Buscar

Resumo prova de ortopedia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ORTOPEDIA
ANAMNESE
- relato do proprietário, perguntas padrões, alimentação, vacinas, vermífugo, ectoparasita, ambiente, reação a medicações, tempo da doença, perguntas sobre o início e duração da alteração e a existência de fator predisponente podem ser úteis na definição do problema, ocorrência de acidente anterior, bem como investigar se essa manifestação se dá apenas ocasionalmente.
- Acidentes recentes provocam freqüentemente claudicação aguda. Claudicações intermitentes e crônicas referem-se principalmente luxações e displasias. Claudicações que evoluem para impotência funcional podem indicar doenças degenerativas ou neoplasias. 
- sinais sistêmicos, tais como febre, perda de peso, inapetência e letargia podem indicar manifestação sistêmica de problemas ortopédicos, fato comum em condições articulares inflamatórias.
- A dieta é fator a ser considerado quanto da constatação de afecções articulares, conforme comentado anteriormente. Sabe-se que a displasia coxofemoral e a osteocondrose são fortemente influenciadas pela alimentação - cães de grande porte e em fase de rápido crescimento, a oferta de alimentação rica em calorias, proteínas e cálcio, predispõem o surgimento de anormalidades do desenvolvimento das articulações. 
EXAME CLÍNICO
- estado geral, temperatura, TPC, cor de mucosas, linfonodos, hidratação, auscultação, palpação, percussão, cabeça, pescoço, pele (jamais realizar cirurgia com infecção de pele), sistema locomotor.
EXAME CLÍNICO ORTOPÉDICO
- O exame ortopédico propriamente dito pode ser dividido em três partes: inspeção visual e exame da marcha, palpação superficial e palpação específica.
- Inspeção: postura adotada pelo animal para poupar a região dolorida, simetria musculoesquelética, mobilidade ou posição anormal de um membro, simetria, perda de pelo no local; claudicação (dor, enfraquecimento, deformidade - Em qual membro? Qual osso? Qual articulação? – dor nos membros torácicos, a cabeça fica levantada e dor nos membros posteriores a cabeça fica abaixada)
- Palpação: A palpação superficial busca tumefações, flutuações ou tensões, aumento de temperatura local e/ou flacidez. A palpação profunda busca, principalmente, detectar dor óssea; O exame deve ser iniciado, preferencialmente, pela extremidade distal do membro, devido a maior cooperação por parte do paciente. O membro saudável deve ser palpado antes do membro afetado detectar edemas, atrofia muscular, deformidades congênitas; observar articulações (dor, hipertermia, comparar um membro com o outro); Ossos (texturas das corticais, se estiver lisa ou áspera é caso de neoplasia ou osteomielite, interrupções bruscas no contorno do osso é resultado de fraturas).
- Palpação específica:
	Articulação coxofemoral: teste de hiperextensão; teste de Ortolani (mantendo o paralelismo entre os fêmures e executando compressão dorsal contra o acetábulo. Ao mesmo tempo procede-se o movimento de abdução. Animais displásicos produzem um ruído audível “pop” durante este movimento).
	Articulação femuro-tíbio-patelar: A extensão e flexão permitem identificar dor e crepitação. Uma das mãos é colocada sobre a patela, enquanto a outra estabiliza a tíbia e move a articulação em toda a sua amplitude de movimentos. A luxação espontânea da patela é facilmente detectada.
	Teste de gaveta: Avalia a integridade dos ligamentos cruzados cranial e caudal. Com o animal em decúbito lateral, segura-se o fêmur com uma das mãos e a tíbia com a outra. Realizam-se movimentos caudo-cranial. Caso ocorra movimento cranial, é provável que haja alterações no ligamento cruzado cranial, e, em movimentos caudais, lesão em ligamento cruzado caudal.
	Estabilidade patelar: Tem como objetivo diagnosticar luxações de patela. Com o membro semifletido, individualiza-se a patela e aplica-se pressão lateral e medial alternadamente.
Articulação escápulo-umeral: Além da flexão e extensão, esta articulação permite os movimentos de abdução, adução e rotações interna e externa. Especificamente em casos de osteocondrite dissecante, o paciente exibe muita dor nos movimentos de rotação.
Articulação úmero-rádio-ulnar: Os movimentos de extensão e flexão objetivam avaliar a ocorrência de luxação, não união do processo ancôneo e fragmentação do processo coronóide medial. Em casos de não-união é possível ouvir e sentir crapitacões e dor. 
* O exame clínico ortopédico deve ser realizado de forma sistemática e tem seu início com as informações obtidas do proprietário, da identificação à anamnese completa e segue com o exame direto do animal, com o objetivo de interpretar os sinais clínicos apresentados. O aparelho locomotor é formado por um sistema de alavancas denominado esqueleto. Os ossos que compõem o esqueleto são conectados por ligamentos e articulações; neles, inserem-se vários grupos musculares através dos tendões. Através da integração fornecida pelo sistema nervoso central, os movimentos em vários sentidos e direções poderão ser executados. 
* Cães de pequeno porte: luxação de patela, necrose asséptica da cabeça do fêmur.
* Cães de grande porte: luxação patelar (traumática), displasia coxofemoral, ruptura de ligamento cruzado, displasia de cotovelo, osteocondrite dissecante. 
* Avaliação específica:
- um processo inflamatório (artrite), reduz a viscosidade do liquido sinovial, há degeneração e depois de um tempo ocorre a artrose (degradação da cartilagem).
- Carpo, tarso, metacarpo, metatarso e falanges: pressionar, flexionar, estender, rotacionar, fazer tensão em varo e valgo (angulação) e se tem rotação em pronação e supinação. Os desvios angulares pode ser por distúrbios do crescimento (radio/ulna) ou entorses por instabilidade e lesão de ligamento.
Obs: Ligamento liga do osso ao osso		Fraturas: crepitação, tumefação, instabilidade, deformidade e dor
 Tendão liga do musculo ao osso	Epífise (início) X Diáfise (meio)
- Pelve: simetria, crepitação, ruptura de bexiga, por fratura de coluna, na palpação retal observa-se ponta de osso comprimindo. Fratura em acetábulo e ílio realizar cirurgia, já em púbis e isquio não precisa de cirurgia.
- Tíbia e fíbula: fratura na inserção da tíbia (não pega articulação, o ligamento fica puxando por isso nunca vai consolidar), avulsão da tuberosidade tibial, luxação de patela, ruptura do ligamento cruzado.
- Rádio e ulna: fratura em apenas um (apenas imobilização externa), em ambos os ossos (cirúrgico).
- Cotovelo: displasia de cotovelo, fragmentação do processo coronóide medial (artrodese), não união do processo ancôneo, osteocondrite da crista troclear umeral medial (flap de cartilagem (?) – formar uma falsa cartilagem retirando a cartilagem, curetando o local e fazer furos com pinos para ter uma “circulação” e formar a falsa cartilagem).
- Úmero: fratura de úmero (diáfise, instabilidade, edema, encurtamento do braço), avulsão do plexo braquial. Tracionar o membro 10 minutos antes da cirurgia para a muculatura ceder e ficar mais fácil de fixar e a musculatura não atrapalhar. Fratura com o membro arrastando é provável que tenha lesão do plexo braquial.
- Ombro: osteocondrite dissecante (compressão da cabeça umeral para o interior da cavidade glenoidea e fazer palpação profunda), dor na extensão > flexão e rotação. Ponto de sensibilidade na origem do tendão do bíceps (tenossinovite, entorse ou ruptura do tendão de origem do bíceps braquial).
- Escápula: avaliar plexo venoso, contusão pulmonar, pneumotórax, fratura de costela (dispneia) e fratura de coluna vertebral. Na região subescapular (neoplasia – linfonodo, caso crônico, claudicação dolorosa e progressiva, aplicar pressão digital profunda).
- Crânio e mandíbula: avaliar risco de vida, articulação temporomandibular (atrofia dos músculos – miosite dos musc. mastigatórios, anquilose articular, neoplasia ou inflamação, união óssea anormal).
* Exames complementares: radiográfica com duas incidências, comparar com o membro contralateral ou com atlas. Observar se há fraturas nas placas de crescimento. Hemograma, histopatológico, cultura ou citologia.
CONSOLIDAÇÃO ÓSSEA
- osteoblastos - importantesna síntese e calcificação da matriz óssea, na iniciação da reabsorção óssea e comunicação com osteoclastos;
- osteoclastos - derivados do sistema monociticofagocitário e são responsáveis pela remodelação e reabsorção do osso;
- osteócitos - são osteoblastos que ficaram presos dentro do osso compacto, dispostos em lacunas e mantendo contato com as células vizinhas por canalículos, e também estão relacionados com a homeostasia do cálcio. 
- Tecido de granulação tecido fibroso cartilagem cartilagem mineralizada osso lamelar osso cortical
- A consolidação óssea depende: influenciada pelo aporte sanguíneo na linha de fratura, redução dos fragmentos de fratura e pelo grau de estabilização dos fragmentos da fratura.
1. Ruptura dos Vasos Peri-fraturários e do Periósteo: Hemorragia Local
2. Formação de coágulo
3. Inflamação e edema
4. Proliferação de células mesenquimais pluripotenciais: Reabsorção Óssea
5. Formação óssea e cartilaginosa
6. Remodelação Óssea: reação osteoclástica, formação osteóide.
FRATURAS
- Fatores causadores: traumatismos, doenças ósseas, esforço repetitivo. 
- Tipos de fratura: 
	Envolvimento de tecidos moles: aberta ou fechada
	Linha da fratura: transversa, obliqua, espiral
	Extensão: incompleta, completa, cominutiva (multifragmentada)
	Zonas: extra-articulares (metafisárias), articulares parciais (unicondilares), articular completa, impactadas, por avulsão.
	Estabilidade: estável e instável.
- Tratamento de fratura: reconstituição anatômica, máxima preservação vascular, fixação interna rígida, cuidados na assepsia, técnica atraumática, fixação estável que efetivamente neutralize as forças que atuam sobre o osso fraturado, condição física do animal (cicatrização), mobilização ativa precoce e sem dor.
- Tipos de forças que atuam sobre um osso fraturado: rotação, flexão, cisalhamento angular, cisalhamento longitudinal, aposição dos fragmentos.
- Imobilização Externa: Vantagens (fácil aplicação e disponibilidade) e Desvantagens (imobilização inadequada pode piorar, não fazer em úmero e fêmur, desconforto, difícil manter, edema).
	Gesso = não é adequado
	Caneleta de PVC ou equivalente comercial = fraturas distais do cotovelo. Também para fixação auxiliar após imobilização óssea por pinos intramedulares. Deve atingir a articulação úmero-rádio-ulnar até as extremidades distais do membro, dobrar no olecrano (isqueiro). Aplica-se uma camada de algodão e a seguir fixa esparadrapo)
	Atadura de Robert Jones = pós-operatório de cirurgias de joelho e cotovelo ou como imobilização temporária, até que se realize a cirurgia. Uso: algodão ortopédico, atadura ou tala, esparadrapo (3 camadas). Com 45 dias, realizar raio X para ver se tem calo ósseo, deixar no máximo 2 meses.
	Tala de Schoreder-Thomas (Muleta de Thomas) = usado para cotovelo, joelho e estruturas distais a esta articulação, mt usado em tíbia. Tala pode ser confeccionada com uma haste de liga de alumínio resistente, mas moldável. A tala é fixa ao membro com auxílio de faixas e esparadrapos
	Tipóia de Ehmer = a imobilizar parcialmente a articulação coxofemoral, para prevenir a sustentação do peso ou forçar o apoio do membro contralateral. Recomenda-se após procedimentos em articulação coxofemoral
	Tipóia de Velpeau = lesões escapulares pouca severas ou quando o objetivo é simplesmente a prevenção da sustentação do peso
Peias = atar os membros pélvicos em distância fisiológica com objetivo de evitar abdução dos membros, sendo particularmente útil em fraturas de púbis ou em filhotes com luxação coxofemoral
- Imobilização Interna (cirurgia): Vantagens (recuperação precoce, evita enfermidade, facilita acesso, simplificar os cuidados na convalescença) e Desvantagens (riscos infecção e anestésico, maior custo). 
Pinos intramedulares: eliminar todas as forças (acavalamento, angulação, flexão e a de rotação apenas em fratura obliqua), estabilidade angular, fixação rígida nas extremidades do osso, preenchimento no canal medular, estabilidade rotacional. Medir desde a cortical.
	Pinos de Steinmann = mais usado, elimina a força de flexão, com pouca resistência para encurtamento e rotação. Usado sozinho em casos de fraturas estáveis e pode ser associado com pino intramedular com fixador externo, cerclagem ou hemicerclagem, ou mais pinos intramedulares. Não pode preencher mais de 80% do canal medular, se não compromete a cicatrização. Possui duas pontas rosqueado. 
	Pinos de Kirschner = não é mt utilizado. 
	Pinos de Rush = exercem forças compressivas continuas em dois ou três pontos do osso, por serem flexionados durante a introdução 
Fixação auxiliar: 
	Cerclagem e hemicerclagem = estabelece compressão estática interfragmentar. São arames de aço inoxidável de diâmetro variável. Usadas em pequenas fissuras, fraturas oblíquas, em espiral cominutivas, sendo que, quanto mais longa a linha de fratura, melhor será o efeito da cerclagem. Cerclagem é em todo osso e hemicerclagem passa por dentro do osso. Auxiliar para pinos intramedulares, fixadores externos e placas ósseas.
	Banda de tensão = fraturas por avulsão do tubérculo tibial, do olecrano, fratura da tuberosidade do calcâneo, atrodeses articulares. Neutraliza a força exercida pelo tendão ou ligamento com compressão no foco de fratura – gera forma de compressão. Associar cerclagem e pinos de Kirschner, ligar os pinos com cerclagem, prendendo num furo, formando um 8.
	Parafusos ósseos = mais usado em fragmentos de metáfise e epífise, e também como meio auxiliar em osso diafisário. Parafusos converte a força de torção em força de pressão/compressão. Pouco usado na MV.
Placas ósseas: Conhecer os princípios das forças ativas, conhecimento anatômico, compreender a mecânica de fixação, seleção de abordagem e fixação adequada, conhecer os princípios de cicatrização óssea. Colocar ao menos 3 parafusos de cada lado. Usada mais em fraturas de ossos longos, múltiplas e complexas, fraturas em cães de maior porte e semidomesticados. Pode se usar na intenção como placas de compressão (colocar no lado submetido a tensão), de neutralização (eliminar forças de tensão, flexão, compressão e distração nas linhas de fratura) ou de apoio (escoramento de fragmentos, mantém o comprimento do osso e não reduz fragmentos).
Fixadores externos: pinos de fixação, barra de conexão e clampe de conexão ou polimetilmetacrilato. A fixação de segmentos ósseos é obtida com a utilização de meios-pinos ou pinos completos. Neutralizando a força de rotação, flexão e cisalhamento, tanto angular como longitudinal, deixando de neutralizar apenas a aposição de fragmentos. No mínimo dois pinos percutâneos em cada segmento, a angulação a ser utilizada, no caso de pinos lisos o ângulo entre o pino e a superfície óssea deve ser de 60 a 70º, enquanto que pinos com rosca essa angulação não é necessária. Próximo ao foco de fratura ou distante do foco de fratura. O termo corredor seguro é usado para definir a passagem de um pino de fixação pela pele para o osso sem penetrar feixes neuromusculares ou unidades musculotendinosas afrouxamento de pinos pode ocorrer por duas razões: a atividade muscular movimentará os pinos; o movimento dos músculos ao redor do pino causará necrose e secreções nos pontos de penetração do pino, produzindo às vezes infecção local. Lesões em tecidos moles, fraturas estáveis e instáveis, fraturas expostas, fraturas por armas de fogo, união retardada, não-união, má união, osteotomias corretivas e artrodeses. Independente do tipo de fixação o pino deve ultrapassar duas corticais, este mesmo pino deve ter diâmetro de aproximadamente 20% do diâmetro ósseo, pois acima disso pode produzir fratura por estresse e abaixo, pode sofrer fratura por estresse ou envergar. Fixador seja removido assim que o local de fratura estiver clinicamente estável e, preferencialmente, quando houver continuidade de três dos quatro córtices visíveis nos dois planos radiográficos. Pode ser pela técnica uniplanar (fixar de um só lado com auxiliares) ou biplanar (fixação dos dois lados – tíbia, rádio e ulna). Não colocar esse tipo de pino em animais jovens,pois pode atingir a placa de crescimento, o melhor nesse caso é intramedular.
DISPLASIA COXOFEMORAL (DCF)
- Predisposição: fila, pastor, rottweiler, labrador, Golden e o pug (mesmo sendo de pequeno porte).
- Fisiopatologia: disparidade entre a massa muscular da articulação coxofemoral e um desenvolvimento ósseo rápido. Desenvolvendo frouxidão ou instabilidade na articulação, o que predispõe a articulação a alterações degenerativas, como esclerose óssea acetabular, osteofitose, espessamento do colo femoral, fibrose da cápsula articular e subluxação ou luxação da cabeça femoral. Além disso, pode ser causado tbm pela ingestão de dietas de alta densidade, rica em proteínas, energia, cálcio e fosforo, para cães em crescimento, fazendo com q acelere o crescimento e induza a alterações anatômicas (principal fator a afetar a expressão genética).
- Sinais: claudicação uni ou bilateral, dorso arqueado, peso corporal deslocado em direção aos membros torácicos, rotação leteral dos membros pélvicos e andar bamboleante.
- É uma alteração do desenvolvimento que afeta cabeça, colo femoral e acetábulo. Sua transmissão é hereditária, recessiva e intermitente. Fatores nutricionais, biomecânicos e de meio ambiente, associado a hereditariedade, pioram a condição da displasia.
- Alterações relacionadas à idade: 
	2 semanas: estiramento da capsula e do ligamento redondo
	4 semana: sinovite asséptica, edema e efusão articular
	12 semana: modificações na membrana sinovial e na cartilagem articular.
	4-12 meses: agudo. Dor/claudicação – efusão articular, estiramento do lig redondo, sinovite, microfaturas no acetábulo e erosão da cartilagem articular, atrofia da musculatura pélvica.
	> 12 meses: alterações degenerativas. Claudicação após exercício, crepitação, restrição dos movimentos, hipotrofia muscular dos membros posteriores
Obs: a dor ocorre por microfraturas, a artrose com destruição da cápsula, expondo o osso subcondral e liberando mediadores inflamatórios, toda vez que anda há estiramento da capsula articular e força a musculatura, causando dor na inserção também. Base estreita subluxação; base larga articulação no local. 
- Diagnóstico: anamnese, histórico (dificuldade em se levantar, relutância em correr, saltar, dor), exame clínico, exame radiográfico. 
Exame ortopédico: teste de compressão trocantérica, teste de estação bípede, teste de subluxação da cabeça femoral (não é mt adequado), teste do ibiopsoas, palpação de Bardens (em filhotes com 8 a 9 semanas, requer sedação profunda ou anestesia geral, para identificar a frouxidão articular coxofemoral), testes com anestesia (Sinal de Ortolani – abdução do fêmur e escutar um toc e Sinal de Barlow – adução do fêmur e escutar um toc)
	Exame radiográfico: animal em decúbito dorsal, com os membros posteriores estendidos e os femores paralelos entre si, com as patelas centralizadas nos côndilos femorais com rotação interna dos membros pélvicos e a pelve em simetria. VD e DV. É visto o ângulo de Norbeg que é avaliação do deslocamento da cabeça femoral do acetábulo, que deve ter um ângulo menor que 105° é indicativo de anormalidade. 
 Método de Pennhip: determina a qualidade da articulação coxofemoral e mensura quantitativamente a laxatividade da articulação. Pode ser feita com precisão a partir das 6 semanas de idade. A avaliação incorpora três projeções radiográficas: projeção tradicional com os membros estendidos, de compressão e distração. O índice de distração é calculado pela sobreposição de círculos nas margens corticais dos acetábulos e cabeças femorais, com o objetivo de encontrar os centros geométricos respectivos. O índice de laxatividade medido na projeção de compressão é chamado de índice de compressão (IC), enquanto o índice de laxatividade medido na projeção de distração é chamado de índice de distração (ID). Articulações com ID próximo a zero são consideradas justas, enquanto articulações com ID próximo a 1 são consideradas muito frouxas. O ID é uma indicação de “percentual fora da articulação”, em que a cabeça femoral está deslocada do acetábulo.
ID = D/R
	Visualização da borda acetabular dorsal (BAD): visibilização sem sobreposição do acetábulo, por uma perspectiva craniocaudal. Para realizar essa projeção, o paciente anestesiado é colocado na mesa em decúbito esternal, os membros pélvicos são puxados cranialmente e unidos ao corpo usando uma cinta. Identificação de osteoartrite (que pode ocorrer na borda acetabular dorsal) e avaliar o progresso da lesão secundária de laxatividade da articulação coxofemoral.
Obs: porque é importante o diagnóstico precoce? Para realizar tratamento profilático e/ou cirúrgico utilizar sulfato de condroitina (45 dias à 1 ano) e manejo nutricional (25% menos calorias), diminuir cálcio e energia.
- Tratamento:
	Até 5 meses: nutraceuticos (polisulfato de glicosaminoglicano), restrição alimentar: requerimento energético (RE = 132 x Peso0,75 – adultos/ RE x 1,6 = Kcal – 3 a 9 meses de idade/ RE x 1,2 = Kcal – 9 a 24 meses, em raças predispostas fazer RE – 25% = Kcal). Realizar Sinfisiodese púbica (interrupção iatrogênica do desenvolvimento dos ossos púbicos – pontos de cauterização até a metade do púbis, produzindo com o tempo, rotação acetabular).
	Dos 5 aos 12 meses: nutraceuticos, restrição alimentar. Osteotomia pélvica tripla (pouco utilizado. Serve para aumentar o recobrimento acetabular sobre a cabeça femoral por meio de giro da porção acetabular pélvica, manter normal a cabeça femoral e acetabular e impedir o desenvolvimento de artropatia degenerativa. So pode ser feito em animais sem doença degenerativa, com teste de compressão trocantérica negativo, ausência de preenchimento acetabular – cirurgia muito agressiva: fratura no ilio, isquio e púbis, rotacional e coloca placa). Acetabuloplastia (desnervação iatrogênica - reconstrução da borda acetabular dorsal, auxiliando na estabilização e aumentando a congruência da articulação coxofemoral, enxerto ósseo autógeno – crista ilíaca, feito de 6 meses a 5 anos). Osteotomia intertrocantérica (apenas em caso de displasia femoral – raro. Corrigir o ângulo de inclinação ou de torção femoral, posicionando melhor a cabeça do fêmur no acetábulo e reduzindo a pressão na borda acetabular)
	Acima de 12 meses: alteração degenerativa. Ostectomia de cabeça e colo femorais (excisão da cabeça e colo do fêmur em cães abaixo de 20 kg - não é indicado). Artroplastia total (muito caro. Prótese total da articulação coxofemoral). Denervação (a remoção por meio de curetagem do periósteo do corpo do ílio, na região de junção com cápsula articular, causa denervação da capsula, analgesia. Destrói os ramos dos nervos glúteos, ciático e femoral que inervam a articulação sempre que for feito, é para ser realizado bilateral).
NECROSE ASSÉPTICA DA CABEÇA DO FEMUR
- Necrose asséptica não inflamatória da cabeça do fêmur que ocorre em pacientes jovens (3 a 11 meses), antes do fechamento da fise da cabeça femoral. A causa é desconhecida, mas é proposto que seja por isquemia resultante da compressão vascular e atividade hormonal precoce. Gera amolecimento do osso esponjoso e colapso das trabéculas composto, pela alteração circulatória nelas. Começa a ocorrer morte celular e processo de regeneração. A cabeça e o colo femorais vão estar deformados na radiografia com incongruências articulares e instabilidades. 
- A dor está presente, pode morder a pele na área coxofemoral, crepitação pode ter, taxa de movimentação restrita e atrofia dos músculos glúteos e quadríceps. 
- Radiografia: espaço articular alargado, focos de redução da densidade óssea na cabeça e colo femoral.
- Tratamento: Conservador (repouso e analgésicos, não traz benefício). A cirurgia é mais indicada, que consiste na osteotomia da cabeça e colo femoral, colocar um músculo no meio do acetábulo e da cabeça do fêmur.
OSTEODISTROFIA FIBROSA
- Também pelo nome de hiperparatireoidismo nutricional secundário ou ainda “ cara inchada”, é uma afecção metabólica relacionada ao sistema locomotor, pois constitui um problema de repercussão óssea,caracterizada por  osteopenia (diminuição da densidade mineral óssea) devido a uma exacerbada reabsorção óssea, causada pela deficiência de cálcio (Ca), podendo ser resultante de uma deficiência primária ou secundária, levando à substituição do tecido fibroso e à formação de cistos.
- Excessiva reabsorção óssea c/ conjuntivo
- OF 1a: hiperparatiroidismo primário (Adenomas)-rara em animais
- OF 2a: hiperparatiroidismo secundário
- IRC = hipofosfatúria e hipofosfatemia hipocalcemia – paratiróides -↑PTH -↑reabsorção óssea = OF
- Cães e gatos (+jovens) – “Síndrome da Mandíbula de Borracha”
- Nutricional:
↓Ca (dieta) – hipocalcemia = paratiróides - ↑PTH - ↑reabsorção óssea = OF
↑P (dieta) – hiperfosfatemia hipocalcemia - ↑PTH - ↑reabsorção óssea = OF 
- Gera reabsorção óssea, fibrose e hemorragia.
DOENÇAS ARTICULARES
- Tratamento: diminuição do peso, exercício de baixo impacto, usar AINES (caprofeno, meloxican e cetoprofeno), não usar corticoide nunca, pois o liquido sinovial diminui a agua presente, aumentando a degeneração. Usar condroprotetores (glicosaminoglicanos, polissulfato, ácido hialuronico aumenta a viscosidade).
- Raquitismo, osteoporose 
- Luxação de patela: pode ser de origem congênita (medial) ou traumática (lateral). Mais comum em cães de pequeno porte. Dividida em graus: Grau 1 (luxação intermitente – deformidade mínima do joelho); Grau 2 (luxação frequente – desvio medial da tuberosidade de 15 a 30°); Grau 3 (luxação permanente – desvio medial da tuberosidade tibial de 30 a 60° e sulco troclear raso, fazendo pressão ela volta para o sulco, mas depois reluxa); Grau 4 (luxação com desvio medial da tuberosidade tibial de 60 a 90° e sulco troclear ausente ou convexo). O exame pode mostrar ou não a patela luxada, e com o joelho flexionado observa-se profundidade do sulco troclear. Só realizar a cirurgia se o animal tiver sinal clínico (geralmente todos menos o grau 1). Tratamento (muitas vezes tem associação de técnicas): As técnicas cirúrgicas utilizadas em pacientes com luxação lateral da patela podem ser a união de técnicas de tecido mole e ósseo. Geralmente se faz liberação de restrições laterais para neutralizar forças laterais que atuam sobre a patela associado a trocleoplastia e transposição da tuberosidade tibial. O reforço do retináculo lateral faz-se necessário porque geralmente nas luxações mediais, que são as mais comuns, observa-se frouxidão da cápsula articular lateral, sendo assim, a sutura de sobreposição ou ressecção de um fragmento de cápsula é o suficiente para manter a patela na posição. Em luxações mais graves, torna-se difícil tracionar a patela para o sulco, pois existe uma limitação medial que é a cápsula medial contraída. Assim, a liberação do retináculo medial através de incisão é técnica apropriada e presta-se para permitirá a movimentação da patela para o sulco. Em alguns casos o sulco troclear é extremamente raso ou até inexistente. Nestas situações o aprofundamento do sulco com goiva ou osteótomo deve ser procedido para permitir a acomodação da patela em posição adequada. Finalmente, a luxação pode ter como causa ou como fator complicante, a rotação medial da tuberosidade da tíbia que pode variar de 30 a 90º. Nestes casos recomenda-se a transposição da tuberosidade mediante osteotomia incompleta, ou seja, a inserção no periósteo é mantida, e fixação do fragmento ósseo em um ponto cranial. A fixação pode ser efetuada com parafuso, cerclagem ou pino intramedular.
- Ruptura do ligamento cruzado cranial: afecção mais comum do joelho do cão. O ligamento curzado restringe os movimentos de gaveta, hiperextensão e rotação interna da tíbia em relação ao fêmur. Quando acontece em pequeno porte não pode realizar a cirurgia. Pode ser causada por trauma (ruptura), degeneração (cão idoso), ruptura associada a artropatia inflamatória. Os sinais são dor, claudicação, manter joelho flexionado, instabilidade articular (osteoartrite associada). Para confirmar, só realizar o teste de gaveta, se positivo, tem a doença. O tratamento é conservador apenas em cães com menos de 20 kg (atadura de Robert Jones e confinamento por até 8 semanas). Tratamento cirúrgico: interligação extracapsular femoro-fabelo-tibial (mais usual), 
FERIDAS
- Ruptura da continuidade normal das estruturas físicas, causada por traumas. Pode ser feridas abertas (penetrantes) ou não penetrantes (contusão).
CICATRIZAÇÃO
- Estágio inflamatório: Reações imediatas (0-14 dias). Hemorragia, vasoconstrição, tampões de fibrina, formação de coágulo, a superfície do coágulo vai desidratar e formar a escara (casca) do ferimento. Depois vai ter permeabilidade capilar e venular, fluido semelhante ao plasma sai dos vasos com células sanguíneas.
- Estágio de debridamento (1-6 dias): Mediado por células, neutrófilos liberam enzimas e prostaglandinas, que atacam sujidades extracelulares e facilitam a lise de material necrótico, plaquetas liberam o fator de crescimento local, função dos macrófagos. Presença de exsudato inflamatório (pus).
- Estágio de reparação (3-14 dias): tecido de granulação, fibroplastia, epitalização e contração da ferida. 
- Estágio de maturação (14 dias-1ano): remodelamento do tecido conjuntivo presente na ferida. Substituição por tecido cicatricial.
Obs: não usar corticoide em feridas, somente em casos de mucosas por formação de edema (apenas 3 dias). Para miíase, retirar tudo com pinças, usar ivermectina, éter (citotóxico) ou capstar comprimido (em 30 minutos sai tudo). Em feridas necróticas, diluir o clorexidine em sorofisiológico para diminuir a toxicidade e eliminar bactérias – 1 frasco de merthiolate diluir em um soro de 500 ml, nessa solução, coloca na ferida com gaze molhada, e todo tecido necrótico será aderido. Em tecido de granulação, é um tecido com fino epitélio, nesse momento utilizar pomada (furanil ou ganadol) com gaze e atadura, para melhorar, colocar açúcar junto da pomada para retirar a agua e não proliferar bactéria, nessa fase, não é tão importante usar antibiótico, pois o aporte sanguíneo está sendo suficiente, usar so em casos de “dono largado”.
- Classificação das feridas:
	Classe 1: 4 horas de evolução, pouca multiplicação bacteriana, condições assépticas.
	Classe 2: 4-12 horas após a lesão, as bactérias começam a invadir.
	Classe 3: > de 12 horas, infectada, feridas antigas.
- Fatores que podem atrapalhar a cicatrização: sujeiras, resíduos, fungos, tecido de granulação excessivo, desnutrição, pacientes imunodeprimidos, exposição à radiação, diminuindo a produção de células essenciais para cicatrização. 
- Apresentação: fechada (contusão) ou aberta (lacerada, penetrante, punctória, ofídica, por arma de fogo). Causas traumática ou atraumática.
- Tratamento das feridas cutâneas: administração de analgésicos, determinar etiologia da ferida, prevenir contaminação adicional, desbridar tecidos mortos, remover materiais estranhos e contaminantes, prover drenagem adequada, estabelecer um leito vascular viável e selecionar o método apropriado de fechamento. Utilização de compressas de gaze estéreis umedecidas com solução salina que contenha um antimicrobiano não irratativo são uteis para manter a hidratação tecidual a controlar a infecção até o reparo definitivo da ferida possa ser executado. Suporte de medicamentos para combate a infecção (tópico e sistêmico). Realizar tricotomia proximo ao local e lavagem da ferida para tirar sujidades, podendo limpar tambem com clorexidine. 
- Oclusão das feridas:
	Fatores que influenciam na decisão de fechamento: tempo de ocorrência da lesão, grau de contaminação, quantidade de dano tecidual, integridade do desbridamento, estado do suprimento sanguíneo do ferimento, saúde do animal, tensão ou espaço morto, localização do ferimento
	Fechamento primário: sutura apenas em poucas horas após a lesão, pouca contaminação do ferimento, pequena chance de deiscência de sutura.
	Fechamento primário tardio: fechamento da ferida com um atraso de 3-5 dias, com finalidade de trata-las e reavalia-las durante a troca diária de bandagens, quedeve ocorrer de uma a três vezes por dia.
	Fechamento secundário: não é recomendável fazer. Ocorre após a formação de tecido de granulação, entre o 5-10 dia da lesão. Pode ser realizado de duas maneiras: ressecção do leito de granulação e das margens cutâneas, lavagem do ferimento e aproximação das bordas da ferida ou por ressecção das margens cutâneas, desbridamento da superfície do leito de granulação saudável e aproximação das bordas das feridas sobre o tecido de granulação. É feito em casos problemáticos devido a uma infecção persistente, presença de tecido necrótico ou ocorrência de resposta inflamatória de moderada à severa. 
	Cicatrização por segunda intenção ou cicatrização por contração e epitelização: é o mais usado. Consiste na cicatrização da ferida a partir de um tecido de granulação, granulação e epitelização. Avaliar se tem tensão cutânea para contração da pele.
Obs: suturar apenas a parte de cima em casos que a ferida por mt grande ou suturar e colocar dreno. Para feridas em que o animal colocou a boca, utilizar cefalexina + metronidazol
- Comprometimento da resistência local à infecção
- Princípios gerais para o tratamento das feridas: tratar a emergência e anestesiar, remover os pelos e sujidades na ferida e adjacentes, debridamento da ferida, lavagem e hemostasia.
- Utilização de dreno: deve ser utilizado quando houver uma cavidade de abscesso, presença de material ou tecido estranho de viabilidade questionável que não possa ser tirado, quando a contaminação por inevitável (prox ao anus), e quando for necessário fechar um espaço morto e impedir bolsões de ar, acumulo de sangue, exsudato, soro ou ar. Utilizado geralmente em manejo de bordas de pele, ferimentos cirúrgicos, higromas de cotovelo, osteotomia bolhosa, hematoma aural, ferimentos contaminados ou infectados e abscessos. Pode usar o dreno de Penrose ou um dedo de luva.
- Cirurgia plástica de pele

Continue navegando