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O Lúdico e o processo ensino aprendizagem na Escola de Educação Infantil Criança Feliz..

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1 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA 
 
 
 
 
 
 
 
MÁRCIA CRISTINA FARIAS LOUCHARD 
MARIA DAS GRAÇAS PALHETA LOUCHARD 
 
 
 
 
 
 
 
O Lúdico e o processo ensino aprendizagem na Escola de 
Educação Infantil Criança Feliz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GURUPÁ-PA 
2015 
 
2 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA 
 
 
 
 
 
 
MÁRCIA CRISTINA FARIAS LOUCHARD 
MARIA DAS GRAÇAS PALHETA LOUCHARD 
 
 
 
 
 
 
O Lúdico e o processo ensino aprendizagem na Escola de 
Educação Infantil Criança Feliz 
 
 
 
 
 
 
 
 
TCC apresentado ao Curso de Licenciatura 
Plena em Pedagogia, da Universidade Federal 
Rural da Amazônia (UFRA), orientada pela 
Professora Ma. Ana Cláudia Oliveira Machado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GURUPÁ-PA 
2015 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Louchard, Márcia Cristina Farias 
 
O lúdico e o processo ensino aprendizagem na Escola de 
Educação Infantil Criança Feliz / Márcia Cristina Farias Louchard, 
Maria das Graças Palheta Louchard. – Gurupá, PA, 2015. 
 
50f. 
 
Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura Plena em 
Pedagogia) – Plano Nacional de Formação de Professores, 
Universidade Federal Rural da Amazônia, 2015. 
Orientadora: Ana Cláudia Oliveira Machado 
 
1. Ludicidade 2. Criança – Ensino aprendizagem 3. Educação 
Infantil - Aprendizagem 5. Infância - Desenvolvimento I. Louchard, 
Maria das Graças Palheta II. Machado, Ana Cláudia Oliveira, Orient. 
III.Título 
 
CDD – 372.21 
4 
MÁRCIA CRISTINA FARIAS LOUCHARD 
MARIA DAS GRAÇAS PALHETA LOUCHARD 
 
 
 
 
 
O Lúdico e o processo ensino aprendizagem na Escola de 
Educação Infantil Criança Feliz 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Licenciatura Plena em 
Pedagogia, como requisito para obtenção do grau de Licenciatura Plena em 
Pedagogia. 
 
 
 
 
 
 
Data da Aprovação: 
 
Banca Examinadora: 
 
 
 
Prof.ª MSc. Ana Cláudia Oliveira Machado - Orientador 
Universidade Federal Rural da Amazônia 
 
 
 
Profª Msc. Raykleison Igor dos Reis Moraes -Membro 1 
Universidade Federal Rural da Amazônia 
 
 
 
Prof.ªMSc.Vanessa Alcântara Cardoso- Membro 2 
Universidade Federal Rural da Amazônia 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Deus, Por ter nos guiado nesta grande 
conquista. 
A nossa mãe, Pela incansável dedicação, 
auxiliando nesta jornada acadêmica e de vida, 
dedico esta conquista com profunda 
admiração. 
Aos meus irmãos Por terem nos dado força e 
acreditarem na concretização deste sonho. 
A nossos esposos por contribuírem conosco 
tanto de forma física e financeira, quanto 
sentimental. 
Enfim, aos nossos filhos, pelo modo como 
contribuíram conosco, fornecendo amor e 
carinho nos momentos de cansaço. 
 
6 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradecemos a Deus, pela saúde, por ter iluminado nossas mentes, sabedoria, 
coragem, fé e vida. 
Aos nossos queridos pais, João e Tereza, pelo apoio, oração e carinho em todos os 
momentos. 
A todos nossos professores pelos conhecimentos que nos proporcionaram durante 
todo o curso. 
A direção da Escola Criança Feliz, bem como a todos seus funcionários pelo apoio e 
presteza nas informações cedidas. 
Aos nossos queridos, colegas e amigos pela força, colaboração e incentivo. 
À professora e orientadora Ana Cláudia, pela atenção, disponibilidade, carinho e 
principalmente pela generosidade em compartilhar seu conhecimento conosco. 
Aos membros efetivos e suplentes da Banca Examinadora, por aceitarem o convite e 
trazerem relevantes contribuições. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No final do arco-íris mora uma criança, 
que pintou no céu as cores da esperança, 
para fazer do mundo um lugar feliz. 
O sopro de uma brisa sopra o cata-vento, 
cada coisa tem seu tempo e seu momento: 
um dia do mestre, um dia do aprendiz. 
É, brincando se aprende a viver, 
cantando para não esquecer 
que adulto também é criança. 
É, brincando se aprende a crescer, 
e o adulto não pode perder 
a doce magia da infância. 
Na estrela mais brilhante a luz da alegria, 
tudo no mundo tem o dom da fantasia, 
é só procurar dentro do coração. 
O planeta Terra gira pelo universo. 
O poeta gira em torno do seu verso, 
escrevendo a vida em forma de canção. 
 
Brincando se aprende a viver 
Michael Sullivan e Dudu Falcão 
 
8 
RESUMO 
 
A presente pesquisa objetiva descobrir de que maneira podemos desenvolver 
atividades lúdicas que desperte o interesse da criança em estudar, principalmente 
quando o lúdico envolve o brincar e o aprender tendo como base uma relação entre 
fatores teóricos e ações práticas observadas por meio de investigação e elencadas 
através dos resultados obtidos no final do trabalho. Considerando tais pressupostos, 
a pesquisa foi desenvolvida na Escola Municipal de Educação Infantil Criança Feliz, 
localizada no município de Gurupá/PA. Adotou-se como metodologia a pesquisa de 
campo do tipo qualitativa e quantitativa, onde os resultados foram obtidos por meio 
da aplicação de questionários com perguntas abertas e fechadas direcionadas a 05 
professores da rede municipal de Ensino. Portanto, apresenta-se uma proposta 
metodológica, com base nas teorias lúdicas contemporâneas, com o propósito de 
dinamizar as metodologias aplicadas pelos docentes em sala de aula, no sentido de 
despertar o interesse dos alunos em estudar de maneira participativa e prazerosa. 
 
Palavras- chave: lúdico. Criança. Educação Infantil. Aprendizagem. 
Desenvolvimento Infantil. 
 
 
 
9 
ABSTRACT 
 
At present detached monographic discover of that fashion be able to advance 
activities ludic as that arouse him interest of the child in consider, chiefly when the 
lúdico involve the fool e the learn have as bases one relation come in practical 
theoretical factors and stocks eye through examination and elencadas through dos 
enslave get ultimately of the job. Consider such as presuppose, the opinion poll be 
advance in the Civic College of Education Babyish Felicitous Child, localize no 
borough of Gurupá/PA. adopt-whether as methodology at quali/quante opinion poll of 
camp of the chap, where the end products be get through the application of 
questionnaires with open inquiries and closed direcionadas at 05 civic masters of the 
net of Education. Hence, present-Whether a nomination methodological, on the 
strength of the theories contemporary ludic as, with the design of dinamizar the 
methodologies apply to coats educational in classroom, no feel of awakening the 
interest dos schoolboys in consider of cool participative and prazerosa. 
 
Key - words: Ludic. Child. Babyish Education. Learning. Babyish Development. 
 
 
 
10 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela1 – Aspectos relacionados a 1ª questão............................................37 
Tabela2 – Aspectos relacionados a 2ª questão............................................39 
Tabela3 – Aspectos relacionados a 3ª questão............................................40 
 
 
11 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
 
Gráfico 1 – Relativo ao entendimento e manutenção da criança...............41 
Gráfico 2 – Relativo às dificuldades de sala de aula... do lúdico...............42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 13 
2. LUDICIDADE..................................................................................................... 16 
2.1. História do Lúdico................................................................................17 
2.2. Atividades Lúdicas Imprescindíveis na Educação 
Infantil.......................................................................................................... 21 
3. O PROFESSOR E A LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL...................... 26 
3.1 Contribuições do Lúdico na Educação Infantil....................................... 28 
3.2 Contribuições do Lúdico no Processo Ensino 
Aprendizagem.............................................................................................. 29 
4 O LÚDICO COMO FACILITADOR DA APRENDIZAGEM................................. 31 
5 TRILHA METODOLÓGICA................................................................................. 34 
5.1. Contexto e delimitação da pesquisa..................................................... 34 
5.2. Quanto à natureza................................................................................ 35 
5.3.Quanto a abordagem do problema........................................................ 35 
5.4. Instrumentos de coleta de dados......................................................... 36 
5.5. População e amostra............................................................................ 36 
5.6. Resultados da pesquisa....................................................................... 37 
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................... 44 
REFERENCIAS...................................................................................................... 46 
APÊNDICES........................................................................................................... 47 
 
 
 
 
 
13 
1. INTRODUÇÃO 
 
No Brasil, tem-se observado uma preocupação crescente com o ensino das 
crianças. Isso pode ser encontrado em vários documentos, como a Lei de Diretrizes 
e Bases da Educação Nacional Determina que as instituições busquem promover 
além da educação formal, práticas de cuidado. Isso está em conformidade com a 
visão presente na LDB, Lei nº 9.394 de 20 de Dezembro de1996, que integrar os 
aspectos físicos, psicológicos, intelectuais e sociais da criança, possibilitando seu 
desenvolvimento integral. Entre os fundamentos norteadores ensino das criancinhas, 
essa resolução inclui a ludicidade assim como para capacidade criadora. 
Com o brincar podemos observar como as criancinhas conseguem interagir 
com todos, desenvolvendo com facilidade suas habilidades despertando nelas o 
prazer de se relacionar e conviver com outras crianças, inclusive ainda por outros 
indivíduos que iram ajudá-la em seu processo educacional. 
Assim, a prática lúdica tornou-se muito importante para o desenvolvimento da 
criança, pois ela é o elo entre o intelecto da criança, a capacidade que a mesma tem 
de aprender e a relação que o meio lhe oferece. Assim, pode ser possível para um 
professor diagnosticar, intervir, aprimorar, desenvolver, as múltiplas capacidades de 
seus alunos de forma que os mesmos aprendam por e com prazer. 
A temática proposta deste estudo parte da compreensão de que a “[...] 
Educação Infantil e o processo de ensino aprendizagem são potencializados quando 
enveredamos por caminhos mais prazerosos” (KISHIMOTO, 1994, p. 125). Deste 
modo, a presente investigação intitulada “O Lúdico e o processo ensino 
aprendizagem na Escola de Educação Infantil Criança Feliz” procurou enfatizar a 
importância que tem o lúdico para o processo de ensino e aprendizagem das 
crianças da Educação Infantil. 
 
Deste modo, quando as crianças brincam com brinquedos, ela reproduz nas 
atividades do adulto buscando ter coerência com as funções assumidas. Ressalta-se 
aqui as brincadeiras como o mundo da fantasia, na qual usam o pensamento usados 
no mundo lúdico no ensino das crianças, onde citam príncipes, princesas, casinhas 
entre outros, na qual contribui bastante na aprendizagem e na formação da 
14 
garotada, assim com a imaginação inventa como o brincar, o fazer de conta, a 
realização da realidade onde tudo é possível. 
Diante disso, o lúdico tornar-se fundamental no ensino das crianças de dois, 
três, quatro e cinco anos de idade, inclusive para as que têm uma faixa etária maior, 
pois, nesta fase tudo está voltado para as brincadeiras, 
No entanto, a brincadeira, forma conceitos, seleciona ideias, estabelece 
relações, integra percepções e concepções esse é mais significativo, vai se tornando 
sujeito de suas próprias realizações. 
Mediante as observações referentes aos métodos de trabalho com as 
crianças de Educação Infantil, percebeu-se a necessidade de desenvolver o projeto 
que possa dar subsídio aos nossos trabalhos pedagógicos tendo como problema o 
seguinte questionamento: 
 Como o lúdico pode facilitar o processo ensino aprendizagem das 
crianças na educação infantil? 
Para tanto é imprescindível que esse brincar leve em consideração as várias 
dimensões do processo pedagógico e que seja compreendido e contemplado pelos 
professores durante o desenvolvimento de seus afazeres pedagógicos. Pois é 
possível que a ludicidade não esteja sendo desenvolvida de forma satisfatória no 
processo de ensino aprendizagem na Educação Infantil. 
Assim, esta pesquisa teve como objetivos: 
 Geral: 
Analisar de que maneira podemos desenvolver atividades que despertem o 
interesse da criança principalmente no brincar e no aprender. 
 Específicos: 
 Descrever ludicidade, apontados seu histórico e atividades lúdicas 
imprescindíveis para educação infantil; 
 Relatar as contribuições do lúdico para o facilitador do processo ensino 
aprendizagem na educação infantil; 
 Apontar as metodologias aplicadas na pesquisa; 
15 
 Averiguar como o lúdico pode ser facilitador da aprendizagem. 
A metodologia aplicada na pesquisa para obtenção dos resultados foi à 
pesquisa de campo tendo por base questionários com perguntas abertas e fechadas 
tendo a finalidade em proporcionar maior familiaridade com o problema, constituindo 
de referencial teórico utilizando-se livros, artigos científicos e decretos específicos 
sobre a temática: O Lúdico e o processo ensino aprendizagem na Escola de 
Educação Infantil Criança Feliz 
No método do procedimento essa pesquisa usará a abordagem em subsídios 
às informações, considerando a categoria dos professores que irão totalizar o 
número de informantes necessários à análise. Serão utilizados questionários com 
questões abertas e fechadas os quais serão aplicados pelos informantes da 
pesquisa. 
O trabalho está dividido em 05 capítulos, sendo que no primeiro capítulo é 
feito a introdução ao assunto, juntamente com seus problemas, objetivos e 
metodologia de trabalho; no segundo capítulo aborda-se as questões inerentes ao 
processo da ludicidade em culminância com a Educação Infantil. No terceiro 
capítulo, percebe-se uma agregação de inferências entre o professor, a ludicidade e 
a educação infantil em consonância com os teóricos que norteiam o referido 
trabalho; o quarto capítulo aborda sobre o Lúdico como facilitador de aprendizagem 
e o ultimo capitulo faz uma abordagem geral em relação ao percurso metodológico, 
culminando com os resultados da pesquisa de campo. 
 
16 
2. LUDICIDADE 
 
Atualmente as crianças têm sido marcadas pela principal atividade infantil, “o 
brincar”, que tem se demonstrado relevante na formação das mesmas, sendo uma 
estratégia de ensinar e aprender, pois demonstra características comportamentais 
fundamentais para a faixa etária na qual seja desenvolvida. Segundo Wajskop 
(2007, p. 29): 
 
A brincadeira é uma forma de comportamento social, que se destaca da 
atividade do trabalho e do ritmo cotidiano da vida, reconstruindo-os para 
compreendê-los segundo uma lógica própria, circunscrito e organizado no 
tempo e no espaço. Mais que um comportamento específico, a brincadeira 
define uma situação onde esse comportamento adquire uma nova 
significação. 
 
Sendo o momento lúdico/brincar um meio que motiveo comportamento 
humano, este proporciona a integração do indivíduo com o ambiente no qual habita, 
e assim vem sendo considerado como um procedimento de aprendizado, 
principalmente para crianças em fase de desenvolvimento. 
A ludicidade, na verdade jamais será somente brincar, ao contrário, é 
verdadeiramente necessária no incremento das atividades escolares, em certos 
estágios que diz respeito ao desenvolvimento dos pequeninos, na qual influencia na 
formação social de cada vida adulta. 
A brincadeira como lúdico permite que meninos e meninas possam conhecer-
se a si mesmos, descobrir-se, ainda o momento pela qual se brinca, entende a 
realidade e torna-se capaz de desenvolver os seus potenciais dinâmicos, lúdicos e 
criativos. 
Mediante as atividades lúdicas as pessoas podem desenvolver capacidades 
importantes como a atenção, a imaginação, a imitação, a memória, o raciocínio, 
refletir em vista de inclusão na sociedade, utilizando a socialização, interação e 
experimentação de regras e papéis sociais. 
Através de fantasias, as crianças aprendem a agir em diferentes situações, 
alcançando um personagem, evocando emoções, sentimentos e significados 
vivenciados no seu cotidiano, tornando-se capaz não só de imitar a vida, como 
também de transformá-la. 
17 
Para Santos (2001, p.157) afirma que: 
 
 “Sendo o brincar um ato natural, espontâneo e instintivo, toda a criança o 
faz, e, através dele, está desenvolvendo as suas capacidades e se fazendo 
também, um ser histórico-social com características próprias e que requer 
respostas próprias”. 
 
Toda criança quando brinca atua naturalmente, espontâneo, instintual, pois 
todas elas brincam e desenvolvem suas habilidades, tornando-se assim um ser 
histórico-social com suas respectivas e próprias características. 
Dessa forma, o brincar possui elementos imprescindíveis no ensino 
aprendizado, de forma prazerosa, pois a criança desenvolve-se quando brinca, e na 
brincadeira ela encontra diversão, prazer e identificação. A brincadeira além de 
proporcionar uma diversão sadia, e essencial, onde indivíduo tem a oportunidade de 
inventa, recria e transforma, com a capacidade de produzir novos significados em 
sua história. 
 
2.1. História do Lúdico: 
 
A contextualização histórica da ludicidade foi possível perceber que diversos 
teóricos ressaltam o valor da aprendizagem, ao utilizarem o brincar como recurso 
que proporciona a ação de aprender. 
Para o povo greco-romano, o lúdico permeava como recreação, um 
relaxamento a atividades que exigiam esforço físico e intelectual. No transcorrer da 
Idade Média, a maneira de divertimentos, significava como jogo de azar. Somente 
no Renascimento, a ludicidade passou a ser divulgado como princípio moral e ético, 
pois nessa época estes mesmos eram utilizados pelos romanos apenas para o 
preparo físico com objetivo para formar soldados e cidadão obedientes à pátria. 
Para Valle (2011, p. 11) o lúdico era entendido da seguinte forma: 
 
Diferente do trabalho que se submetiam todos os dias, para as pessoas da 
antiguidade, os jogos apresentavam um espaço de tempo para 
descontração, além de um momento único de descontração: os jogos e 
divertimentos estendiam-se muito além dos momentos furtivos que lhes 
eram dedicados, formavam um dos principais meios de que dispunha uma 
sociedade para estreitar seus laços coletivos, no sentido de sentir-se unida. 
18 
 
Em síntese, exercício recreativo ou seja joguinhos, surge no século XVI, como 
suporte da atividade didática, visando à aquisição de conhecimentos e conquista um 
espaço no ensino dos pequeninos. Pois o brincar foi se configurando na vida social e 
passou a fazer parte dos conteúdos que são aprendidos nas relações de intercâmbio 
entre os indivíduos e com a cultura. 
Valle (2011, p. 22) destaca o quanto é importante à contextualização histórica 
do lúdico para a humanidade: 
 
Independentemente do tempo histórico, o ato de brincar possibilita 
ordenação da realidade, uma oportunidade de lidar com regras e 
manifestações culturais, além de lida com o outro, seus anseios, 
experimentando sensações de perda e vitória. 
 
A ação da brincadeira, independente da história permite dispor efetivamente 
do ser real, na qual tem a chance de trabalhar normas e as manifestações culturais, 
isto requer também lidar como outro conhecendo percepções como de perder e 
ganhar. 
Desse modo, o Referencial Curricular para o Ensino das Crianças, aponta que 
a prática educativa deve ser efetivada dentro das instituições, mas deve ter um olhar 
para as crianças como sujeitos, que precisam ser atendidos e compreendidos em 
todas as suas necessidades, sendo um elemento pedagógico, indispensável na 
formação e orientação das crianças, pois este documento referenda “o brincar como 
forma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação da criança 
com socialização, pois requer a participação e inserção nas mais diversificadas 
práticas sociais”. (PCN‟s, 1998, p. 13) 
Diante do exposto citado acima, educar a garotada mostra que o aprendizado 
instrutivo precisa se concretizar adentra de estabelecimentos escolares, porém 
necessita de uma visão especial aos pequeninos, assim como dependentes, na qual 
devem de estar acolhidos, mas também entendidos e completos nas devidas 
precisões, constituindo acerca educacional, de qual é necessária no 
desenvolvimento em guiar as criancinhas, este mesmo escrito trata-se de que 
recrear é uma maneira individual e por isso só pode ser desenvolvido por uma única 
pessoa, através de falar, pensar e comunicar-se com outras crianças pequeninas, 
19 
portanto, precisam agir nas várias realizações da sociedade, em especial, na 
educação Infantil. 
Independentemente do tempo histórico, a brincadeira possibilita uma 
ordenação da realidade, uma oportunidade para trabalhar regras e manifestações 
culturais, para aguentar os anseios dos outros, experimentando sensações de perda 
e vitória. 
Piaget (1978) e Vygotsky (1991) caracterizam as atividades lúdicas como 
experiências culturais que possibilitam maior compreensão no universo. Assim, 
explicitamos um pouco da ideia que cada autor menciona sobre esse assunto, com 
finalidade de oferecer ao leitor uma visão ampla a respeito. 
Jean Piaget, (1978, p. 122) dentro dos estudos que realizou, destaca o 
seguinte: 
 
[...] os jogos são essenciais para o desenvolvimento da criança, pois 
permitem que ela se expresse livremente pelo prazer que sente, e, assim, 
demonstra o estágio em que se encontra cognitivamente. A interação da 
criança como objeto, nesse contexto entendido por Piaget como o próprio 
brincar ou o brinquedo, é ressaltada como forma da criança elaborar seu 
conhecimento. 
 
Portanto, ao divertirem-se, os pequeninos utilizam suas estruturas cognitivas 
e colocam em prática ações, que estimulem aquisição de conhecimentos. 
O jogo, segundo o autor não deve ser visto como divertimento ou brincadeira 
para um simples desgaste de energia. Para Piaget, a seriedade do jogo (ou do 
brincar) reside no fato de que ele favorece no crescimento corporal, cognitivo, 
afetivo, social e moral da criança, desde a mais tenra idade. Assim, o brincar 
possibilita para os pequenos uma forma pela qual compare, experimente, vivencie, 
estabeleça relações lógicas, faça estimativas e desenvolva suas percepções. Jogo e 
brincadeira para Jean Piaget são excelentes formas de conhecer o mundo e 
introduzir elementos de sua cultura. 
Segundo Vygotsky (1984, p. 39), o lúdico influencia enormemente ao 
progresso da meninada, ele diz: 
 
É através do jogo que a criança aprende a agir, sua curiosidade é 
estimulada, adquire iniciativa a autoconfiança, proporciona o 
desenvolvimento da linguagem, pensamento, interação e da concentração, 
por isso pode-se dizer que a brincadeira é universal, pois atua de forma 
espontânea em todas as crianças do planeta. 
20 
 
Percebe-se com isto que ao jogar, o sujeito desenvolvea capacidade 
imaginária, possibilitando um mecanismo com relações entre o imaginário pleno e o 
real. 
Portanto, a brincadeira é definida pela situação imaginária do individuo, por 
isso, alteram se, conforme sua idade. Como nem sempre os pequenos conseguem 
satisfazer por completos, desejos em seu imaginário, utiliza o brincar em seu mundo 
ilusório. 
O brinquedo desempenha um importante papel no progresso das agilidades 
verbais da criança, já com isso, ela tanto se comunica com os outros, como tenta se 
comunicar com o próprio brinquedo, desenvolvendo pequenos diálogos. Sobre a 
relação brinquedos e palavras, Vygotsky (1991, p. 92) faz as seguintes 
recomendações: 
 
No brinquedo, espontaneamente a criança usa sua capacidade de separar 
significado de objeto sem saber o que esta fazendo, da mesma forma que 
ela não sabe esta falando prosa e, no entanto, falar, sem presta atenção às 
palavras. Dessa forma, através do brinquedo a criança atingiu uma 
definição funcional de conceitos de objetos, e as palavras passam a se 
torna parte de algo concreto. 
 
Deste modo, o brinquedo, assim como a brincadeira, proporciona o aprender-
fazendo, para progredir no vocabulário, usando o senso de companheirismo, mas 
também a capacidade criadora. 
O brincar é uma forma de aquisição de hábitos, valores e atitudes onde 
desempenha um papel fundamental na humanização do individuo. É na relação 
interpessoal que se aprende a colaborar, repartir ceder, compartilhar experiências, 
expor e organizar ideias. 
Cartaxo (2013, p. 32), ainda sobre este assunto, destaca que: 
 
Para se compreender os papéis dados a Educação Infantil, é necessário 
retornarmos os primeiros passos na construção das ideias e práticas desse 
nível de ensino, ou seja, recorrermos, mesmo que brevemente, a história do 
atendimento a criança em um contexto amplo que envolve outras 
realidades. 
 
Considerando tal prerrogativa, percebe-se que nos dias atuais, novas 
perspectivas na instrução de conhecimentos visam proporcionar para os 
divertimentos das criancinhas os recursos didáticos e pedagógicos em práticas nas 
21 
turmas na aquisição de conhecimentos das crianças, além de desenvolver suas 
habilidades e percepções por meio das atividades lúdicas propostas pelo sistema 
para a escola. 
 
2.2. Atividades Lúdicas imprescindíveis na Educação Infantil 
 
As atividades lúdicas podem ser consideradas como objetivos que visam o 
aumento de áreas psicomotoras, perceptivas, de atenção, raciocínio e estimulação 
para a ligação dentre objetos. Na realidade, toda e qualquer atividade lúdica 
realizada em uma classe, tem como promover a interação e evolução dos 
pequeninos, proporcionando a formação da sua vida em sociedade. 
Neste sentido, vivemos no mundo carregado de estímulos, nos quais, nos 
oferece diversas manifestações e experiências que contribuem na formação dos 
pequeninos. Contudo, se pode considerar como lúdico: jogos, brinquedos cantados, 
brincadeiras de roda, entre outros. 
Valle (2013, p. 32) ressalta o conjunto de forma que representam a ludicidade 
pode ser entendida: 
 
A brincadeira é uma forma pela qual a criança entra em contato no universo, 
desde bem pequena, por meio da criatividade e das mais variadas formas 
que se propagam a brincadeiras, a criança pode criar, inventar e interagir 
com outras crianças e pessoas [...] 
 
Mediante a brincadeira é que desde pequena a criança entra no universo da 
criatividade, pois ela inventa e se socializa com outras crianças e demais pessoas. 
Piaget (1976, p. 160) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das 
atividades intelectuais das crianças. Estas não são apenas algumas maneiras para 
desafogo ou entretenimento para gastar energia das crianças, mas meios que 
contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual. Ele afirma: 
 
O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício 
sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação da real à atividade 
própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real 
em função das necessidades múltiplas do eu. Por isso, os métodos ativos 
de educação das crianças exigem todos que se forneça às crianças um 
material conveniente, afim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as 
realidades intelectuais que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência 
infantil. 
 
22 
O autor destaca o jogo como ferramenta na constituição de experiência e 
auxiliador e incremento da criança, partindo do sensório motor para outras etapas, 
conforme as teorias propostas pelo mesmo. 
Os jogos, os brinquedos e os passatempos em a relação à educação da 
criança, veem se fortalecendo com o passar das épocas. Portanto no momento, as 
criancinhas estabelecem uma relação afetiva com os objetos, com o experimento da 
brincadeira, gera uma nova aprendizagem, conquistada de maneira lúdica. 
Wallon (1986) destaca que jogando e brincando é possível trabalhar inúmeros 
valores e atitudes como: respeito, solidariedade, tolerância, compreensão, 
coerência, verdade, prudência, senso de realidade, respeito às regras etc. O autor 
afirma que: 
 
Analisa a origem do comportamento lúdico como sendo proveniente da 
imitação. Esta faz parte da participação motora do que é imitado e um certo 
prolongamento do real, ou seja a origem da representação está na imitação. 
(WALLON 1986, p. 41) 
 
O autor também ressalta na interação do adulto na brincadeira com a criança 
abrange uma medida de empenho, possibilitando a criança fazer descobertas e viver 
experimentos pelas quais transformam o brincar até mesmo instigante e mais cheio 
de conhecimento. Wallon (1986, p.117), afirma que: 
 
Brincar de andar, de pular, brincar de subir e descer, de pôr e tirar, de 
empilhar derrubar, de fazer e desfazer, de criar e destruir. Educar neste 
momento é sinônimo de preparar o espaço adequado, o espaço brincado, 
isto é explorável. 
 
A brincadeira simbólica permite na ação da fantasia pela criançada onde 
amplie e facilite o seu desenvolvimento. Vygotsky destaca que: 
 
O brinquedo pode, também, ser objeto de investimento afetivo, de 
exploração e de descoberta, sem se inserir num comportamento lúdico. E a 
experiência das múltiplas relações sociais que são possíveis de construir 
uma meta. (1984, p.68) 
 
Segundo o autor, as criancinhas quando utilizam objetos e brinquedos, 
mostram o mundo simbólico na qual a brincadeira é desenvolvida por ela é 
imaginária, o que chamamos “brincar da fantasia”. 
Entretanto em exercícios recreativos e os brinquedos constituem agradáveis, 
motivadores e enriquecedores. São elementos que podem fazer parte de nossas 
23 
atividades pedagógicas, por possibilitarem o aprendizado de várias habilidades e 
também por auxiliarem no desenvolvimento sociocultural das crianças. 
A diversidade de formas e funções na qual o gracejar assume como 
existência para a meninada, pois nos revela sua complexidade, transpira alguma 
fase de enriquecimento cultural da nação. Mediante a maturidade o lúdico se 
manifesta de várias maneiras, sendo através do brinquedo, da dança, de joguinho, 
do teatro e outros. 
O brincar, segundo diversos estudos é de fato um recurso na qual a criança 
encontra-se livre para agir da forma que deseja, pois através dele, se vivencia a 
situação imaginária, na qual a meninada assume um papel, e cria novos 
personagens e diálogos através de observações de seu cotidiano. Diante deste 
assunto, Valle (2013, p. 44) destaca que: 
 
As atividades Lúdicas além de oportunizarem diversão e aprendizado como 
própria função pedagógica devem considerar também o relacionamento 
com os indivíduos incluídos. É fundamental, nesse raciocínio, compreender 
a metodologia da socialização não e unidirecional, na verdade é bilateral, 
pois envolve influencias múltiplas na integração entre o participante e as 
demais pessoas a sua volta. 
 
Logo, os brinquedos cantados são historinhas curtas, onde as crianças são 
convidadas a brincarcantando e coreografando junto com quem canta ou conta a 
história. As brincadeiras envolvem musicalidade, dança dramatização, mímica e 
jogos, tendo como objetivo: auxiliar na coordenação sensório-motora; educar o 
senso rítmico; favorecer a socialização; estimular o gosto pela música e pelo 
movimento; valorizar as tradições folclóricas, incentivar o civismo; proporcionar o 
contato sadio entre as pessoas de ambos o sexo; além de trabalhar as emoções: 
timidez, agressividade e incentivar a auto expressão e a inventividade. 
Conforme Câmara Cascudo (1988), as brincadeiras de roda referem-se às 
brincadeiras do folclore dançadas ou cantadas, apresentando melodias e 
coreografias simples. Grande parte delas se apresenta com os participantes se 
colocando em roda e de mãos dadas, mas existem também variações, como as 
brincadeiras de roda que são executadas pelos estudantes sentados, em fileira, de 
marcha, de palmas, de pegar, de esconder. 
O próprio Cascudo, já citado, recorda ainda que, as cantigas ou brincadeiras-
de-roda eram transmitidas oralmente, abandonadas em cada geração e reerguidas 
24 
por outra, “numa sucessão ininterrupta de movimento e de canto quase 
independente da decisão pessoal ou do arbítrio administrativo”. (1988, p.146). 
O brincar forma conceitos, seleciona ideias, estabelece relações, integra 
percepções e concepções, tornando-se sujeito de suas próprias realizações. 
Os jogos promovem e interagem com o universo da sociedade igualitário e de 
costumes, preservando e ampliando seus saberes, construindo novos significados, 
utilizando seu próprio potencial intelectual. 
As brincadeiras têm um destaque especial, sendo um instrumento essencial 
na vida de uma pessoa, na intenção de beneficiar a apropriação dos conteúdos, 
possibilitando perceber situações que vivencia, além de auxiliar na criação e 
interação das pessoas. Piaget (1988, p.81) diz: 
 
Conquanto seja fácil perceber que as crianças brincam por prazer, é muito 
mais difícil para as pessoas verem que as crianças brincam para dominar 
angústias, controlar ideias ou impulsos que conduzem à angústia se não 
forem dominados. 
 
Neste sentido, as brincadeiras podem desenvolver diversas habilidades, 
auxiliando-a a pensar, repensar relacionar a outras vivências também significativas, 
proporcionando o exercício da reflexão. 
Huizinga (1992) destaca a semelhança em meio à cultura e a ludicidade. Para 
ele, não há como considerar a civilização sem perpassar a ideia de jogo, uma vez 
que jogar possibilita aos participantes a experimentação (das vivencias), a criação 
(das regras, das ideias) e a transformação (do local onde se vive do mundo). 
Conceitua jogo como: 
 
[...] uma atividade livre, conscientemente tomada como “não séria” e exterior 
à vida habitual, mas ao mesmo tempo capaz de absorver o jogador de 
maneira intensa e total. E uma atividade desligada de todo e qualquer 
interesse material com a qual não se pode obter lucro, praticada dentro de 
limites espaciais e temporais próprios, segundo uma certa ordem e certas 
regras. (HUIZINGA, 1992, p. 16). 
 
Embora sua teoria não tenha relação direta com as atividades escolares, é 
relevante a experiência delas para total entendimento que a ação de gracejar das 
crianças é em parte, sua forma de conhecer o mundo na qual habita, e em parte, é, 
como afirma o autor, uma representação da sua própria cultura. 
Neste sentido, pode-se perceber que hoje a Educação Infantil tem exercido 
grande influência na vida educacional das crianças, tudo isto, certamente é mérito 
25 
de muita pesquisa, investigações e proposições para a melhoria da prática 
pedagógica em sala de aula o que envolve avanços em todo o setor educacional, 
que vai desde a infraestrutura, tanto físico quanto curricular, como também está 
relacionada diretamente com a formação do professor, pois é ele que atua 
diretamente com as crianças. 
 
 
26 
3. O PROFESSOR E A LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
Uma das contribuições relevantes com relação ao jogar e brincar no ensino 
das crianças diz respeito ao ensino do professor através da ludicidade. É 
fundamental que o profissional, ao propor brincadeiras, considere a criança como 
um ser integral em desenvolvimento e se esforce para oferecer amplas e 
diversificadas oportunidades para que esse processo ocorra. Melhado (2001). 
Cada criança, independentemente de sua idade, no processo educacional 
passa a ser um desafio à competência do professor, que deve desperta nele o 
interesse pela aprendizagem. E nesse contexto a brincadeira ganha um espaço 
como ferramenta ideal no processo da aprendizagem, proporcionando construir 
novas descobertas, desenvolver e enriquecer a personalidade, além de simbolizar 
um instrumento pedagógico que possibilita ao pedagogo a condição de condutor, 
estimulador e avaliador dessa aprendizagem. 
 
O educador pela via da ludicidade surge uma nova postura existencial, é 
preciso que os educadores reconheçam o real significado do lúdico para 
aplicá-lo adequadamente, de forma a estabelecer a relação entre o brincar e 
o aprender a aprender. (SANTOS, 2001, p.15). 
 
Segundo no Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil (BRASIL, 
1998, p. 30, V. 01): 
 
A criança necessita de estabilidade emocional para se envolver com a 
aprendizagem. O afeto pode ser uma maneira eficaz de aproximar o sujeito 
e a ludicidade em parceria com professor-aluno, ajuda a enriquecer a 
questão ensino-aprendizagem. E quando o professor dá ênfase às 
metodologias que alicerçam as atividades lúdicas, percebe-se um maior 
encantamento do aluno, pois se aprende brincando. 
 
As possibilidades de inventar brincadeiras, de trabalhar as diversas formas de 
expressão das crianças, são inúmeras. Vale dizer, que o (a) professor (a), precisa 
conhecer a criança com quem trabalha; ofereça-lhe esse recurso, se já conhece o 
grande valor e aplicabilidade. Se o (a) professor (a) não canta, não traça bichinhos, 
não gosta de pintar, poetizar, como vai contagiar a criança? 
Moreira (2002) destaca: 
 
Para melhor conhecer a criança é preciso aprender a vê-la. Observá-la 
enquanto brinca: o brilho dos olhos, a mudança de expressão do rosto, a 
27 
movimentação do corpo. Estar atento à maneira como desenha o seu 
espaço, aprender a ler a maneira como escreve a sua história. (2002, p. 20) 
 
Segundo Severino (1991) os profissionais das escolas infantis precisam 
manter um comportamento ético para com as crianças, não permitindo que estas 
sejam expostas ao ridículo, ou que passem por situações constrangedoras. Alguns 
adultos, na tentativa de fazer os pequenos sejam obedientes, deflagram nelas 
sentimentos de insegurança e desamparo, fazendo-as se sentirem temerosas de 
perder o afeto, a proteção e a confiança dos adultos. 
Importante ressaltar que os jogos, ao serem utilizados pelo professor no 
espaço escolar, devem ser devidamente planejados. Neste enfoque, Antunes (1998, 
p. 37) afirma: 
 
Jamais pense em usar os jogos pedagógicos sem um rigoroso e cuidadoso 
planejamento, marcado por etapas muito nítidas e que efetivamente 
acompanhem o progresso aos educandos, é jamais avalie qualidade de 
professor pela quantidade de jogos que emprega, e sim pela qualidade dos 
jogos que se preocupou em pesquisar e selecionar. 
 
Assim, ao incluir no planejamento em tarefas divertidas, o instrutor precisa 
antes, adequar o tipo de jogo ao seu público e ao conteúdo a ser trabalhado, para 
que os resultados venham ser satisfatórios e os objetivos alcançados. 
De maneira mais significativa, o planejamento tem função fundamental nas 
relações interpessoais em sala de aula, não apenas no que será realizado em sala 
de aula, mas, especialmente se pretende que aconteça no processo educativo. 
Quando se busca encontrar as causas de tantos problemas disciplinares em 
sala de aula, o que primeiro aparece é a falta de comunicação das metas de cada 
disciplina e da escola como um todogeralmente os projetos não estão em sintonia 
com os planejamentos dos professores. Esta falta de sintonia, segundo Silva (2006, 
p. 40) condiz com a seguinte afirmativa: “[...] os alunos normalmente não sabem 
para onde estão caminhando, têm consciência apenas de que precisam estar na 
média e passar de ano”. 
Ainda segundo este mesmo teórico, pode se fazer a seguinte pergunta: Qual 
o problema das instituições de ensino, perante aos docentes, educandos, mas 
também nas pessoas que vivem em uma casa? 
Na tentativa de responder a este questionamento, pode-se levar em 
consideração o argumento de que o conhecimento da realidade que envolve a 
28 
escola deveria corresponder a um passo muito importante para o planejamento, pois 
o mesmo deveria atender às expectativas mais próximas das pessoas envolvidas no 
processo, em especial os alunos. De tal modo seria plausível auxiliar para descobrir 
o rumo, os quais praticam a metodologia dos valores adquiridos permaneceria mais 
significativo. Silva (2006, p. 42) destaca que vale muito para o professor e seus 
alunos: 
 
Ter claros os motivos do que está acontecendo em sala de aula ganha uma 
força de resultados que pode superar questões relacionais consideradas 
graves em apenas discordâncias ou pensamentos diferentes, reforçando o 
posicionamento, a autonomia, a participação. 
 
Diante do trabalho pedagógico do professor da classe, a socialização e troca 
de informações promovem a certeza de fins, sugestões inovadoras com bastante 
diálogo entre seus alunos, pais de e administradores institucionais. 
Segundo Silva (2006, p. 45): 
 
A função primordial do educador é ser o mediador dessas conquistas, 
levando em conta cada superação do aluno, registrando seus avanços e 
sabendo dar o retorno de maneira a alavancar novas ações. 
 
Muitas vezes esse retorno não chega a acontecer, causando muitas 
frustrações por parte daqueles que fazem parte do processo, pois eventualmente ele 
acontece de maneira a fortalecer o erro como algo grave e não como processo de 
crescimento do ser humano. 
 
3.1. Contribuições do Lúdico na Educação Infantil: 
 
Para Oliveira (2002), o lúdico proporciona uma mudança “significativa” na 
“consciência infantil” pelo motivo de determinar nas crianças um jeito mais 
“complexo” de conviver em sociedade. O mesmo ainda acrescenta que os jogos, 
brinquedos e brincadeiras estimulam o progresso da mente. Através da ludicidade, 
os pequeninos tem uma experiência vivenciada, descobrem assim um mundo 
mágico, inventa, cria, estimula habilidades, a curiosidade e em especial a sua 
independência. 
Nessa perspectiva, percebemos que quando se brinca em classe, há um 
resgate da sensibilidade e da capacidade criadora da garotada, e é nesse espaço, 
29 
que acontece o intercâmbio entre professor e crianças, podendo construir um 
ambiente escolar agradável e favorável para as mesmas. 
Observamos que a ludicidade é um mecanismo que possibilita a autoestima, 
aguça várias percepções, além disso, é imprescindível para que os pequeninos 
tenham conhecimento de seus limites e obrigações, como a necessidade de realizar 
outras atividades significativas para o desenvolvimento e enriquecimento de sua 
aprendizagem. 
 
3.2. Contribuições do Lúdico no processo ensino aprendizagem 
 
O lúdico contribui muito, é imprescindível enxergar o verdadeiro universo 
mágico e encantador do lúdico no processo ensino aprendizagem. Entende-se que 
toda a prática cotidiana do aluno na educação infantil, as crianças são capazes de 
construir a aprendizagem através do brincar, criando, recriando situações simbólicas 
entre o mundo real e o mundo a ser construído com base nas suas perspectivas. 
É possível dizer, que o brinquedo precisa significar ainda mais que um 
simples objeto, e assim, podendo assumir várias ações e personagens. Mas um 
principal assunto é dar valor a criança a ser capaz de aprender e dar procedimentos 
de atividades lúdicas através dos brinquedos. Em relação a este assunto, Bole (apud 
Benjamim, 1984. p 14) destaca: 
 
De uma maneira geral, os brinquedos documentam como o adulto se coloca 
com relação ao mundo da criança. Há brinquedos muito antigos como bola, 
roda, roda de penas, papagaio, que provavelmente derivam de objetos de 
culto e que, dessacralizados, dão margem para a criança desenvolver a sua 
fantasia. E há outros brinquedos simplesmente impostos pelos adultos 
enquanto expressão de uma nostalgia sentimental e de falta de diálogo. Em 
todos os casos, a resposta da criança se dá através do brincar, através do 
uso do brinquedo, que pode enveredar por uma correção ou mudança de 
função. E a criança também escolhe os seus brinquedos por conta própria, 
não raramente entre os objetos que os adultos jogam fora. As crianças 
fazem a história a partir do lixo da história‟, É o que as aproxima dos „inúteis‟ 
dos inadaptados‟ e dos marginalizados. 
 
Todavia, ao ingressar na escola, a criança já tem conhecimento adquiridos do 
ambiente que a rodeia. Seja de casa ou da rua, normalmente obtêm conhecimento 
através de brinquedos e brincadeiras do local onde está inserida. O brincar e o jogar 
são atos indispensáveis à saúde física, emocional e intelectual e sempre estiveram 
presentes em qualquer povo desde os mais remotos tempos. Através deles, a 
criança desenvolve a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a 
30 
autoestima, preparando-se para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e 
participar na construção de um mundo melhor. 
O jogo, nas suas diversas formas, auxilia no processo ensino-aprendizagem, 
principalmente no desenvolvimento integral de socialização e integração da criança. 
Neste caso, o jogo contribui com a imaginação, a interpretação, a tomada de 
decisão, a criatividade, o levantamento de hipóteses, a obtenção e organização de 
dados, a aplicação dos fatos e dos princípios à novas situações que, por sua vez, 
acontecem quando jogamos, quando obedecemos a regras, quando vivenciamos 
conflitos numa competição. 
 
31 
4. O LÚDICO COMO FACILITADOR DA APRENDIZAGEM 
 
Destacamos o lúdico como uma das maneiras mais eficazes para envolver as 
crianças nas atividades, pois a brincadeira está intimamente ligada às criancinhas. 
Sendo muito importante aprender com alegria. Enquanto se divertem, as crianças se 
conhecem, aprendem e descobrem o mundo. Segundo o Referencial Curricular 
Nacional para a Educação Infantil, “o brincar e as brincadeiras propiciam a 
ampliação dos conhecimentos infantis por meio de habilidades com o lúdico”. 
(BRASIL,1998:p.27). 
O lúdico naturalmente induz à motivação e à diversão. Representa liberdade 
de expressão, renovação e criação do ser humano. As atividades lúdicas 
possibilitam para os alunos reelaborem criativamente sentimentos e conhecimentos 
e edifiquem novas possibilidades de interpretação e de representação do real, 
conforme suas necessidades. Este assunto, segundo Meneses (2009, p. 26) pode 
ser entendido da seguinte forma: 
 
Brincar com a criança não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver 
menino sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados, tolhidos e 
enfileirados em uma sala de aula sem ar, com atividades mecanizadas, 
exercícios estéreis, sem valor para a formação dos homens críticos e 
transformadores de uma sociedade. 
 
A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade, pois para 
alguns é vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a 
aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural; colabora para uma boa 
saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de 
socialização, comunicação, expressão e construção conhecimento. Podemos, 
portanto, afirmar que autores de diferentes matrizes teóricas defendem a ludicidade 
como base para aprendizagem. 
No entanto, o jogo e a brincadeira ganham espaço como uma importante 
ferramenta para a aprendizagem. Conforme estimulam o interessedo estudante, 
criam condições favoráveis à construção de novas descobertas, tendo o professor o 
papel de mediador e motivador da aprendizagem, sempre atento às possibilidades e 
limitações no processo de apropriação do conhecimento pela criança. (ANTUNES, 
1999). 
32 
O jogo em sala de aula, além de proporcionar o aperfeiçoamento de sua ação 
de forma lúdica e prazerosa, promove a interação entre parceiros e torna-se 
significativo à medida que o aluno inventa, reinventa e avança nos aspectos 
cognitivos, afetivos e no crescimento em sociedade. É, também, um importante 
recurso para desenvolver habilidades do pensamento, tais como a imaginação, a 
interpretação, a tomada de decisão, a criatividade, entre outras. 
Sendo assim, partes dos conteúdos curriculares podem ser ensinadas através 
de atividades predominantemente lúdicas, aplicadas como desafios cognitivos, a fim 
de promover avanços no seu desenvolvimento. 
Estudos feitos por Jean Piaget (1987), a atividade lúdica é um princípio 
fundamental para o desenvolvimento das atividades intelectuais da criança sendo, 
por isso, indispensável à prática educativa. 
Nesse sentido, pensar a prática pedagógica também associada às questões 
do lúdico é considerar que as atividades escolares podem, além de desenvolver o 
aprendizado dos conhecimentos escolares, também gerar prazer, promover a 
interação e a simulação de situações da vida em sociedade. 
Atualmente, com as novas perspectivas de ensino e aprendizagem, diferentes 
áreas do conhecimento passaram a utilizar de atividades lúdicas, para desenvolver o 
ensino para crianças e jovens em processo de escolarização. 
Portanto, é papel da escola garantir espaços para atividades lúdicas, tanto em 
sala de aula, quanto ao ar livre, pois a utilização das brincadeiras e dos jogos no 
processo pedagógico pode garantir o conhecimento dos conteúdos de forma simples 
e prazerosa. 
Para integrar a ludicidade na rotina de sala de aula, é importante, no entanto, 
o professor pensar o objetivo daquele jogo ou brincadeira para o aprendizado de 
todas as crianças. 
Segundo Rosamilha: 
 
A criança é, antes de tudo, um ser feito para brincar. O jogo, eis aí um 
artifício que a natureza encontrou para levar a criança a empregar uma 
atividade útil ao seu desenvolvimento físico e mental. Usemos um pouco 
mais esse artifício, coloquemos o ensino mais ao nível da criança, fazendo 
de seus instintos naturais, aliados e não inimigos. (1979, p.77). 
 
33 
Devemos considerar como o brincar influi na vida de qualquer pessoa, 
portanto, brincar, cabe ao professor oferecer inúmeras oportunidades para que se 
torne prazerosa a aprendizagem por meio das brincadeiras. 
O lúdico possibilita o estudo a da relação entre o individuo e a realidade, por 
sua relevância na formação da personalidade de cada uma das criancinhas. 
A educação lúdica, além de tornar o espaço escolar propício a atitudes 
interdisciplinares cria um ambiente agradável capaz de se sentir como integrante do 
meio em que está inserida. A sala de atividades das crianças é um espaço para 
educar e brincar, pois possibilita à criança o aprender a descobrir, oportunizando-a, 
desenvolver suas ações e sua educação. 
Segundo Luckesi (2000, apud Grilo et. al, 2002, p.2), o que caracteriza o 
lúdico “é a experiência de plenitude que ele possibilita a quem o vivencia em seus 
atos”. 
Sabe-se, historicamente, que o desenvolvimento global da criança acontece 
por meio do lúdico. Ela precisa brincar e jogar para se desenvolver de maneira sadia 
e equilibrada em relação ao mundo. 
Portanto, cabe à escola aproximar-se de seus dos alunos, para mantê-los 
motivados nesse ambiente, e aqueles comprometidos nesse processo utilizem de 
recursos que diversifiquem a prática pedagógica, buscando tornar o espaço da sala 
de aula aconchegante, divertido e descontraído, propiciando o aprender dentro de 
uma visão lúdica e criando um vínculo de aproximação entre professor e aluno. Para 
atingir esse fim, é necessário que o corpo docente repense o conteúdo e a sua 
prática pedagógica, substituindo a rigidez e a passividade pela vida, pela alegria e 
pelo entusiasmo de aprender. 
 
 
34 
5. TRILHAS METODOLÓGICAS 
 
Neste capítulo serão apresentados os caminhos por onde a pesquisa foi 
realizada, considerando todos os fatores inerentes ao processo de construção de 
resultados qualitativo e quantitativo, dando ênfase aos resultados alcançados ao 
final do trabalho. 
 
5.1 Contexto e delimitação da pesquisa 
 
A pesquisa para lançamento dos resultados deste trabalho de conclusão de 
curso foi realizada na Escola Municipal de Educação Infantil Criança Feliz, a mesma 
localiza-se na Rua do Horto, s/nº, Bairro Novo Horizonte, Gurupá - PA e foi 
implantada a partir da necessidade que os moradores daquela comunidade tinham 
em colocar seus filhos na escola o mais cedo possível. A referida escola é de grande 
porte e atende uma demanda de alunos somente da Educação Infantil, 
correspondendo a faixa etária de 02 a 05 anos de idade. 
Hoje se percebe que a referida instituição é de grande relevância para os 
moradores da comunidade e para a sociedade Gurupaense, pois é o único espaço 
educativo que se caracteriza por ter em seu currículo a Educação Infantil - maternal. 
Nesta instituição a estrutura funcional é compreendida por um grupo formado 
de diretor, secretário, coordenador pedagógico, professores e pessoal de apoio 
(merendeira, servente, zelador, porteiro, continuo e vigia). Quanto a sua organização 
administrativa e pedagógica, a referida escola possui especificas atribuições, 
buscando desenvolver um trabalho coletivo, tendo como objetivo propiciar a 
formação das crianças por meio da ludicidade e do lazer. 
Hoje a escola conta com 315 (trezentos e quinze) alunos matriculados e 
distribuídos em dois turnos. A entidade mantenedora da escola é a Secretaria 
Municipal de Educação (SEMED) por intermédio da Prefeitura Municipal de Gurupá 
(PMG).A clientela recebida pela escola tem o perfil sócio econômico bem 
diversificado, mas a predominância está relacionada à classe baixa, cerca de 80% 
dos alunos participam do Programa Bolsa Família. 
 
 
35 
5.2 Quanto à natureza 
 
Diante de uma pesquisa é fundamental que as partes envolvidas estejam 
firmes no propósito de revelar claramente o teor do assunto que será abordado, 
assim terão cumprido fielmente a clareza e natureza embutidos no contexto e 
conteúdo pesquisado. 
No entanto, para a entrevista semiestruturada, a diferença central está no seu 
caráter aberto, ou seja, o entrevistado responde as perguntas dentro de sua 
concepção, mas, não se trata de deixá-lo falar livremente. O pesquisador não deve 
perder de vista o seu foco. Neste caso, Lakatos(2003, p. 49) destaca que: 
 
Na entrevista semiestruturada, o investigador tem uma lista de questões ou 
tópicos para serem preenchidos ou respondidos, como se fosse um guia. A 
entrevista tem relativa flexibilidade. As questões não precisam seguir a 
ordem prevista no guia e poderão ser formuladas novas questões no 
decorrer da entrevista. 
 
Assim, o entrevistador permite ao entrevistado falar livremente sobre o 
assunto, mas, quando este se desvia do tema original, esforça-se para a sua 
retomada. 
Em geral, a entrevista seguirá o que se encontra planejado e as principais 
vantagens das entrevistas semiestruturadas são as seguintes: possibilidade de 
acesso a informação além do que se listou;esclarecer aspectos da entrevista; 
geração de pontos de vista, orientações e hipóteses para o aprofundamento da 
investigação e a definição de novas estratégias e outros instrumentos. 
Considerando o que o conceito de entrevista semiestruturada menciona, 
voltamos para nossa realidade e observamos que a entrevista aconteceu no dia 
vinte e quatro do mês de abril às dezenove horas com o professor Antônio com a 
duração de quinze minutos e a professora Monica foi entrevistada às sete horase 
quarenta e cinco minutos do dia vinte e cinco do mês de abril com nove minutos de 
duração a entrevista. 
 
5.3Quanto à abordagem do problema 
A presente pesquisa foi de cunho metodológico quantitativo e qualitativo para 
que possa ser investigada: Como a dificuldade de aprendizagem pode contribuir 
para a retenção de alunos no 3º ano? 
36 
Segundo Lakatos (2003, p. 50) entende-se que: 
 
Na pesquisa qualitativa o pesquisador procura reduzir a distancia entre a 
teoria e os dados, entre o contexto e a ação, usando a lógica da análise 
fenomenológica, isto é, da compreensão dos fenômenos pela sua descrição 
e interpretação. (2013, p.50). 
 
Neste sentido, a pesquisa quantitativa, tem como objetividade a neutralidade 
dos fatos, sendo que as opiniões e informações coletada sejam analisadas com o 
uso de recursos e técnicas estatísticas. 
 
5.4 Instrumentos de coleta de dados 
 
Segundo Montoya (2011, p. 62) “um dos instrumentos da coleta de dados é 
o questionário que se configura em um elemento que é preenchido pelos 
informantes, sem a presença do pesquisador”. Assim, para a realização desta 
pesquisa, fizemos uso da coleta de dados realizada por meio de questionário com 
questões abertas e fechadas. 
Percebe-se também que o questionário é um meio de adquirir as 
informações necessárias para a pesquisa de forma mais coerente possível. É 
composto por um conjunto organizado de questões, onde o respondente tem total 
autonomia sobre as respostas. 
 
5.5 População e Amostra 
 
A população utilizada na pesquisa, contou com cinco professores da 
Educação Infantil que trabalham na Escola Municipal de Educação Infantil Criança 
Feliz há alguns anos. 
As pessoas que se doaram a contribuir com este trabalho tornaram-se 
fundamentais para a realização do trabalho por que estão mais próximas da 
realidade apresentada pelo tema e proposições da pesquisa. 
Mas como podemos entender o que significa realmente população e amostra? 
Lakatos e Marconi (2003, p. 23) nos ajudam nesta reflexão dizendo o seguinte: 
 
[...] população é o conjunto de seres animados ou animados que 
representam pelo menos uma característica em comum e amostra é a 
representação menor de um todo maior, a fim de que o pesquisador possa 
analisar um dado universo. 
37 
Observa-se assim que a população representa os sujeitos envolvidos na 
pesquisa e a amostra representa uma unidade pequena do todo pesquisado, o 
resultado referente ao conjunto maior. 
 
5.6. Resultados da pesquisa 
 
Neste item serão apresentados os resultados da pesquisa de campo, 
considerando as respostas dadas pelos sujeitos da pesquisa aos quais foram 
direcionados os questionários. Esses resultados foram computados em percentuais 
e estão apresentados por meio dos gráficos estatísticos elencados abaixo, levando 
em consideração o número de respostas obtidas para cada pergunta e comparado 
com autores que falam do referido assunto. 
Diante do primeiro questionamento foi perguntado o seguinte: O que você 
entende sobre o lúdico na sala de aula? Você trabalhou com essa prática? Deu 
certo? 
 
QUESTÃO RESPOSTAS 
O que você entende sobre o 
lúdico na sala de aula? Você 
trabalhou com essa prática? 
Deu certo? 
PROFESSORA: A 
 
É a metodologia utilizada através de brinquedos 
cantados e, jogos e brincadeiras. 
Sim. Avalio como dos melhores métodos, pois 
são atividades na qual a criança pequena dá o 
primeiro passo para sua socialização. 
PROFESSORA: B 
 
O lúdico na sala de aula sem duvida é 
fundamental, pois é uma prática a qual oferece 
um espaço para a criança brincar. Através das 
atividades dinamizadas apresentadas como 
jogos, danças, histórias, a criança tem a 
oportunidade de está se integrando, ou seja, 
interagindo com as demais crianças, mostrando à 
ela uma visão ampla onde ela possa vê sua 
realidade dentro da sala de aula. Deu certo. 
PROFESSORA: C 
 
Eu entendo que o lúdico na sala de aula é 
importante porque na medida em tomamos 
consciência de que “jogar e viver e uma 
oportunidade criativa para encontrar com a gente 
mesmo, com os outros e com todos”. Som. Deu 
38 
certo porque ele é uma ferramenta constante na 
pratica docente. 
PROFESSORA: D 
 
O lúdico na Educação Infantil é uma forma de 
aprender brincando, melhor para a criança se 
interagir com as outras e também aprende de 
modo mais prazeroso. Porém, o lúdico é um 
método de trabalhar que oferece para o 
aprendizado da criança. No entanto, está foi uma 
forma que já trabalhei e deu certo. 
PROFESSORA: E 
 
O lúdico na sala de aula é toda a arte produzida 
para ilustrar oi ambiente escolar e dar suporte 
aos alunos, fortalecendo o desenvolvimento 
psicológico, físico e social por meio de figuras, 
letras, números, jogos, brincadeiras e outros. Pois 
já trabalhei e trabalho a pouco tempo na 
educação infantil, mas sempre vem dando muito 
certo o meu trabalho com crianças graças a 
Deus. 
Fonte: Dados da Pesquisa (2015) 
 
Diante do primeiro questionamento, percebeu-se que todo o professores já 
tem um prévio conhecimento sobre o que significa ludicidade em relação ao 
desenvolvimento intelectual da criança, pois a maioria dos professores entrevistados 
disse que o lúdico é importante porque ajuda a criança no seu desenvolvimento 
cognitivo e motor. 
De acordo com os estudos de Jean Piaget (1987), a atividade lúdica é um 
princípio fundamental para o desenvolvimento das atividades intelectuais da criança 
sendo, por isso, indispensáveis à prática educativa. 
Percebeu-se também que os professores já trabalham com essa prática em 
suas aulas e que segundo relatos deles mesmos, a dinâmica deu certa, pois as 
crianças sentiram-se mais a vontade para se expressar e trabalhar em grupo. Para 
eles, essa metodologia é eficaz, porque prende o aluno a atividade sem que seja 
preciso a imposição do professor, a criança participa da brincadeira direcionada ao 
assunto a ser trabalhado sem perceber que está sendo observada. 
Na segunda pergunta foi questionado o seguinte: Qual a importância que as 
atividades lúdicas podem favorecer no processo ensino aprendizagem na 
39 
educação infantil? 
 
QUESTÃO RESPOSTAS 
Qual a importância que as 
atividades lúdicas podem 
favorecer no processo ensino 
aprendizagem na educação 
infantil? 
PROFESSORA: A 
 
São varias, mas podemos citar: a socialização, o 
movimento, o ritmo, a música, o afeto, a oralidade 
e desenvolvimento tanto físico como mental. 
PROFESSORA: B 
 
Todas as atividades são importantes. Na 
educação infantil é de suma importância priorizar 
as atividades lúdicas. Através de jogos, por 
exemplo, podemos trabalhar a matemática e o 
jogo silábico, ou seja, significa que brincando se 
aprende mais, pois a aula se torna mais 
prazerosa e eficaz. Através de danças estamos 
desenvolvendo o desenvolvimento motor e 
resgatando a nossa cultura. Então estamos assim 
desenvolvendo uma educação 
interdisciplinaridade. 
PROFESSORA: C 
 
A importância é que por meio do lúdico, o 
educador deve proporcionar meios que estimulem 
a procura do conhecimento. O aluno de aprender 
um determinado conteúdo tem uma oportunidade 
de conhecer o outro, a si mesmo e a junção de 
com os outros. 
 
PROFESSORA: D 
 
As atividades lúdicas é muito importante para o 
desenvolvimento da criança, ou seja, para o 
desenvolvimento intelectual e assim se 
socializando com os outros. 
PROFESSORA: E 
 
É despertar no aluno a curiosidade de 
desenvolver e aparecer por meio de suas 
produções e criatividade, participando e 
interagindo com os outros coleguinhas e 
professores. 
Fonte: Dados da Pesquisa (2015) 
 
Diante deste questionamento foi possível perceber que os professores 
entendem que é muito importante trabalhar com atividades lúdicas, pois a ludicidade 
40 
favorece o trabalho do professor em vários aspectos, como por exemplo: 
proporciona momentos de integração entre os alunos, quebra paradigmas dentro e 
fora da sala de aula, contribui para a harmonia do grupo, etc. 
Osjogos e as brincadeiras estão presentes na vida cotidiana, especialmente 
na vida das crianças. De acordo com Borba (2006), desde muito tempo as 
brincadeiras e os jogos passaram a integrar as práticas de vida em sociedade. 
Também, é importante porque desperta o interesse nas crianças em estudar, 
pois, desta forma a criança está fazendo o que ela mais gosta de fazer que seja 
brincar. 
Na terceira pergunta foi questionado: De que maneira o lúdico pode 
contribuir para o processo de socialização da criança na Educação Infantil? 
 
QUESTÃO RESPOSTAS 
De que maneira o lúdico pode 
contribuir para o processo de 
socialização da criança na 
Educação Infantil? 
PROFESSORA: A 
 
É que através das brincadeiras, jogos e a 
musicalidade as crianças se motivam umas com 
as outras, ao segurar nas mãos ou através de 
gestos de afeto e conhecimento de si e do outro. 
PROFESSORA: B 
 
Através do lúdico, ou seja, de atividades 
dinamizadas com certeza as crianças terão 
acesso, mais uma com as outras, trocando ideias, 
aprendendo uma com as outras, vão aprender 
socializar assuntos sobre o tema apresentado, 
interagindo com os colegas e o professor, porque 
assim estaremos dando um passo além de 
ensinar, estaremos contribuindo melhor na 
educação que é o processo de socialização na 
educação infantil 
PROFESSORA: C 
 
Por meio das atividades lúdicas a criança brinca, 
joga e se diverte. Ela também age, sente, pensa, 
aprende e se desenvolve. 
PROFESSORA: D 
 
O lúdico contribui muito no processo de 
socialização da criança, por meios de 
brincadeiras, jogos, elas passam a se conhecer 
melhor, e a si mesmas. por isso o lúdico é 
indispensável no processo educativo da criança. 
41 
PROFESSORA: E 
 
De varias maneiras como: musiquinhas e 
desenhos, apresentações de fantoches, imitações 
de animais, as cores, contar historinhas com 
demonstração de Perguntar aos alunos, Quem 
sabe historinhas? Figuras Quem gostaria de 
contar uma história? É um método também que 
pode ocorrer a socialização por meio de historias. 
Fonte: Dados da Pesquisa (2015) 
Em relação a este questionamento s professores foram unânimes em relatar 
que, com a ajuda do lúdico a criança passa a trocar ideias, e assim vão aprendendo 
uma com as outras, interagindo com os colegas, as crianças passam a entender melhor o 
mundo em que vivem. E importante também destacar que há uma quebra de preconceitos, 
principalmente em relação à discriminação racial e a segregação. 
O quarto questionamento abordou o seguinte: No seu entendimento, que 
atividades lúdicas são capazes de contribuir na aprendizagem da criança na 
Educação Infantil? 
Gráfico 01: Relativo à aprendizagem da criança 
 
 Fonte: Dados da Pesquisa (2015) 
 
Na concepção dos professores a atividade lúdica mais coerente com o 
desenvolvimento de cada aluno está relacionada com o uso de jogos, pois segundo 
eles a criança fica mais a vontade, principalmente quando o jogo tem a ver com a 
sua realidade ou está ligada a fatos do seu dia a dia. 
Sobre este assunto, Montoya (2011, p. 75) destaca o seguinte: 
 
[...] os processos de aprendizagem são próprios de cada indivíduo e 
dependem de uma série de fatores. Por isso, não existe uma fórmula de 
80% 
20% 
JOGOS
BRINCADEIRA
42 
ensinar que seja adequada a todas as situações. A criança não precisa dos 
adultos para aprender a brincar com um grupo, ela aprende de maneira 
espontânea enquanto pratica as brincadeiras. Alguns esquemas adquiridos 
em uma brincadeira podem ser transportados para outras situações. 
 
Neste sentido, a maneira como a criança será estimulada a aprender os 
conceitos em cada disciplina é considerado sempre um aspecto importante no 
processo de ensino e aprendizagem, pois dependendo desse “estimulo” a criança 
terá ou não a disponibilidade para aprender e isso é muito relativo, por isso o meio 
em que a mesma se desenvolve pode contribuir muito para a finalização do 
processo de construção do conhecimento da criança. 
No quinto questionamento foi perguntado aos professores o seguinte: Você 
enfrenta dificuldades em sala de aula para trabalhar com a ludicidade? 
 
Gráfico 02: Relativo as dificuldade de sala de aula em relação ao uso do lúdico. 
 
 Fonte: Dados da Pesquisa (2015) 
Percebeu-se aqui que o lúdico é importante, mas que muitas vezes falta apoio 
por parte de toda a comunidade escolar em relação aplicação na prática por parte do 
professor de técnicas envolvendo brincadeiras e outras atividades lúdicas, pois para 
os pais de alunos, principalmente aqueles mais tradicionais, parece que a escola é o 
espaço único em que a criança precisa apenas aprender a ler e escrever de forma 
tradicional. neste caso, se o professor é um pouco mais dinâmico e inovador, logo se 
torna alvo de críticas, como se ele estivesse ali apenas para brincar e não para 
ensinar. 
A sexta e última pergunta foi organizada da seguinte forma: Você considera 
importante a prática do lúdico nas escolas? 
Diante deste questionamento todos os professores responderam que sim. 
80% 
20% 
SIM
NÃO
43 
Neste sentido percebe-se que, mesmo não é trabalhando diretamente a prática 
lúdica em sala de aula, o professor considera que de muita importância a prática 
lúdica nas escolas da rede municipal. 
 
44 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Diante do exposto, conclui-se com esta pesquisa que um dos motivos que 
leva os alunos apresentarem dificuldades quanto ao seu desenvolvimento em sala 
de aula está relacionado diretamente com a falta de recursos inovadores do 
processo ensino aprendizagem, ou seja, a introdução do lúdico como metodologia 
de trabalho docente, principalmente por que é evidente a transformação que o 
sistema educacional vem sofrendo no decorrer do tempo. Por mais complexo que 
seja trabalhar o lúdico como forma prática metodológica, os professores devem 
persistir cada vez mais neste objeto de estudo. 
Constatou-se também que, entender e discutir sobre a construção e 
aplicabilidade de brincadeiras lúdicas em sala de aula é um processo de suma 
importância para o desenvolvimento dos indivíduos em todos os aspectos sociais 
que envolvem o processo de ensinar e aprender, pois o fato dos alunos não 
participarem diretamente da construção do planejamento das atividades a serem 
desenvolvidas na escola, fica evidente que isto não lhes proporciona o entendimento 
de como as questões metodológicas poderão ser trabalhadas em sala de aula. 
Diante disso, foi verificado que as metodologias de ensino da Educação 
Infantil comumente utilizada na escola relacionadas ao uso de atividades lúdicas não 
oferecem subsídios necessários para que se trabalhem os conceitos de criança e 
infância dentro de um padrão adequado, onde os alunos possam ter consciência 
crítica a partir da realidade em que vivem. 
Neste sentido, percebeu-se que um dos instrumentos metodológicos que 
pode contribuir para o crescimento didático, político e social, sem dúvida é a 
construção de planejamento com aulas lúdicas que possam subsidiar o trabalho do 
professor sem que o aluno perceba que está na escola sendo obrigadas a frequentar 
as aulas. Desse modo, o professor deve ter consciência de seu trabalho e precisa de 
dedicação e esforço, no entanto ele pode levar em consideração que os cidadãos 
que participam constantemente de ações neste sentido, conseguem facilmente 
compreender, interpretar e aprofundar os conhecimentos em relação ao assunto 
abordado. 
Com isso, esperamos que o esforço pudesse trazer benefícios a todos os 
45 
envolvidos, principalmente aqueles que de maneira direta fazem parte do processo 
de ensino e aprendizagem na Escola Criança Feliz. Que os conhecimentos possam 
ser aplicados na prática onde a construção coletiva reforce, cada vez mais, a 
construção de uma sociedade organizada, onde a educação possa dar 
oportunidades de aprendizagens cada vez mais significativas aos cidadãosque 
acreditam que por meio da educação pode haver mudanças na sociedade. 
No entanto, a prática lúdica é essencial na vida de qualquer criança, entende-
se que a partir dos princípios aqui expostos, o professor deverá contemplar a 
brincadeira como princípio norteador para a construção do conhecimento, para 
conhecimento de si mesma, enquanto sujeito histórico social, possibilitando às 
manifestações corporais encontrarem significado pelo lúdico presente na relação 
que as crianças mantêm com o mundo, e assim no processo da educação infantil o 
papel do professor é de suma importância, pois é ele quem cria os aspectos 
disponibiliza tempos e espaços, participa das brincadeiras, ou seja, faz a medicação 
da construção do conhecimento. 
 
 
46 
REFERENCIAS 
BORDA. Ângela, M. O brincar como um modo de ser e estar no mundo. In Brasil. 
MEC Ensino Fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da 
criança de seis anos de idade. Brasília, 2006. 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretária de Educação Fundamental. 
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SEF,1998. 
CARTAXO, Simone Regina Manosso. Pressupostos da Educação Infantil. 
Curitiba: Inter/Saberes, 2013. (Série Fundamentos da Educação). 
HUIZINGA, Johan. Homo ludens, 5ª edição. São Paulo: Perspectiva, 2004. 
JORGE, A. S.; SANTOS, F. M. S. Oficina de sucata (mimeo): Curso de extensão. 
Formação de educadores infantis 0 a 6 anos. NMPEEC, Universidade Federal 
Fluminense, fevereiro, 1998. 
LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Científica. – 5ª ed. São 
Paulo: Atlas, 2003. 
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(PI): UFPI, 2011. 
MENESES, Michele Santos. O lúdico no cotidiano escolar da educação infantil: 
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UNEB, 2009. 
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Educação Nacional. Brasília, 1996. 
MONTOYA, Adrián Oscar Dongo (org.). Jean Piaget no século XXI: escritos de 
epistemologia e psicologia genéticas. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011. 
PIAGET, Jean. O nascimento da inteligência na criança. Rio de janeiro. Ed. 
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PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança. Rio de janeiro: Zahar, 1978. 
SILVA, Fabiana Fernandes. A vivência lúdica na prática da educação infantil: 
dificuldades e possibilidades expressas no corpo da professora. Minas Gerais: 
UFSJ, 2011. 
VALLE, Luciana de Luca Dalla. Jogo, Recreação e Educação. São Paulo: Fael, 
2013. 
VYGOSTKY, L.S Formação Social da Mente – O desenvolvimento dos Processos. 
Psicológicos Superiores, São Paulo. Ed. ROSAMILHA, Nelson. Psicologia do jogo e 
a aprendizagem infantil. São Paulo: Pioneira, 1979. 
SILVA, Ana Paula Lucena Cardoso. O lúdico na educação infantil: concepções e 
práticas dos professores na rede municipal de campo grande. Campo Grande-MS: 
UCDB, 2006. 
Comp. Das letras, 1984. 
WALLON, Henri. Origem do caráter na criança. São Paulo. Ed. Ática, 1986. 
SANTOS, Valdeci da Silva. Educação cristã: conceituação teórica e implicações 
práticas. Disponível em:<www.mackenzie.br/.../Educacao_Crista_-
Conceituacao_Teorica_e_Impl>. Acesso em: 20 jun. de 2014. 
 
 
 
http://www.mackenzie.br/.../Educacao_Crista_-Conceituacao_Teorica_e_Impl
http://www.mackenzie.br/.../Educacao_Crista_-Conceituacao_Teorica_e_Impl
47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
APENDICE 1-Questionário-categoria Professor 
 
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL 
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA 
PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES-PARFOR 
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
TEMA: O Lúdico e o processo ensino aprendizagem na Escola de Educação Infantil 
Criança Feliz 
AUTORAS:Márcia Cristina Farias Louchard 
 Maria das Graças Palheta Louchard 
 
QUESTIONÁRIO DE PESQUISA 
 
Prof. (a):___________________________________________________________ 
Formação:________________________ Tempo de profissão:__________________ 
Escola: Municipal de Ensino Infantil Criança Feliz 
Curso: Jardim I e II (04 e 05) Cidade: Gurupá-Pa 
 
1-O que você entende sobre o lúdico na sala de aula? Você trabalhou com essa 
prática? Deu certo? 
R__________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________________ 
 
2- Qual a importância que as atividades lúdicas podem favorecer no processo ensino 
aprendizagem na educação infantil? 
R__________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________________ 
 
49 
 
3- De que maneira o lúdico pode contribuir para o processo de socialização da 
criança na Educação Infantil? 
R__________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________________ 
 
4- No seu entendimento, que atividades lúdicas são capazes de contribuir na 
aprendizagem da criança na Educação Infantil? 
( ) jogos 
( ) brincadeiras 
( ) outros 
Quais?______________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
5- Você enfrenta dificuldades em sala de aula para trabalhar com a ludicidade? 
( ) sim ( ) não 
Quais?______________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
6- Você considera importante a prática do lúdico nas escolas? Comente: 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
APENDICE 2 – Carta enviada aos respondentes da pesquisa 
 
 
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL 
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA 
PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES 
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
 
 
 
Prezado (a) Sr.(a), 
 
 
Somos graduandos. Estamos desenvolvendo um Trabalho de Conclusão do Curso - 
TCC, sob a orientação da Profª. Msc. Ana Claudia Oliveira Machado, intitulado “O

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