 Figura 10 15 UNIDADE Brinquedoteca Virtual Figura 11 Finalizamos a nossa Disciplina apresentando aos futuros docentes de Peda- gogia que o espaço da Brinquedoteca é uma ferramenta importante para o de- senvolvimento integral do ser humano e que essa é uma possibilidade real, seja virtual ou presencial. 16 17 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Sites Brinquedoteca Virtual: Espaço de Experimentação e Pesquisa na Formação do Futuro Educador Este artigo traz uma reflexão crítica acerca da utilização de uma Brinquedoteca Virtual no curso de Pedagogia, identificando suas contribuições para o desenvolvimento profissional dos futuros educadores. A Brinquedoteca virtual se constitui num espaço virtual provido de recursos lúdicos para as atividades de ensino, pesquisa e extensão, que oferece aos discentes a oportunidade de produzir e experimentar materiais pedagógicos que lhes permitam qualificar sua ação, relacionando teoria e prática. https://goo.gl/q7WYXV Brinquedoteca Virtual - Cantinhos Este site tem opções de como criar uma Brinquedoteca virtual. https://goo.gl/2pN1N5 Brinquedoteca Virtual Estes slides foram criados de forma dinâmica para interagir sobre uma Brinquedoteca virtual e o que ela pode conter. https://goo.gl/MgLHc7 Jogos Educativos O site hvirtua.com é uma opção interessante para pesquisar possibilidades de jogos educativos na Educação Infantil. https://goo.gl/KL78hC 17 UNIDADE Brinquedoteca Virtual Referências BERTO, A. B. F. A Educação Ambiental nos Espaços Formais de Ensino: Brinque- dotecas Virtuais como instrumentos de aprendizagem, Revista Visões, v. 1, n. 5, 5.ed, jul.-dez. 2008. BROUGÈRE, G. 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