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CECS – CENTRO DE ENGENHARIA, MODELAGEM E CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS EXPERIMENTO 3 – ALETAS ADRIANO DINIZ SILVA LIMA - RA: 11100411 JACLES MARTINS COELHO NETO - RA 11117513 LETICIA MENDES - RA: 21070014 MOHAMAD HUSSEIN NASSER - RA: 11024115 VICTOR ANDRADE DOS SANTOS - RA 21074413 PROFESSORA: JULIANA TÓFANO DE CAMPOS LEITE ENTREGUE EM: 19/11/2019 Santo André, novembro/2019 Sumário RESUMO 3 1 INTRODUÇÃO 4 2 OBJETIVOS 4 2.1 OBJETIVOS GERAIS 4 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 4 3 MATERIAL E MÉTODOS 5 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 7 5 CONCLUSÃO 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 11 RESUMO As aletas são superfícies estendidas a partir de uma superfície de um objeto, que possui o intuito de aumentar sua taxa de transferência de calor para o ambiente por meio do aumento da convecção. Existem variadas aplicações para as aletas na engenharia, entre elas a aplicação em transformadores, motores elétricos, trocadores de calor, motores de combustão interna, entre outras. No presente experimento, observa-se o processo de transferência de calor na aleta no decorrer do seu comprimento, também observando a sua temperatura em diversos pontos, assim como a diferença na troca de calor, para o material proposto que é o latão onde sua geometria era diferente das demais aletas e isso também deve ser levado em conta. 1 INTRODUÇÃO Um dos modos de aumentar a taxa de transferência de calor é através da ampliação da área superficial de troca térmica. Em diversos tipos de trocadores de calor, onde esse efeito é desejado, costuma-se estender essa área através da utilização de aletas. Esse aumento transferência ocorre porque as aletas aumentam significativamente a troca de calor por meio da convecção entre a parte sólida e o fluido adjacente, ampliando assim a taxa de transferência de calor (ÇENGEL, 2012). As aletas são empregadas em diversas áreas, tais como aeroespacial, automotiva, industrial, equipamentos de refrigeração de motores, transformadores elétricos, equipamentos eletrônicos, condicionamento de ar, trocadores de calor em geral. São importantes ferramentas em projetos com restrição de espaço para produção de trocas térmicas mais eficientes e de custos mais baixos. Aletas podem ser internas, externas, individuais ou contínuas. Podem apresentar variadas configurações e geometrias, entre planas, anulares e piniformes, com seção transversal uniforme ou variada, a depender de sua aplicação. Finalmente, estudar o desempenho de uma aleta é de extrema importância para determinar a sua eficiência e eficácia. Com esses parâmetros é possível comparar os efeitos de variação da geometria e do material, possibilitando encontrar a melhor relação custo-benefício na escolha da aleta. 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVOS GERAIS Verificar o comportamento de aletas, identificando o mecanismo combinado de transferência de calor por condução e convecção de diferentes materiais. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ● Estimar o coeficiente transferência de calor de convecção médio. ● Determinar a eficiência e a eficácia da aleta. ● Verificar o comportamento de aletas com geometrias e materiais diferentes. 3 MATERIAL E MÉTODOS 3.1 DESCRIÇÃO DOS MATERIAIS Nesta prática foram utilizados o Módulo de Transferência de Calor em Superfície Estendida TXC/SEB, marca Edibon (Figura 1), Console Eletrônico Serie de Transferência de Calor TSTCB, marca Edibon (Figura 2), aleta piniforme de latão de seção circular e paquímetro. Figura 1 - Módulo de Transferência de Calor em Superfície Estendida TXC/SEB, marca Edibon Fonte: Edibon (2019) Figura 2 - Console Eletrônico Serie de Transferência de Calor TSTCB, marca Edibon Fonte: Edibon (2019) 3.2 METODOLOGIA A aleta de latão foi inserida no módulo de transferência de calor com isolamento na ponta. O resistor, então, foi iniciado e aquecido até a temperatura de 60°C ser verificada no sensor ST 1. Devido a falhas no equipamento os sensores ST 0 e ST 2 não foram utilizados nessa medição. Assim, partindo de ST 1, as temperaturas correspondentes a cada ponto da aleta foram medidas. Retirou-se, então, isolamento da ponta da aleta e os mesmos procedimentos descritos foram feitos, porém, agora, partindo de ST 0 a temperatura de 70°C. Por fim, foram tomadas as medidas do comprimento e diâmetro da aleta, e as distâncias entre os sensores. Para comparação entre aletas de materiais diferentes, foram utilizados dados experimentais do grupo 5, para aleta de aço/latão hexagonal. 3.3 EQUAÇÕES UTILIZADAS Para aletas com área transversal uniforme, da equação da energia para uma superfície estendida é dada por 𝑑2𝜃 𝑑𝑥2 - m2𝜃 = 0 (1) em que m2 = ℎ𝑃 𝑘𝐴 (2) 𝜃 = T(x) – 𝑇∞ (3) sendo h o coeficiente convectivo em [W/m2K], P o perímetro da seção transversal em [m], k o coeficiente de condutividade térmica em [W/mK] e A a área da seção transversal em [m2]. No caso de aletas com transferência de calor nas extremidades, tem-se que 𝜃 𝜃𝑏 = 𝑐𝑜𝑠ℎ 𝑚(𝐿−𝑥)+(ℎ/𝑚𝑘)𝑠𝑒𝑛ℎ 𝑚(𝐿−𝑥) 𝑐𝑜𝑠ℎ 𝑚𝐿+ (ℎ/𝑚𝑘)𝑠𝑒𝑛ℎ 𝑚𝐿 (4) em que 𝜃𝑏= Tbase - T∞. q = √ℎ𝑃𝑘𝐴𝜃𝑏 𝑠𝑒𝑛ℎ 𝑚𝐿+ (ℎ/𝑚𝑘)𝑐𝑜𝑠ℎ 𝑚𝐿 𝑐𝑜𝑠ℎ 𝑚𝐿+ (ℎ/𝑚𝑘)𝑠𝑒𝑛ℎ 𝑚𝐿 (5) Já no caso de extremidades adiabáticas, tem-se que 𝜃 𝜃𝑏 = 𝑐𝑜𝑠ℎ 𝑚(𝐿−𝑥) 𝑐𝑜𝑠ℎ 𝑚𝐿 (6) q = √ℎ𝑃𝑘𝐴𝜃𝑏tanh mL (7) A efetividade 𝜀 e a eficiência 𝜂 são dadas por: 𝜀= 𝑞 ℎ𝐴𝑏𝜃𝑏 (8) 𝜂= 𝑡𝑎𝑛ℎ 𝑚𝐿 𝑚𝐿 (9) 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Nas Tabelas 1 e 2 apresentam-se os dados para aleta de latão circular, com isolamento e sem isolamento, respectivamente. Tabela 1 - Valores medidos e calculados para aleta de latão circular adiabática Latão Circular - Aleta Adiabática Condutância Térmica (W/mk): 109 Área transversal (m²): 9,5x10-5 Comprimento corrigido (m): 0,30275 Perímetro (m): 0,034558 Diâmetro (m): 0,011 Sensor T (ºC) x (mm) θ/θb m (m-1) h (W/m²K) η e ST-0 - 0,0000 - - - - - ST-1 60,0 31,0000 1,0000 0,0000 0,0000 - - ST-2 - 59,0500 - - - - - ST-3 49,0 89,8500 0,6452 4,8776 7,1314 0,6100 66,9692 ST-4 47,9 121,6500 0,6097 4,0676 4,9595 0,6846 75,0709 ST-5 37,4 151,8500 0,2710 8,5990 22,1643 0,3799 41,8052 ST-6 34,0 182,0500 0,1613 10,0222 30,1085 0,3281 36,1059 ST-7 33,0 211,4500 0,1290 9,6841 28,1108 0,3391 37,3257 ST-8 31,8 243,1500 0,0903 9,8884 29,3098 0,3324 36,5796 ST-9 29,9 273,3500 0,0290 12,9480 50,2536 0,2549 28,0605 ST-10 29,0 - 0,0000 - - - - Valores Médios 39,1111 - 0,3262 7,5109 21,5047 0,4184 45,9881 Fonte: Elaboração Própria. Tabela 2 - Valores medidos e calculados para aleta de latão circular sem isolamento Latão Circular - Aleta sem a ponta isolada Sensor T (ºC) x (mm) θ/θb m (m^-1) h (W/m²K) η e ST-0 70,5 0,0000 1,0000 - - - - ST-1 69,4 31,0000 0,9717 0,9253 0,2567 0,9746 392,9813 ST-2 55,0 59,0500 0,6015 8,6073 22,2069 0,3796 42,2477 ST-3 55,5 89,8500 0,6144 5,4214 8,8102 0,5652 67,0738 ST-4 45,5 121,6500 0,3573 8,4596 21,4514 0,3858 42,9853 ST-5 43,5 151,8500 0,3059 7,8002 18,2376 0,4160 46,6190 ST-6 41,4 182,0500 0,2519 7,5727 17,1894 0,4274 48,0193 ST-7 37,9 211,4500 0,1620 8,6093 22,2177 0,3795 42,2374 ST-8 36,8 243,1500 0,1337 8,2761 20,5311 0,3938 43,9381 ST-9 33,6 273,3500 0,0514 10,8573 35,3349 0,3034 33,4923 ST-10 31,6 - 0,0000 - - - - Valores Médios 48,9100 - 0,4450 7,3921 18,47070,4695 84,3994 Fonte: Elaboração Própria. As Tabelas 3 e 4 apresentam os dados do grupo 5 para aleta de aço/latão hexagonal, utilizados para comparação. Tabela 3 - Dados coletados e calculados para aleta aço/latão hexagonal adiabática Aço/Latão Hexagonal - Aleta Adiabática Condutância Térmica (W/mk): 63 Área transversal (m²): 9,5x10-5 Comprimento corrigido (m): 0,30275 Perímetro (m): 0,034558 Diâmetro (m): 0,011 Sensor T (ºC) x (mm) θ/θb m (m^-1) h (W/m²K) η e ST-0 58,0 0,0000 1,0000 - - - - ST-1 60,6 12,5000 1,0963 -7,3550 9,3721 1,0963 -48,2567 ST-2 41,0 42,3500 0,3378 25,6243 113,7568 0,3704 14,1911 ST-3 39,5 71,9500 0,2872 17,3413 52,1000 0,3148 20,9681 ST-4 40,4 101,6000 0,3176 11,2900 22,0832 0,3481 32,1351 ST-5 39,2 131,4000 0,2770 9,7690 16,5337 0,3037 37,0123 ST-6 36,3 162,8500 0,1791 10,5623 19,3281 0,1963 34,3062 ST-7 34,6 192,4000 0,1216 10,9503 20,7743 0,1333 33,1149 ST-8 34,2 222,0500 0,1081 10,0186 17,3894 0,1185 36,1187 ST-9 33,3 253,2000 0,0777 10,0903 17,6393 0,0852 35,8694 ST-10 31,0 - 0,0000 - - - - Valores Médios 40,7364 - 0,3457 10,9212 32,1085 0,3296 21,7177 Fonte: Elaboração Própria. Tabela 4 - Valores medidos e calculados para aleta de aço/latão hexagonal sem isolamento Aço/Latão Hexagonal - Aleta sem a ponta isolada Sensor T (ºC) x (mm) θ/θb m (m^-1) h (W/m²K) η e ST-0 65,0 0,0000 1,0000 - - - - ST-1 63,6 12,5000 0,9588 3,3639 1,9604 0,9588 108,1010 ST-2 51,0 42,3500 0,5882 12,5296 27,1986 0,5882 29,0222 ST-3 40,5 71,9500 0,2794 17,7216 54,4100 0,2794 20,5194 ST-4 41,5 101,6000 0,3088 11,5648 23,1713 0,3088 31,4433 ST-5 41,3 131,4000 0,3029 9,0884 14,3103 0,3029 40,0110 ST-6 37,7 162,8500 0,1971 9,9739 17,2348 0,1971 36,4587 ST-7 36,3 192,4000 0,1559 9,6604 16,1681 0,1559 37,6421 ST-8 35,5 222,0500 0,1324 9,1073 14,3700 0,1324 39,9279 ST-9 34,6 253,2000 0,1059 8,8682 13,6252 0,1059 41,0046 ST-10 31,0 - 0,0000 - - - - Valores Médios 44,7000 - 0,4029 10,2087 20,2721 0,3366 42,6811 Fonte: Elaboração Própria. O grupo 5 não inseriu as dimensões necessárias para calcular a área do hexágono, então foi feita uma aproximação com uma barra de seção circular. Condutância térmica considerada valor médio das condutâncias do aço e do latão. Apesar de frequentemente ser assumido que o coeficiente convectivo é constante e uniforme, os resultados mostram que isto não ocorre de fato. O h varia ao longo do comprimento da aleta, outro parâmetro que varia ao longo das superfícies estendidas é a temperatura, ambos fatores influenciam diretamente o coeficiente convectivo. O uso de aletas é mais eficaz para valores mais baixos de h, por isso são muito utilizadas para escoamentos em meio a gás e em transferência de calor por convecção natural. A mudança das condições de contorno para aleta mostram pouco desvio nos valores encontrados de transferência de calor, especial destaque para condição de tempetarua da ponta especificada, que apresentou uma diferença pequena para as comdições de extremidade adiabática e com convecção. Outro fator que influenciou nos resultados foi a condutividade térmica, pode-se notar que a transferência de calor e o coeficiente convectivo são diretamente proporcionais a este parâmetro, enquanto que a eficiência tem ligeiro aumento com a diminuição de T. 5 CONCLUSÃO Conclui-se que foi possível cumprir os objetivos propostos para o presente relatório. Levando em consideração os possíveis erros associados, seja por imprecisão e falha dos equipamentos ou algum erro operacional, os resultados obtidos podem ser diferentes dos resultados reais, porém foi possível entender o conceito de transferência de calor em aletas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS EDIBON. Heat Transfer Series - TSTCB. Disponivel em <http://www.edibon.com/en/files/equipment/TSTCB/catalog>. Acesso em 10 nov 2019. ÇENGEL, Y. A; Ghajar, A. J. Transferência de Calor e Massa: uma abordagem prática. 4º ed. Porto Alegre: McGraw Hill, 2012, 903p.
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