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Resenha Critica Artigo - ADMINISTRAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA DE SEGURANÇA

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
Resenha Crítica do Artigo – “Quase o pior cenário”: O incêndio no túnel de Baltimore em 2001 (A).
 Washington Luis de Souza
Trabalho da disciplina: Administração Aplicada á Engenharia de Segurança
 Tutor: Prof. Carlos Alberto M. Ferreira
Guará/SP
2020
RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO “Quase o pior cenário”: O incêndio no túnel de Baltimore em 2001 (A).
O texto trata um incidente na cidade de Baltimore em julho de 2001, onde Corpo de Bombeiros da Cidade começou a receber relatos sobre fumaça saindo de um túnel de trem que funcionava sob uma via de extrema importância na cidade. O que mais tarde se confirmará não ser apenas um falso alarme tendo em vista que frequentemente os bombeiros recebiam chamados de pessoas que confundiam a fumaça de óleo diesel com um possível incêndio. Um trem pertencente a uma empresa teria descarrilado e pegou fogo no interior do túnel, sabendo-se mais tarde que alguns vagões estariam carregas de substâncias químicas perigosas que possivelmente poderiam apresentar graves ameaças á saúde pública, se depararam então com uma situação extremamente delicada e substancialmente perigosa, pois se tratava de um incêndio em um ambiente confinado e com um agravante de possíveis produtos químicos inflamáveis e até mesmo produtos que se aquecidos poderiam liberar vapores tóxicos.
Dessa forma diante da gravidade, não restava às autoridades reunirem todas as equipes de emergência disponíveis para traçarem e unirem esforços para condução e possíveis tomadas de decisões dali em diante.
Observando ainda que o túnel estava situado em local movimentado, sob importantes rotas que ligavam estradas e dispositivos rodoviários com intenso fluxo de pessoas e veículos, além de diversos edifícios, escolas, estádio de Beisebol. Ressaltando ainda que o respectivo túnel seria desconhecido pela maioria das pessoas da cidade, sobre tudo do atual prefeito na ocasião.
E talvez pelo desconhecimento, dentre outros motivos, o plano emergencial da cidade em conformidade com as legislações federais vigentes, não incluía disposições relativas a um possível acidente com carga química no túnel, tendo somente exercícios e planos emergenciais para trens de passageiros.
Diante da total eminencia de uma catástrofe ainda mais muito séria em virtude dos componentes químicos dispostos nas cargas do trem, a preocupação logica seria a de que o fogo em contato com tais substancias acidas e corrosivas poderiam causar uma nuvem de 
vapor que se estenderia ao longo do túnel até chegar as suas extremidades e se dissipar sobre a população. 
Nesse cenário extremamente adverso, ainda sabiam que entrariam num horário de “pico” onde o fluxo de pessoas no trecho aumentaria de forma substancial.
Diante de todo o ocorrido, ainda não existia um procedimento que determinasse quem assumiria o comando das operações, somente estipulava que o primeiro a responder pelo incidente seria o líder das operações, no caso o Corpo de Bombeiros, sendo que alguns, que haviam sido treinados para lidar com acidentes envolvendo materiais perigosos se sentiam preparados para agir.
Nota-se também um empenho conjunto de outros órgãos e agencias no intuito de colaborar para que o desfecho tivesse sucesso, porém as primeiras tentativas de entrar no túnel eram quase que impossíveis, o calor intenso, a densa fumaça e ainda a preocupação de sofrer queimaduras devido às reações químicas dos produtos que estavam nas cargas impediam o avanço dos bombeiros, sendo uma imensa desvantagem porque nem se quer sabiam a origem e não tinham o contato visual do incêndio, o que promoveria um plano de ação mais direcionado e eficaz.
Mesmo sabendo que a cidade tinha um escritório de gerenciamento de emergências, porém sem muita força e representatividade, mas que tinha a função de gerir, coordenar recursos e respostas para emergências, planos de contingência em caso de crise, seria mais utilizado para simulações do que realmente nos casos emergencialmente reais.
A questão em evacuar a região também era relutante pelos responsáveis, devido a quantidade de afetados, como informar ao público sobre as precauções necessárias e gerir o fluxo nas proximidades do acidente.
Destacando como os princípios básicos de uma boa administração na segurança a divisão do trabalho com o objetivo de aumentar a qualidade e a devida eficácia na resolução dos problemas, torna-se fundamental distribuir o trabalho a ser realizado entre os diferentes profissionais. Salientando ainda alguns aspectos á serem considerados: para que o trabalho em equipe se desenvolva de modo eficaz e eficiente, é necessário que exista uma cadeia de 
comando, atribuindo poder de liderança, supervisão ou coordenação, bem como a obediência dos envolvidos nas execuções das tarefas de forma rigorosa e orquestrada. 
Fica claro que um plano emergencial abrangente e diversificado, com todas as informações pertinentes expostas de forma ampla, determinações claras de autoridades responsáveis, pessoal capacitado e equipe preparada são a base de uma atuação efetiva e segura em qualquer emergência. Nesse caso especifico ficou claro que a desinformação e um plano emergencial bem elaborado poderia ter feito com que o acidente tomasse proporções catastróficas.

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