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TCC ATUALIZADO- 15-06-2018

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Prévia do material em texto

​​UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO
ESCOLA DE CIÊNCIAS, EDUCAÇÃO, LETRAS, ARTES E HUMANIDADES
CURSO DE PEDAGOGIA
Danielle Euzébio Angelo
Letícia Duarte Gomes
Tamires Alves de Souza Figueiredo
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS PARA A INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS DA UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO NA CIDADE DE DUQUE DE CAXIAS
​​​
Duque de Caxias
2018
Danielle Euzébio Angelo
Letícia Duarte Gomes
Tamires Alves de Souza Figueiredo
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS PARA A INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS DA UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO NA CIDADE DE DUQUE DE CAXIAS
Projeto de pesquisa apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina Investigação e Prática Pedagógica IV, do curso de Pedagogia, da Universidade do Grande Rio. 
Professor orientador: Marcio Simão de Vasconcellos 
​​
Duque de Caxias​​​
2018
Danielle Euzébio Angelo
Letícia Duarte Gomes
Tamires Alves de Souza Figueiredo
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS PARA A INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS DA UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO NA CIDADE DE DUQUE DE CAXIAS
Trabalho de conclusão de curso apresentado à Escola de Educação, Ciências, Letras, Artes e Humanidades da Universidade do Grande Rio como requisito parcial à obtenção do grau de Licenciatura em Pedagogia. 
Aprovadas em _______de _____________________ de 2018.
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________________
Prof. (Marcio Simão de Vasconcellos) – Orientador
Universidade do Grande Rio
_______________________________________________________
Prof. (título e nome do professor examinador)
Universidade do Grande Rio
_______________________________________________________
Prof. (título e nome do professor examinador)
Universidade do Grande Rio
DEDICATÓRIA
Dedicamos o presente estudo, as pessoas com necessidades especiais, assim como a seus familiares, uma vez que inicialmente, foi por conta deste citado anteriormente, que puderam existir mudanças como as que podemos ver, atualmente. Foi a partir da luta de familiares de pessoas com necessidades especiais, que ocorreram mudanças, a começar pelo modo o qual os deficientes eram vistos, como pessoas incapazes de viver de forma ativa e participativa em uma sociedade, e posteriormente, na inserção destes na sociedade, como parte pertencente da mesma. Dedicamos a vocês este trabalho, pois sem suas manifestações, não seria possível se conhecer o ser humano em sua totalidade, não em partes, uma vez que todos, de modo acentuado ou não, possui e pode vir a possuir certos tipos de deficiência.
Agradecemos a Jeová Deus, por inicialmente ter nos dado o fôlego de vida e por permitir que o sacrifício de seu filho Jesus Cristo, fosse dado para que pudéssemos ter a chance de viver novamente. Agradecemos por ser um Deus tão amoroso, atencioso e protetor conosco, fazendo com que nada nos falte, principalmente amor. Agradecemos pela sabedoria e pelo amor que foram a chave principal, para que pudéssemos iniciar esse curso e realizar essa pesquisa.
AGRADECIMENTOS
De Danielle Euzébio Angelo:
Mais uma vez agradeço Jeová Deus e ao seu filho, Jesus Cristo que em sua infinita grandeza e amor foram elementos principais em minha vida, desde antes de eu nascer, e depois só acrescentando amor, fazendo com que eu deparasse com pessoas extraordinárias. Ele é o responsável por tudo aquilo que tenho e que sou.
Agradeço ao meu grande amor Pablo Roberto Santos Andrade dos Reis por sempre ter sido tão perfeito em relação ao seu amor e cuidado. Sem você não teria descoberto que esse curso tem tudo haver comigo. Saiba que agradeço a Deus por ter você em minha vida, meu primeiro e grande amor, meu futuro marido. Obrigada por prover tudo, vestibular, concursos, materiais para concursos, documentações para provas e muitas outras coisas, daria um livro (risos). Agradeço por sempre acreditar que eu sou capaz, amo e sempre irei amar você.
Agradeço a minha família, aos meus pais Rosilene e Albert, por serem exemplos de pais, que cuidam, educam e dão muito amor e carinho para mim e meus irmãos, fizeram de nós pessoas boas. Que dão o seu melhor pra nós, que desde cedo me fizeram ver que é por meio da educação e muito trabalho que podemos mudar a realidade. Agradeço aos meus irmãos que é luzes em minha vida, minha Gabriele (Bel), meu pequeno Vinícius (Vini) que agora descansa, mas vive em meu coração e foi por conta dele que me interessei mais no curso de Pedagogia e no tema da monografia, minha Isabela (Isa) e meu Vitor (baby groot). Amo vocês!
Agradeço aos meus padrinhos Durvaneide e José Augusto (que agora descansa, mas que sempre amarei) por terem ajudado minha mãe, no que se refere a minha criação, obrigada por todo amor que depositaram em mim, amo vocês. Agradeço pelos irmãos de criação que me deram Fabiane, Fernanda e Rafael, pelos quais tenho muito amor.
Agradeço aos meus amigos da época de escola que mesmo não tendo mais tanto convívio, fizeram e fazem parte de mim, de quem eu sou sempre estiveram em meu coração e sei que sempre torcem pelo meu bem, amo vocês.
Agradeço as minhas parceiras de caminhada Alessandra, Letícia, Tamires, Paula e Ernanda, que fizeram parte de algo muito especial em minha vida, que foi minha formação acadêmica, cada uma com o seu jeito particular e especial de ser, mas que amo, que nossa vivência, nosso interesse pelo bem estar uma da outra, não acabe aqui, amo vocês.
Agradeço ao nosso professor orientador Márcio Simão de Vasconcellos, que nos orienta da melhor forma possível, e sempre está disposto a nos ajudar e sem qualquer sombra de dúvida, é o melhor professor de Investigação e Prática Pedagógica da Unigranrio.
Agradeço pelos professores os quais tive o prazer de ter, que sempre transmitiram muito conhecimento, fazendo-me ver que não há outra profissão melhor que a que eu escolhi seguir.
Agradeço principalmente aos exemplares: Afonso Senival Lins, que se foi, mas deixou muito de si pra nós, Sônia Maria Cerqueira de Brito e a Neide Ana Pereira Ramos, que sempre se mostrou ser uma professora disposta a ajudar o aluno, em quaisquer que sejam os problemas do mesmo.
De Letícia Duarte Gomes:
Primeiramente agradeço a Deus por todas as minhas conquistas e por me lembrar que sou mais forte do que penso.
Agradeço aos meus pais. Vocês são seres ímpares! Vocês foram os meus primeiros mestres e minha primeira inspiração; deram-me a base necessária para que construísse minha própria vida. A jornada não parecia ter fim, não foi fácil, mas teria sido impossível sem Deus e sem meus pais. De Deus vem tudo o que sei, tenho e sou. Preciosos exemplos de vida, humildade e caráter são sobrenomes para eles, Simone, Messias (em memória) e Almir. Meu pai me ensinou que mesmo quando não estamos fisicamente presente na vida das pessoas, somos queridos e seremos sempre lembrados por quem nos amam. Minha mãe me ensinou, dentre muitas lições, a importância de uma boa educação e sempre se derramou em dedicação sem pedir nada em troca. Meu padrasto me ensinou que não é o sangue que faz um pai, mas sim a sua capacidade de amar aquele que chama de filho. Em todo o caminho percorrido até aqui, existe muito de vocês, pois ninguém sorriu tanto com o nosso sorriso e nem sentiu tanto a nossa inquietude. Pais, saibam que são partes fundamentais dessa conquista. É com toda a certeza que vocês são merecedores desse sucesso. A vocês que me deram a vida e o amor, posso dizer com orgulho que essa conquista é nossa. AMO VOCÊS!
Agradeço aos meus irmãos, Messias e Lilian e a minha vó Laudiceia que me apoiaram com gestos e palavras ao longo dessa conquista. 
Fico muito feliz também de poder estar com meu noivo Joaquim Francisco Dias da Silva Antunes, que me acompanhou com muito carinho, amor e dedicação nessa trajetória. Saiba que você ocupou um lugar muito importante em minha vida. Amo-te imensamente. 
Agradeço também, a instituição na qual me formei, por ter me dado e tornado possível criar laços de amizade e irmandade com: Ernanda, Paula, e principalmente Alessandra, Danielle e Tamires, parceiras dentro e fora do curso de Pedagogia, amigas que levarei paratoda vida. 
Gostaria de agradecer o meu filho de quatro patas, Bob, meu cachorro, que me esperava todos os dias chegar da faculdade para brincarmos. 
Aos mestres, digo que suas experiências contadas e vividas foram muito significativas para mim. Agradeço especialmente as professoras Maria Luiza (Malu), Sonia Cerqueira e Neide Ana Pereira por ter transmitido tanto conhecimento e compartilhado tantas estratégias pedagógicas. Agradeço ao professor Afonso Senival que já não está mais entre nós, mas, que partiu deixando muito para seus alunos. O senhor será sempre um exemplo para nós pedagogos. Não podia me esquecer da professora Nádia Aquino, que apesar de não estar mais integrada a equipe, ainda sim foi fundamental para minha formação. Darei continuidade a tudo que me foi transmitido.
Dito isso, só tenho a agradecer a vocês por tudo. Obrigada!
 De Tamires Alves de Souza Figueiredo:
Enfim mais uma etapa da vida concluída, uma semente plantada a quatro anos atrás, hoje se torna uma linda árvore que apresenta seus frutos através do seu TCC. Com certeza tenho muito a agradecer. Quero agradecer em primeiro lugar a Deus, pois sem Ele nada disso seria possível, Ele proveu cada detalhe da minha formação, colocou pessoas abençoadas em minha vida que me ajudaram desde antes do início dessa caminhada acadêmica. Obrigada Senhor, pelo ar que eu respiro, pelo pão que me alimenta, pela saúde e pela alegria de concluir essa graduação. 
Gostaria de agradecer aos meus pais, que fizeram com que eu me tornasse uma pessoa íntegra de caráter e responsável. Obrigada pela minha criação.
Agradeço aos meus irmãos, que pôr inúmeras vezes entenderam os motivos de eu não estar presente em algumas saídas.
Agradeço aos meus patrões que tornaram essa graduação possível, através de uma conversa e com os custos completo do primeiro período dessa graduação.
Agradeço aos meus professores, todos de uma forma especial contribuíram para minha formação, alguns me acompanharam desde os primeiros períodos, outros mais recentes e ainda os que partiram durante essa caminhada, seja para outra instituição ou para outra dimensão como o querido Afonso Senival Lins. 
Em especial agradeço ao professor Márcio Simão de Vasconcelos que nos orientou com total dedicação neste TCC, e a professora Neide Ana Pereira Ramos que conseguiu algumas pessoas responsáveis na instituição para nos dar orientações e documentos para a conclusão do TCC.
Agradeço a todos os meus amigos, principalmente aos que estão na faculdade, obrigada Alessandra Andréia, Ernanda Simões, Paula Sallis e principalmente Danielle Euzébio e Letícia Gomes que escreveram esse trabalho junto comigo, obrigada por cada palavra de incentivo, elogios, puxões de orelha, choros e risadas. Amo vocês e acredito que nossa amizade vai durar por muitos anos.
Por fim, mas não menos importante, quero agradecer de forma especial ao meu esposo, Sidney Figueiredo da Costa Junior, você é um presente de Deus em minha vida, sem você eu não sei o que seria de mim. Obrigada por compreender as minhas crises existenciais, o meu desespero com cada trabalho, obrigada por me ajudar com a casa e as refeições, obrigada por cada abraço apertado, e principalmente obrigada por renunciar todas as coisas que gostaria de ter feito para que eu me formasse com êxito, você o fez. Te amo e te amarei por toda a minha existência. Ter o marido como você é um privilégio de poucas mulheres na face da terra.
Obrigada a todos que participaram dessa formação, seja direta ou indiretamente. Muito obrigada.
Esse é o começo de uma linda trajetória.
“Deficiência é uma questão de ponto de vista. Todos nós estamos expostos a um dia precisar lidar diretamente com a questão da deficiência. No entanto, estamos inseridos em um meio que ainda não trata o assunto com o devido merecimento.”
(Herbet Vianna)
RESUMO
Atualmente, têm-se ouvido muito falar em inclusão, ou seja, na inserção de uma pessoa com necessidades especiais, na sociedade, para sermos mais precisas, na educação, com o enfoque voltado para os anos iniciais e finais da educação básica, lembrando que tudo isso se deu e ainda está em constante transformação devido a luta de movimentos a respeito da inclusão, das mudanças nas leis, criação de leis a respeito da inclusão, das novas tecnologias de informação e comunicação, assim como da estrutura de prédios. Muito têm-se facilitado a vida dessas pessoas com necessidades educacionais especiais, fazendo que as mesma, deste modo levem uma vida de autonomia, onde são elas próprias quem conduzem sua própria vida, levando-as a conquistarem níveis mais elevados da educação, como o Ensino Superior .Por conta disso, nossa pesquisa está relacionada as práticas pedagógicas, voltadas para a inclusão, assim como as medidas tomadas nesses ambientes de Ensino Superior, para a realização de um atendimento especializado, em especial a Universidade do Grande Rio (Unigranrio),do Campi de Duque de Caxias. Tendo isso em mente, buscamos entender, como houve o surgimento da inclusão, qual seria o ideal de educação, voltado para o atendimento aos alunos com necessidades especiais, assim como buscamos esclarecer qual é a realidade dessa inclusão e as leis que dispõem sobre a mesma, além de observarmos se a Unigranrio está de acordo com o que está exigido em lei.
Palavras-chave: Inclusão; Educação; Ensino Superior; Práticas Pedagógicas; Leis; Ideal; Unigranrio.
ABSTRACT
At present, there has been a lot of talk about inclusion, that is, the insertion of a person with special needs in society, to be more precise in education, with the focus on the initial and final years of basic education, noting that all this has taken place and is still in constant transformation due to the struggle of movements regarding inclusion, changes in laws, creation of laws regarding inclusion, new information and communication technologies, as well as the structure of buildings. The lives of these people with special educational needs have been greatly facilitated, thus enabling them to lead a life of autonomy, where they themselves lead their own lives, leading them to achieve higher levels of education, such as Higher Education. Because of this, our research is related to pedagogical practices, aimed at inclusion, as well as the measures taken in these Higher Education environments, for the accomplishment of a specialized service, especially the University of Grande Rio (Unigranrio), of the Campus of Duque de Caxias. With this in mind, we sought to understand, as there was the emergence of inclusion, what would be the ideal of education, aimed at the care of students with special needs, as well as seeking to clarify what the reality of this inclusion and the laws that have the same , as well as whether Unigranrio complies with what is required by law.
Keywords: Inclusion; Education; Higher Education; Pedagogical Practices; Laws; Ideal; Unigranrio..
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................14
2. VOCÊ SABE O QUE É INCLUSÃO? ...................................................................16
2.1. Definição ......................................................................................................16
2.2. Educação inclusiva: surgimento ..................................................................17
2.3. O ideal e o real ............................................................................................20
3. MOVIMENTOS E LEIS QUE REGULAMENTAM A INCLUSÃO..........................22
3.1. Os movimentos e as políticas públicas da educação especial no Brasil... 22
3.2. Legislação sobre a inclusão.........................................................................24
3.3. Quem fiscaliza as leis e quais os resultados obtidos?.................................28
4. A PROPOSTA DE INCLUSÃO NA UNIGRANRIO...............................................30
4.1. Quando e como surgiu a inclusão? .............................................................30
4.2. Como é atualmente?....................................................................................314.3. Análise crítica da inclusão na Unigranrio.....................................................34
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................36
6. ANEXOS...............................................................................................................37
7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................44
INTRODUÇÃO
Este trabalho foi desenvolvido através de uma pesquisa bibliográfica, na Universidade do Grande Rio, em Duque de Caxias, onde observamos as práticas pedagógicas usadas pela atual Diretora da Escola de Ciências, Educação, Letras, Artes e Humanidades da Universidade do Grande Rio, Haydéa. Usamos a observação direta e uma pesquisa nos documentos cedidos pela universidade, que continha a trajetória da inclusão dos docentes portadores de alguma debilidade escolar. Todos os dados coletados foram analisados criticamente para que possamos entender como funcionam as práticas pedagógicas para a inclusão de alunos com necessidades especiais no curso superior, em especial na escola de educação na universidade do Grande Rio.
O tema foi escolhido na expectativa de obter conhecimentos claros sobre a inclusão de alunos com necessidades especiais no ensino superior. Com o decorrer das leituras e a vivência no nosso ambiente de trabalho, percebemos que a inclusão não depende somente do professor, mas também do gestor, pois o mesmo vai acolher o aluno com necessidades especiais na unidade escolar. Durante uma conversa informal com a professora Haydéa, surgiu um interesse pelas práticas pedagógicas adotadas no acolhimento e aprendizado de alunos especiais que ingressam no curso de superior.
Sabemos que a educação é um direito para todos (LDB 9394/96). Assim, acreditamos que os alunos com algum tipo de transtorno ou deficiência têm o direito de estar em uma sala de aula regular com suas necessidades especiais sendo atendidas, visto que, não deve haver distinção e sim a garantia do processo e participação, o que é garantido pela legislação vigente.
Por isso, nossa questão é: de que forma foram desenvolvidas as práticas pedagógicas para a inclusão de alunos com necessidades especiais da Uniganrio na cidade de Duque de Caxias?
Nesse sentido, a pesquisa importa, pois se busca entender a prática pedagógica abordada pelo gestor em relação ao acesso do aluno na universidade e sua permanência, atendendo suas necessidades acadêmicas. Compreendemos que é fundamental descrever como é feito o apoio especializado, desde as salas de aula até os materiais didáticos.
O gestor deve ser pesquisador para que possa aprender a trabalhar e valorizar as diferenças e as diversidades existentes no campus da universidade em prol da valorização desse aluno, oferecendo uma formação completa, sem lacunas em todo o processo da graduação.
A escolha do tema foi feita a partir do interesse pelas práticas pedagógicas adotadas por um gestor universitário para o atendimento pleno de seus educandos.
Como já foi citado, sabemos que a educação é um direito para todos. Assim, enfatizamos que os graduandos com algum tipo de transtorno ou deficiência tem o direito de estar em uma sala de aula regular junto aos demais alunos, atendendo suas debilidades sem excluí-las, visto que, como partes integrantes, não deve haver distinção e sim a garantia do processo e participação independente de suas deficiências.
Tendo isso em mente, o objetivo da pesquisa é investigar as práticas pedagógicas da gestão universitária, para a inclusão de alunos com necessidades especiais da Universidade do Grande Rio na cidade de Duque de Caxias. Além de descrever as práticas pedagógicas que envolvem o ambiente universitário na Unigranrio, indicar as leis que regulamentam a educação inclusiva, compreender o suporte pedagógico aos docentes em assuntos referentes à educação Inclusiva na universidade e analisar a metodologia de inclusão na Unigranrio.
2. VOCÊ SABE O QUE É INCLUSÃO?
Elaboramos esse trabalho, tendo como tema Inclusão, visando compreender de uma forma mais detalhada, os seguintes itens: o que é inclusão? Quando e porque a inclusão começou a ser pensada? Como e quando a inclusão teve seu início a quem integra? Quais leis a asseguram? Quais foram os movimentos que defendiam a inclusão e de que forma tais movimentos acrescentaram para que houvesse inclusão? Além de buscarmos compreender como funcionou a inclusão e de que forma a inclusão funciona atualmente. Desta forma, visamos aprofundar nossos conhecimentos e saberes a cerca disso.
2.1. Definição
A inclusão se trata de um movimento mundial, que visa não somente a inserção de uma pessoa, sendo essa pessoa deficiente ou não, na sociedade, mas também uma forma de fazer com que mesma participe dessa sociedade, tendo condições propícias para o seu desenvolvimento e para a sua atuação na sociedade. Sendo assim, a inclusão é um movimento de luta mundial de pessoas que têm deficiência, de seus familiares e também de pessoas que não as obtém, na busca dos seus direitos e lugar na sociedade. Uma sociedade inclusiva é aquela que independente do cidadão mais privilegiado ao mais comprometido, possa contribuir com suas qualidades para o bem comum. 
O movimento mundial busca por uma educação inclusiva, na qual luta pelo direito de todos os alunos, independente se possui deficiência ou não, e de seu grau de deficiência, possa aprender juntos, aprendendo e participando, sem nenhuma discriminação. E para isso, é necessário um modelo educacional que se baseie na concepção de direitos humanos.
Esse assunto vem sendo bastante discutido, pois é necessário repensar a forma de exercer a sua função institucional, e a inclusão é determinada por lei, a Constituição Federal de 1988, por exemplo, que em seu artigo 206, inciso I, garante a igualdade de condições de acesso e permanência na escola, e enquanto cidadãos, vemos que as instituições de ensino não estão preparadas para receber e trabalhar com o diferente, porém precisamos buscar condições para atender a diversidade. Para isso, é necessário elaborar políticas públicas que visem a inclusão.
Apesar das políticas públicas estarem pautadas na inclusão educacional, vemos simultaneamente situações de exclusão, segregação e integração. Vemos situações e que as instituições de ensino apresentam resistência e preconceito à inclusão de alunos, utilizando até como discurso que podem prejudicar o desempenho da escola em avaliações nacionais.
É necessário também que haja uma alteração dos padrões dos sistemas educacionais para que possam ser centrados mais no aluno, levando em consideração as suas potencialidades e não apenas nas disciplinas e seus resultados.
Portanto, são necessárias mudanças para que haja de fato a inclusão. É importante vencer obstáculos, além da política, práticas pedagógicas e dos processos de avaliação. Devem-se fazer o uso de novas ferramentas tecnológicas e buscar investimentos em capacitação, atualização, sensibilização, envolvendo toda a comunidade escolar. É relevante enfatizar a formação do profissional para embrenharem-se as discussões teóricas e práticas, acomodando dados com a finalidade de melhoria do processo de ensino aprendizagem. Leva-se em conta que cada aluno existe de uma forma singular, cabendo ao outro a conscientização de saber respeitar seus interesses, suas ideias e desafios para novas situações. 
2.2. Educação Inclusiva: surgimento
(SASSAKI (2005) diz que embora as primeiras experiências em inclusão tenham sido feitas na segunda metade de 1980, foi na década de 1990 que a maioria tomou conhecimento da importância de uma escola de qualidade e aberta, escola essa que envolve uma educação inclusiva, acessível a todos que possuem qualquer tipo de deficiência, seja mental ou física. Antigamente não havia inclusão, mas a criação de escolas separadas, a escola regular para quem não possuía nenhum tipo de deficiência, e a escola especial, como o próprio nome já diz, a que foi feita para alunos que possuem algumtipo de deficiência, especialidade. Na escola regular poderia ter a inserção de alunos com especialidade, desde que se fossem capazes de acompanhar o restante dos alunos sem especialidade.
Visto isso, a elaboração de um modelo social da deficiência, a qual foi elaborado por entidades de pessoas com deficiência, e esse modelo aponta as barreiras que a sociedade põe, que acaba impedido, prejudicando o desenvolvimento de pessoas com deficiência na sua tentativa de inserir-se no meio social, onde são perceptível, os ambientes nos quais as pessoas com deficiência possam se encaixar, ou seja esses lugares ficam restritos às pessoas com necessidades especiais.
Dentre as pesquisas realizadas sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação, foi possível perceber que seu uso, auxilia as pessoas com alguma deficiência, no processo de inclusão, melhorando assim, a sua comunicação com a sociedade em que vivem. Uso esse que favorece não somente as pessoas com deficiência, mas também as sem especialidades, visto que, que todas as pessoas sem exceção, necessitam de estímulos que melhorem sua integração com o meio social, participando assim, ativamente do processo no qual está inserido. E é da escola quem deve oferecer as oportunidades para as crianças, visando o seu desenvolvimento, com o uso das TIC’s, por exemplo, que propicia um trabalho pedagógico totalmente inclusivo, ou seja, o aluno com ou sem deficiência, tem seu lugar na sociedade, como ser humano que é possuidor de direitos. SASSAKI ressalta a importância do uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC’s) por pessoas com deficiência e ressalta também as TIC’s, como uma direção a ser tomada para se obter um real aprendizado. Assim como o processo de inclusão, como bem visa o texto, as tecnologias de informação e comunicação devem chegar a todos no caminho educacional, com a finalidade de melhorar a interação e o aperfeiçoamento das habilidades, além de trabalhar com dificuldades, visando o desenvolvimento de todos os alunos, através das tecnologias de informação e comunicação.
(Sanchez (2005) analisa o conceito de diversidade no campo educacional inclusivo, conceito este que, de início foi compreendido como um escape para uma boa adequação da educação especial, mas ao certo não foi assim, visto que tal conceito de diversidade se referia a aceitação de tudo o que se divergia do “visto como natural”, ou seja, tal conceito foi analisado com a perspectiva de uma educação de qualidade para todos. Visava não somente a discriminação de pessoas com deficiência, mas também as que possuem culturas e gêneros diferentes. A autora diz, ainda que, segundo Bellard, todos os alunos, sem exceção, tem o direito de ter acesso a um currículo rico culturalmente.
Surge então de um contexto cheio de necessidade no que se refere a diversidade, nos Estados Unidos, um movimento chamado REI (Regular Education Iniciative - Iniciativa da Educação Regular), movimento esse composto por profissionais, pais de pessoas com deficiência. Tal movimento lutava, destaca a autora, pela reestruturação da educação especial, sobretudo, pela recuperação em que tantos alunos estavam imersos pelo simples fato de pertencerem a um grupo étnico minoritário. A educação e caráter educacional, devido a diversos fatos precisam ser melhorados, a partir daí houve o importante trabalho realizado pelos organismos tais como a UNICEF e a UNESCO, que defendiam uma educação que estivesse ao alcance de todas as crianças em idade escolar.
(Mantoan (2005) aborda brevemente sobre, o crescimento evolutivo da educação especial no Brasil, e também os obstáculos que a educação especial enfrenta e já enfrentou ao longo do tempo. O primeiro avanço se deu pelo fato de que a Constituição Federal de 1998 assegurou a todas as crianças brasileiras o direito de “ser”, tendo assim o direito à igualdade de condições de acesso e permanência na escola, logo, embora existam os preconceitos que tem suas origens, sexuais, raciais, relacionados à idade, ou seja, lá qual for a outra forma de preconceito, a promoção do bem de todos, está em nossa república como um dos nossos objetivos fundamentais, e por causa desses dispositivos constitucionais e legais que não se poderia negar a todos os alunos brasileiros, como bem diz a autora, o acesso a uma mesma sala de aula nas escolas comuns. A autora relata que a história da educação especial teve início no século XXI, seu modelo era assistencialista e segregador, assim como os modelos norte-americanos e europeus que seguia.
Ao longo dos tempos, esse modelo deixou de ser seguido, visto que a pessoa com confidência é um ser legítimo detentora do direito a educação, e segundo Mantoan, atualmente, ainda há o conservadorismo de algumas instituições e se faz necessário que as pessoas que defendam a inclusão escolar, efetivarem novas propostas a fim de criar mobilização com o instituto de darem fim ao protecionismo, ao paternalismo e aos argumentos que pretendem justificar a incapacidade de fazer jus ao que todos os alunos, sem distinção, merecem.
Afirmam que a inclusão nada mais é que um movimento mundial de luta das pessoas com deficiência e seus familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade, (Santos e Batista (2015). Uma sociedade inclusiva é aquela que independe do cidadão mais privilegiado ao mais comprometido, possa contribuir com o seu melhor talento para um bem comum (Werneck (2003). O movimento mundial busca por uma educação inclusiva, na qual luta pelo direito de todos os alunos, independente se possui deficiência ou não, e de seu grau de deficiência, possa aprender juntos e participar sem nenhuma discriminação, para isso é necessário um modelo educacional que se baseie na concepção de direitos humanos. Os autores relatam que apesar das políticas públicas estarem pautadas na inclusão, segregação e integração, veem situações em instituições de ensino apresentam resistência e preconceito à inclusão dos alunos, utilizando até de discursos de que pode prejudicar o desempenho da escola em avaliações nacionais. Portanto, para que inclusão educacional seja uma realidade é fundamental que haja mudanças, é necessário rever uma série de barreiras, além de política, prática pedagógica e processos de avaliação. Os autores ressaltam a importância da utilização do currículo como metodologias flexíveis, levando em conta a singularidade de cada aluno, respeitando seus interesses, suas ideias e desafios para novas situações, investir na proposta de diversificação de conteúdos e práticas que possam melhorar a relação entre professor e aluno.
2.3. O ideal e o real. 
A inclusão consiste no ato de incluir pessoas com deficiência na plena participação de todo o processo educacional, laboral, de lazer, bem como em atividades comunitárias e domésticas, tendo compromisso de levar qualidade de vida de pessoas que apresentam necessidades especiais (TESSAROTTO (2009).
O próprio termo utilizado para o assunto abordado é peculiar, pois, só se inclui o que está ou se considera excluído. Para que se possa trabalhar de forma adequada com a inclusão é preciso ressignificar o processo de construção do indivíduo, fazendo com que ele conheça o princípio fundamental da educação inclusiva e da comunidade humana, que é a valorização da diversidade, que por sua ​​​​​​​​​​​vez é um fator essencial e não impede a interação aos grupos.
TESSAROTTO diz que a questão da inclusão ainda é bastante polêmica. Isso se dá pelo fato de que alguns professores se habituaram a um trabalho homogêneo. Sendo assim, não levam tanto em consideração a questão da diversidade, que como já foi dita, é a peça fundamental para a conscientização e aceitação da inclusão. O professor homogêneo tende a comparar determinadas deficiências a fracassos, adquirindo no aluno com necessidades especiais uma responsabilidade muito grande de seus erros.
Ainda assim, são existentes dois fatores para que a inclusão seja necessária. O primeiro é entender o conceito de diversidade humana e, o segundo é que o deficiente seja ouvidoem sua expectativa para que a própria sociedade prepare-se para atendê-lo. 
Por força das regras adotadas em nosso país (Declaração de Salamanca, 1994), os alunos com necessidades especiais devem ser matriculados no ensino regular, cabendo as escolas a se adequarem ao atendimento que é de direito. Conquanto, o assunto ainda carece de discussões, por volta que, sua realidade é bem diferente. Isso se dá por conta de que alguns professores e diretores apresentam queixas em relação à inclusão, pois, ainda há despreparo pela falta de especialização do professor lidar com a situação, repassando assim o assunto para a área da saúde. Em muitas escolas ainda não possuem adequação para receber o tipo de alunado com debilidades, sem contar no número excessivo de alunos em sala de aula regular e a questão do preconceito.
O mundo está em constante mudança e vem evoluindo ao longo dos tempos, isso é um fato marcante. Devido a globalização, ligamos pessoas em todos os pontos do planeta em tempo real. Hoje a sociedade tem a visão de que essa tecnologia da informação permite grandes oportunidades que antes não existiam. Atualmente oferece troca de experiências tanto de seres humanos ditos normais como os deficientes, há também um leque de oportunidades trabalhistas para que ambos possam ingressar na vida profissional. É por meio dessa troca de experiências que pode se obter a contribuição. Com isso, deve-se caminhar buscando sempre o ideal, evitando as restrições e destacando o caráter humanitário oferecendo possibilidades a todos para que possam compartilhar e participar, ofertando a sua contribuição para o mundo.
3. MOVIMENTOS E LEIS QUE REGULAMENTAM A INCLUSÃO.
Neste capítulo buscamos esclarecer os principais movimentos sociais e as políticas públicas que ajudaram a regulamentar a educação especial no Brasil, dando suporte para que as leis fossem escritas e colocadas em prática.
Durante muitas décadas essa discussão vem se aprofundando e modificando o pensamento de muitos teóricos, o que vem consequentemente modificando a legislação vigente. Buscamos também saber se tudo o que está nos documentos tem sido colocado em prática, quais resultados foram obtidos e quem fiscaliza se as instituições têm cumprido o que a lei determina.
3.1. Os movimentos e as políticas públicas da educação especial no Brasil.
É de conhecimento de todos a existência de leis que regulamentam garantem os direitos de todas as pessoas deficientes em nosso país, mas a grande maioria não sabe, que para que as leis fossem determinadas, houve todo um movimento e muitas políticas públicas até que o desejado se tornasse realidade.
Durante anos foram feitas diversas mudanças e a para que nosso país projetasse uma educação inclusiva, e não mais excludente, enfrentando assim as dificuldades nas estruturas de acesso físico das escolas, a falta de preparo dos educadores e a adequação das didáticas oferecidas para os alunos da educação especial.
(NASCIMENTO (2015) diz que apesar de nossa legislação terem avançado o maior obstáculo encontrado na inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais ainda persiste no país. Todos os cidadãos brasileiros têm direito ao acesso de tudo que o país possui, ou seja, todos tem direito a educação, isso não é diferente das pessoas com qualquer tipo de deficiência. O sistema de educação para estas pessoas deve ser inclusiva, em todos os aspectos, e também deve garantir além do acesso, a permanência e o aprendizado de todos os educandos. Contudo para que venha acontecer a introdução de educandos com deficiência na escola, é preciso que haja políticas públicas que realmente façam a determinação, do que fazer e como fazer para que a educação seja realmente inclusiva em todos os aspectos.
Segundo a autora (NASCIMENTO (2015) ao analisar dois autores que fazem uma análise crítica sobre as políticas públicas, ela chega a conclusão de que:
“Políticas públicas enquanto intervenção pública na realidade social, que passa peça esfera estatal, também definida a partir da correlação de forças entre os diversos atores sociais.”
(NASCIMENTO (2015, p.2061)
Foi na década de cinquenta que se iniciou a movimentação dos governantes em relação à educação especial no Brasil, depois que instituições privadas começaram a agir junto com o Governo Federal, porém até a década de sessenta, as instituições privadas eram as grandes responsáveis pela educação especial. Nesta década os alunos deficientes não possuíam uma educação especializada na rede pública de ensino. No entanto houve a criação do Centro Nacional de Educação Especial (CENESP), por parte do Ministério da Cultura para a efetivação de uma política de âmbito nacional, focada para educação especial, com o apoio do MEC no ano de 1973.
(NASCIMENTO (2015) cita que movimentos não governamentais foram à força que influenciou e possibilitou a inclusão, esses movimentos eram e são filantrópicos, os dois mais presentes foram a Associação de Pais e Amigos dos Alunos Excepcionais (APAE) e a Pestalozzi, que atuaram pressionando o governo durante a criação da Lei de Diretrizes e Base da Educação (LDB) em 1961.
Todo o discurso e elaboração de metas e leis para a educação inclusiva é muito recente, o que é muito triste, porém algo vem acontecendo ao longo dos anos, mudanças realmente relevantes trazem um alento aos responsáveis (família dos alunos especiais), e dos educadores que lutam por esse ideal. Sendo assim a UNESCO no ano de 2000, começou a influenciar as políticas públicas educacionais do Brasil, com discurso inclusivo.
Apesar de todo o discurso, organização, movimentos, leis, entidades filantrópicas, muitos ainda possuem um olhar segregado, acreditam que a turma de classe regular é separada da educação especial, na verdade essa luta de anos nos mostra o contrário, a inclusão ocorre na classe regular, apesar de haver a sala de recursos que atendem os alunos especiais no contra turno e os demais especialistas de acordo com cada patologia. Isto está documentado na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva de 2008, segundo a autora Suzete Viana Nascimento.
3.2. Legislação sobre a inclusão.
Dá-se por lei, basicamente como: norma que deve ser seguida obrigatoriamente, tal norma pode ser implementada tanto para estabelecer um direito, quanto para estabelece um dever. Desta forma, são leis que contribuem para a inclusão: Constituição Federal de 1988, que em seus artigos 205, 206, 208 e 213 preveem respectivamente:
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Tal artigo faz-se de extrema importância uma vez que ressalta explicitamente a educação como um direito de todos, com ou sem deficiência, ou seja, não ocorre nenhum tipo de distinção e coloca pela primeira vez o Estado como um dos principais responsáveis para que todos os indivíduos tenham a oportunidade de desenvolver-se plenamente, como cidadão que têm o direito de participar ativamente na sociedade em que vive.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I- igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
Este por sua vez expõe a importância de não só fazer com que os alunos frequentem as escolas, mas também que tenham condições para chegar até ela, por exemplo, os meios de transporte que facilitem a locomoção dos alunos, estes que, muitas vezes apresentam problemas financeiro-econômicos, mas não se trata somente disso, é algo mais amplo que envolve também a estrutura escolar, como salas de aula, banheiros, corredores, que possam ser utilizados por todos, principalmente pelos deficientes, sem que haja qualquer tipo de dificuldade. E a permanência, quando ligada à questão pedagógica, no que tange aos métodos, recursos, conteúdos, e também a limpeza.
Art. 208. O dever do Estado com a Educação será efetivado mediante a garantiade:
III- atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
O artigo 208 é de suma importância, pois coloca como necessário, um atendimento especializado, ou seja, embora o aluno que portador de deficiência esteja incluso, dentro de sala de aula, é importante que seja realizado com ele, uma espécie de trabalho diferenciado, que vai variar de acordo com a sua deficiência, sendo assim, cabe ressaltar, que não são todos os profissionais da educação, no caso, os professores, que capazes de trabalhar com este tipo aluno, de modo que os seus conteúdos, materiais sejam adaptados há ele. Embora seja o que mais vemos atualmente, alunos cujos quais, já com suas debilidades, tendo ainda que se adaptar ao que lhe é, de certa forma, imposto.
A Lei n° 7.853 de 1989, ressalta que o apoio dado às pessoas portadoras de deficiência, no que tange a sua integração com o meio social, o que fica sob a responsabilidade da CORDE, além de ressaltar a definição de crimes e outras providências cabíveis ao Ministério Público.
Em seu artigo 20, a lei 7.853 de 1989, dispõe que cabe ao poder Público e a seus órgãos, o asseguramento ás pessoas portadoras de deficiência, a contemplação dos seus direitos básicos, como o exercício do direito à educação, à saúde, a previdência social, ao trabalho, ao lazer, entre outras que, ainda segundo a lei, proporcione seu bem estar, todas advindas de leis. Dispõe ainda que, o tratamento para tais, deve ser prioritário e adequado, além de estabelecer tais medidas, como a inclusão do indivíduo no meio educacional; oferecimento obrigatório de programas voltados para a Educação Especial no sistema público de ensino; a matrícula compulsória da mesma ao sistema regular de ensino, uma vez que a mesma seja capaz, ou seja, tenha condição de integrá-lo, os alunos especiais também têm os mesmos direitos que os ditos normais, como material, merenda escolar, além de bolsa de estudos.
A Lei n° 8069 de 1990, por sua vez, além de expor sobre o estatuto da criança e do adolescente, a mesma em seu capítulo IV, artigo 53, diz que a criança e o adolescente têm direito à educação, uma educação que por sua vez, garanta ao educando seu pleno desenvolvimento, além da preparação do mesmo para a cidadania e sua qualificação para o trabalho, oferecendo-lhes desta forma, igualdade de condições, permanência e um atendimento educacional que seja especializado, ou seja, de acordo com suas necessidades educacionais.
Lei n° 8859 de 1994: Foi criada para alterar a lei n° 6494 de 1977, que dava direito à participação em atividades de estágio, somente aos não portadores de necessários, desta forma, a lei n° 8859 de 1994, foi criada para incluir os alunos do ensino especial o direito a participação deste, em atividades de estágio. Em seu artigo1°, diz que as jurídicas, órgãos e instituições devem aceitar estagiários regularmente matriculados em cursos do ensino público e particular. Trazendo também em seu 1° parágrafo, que os mesmos devem estar frequentando qualquer curso em qualquer nível, sendo superior ou profissionalizante.
Lei n° 10.098 de Março de 1994: A lei em epígrafe dá o estabelecimento de normais gerais, além de alguns critérios básicos para que seja promovida a acessibilidade das pessoas que são portadoras de deficiência ou que apresentam a mobilidade reduzida, afim de que não exista nenhuma espécie de empecilho que possa prejudicar as pessoas portadoras de deficiência quanto a sua capacidade de locomoção em qualquer que seja o meio em que esteja situado.
Em seu 2° capítulo, trata dos elementos da urbanização, no que tange ao planejamento dos espaços de utilização pública, de modo que os mesmos sejam acessíveis a todos independentes de suas necessidades. O que vai desde simples passagens de pedestres, a utilização de banheiro destinado ao uso público, uma vez que todos estes estejam de acordo com as normas da ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas. Em seus capítulos que vão do 3° ao 8° trata respectivamente, do desenho e da localização do imobiliário urbano; da acessibilidade nos edifícios públicos ou de uso coletivo; da acessibilidade nos edifícios de uso privado; da acessibilidade nos veículos de transporte coletivo, da acessibilidade nos sistemas de comunicação e sinalização; de disposições sobre ajudas técnicas e das medidas de fomento à eliminação de barreiras, cujas quais visam respectivamente, dentre outras medidas: as instalações de sinais de tráfego, semáforos e outros quais querem elementos verticais de sinalização, de forma que não impeçam, nem dificultem o usufruto dos mesmos; os edifícios de uso coletivo deverão ser acessíveis a todos, ressalvo alguns requisitos de acessibilidade; a instalação obrigatória de elevadores em edifícios de uso privado ressalva alguns requisitos mínimos; os veículos que realizam o transporte coletivo deverão atender a alguns requisitos de acordo normas técnicas específicas; expõe que o poder público ficará responsável por eliminar barreiras que por sua vez prejudicam ou possam prejudicar a comunicação; o poder público, com a ajuda das normas técnicas, realizará a eliminação das barreiras, de quaisquer que sejam seus meios.
E por fim, em seu capítulo X, traz algumas disposições finais, dentre as quais cabe destacar, a promoção de campanhas cujos objetivos visam conscientizar e sensibilizar a sociedade a respeito da questão de acesso da pessoa portadora de deficiência.
Lei n° 9394/96: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seu capítulo V, trata da educação especial, que ainda segundo a mesma, em seu artigo 58, é uma educação voltada para alunos portadores de necessidades especiais, a mesma ainda aponta que ocorrerá um serviço especializado, ou seja, de acordo com as necessidades dos alunos, quando houver necessidade. A lei n°9394/96, coloca a educação especial como dever do Estado, tendo ela, no caso, a educação especial, seu início, ainda na educação infantil que ocorre de 0 a 6 anos de idade. Dentre o que foi assegurado pelos sistemas de ensino, está o asseguramento de recursos específicos, assim como o de conteúdos, para que seja efetivado um atendimento de acordo com as necessidades dos educandos por sua vez. Além disso, em seu artigo 59, inciso IV, a lei em questão ressalta que a educação especial também é voltada para o mercado de trabalho, mas ocorre com o intuito de fazer com que ocorra a integração das pessoas portadoras de deficiências, no meio social, na sociedade em si.
Lei 10.172 de 2001, que aprova o Plano Nacional de Educação (PNE), dá também outras providências, que por sua vez visam, dentre outros objetivos, a qualidade da educação, onde ficam sob a responsabilidade dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, a elaboração de estratégias que deverão ocorrer a cada dez anos, tendo como base, o próprio Plano Nacional de Educação, dentre outras providências que foram tomadas por essa lei: além de ter como objetivo a melhoria da qualidade da educação, está entre os objetivos desta lei também, a redução das desigualdades assim como anseio por uma gestão democrática nas redes de ensino público.
O Plano Nacional de Educação, também traz consigo metas para que seja conquistada a melhoria que almeja no que tange a educação infantil, está à adequação da infraestrutura ás característica das crianças especiais. Já no que se refere ao ensino fundamental e médio, traz como meta a adaptação dos edifícios escolares para o atendimento dos alunos portadores de necessidades especiais, ajudando assim, a nosso ver, a garantir a facilidade de acesso do aluno. Já no Ensino Superior, entre suas metas está o estabelecimento de metas, em escala nacional, de diretrizes curriculares que seja flexível e diversificada quanto aos seus programas de estudos oferecidos pelas diversas instituições de ensino superior. E por fim, no que se refere diretamente à educação especial, está à inclusão ou ampliação de habilidades específicas tanto no nível de graduação quanto na pós-graduação,com o intuito de formar pessoal especializado em educação especial, infraestrutura adequada, oferecimento de transporte escolar adaptado, para os alunos que por conta de suas especificidades, tenham dificuldade de locomoção.
Lei 10.436 de 2002: Em seu artigo 1°, reconhece a Libras- Língua Brasileira de Sinais, como uma forma legítima de se comunicar e se expressar. Consecutivamente em seu artigo 4°, a lei em questão ressalta ainda que os sistemas educacionais Municipais, Estaduais, Federal e do Distrito Federal devem garantir o ensino da Língua Brasileira de Sinais como parte que compõe os PCNs- Parâmetros Curriculares Nacionais, em curso de formação de Educação Especial, assim como de Fonoaudiologia e de Magistério, no que tange tanto ao nível médio quanto ao superior.
Cabe ressaltar que embora as leis anteriormente citadas, tenham sido criadas em suas devidas datas, grande parte delas tiveram seu decreto, ou seja, a sua regulamentação, somente alguns anos após a criação das mesmas, nos levando a perceber desta forma o quão grande foi o atraso do nosso país, em relação a uma educação, uma sociedade que inclua as pessoas com necessidades especiais.
3.3. Quem fiscaliza as leis e quais os resultados obtidos?
Anteriormente foram citadas as leis que se referem à inclusão. Lei é uma norma, uma obrigação imposta criada para manter em ordem o controle dos indivíduos de uma localidade. A partir do momento que uma lei é sancionada, automaticamente ela deve ser fiscalizada para que se entenda se a mesma está sendo cumprida ou não. De acordo com o dicionário, fiscalizar consiste em: controlar o próprio comportamento ou o modo de agir de outra pessoa; vigiar-se ou vigiar alguém; controlar-se. 
De acordo com a Constituição Federal de 1998, capítulo II, artigo 2015, “ a educação, direito do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade”. Dessa forma, o presente artigo vale também para as pessoas com necessidades especiais.
Para maiores esclarecimentos, é competência dos governantes e da família fiscalizarem as leis que estão a vigor.
Como base, no próximo dia 24 de outubro, a lei 7853/89, completará 29 anos de sua promulgação. Mais conhecida como Lei de Direitos das pessoas com deficiência, a lei 7853/89, tem como fiscalizador o Poder Público e ainda recebe participação do Ministério Público para suas defesas e criminalização do preconceito. Já a lei 8069, sancionada em 13 de julho de 1990, diz que é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público controlar o que a lei impõe.
4. A PROPOSTA DE INCLUSÃO NA UNIGRANRIO.
A proposta de inclusão da Universidade do Grande Rio (Unigranrio) é e sempre foi a de atender cada pessoa com deficiência, conforme determina a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), tendo em vista promover a igualdade de acesso e permanência na instituição. No ano de 2018, a Unigranrio completa um pouco mais de 20 anos de inclusão, porém, apenas em 2013, foi inaugurado o Laboratório Didático Inclusivo (Ladin), que por sua vez possui diversos instrumentos que facilitam o processo de aprendizagem, pois adaptam o material didático de acordo com cada patologia.
4.1. Quando e como surgiu a inclusão?
Através de uma entrevista informal, com a diretora do curso Haydéa, vimos que a inclusão na Universidade do Grande Rio, ocorreu de acordo com o que está determinado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, ou seja, podemos ter certa noção de quando aproximadamente, a inclusão passou a ser colocada em prática em sala de aula, tendo em vista que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional entrou em vigor no ano de 1996. Embora a universidade Unigranrio compreendesse a importância de projetos voltados para que houvesse a inclusão dos alunos com necessidades especiais, somente após haver uma seleção na Fundação Escola Superior do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (FEMPERJ) é que a Universidade pode oferecer um atendimento especializado, tendo em vista, os instrumentos adquiridos. O Laboratório de Didática Inclusiva (Ladin) teve seu surgimento em 2013, sendo ele, um projeto realizado pela faculdade em questão, por conta de um edital aberto pela FEMPERJ, onde a Unigranrio, foi a selecionada e consequentemente recebeu ajuda financeira da mesma, que acabou ajudando financeiramente ao Ladin, custeando boa parte dos equipamentos (anexo1), que atualmente contribuem para realizar um atendimento especializado, as pessoas com deficiência.
(Laboratório de Didática Inclusiva)
Além da criação do Ladin, a Universidade do Grande Rio também criou um plano, chamado Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), no qual expõe sobre uma diversidade de coisas que a universidade dispõe que fazem com que a mesma se desenvolva no que tange a qualidade da educação que a mesma oferece. Entre elas, estão assuntos referentes ao tipo de trabalho que a faculdade realiza, assim como os instrumentos necessários para que a mesma trabalhe a inclusão.
4.2. Como é atualmente?
Atualmente na Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO), a proposta de inclusão, segue de acordo com o que é exigido em lei, mas precisamente com a Constituição Federal de 1988 e com a Lei de Diretrizes e Base (LDB). Para que ocorra esse processo e para que os alunos possam contar com um atendimento especializado para cada tipo de deficiência, a faculdade UNIGRANRIO elaborou um processo de esquema, que de certa forma, faz com que seja possível que esse atendimento chegue até o aluno. E se dá pela seguinte forma:
O professor durante as aulas, também tem o papel de avaliar o comportamento do aluno, assim como a forma com que o mesmo aprende. Após essa análise, o professor passará essa informação diretamente para o coordenador do curso, que por sua vez entrará em contato com a unidade responsável para o acolhimento deste aluno, no caso, o curso de serviço social, cujos responsáveis são: Os professores Diego e Adriana, mas especificamente o laboratório LEPPS (Laboratório de Ensino, Extensão e Pesquisa em Política Social e Serviço Social), que criará dependendo da aceitação ou não deste aluno para receber um AE (atendimento especializado), o encaminhará para obter um atendimento de uma psicóloga, que tem Leila Navarro como coordenadora.
Para alunos com deficiência física, a UNIGRANRIO dispõe de rampas, elevadores, bibliotecas, auditórios, banheiros (anexo 2), que permitem que seja realizado o direito de ir e vir de todos, assim como permite a facilidade de circulação de cadeirantes a todos os espaços citados anteriormente. 
 
 (Rampas) (Biblioteca)
 
 (Banheiros adaptados) (Elevadores)
 
 (Piso Tátil)
O laboratório que oferece um atendimento especializado dentro da Universidade do Grande Rio é o LADIN, que por sua vez atende a diversos cursos de graduação e não um em específico, assim como atende diversas deficiências contando com a ajuda de alguns instrumentos que facilitam esse atendimento, como, por exemplo: Equipamentos e softwares, impressora em braille que tem interface com voz sintetizada e teclas rotuladas em braille, além do DUXBURY, que é um software tradutor braille que elabora a criação de textos, como documentos, livros e cartazes, e faz traduções para Espanhol, Francês, Inglês, Português, Alemão, Grego, Italiano e Latim. 
O laboratório também conta com aparelhos Merlin Plus que são vídeos ampliadores, para realizar o atendimento especializado aos alunos com deficiência visual, uma vez que aparelhos como este permitem que o monitor seja ampliado, com capacidade máxima de sessenta e sete vezes, facilitando desta forma a leitura.
 
E por fim, os alunos que possuem deficiência auditiva contam com o auxílio de um intérprete de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) que diariamente fazem amediação para os alunos desde o início, até a conclusão do curso, principalmente em períodos de avaliação. Recentemente, a assistência social da universidade fez um levantamento de quantos graduandos já haviam se matriculado em algum curso. Ao todo foram encontrados oitenta alunos na graduação, sendo vinte e seis cursando atualmente e três que não haviam se declarado por falta de orientação no ato da matrícula, dentre esses oitenta alunos, estão os que não querem contato e nenhum tipo de auxílio, ainda existem os que não possuem nenhuma patologia e por não saberem do que se tratava marcou a opção de deficiente. É necessário afirmar que esse número pode ser muito maior, devido o medo de se expor, de sofrer algum tipo de discriminação e muitos outros fatores. Vale ressaltar que a assistência social ainda não possui dados definitivos da contabilidade de alunos em cada deficiência e em quais cursos estão matriculados, sendo assim não podemos expressá-los.
A Universidade do Grande Rio, aposta no uso de recursos tecnológicos para fazer com que ocorra uma melhor inserção do aluno no âmbito escolar, assim como no provimento de uma qualidade de vida melhor.
 Na Unigranrio, existe um programa de acompanhamento a Estudantes com Necessidades Especiais, que por sua vez é formado por profissionais das áreas de Serviço Social, Educação e Psicologia, que são responsáveis pela identificação das dificuldades e das necessidades especiais de aprendizagem que os estudantes apresentam, ou possam tomar medidas que facilitem o aprendizado, de forma que diminua os obstáculos enfrentados pelos alunos com necessidades especiais, de modo definitivo ou reduzido.
 É através do concurso vestibular que o aluno com necessidades educacionais especiais será identificado, sendo desta forma, através do vestibular que a universidade tem ciência da chegada de tais alunos. Pois é por meio do concurso vestibular que os candidatos pedem recursos Especiais, ou seja, recursos específicos, de acordo com sua deficiência. Além de ter um olhar atento para essa solicitação do aluno, a equipe também deve ter o mesmo olhar no que se refere à correção de provas, uma vez que se devem observar as limitações dos candidatos, se houver, levando em conta e relacionando-as as deficiências.
 Faz parte das ações da equipe também, o mapeamento, que mostra o quantitativo de alunos e as especificidades de cada deficiência, tendo em vista as informações adquiridas, é observado o que ocorre, a realidade da inclusão na Universidade para no fim realizar ações que vão ao encontro do interesse, do que é o melhor para todos.
 É importante também que embora exista prioridade em desenvolver meios que melhorem o acesso e a permanência dos alunos com necessidades especiais na Universidade, existe também interesse em tomar conhecimento sobre a evasão, pois é por meio dela que se torna possível saber o motivo pelo qual o aluno abandonou o curso que pode ser tanto por um motivo financeiro, de força maior, ou por conta das dificuldades que o mesmo enfrentou, e se for por conta deste citado anteriormente, pode a equipe responsável buscar novas estratégias para que a evasão não venha ocorrer pelo mesmo motivo, posteriormente.
 
O acesso a Universidade do Grande Rio, não ocorre somente pelo concurso vestibular, Como dito anteriormente, mas também por meio de transferência Pró- Uni que por sua vez não recorre à solicitação de recursos Especiais, mas na coleta de informações dos alunos, que se deu no ato da matrícula, assim como em seu processo, após essa coleta, se detectados alunos com necessidades especiais, são acionados os profissionais das seguintes áreas: Serviço Social, Educação e Psicologia e caberá aos mesmos, realizar o atendimento assim como ocorre pelo concurso vestibular.
4.3. Análise crítica da inclusão na Unigranrio.
Ao realizarmos nossa pesquisa a respeito da proposta de inclusão da Unigranrio, podemos perceber o imenso comprometimento de profissionais incrivelmente comprometidos e empenhados com a inclusão de alunos com necessidades especiais. Profissionais esses que na sua grande maioria, nos atenderam com total atenção e esclareceram todas as nossas dúvidas, cederam documentos (anexo 3) e muitas informações, também encontramos aqueles que resistiram um pouco em nos ajudar.
Essa caminhada não foi fácil, nosso trio contou com a ajuda da professora Neide Ana, para as indicações de quais pessoas poderiam nos ajudar com os dados necessários para a nossa pesquisa, ainda obtivemos a colaboração da professora Haydéia e Sônia Mendes, que foram essenciais para a conclusão deste trabalho de pesquisa. É claro que nem toda a nossa caminhada foi um jardim cheio de flores, também encontramos os espinhos.
Nessa pesquisa, percebemos que embora existam práticas pedagógicas que potencializem o aprendizado de uma pessoa com necessidades especiais ainda falta uma certa divulgação dos laboratórios que são específicos para oferecer um atendimento especializado. Uma vez que ao procurarmos compreender como ocorriam essas práticas pedagógicas para inclusão da Universidade do Grande Rio, e saber onde se localizava o laboratório que realizada esse atendimento especializado, somente quem participou da criação do laboratório sabia nos informar, além deste, nem os funcionários da faculdade sabiam nos informar.
Embora a faculdade esteja de acordo com o que está determinado na legislação, a Constituição Federal de 1988 e com a Lei de Diretrizes e Base de 1996, pouco material está disponível para a pesquisa de alunos da universidade.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pudemos perceber ao concluir a presente pesquisa, que, a inclusão de pessoas com necessidades especiais na sociedade ainda não atingiu a sua plenitude. Uma vez que, existem certas necessidades, são desconsideradas, ou seja, não são tidas como importantes no processo de construção de uma sociedade. 
A nosso ver, é a sociedade que deve prover meios para o reconhecimento e respeito para as pessoas com necessidades, tendo em vista que, é somente pelo conhecimento dessas deficiências que se torna possível a ruptura de conceitos pré-definidos. 
Além disso, faz-se necessário que as pessoas com necessidades especiais, reconheçam que para poderem aprender, ter um atendimento especializado também é importante, uma vez que, é por meio desse tipo de atendimento que o indivíduo pode conquistar sua autonomia, além de fazer com que as outras pessoas com necessidades especiais já estabelecidas, possam ver que independente das deficiências, são capazes.
O desafio, agora, é avançar para uma maior valorização da diversidade sem ignorar o comum entre os seres humanos. Destacar muito que nos diferencia pode conduzir à intolerância, à exclusão ou as posturas fundamentalistas que limitem o desenvolvimento das pessoas e das sociedades, ou, que justifiquem, por exemplo, a elaboração de currículos paralelos para as diferentes culturas, ou para pessoas com necessidades educacionais especiais. (BLANCO (2009).
A formação de professores para a inclusão é de grande importância, pois exige a transformação do preparo que se deve ter para a nova prática. A formação continuada tem um papel fundamental por aperfeiçoar as práticas anteriores. É com essa formação que os professores buscam expandir a inclusão.
É através do projeto pedagógico que são traçadas as atividades levando em consideração toda a sua equipe. Porém, é na sala de aula com o professor capacitado que ocorre a verdadeira expansão de conhecimentos e a equiparação dos alunos das classes regulares.
ANEXOS
Anexo 1
Anexo 2
Anexo 3
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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