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Caso 2 – Direito Civil I Caso concreto Diante do fato de Marisa ter nascido com vida, compreende-se que além de titularizar os direitos subjetivos de natureza existencial (direitos da personalidade) também aproveitou os efeitos dos direitos subjetivos de caráter patrimonial, uma vez que na condição de herdeira necessária recebeu a transmissão da parcela de bens deixada pelo seu pai a título de direito sucessório. Em razão do seu falecimento subsequente, sua mãe passaria a herdar a parcela de patrimônio herdada por ela em decorrência da morte de seu pai. Por outro lado, se Marisa tivesse nascido morta, diante da constatação por intermédio da docimasia hidrostática de galeno, não receberia a transmissão dos direitos subjetivos de natureza patrimonial restando tais direitos apenas para efeito de sucessão do que se refere a sua mãe. Ademais, mesmo nascendo sem vida aproveitaria os direitos subjetivos de caráter existencial, especialmente no que tange o nome, a imagem e a sepultura. Ante o exposto, não assiste razão ao advogado de Renata tendo em conta o aproveitamento dos direitos subjetivos seja na hipótese do natimorto ou do nascido vivo, especificamente no plano dos direitos da personalidade, merecendo destaque aos artigos primeiro e segundo do Código Civil combinado com o artigo 1845, 1798 e os enunciados número 1 e 2 do Conselho da Justiça Federal (CJF). Não menos importante, vale salientar que a capacidade jurídica somente seria reconhecida no caso de Marisa ter nascido com vida, pois do contrário, apesar da tutela dos direitos da personalidade do nascituro, sua capacidade jurídica estaria condicionada ao nascimento com vida. Questão objetiva Alternativa A
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