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EXAME FÍSICO VASCULAR - Resumo do Porto

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Pedro Victor Oliveira Rocha Nascimento, Medicina, UESB 
EXAME FÍSICO VASCULAR - Resumo do Porto 
 
ARTÉRIAS 
1. SINAIS E SINTOMAS 
● Introdução 
○ Principais: 
■ dor 
■ alterações de cor e temperatura da pele 
■ alterações tróficas 
■ edema 
● Dor 
○ Pode se apresentar como: formigamento, queimação, contrição, cãibras, sensação de peso, 
fadiga 
○ A dor mais característica da enfermidade arterial isquêmica crônica é a ​claudicação intermitente 
- dor, aperto ou queimação após realização de exercício, que vai aumentando à medida que se 
continua o exercício e que diminui rapidamente após interrupção do mesmo. 
(Exercício → Dor → Repouso → Alívio da dor → Exercício → Dor…) 
■ O que causa a dor isquêmica​? R- Acúmulo de catabólitos ácidos ou por produtos de 
degradação dos tecidos, como a bradicina, que estimulam as terminações nervosas. 
● Alterações da cor da pele 
○ A cor da pele depende do fluxo sanguíneo, do grau de oxigenação da hemoglobina e da 
presença de melanina 
○ Palidez​: diminuição acentuada do fluxo sanguíneo no leito cutâneo 
○ Cianose​: fluxo do leito capilar se torna lento → consumo de quase todo o Oxigênio → aumento 
da hemoglobina reduzida 
○ Eritrocianose (vermelho-arroxeada): geralmente nas extremidades dos membros com isquemia 
intensa. Aparece no estágio pré-gangrena. É consequência da formação de circulação colateral 
com dilatação de capilares arteriais e venosos (última tentativa para suprir as necessidades dos 
tecidos) 
○ Rubor​: ocorre principalmente nas doenças vasculares funcionais e se deve à vasodilatação 
arteriocapilar. 
○ Livedo reticular​: cianose em modo de rede, circundando áreas de palidez. 
○ Fenômeno de Raynaud​: aparecimento sequencial palidez-cianose-rubor (nem sempre ocorrem 
as três fases, pode ser 1-2 ou 2-3. 
■ I fase - vasoespasmo com diminuição do fluxo arterial → palidez 
■ II fase - desaparece o espasmo arterial e surge espasmo venoso → estase sanguínea 
→ consumo de oxigênio → aumento de hemoglobina reduzida → cianose 
■ III fase - desaparece o espasmo e ocorre vasodilatação → rubor 
● Alterações da temperatura da pele 
○ Depende, basicamente, do ​maior ​ou ​menor ​fluxo sanguíneo 
○ Nas doenças arteriais obstrutivas, a redução do fluxo provoca diminuição da temperatura. 
○ Obs: nas obstruções crônicas, por conta da formação de circulação colateral, há menor queda 
de temperatura da pele 
● Alterações tróficas 
○ Atrofia da pele, diminuição do tecido subcutâneo, queda de pelos, alterações ungueais, 
calosidades, lesões ulceradas, edema, sufusões hemorrágicas, bolhas, gangrena. 
○ Obs: ​úlceras isquêmicas 
■ podem ser grandes ou pequenas, dependendo do grau de comprometimento arterial 
■ localiza-se preferencialmente nas bordas dos pés, nas polpas digitais, nas regiões 
periungueais, calcanhar e regiões maleolares. 
■ podem aparecer espontaneamente ou após traumatismos, compressões… 
■ são mais dolorosas no decúbito horizontal em comparação aos membros pendentes, 
pois no decúbito há a ausência da ação da gravidade sobre a circulação, o que a torna 
mais “parada” (causa mais dor por isso) 
○ Obs: ​lesões bolhosas​: aparecem nas oclusões arteriais agudas e traduzem grave 
comprometimento da pele. Parecem queimaduras e indicam grave isquemia, irreversível 
○ Obs: ​gangrena​: existem as úmidas e secas. 
■ A ​úmida tem limites imprecisos, é dolorosa e é acompanhada por edema e sinais 
inflamatórios. Surge na diabetes, na tromboangilite obliterante, na ​trombose venosa 
profunda e em certas infecções graves. É acompanhada também por secreção 
serossanguinolenta ou purulenta de mau cheiro. 
■ A ​seca é caracterizada pela desidratação dos tecidos comprometidos. Tem limites 
definidos. Durante a instalação apresenta dor, mas passa a ser ​indolor com a evolução 
do processo. 
 
Pedro Victor Oliveira Rocha Nascimento, Medicina, UESB 
2. EXAME FÍSICO (inspeção, palpação, ausculta, medida da pressão arterial nos quatro membros e algumas 
manobras especiais) 
● Inspeção 
○ É preciso que o paciente esteja em pé e sentado e que mude de posição de acordo com os 
testes e manobras. 
○ A ​pele ​deve ser examinada em toda sua extensão: 
■ palidez, cianose, eritrocianose, rubor, manchas 
■ assimetria de membros e de grupos musculares 
■ alterações ungueais 
■ ulcerações 
■ calosidades 
■ gangrenas 
■ micoses interdigitais 
■ eventuais batimentos arteriais (que podem sugerir hipertensão arterial, arteriosclerose, 
aneurisma ou fístula arteriovenosa) 
● Palpação 
○ Avaliam-se: 
■ temperatura da pele, comparando sempre 
■ elasticidade da pele 
■ umidade da pele 
■ ocorrência de tumoração 
■ infiltração do derma e tecido subcutâneo 
■ manifestação de ​frêmito ​nos trajetos arteriais ou sobre tumoração 
■ pulsatilidade das artérias e endurecimento de suas paredes 
○ Temperatura 
■ Ambiente deve ser ameno e estável (frio ou calor podem mascarar alterações) 
■ É preferível usar o dorso das mãos ou dos dedos. 
○ Elasticidade da pele 
■ É feita pinçando-se uma dobra da pele com os dedos indicador e polegar 
■ Avalia-se também a consistência e a mobilidade da pele (LE e esclerodermia → 
espessamento e endurecimento da pele) 
○ Umidade da pele 
■ É avaliado com o dorso das mãos ou polpas digitais (hiperidrose ocorre nas moléstias 
vasculares funcionais como na distrofia simpaticorreflexa; ausência de sudorese pode 
acontecer na hanseníase) 
○ Frêmito 
■ É a sensação tátil das vibrações produzidas pelo turbilhamento do sangue ao passar por 
uma estenose ou dilatação. Corresponde ao sopro. Pode ser ​sistólico ​ou ​contínuo 
■ O sistólico ocorre nas estenoses e nos aneurismas 
■ O contínuo ocorre nas fístulas arteriovenosas 
■ A intensidade varia de acordo com o 
● grau de estenose ou de dilatação 
● velocidade do fluxo sanguíneo 
■ Pode ser graduado de + a ++++ 
● Palpação dos pulsos periféricos 
○ É sistematizada e simétrica 
○ Possibilita detectar diminuição ou ausência de pulso, viabilizando o diagnóstico de estenose ou 
oclusão 
○ É importante determinar a amplitude ​comparativamente ​em pulsos homólogos 
○ Artérias acessíveis: 
■ carótida comum 
■ temporal superficial 
■ facial e nasal 
■ subclávia 
■ braquial 
■ radial 
■ ulnar (cubital) 
■ aorta abdominal 
■ ilíaca externa 
■ femoral comum 
■ poplítea 
■ tibial anterior 
■ dorsal do pé 
■ tibial posterior 
■ digitais das mãos e dos pés 
Pedro Victor Oliveira Rocha Nascimento, Medicina, UESB 
○ Artérias que palpamos rotineiramente, por conta do tempo: 
■ carótidas 
■ radiais 
■ ulnares 
■ femorais 
■ dorsais do pé 
■ tibiais posteriores 
 
○ Pulso radial - sabemos como faz 
○ Pulso carotídeo - médico diante do paciente. 
 
■ O pulso carotídeo direito é palpado com a polpa do polegar esquerdo, afastando a borda 
anterior do m. esternocleidomastóideo enquanto procura as pulsações. As polpas dos 
dedos médio e indicador fixam-se sobre as últimas vértebras cervicais. 
■ O pulso carotídeo esquerdo faz vice-versa. 
■ Pode ser feita também com o paciente em decúbito dorsal, com a cabeça levemente 
fletida, médico à direita do paciente. Usam-se as polpas dos dedos indicador, médio e 
anular. 
■ Obs!!! Cuidado para não comprimir o seio carotídeo, para não causar bradicardia (risco 
de parada cardíaca). Não se devem palpar ambas as artérias ao mesmo tempo. 
○ Pulso temporal superficial 
Pedro Victor Oliveira Rocha Nascimento, Medicina, UESB 
■ Dedo indicador acima da articulação temporomandibular, logo adiante do trago. Paciente 
em pé, sentado ou decúbito dorsal. 
○ Pulso subclávio 
 
■ Paciente sentado, fazendo leve flexão da cabeçapara o lado a ser examinado. Médico à 
frente, ao lado ou atrás do paciente, usa os dedos indicador, médio e anular na fossa 
supraclavicular, profundamente e posteriormente à clavícula. 
■ Difícil de encontrar. 
○ Pulso axilar 
 
■ Paciente sentado ou em decúbito dorsal. Médico ao lado do membro a ser examinado. 
■ Enquanto a mão homolateral sustenta o braço em leve abdução, os dedos indicador, 
médio e anular da mão contralateral procuram, contra o colo do úmero, no oco axilar. 
○ Pulso braquial 
 
■ Paciente sentado ou em decúbito dorsal e o médico ao lado do membro a ser 
examinado. 
■ Com a mão homolateral, segura o antebraço, fazendo leve flexão sobre o braço, 
enquanto os dedos indicador, médio e anular da outra mão sentem as pulsações no 
sulco bicipital. 
Pedro Victor Oliveira Rocha Nascimento, Medicina, UESB 
○ Pulso ulnar 
 
■ Paciente deitado ou sentado. Médico na frente ou ao lado. 
■ Com a mão homolateral segura a mão do paciente, fazendo leve flexão e com os dedos 
IMA da mão contralateral procurar o pulso entre os mm flexor superficial dos dedos e o 
flexor ulnar do carpo. 
○ Pulso aórtico abdominal 
 
■ Paciente em DD, fazendo leve flexão das coxas sobre a bacia (relaxa musculatura 
abdominal) 
■ Médico à direita do paciente. Com a mão direita procura a aorta no espaço entre o 
apêndice xifóide e a cicatriz umbilical. A mão esquerda deve ajudar na compressão. 
○ Pulso ilíaco 
■ Paciente em DD com as coxas levemente fletidas sobre a bacia. 
■ Médico fica do lado a ser examinado. Com os dedos IAM da mão homolateral comprime 
a parede abdominal ao longo da linha que vai da cicatriz umbilical à parte média do 
ligamento inguinal. 
○ Pulso femoral 
 
■ É palpado na região inguinocrural, logo abaixo do ligamento inguinal, em sua porção 
média. 
■ Médico do lado a ser examinado, com os dedos IAM, procura as pulsações no triângulo 
de Scarpa. 
Pedro Victor Oliveira Rocha Nascimento, Medicina, UESB 
■ Como é uma artéria superficial, não se deve fazer muita compressão, pois pode estreitar 
a luz arterial com a formação de um falso frêmito. Frêmitos verdadeiros nessa região 
não precisam nem de compressão para serem sentidos. 
○ Pulso poplíteo 
■ Díficil. É preciso um bom treinamento para palpá-la. 
■ Existem várias técnicas 
● 1. Paciente em decúbito ventral, médico do lado a ser examinado, com a mão 
contralateral faz leve flexão da perna. Fixa os dedos IAM na face anterior do 
joelho e com o polegar procura, aprofundando-o no oco poplíteo. 
 
● 2. Paciente em decúbito dorsal com a perna a ser examinada semifletida. O 
médico usa as duas mãos, fixando os polegares na patela e aprofunda os dedos 
IAMs no oco poplíteo. Enquanto os dedos de uma das mãos fazem a 
compressão, os outros procuram. 
 
○ Pulso tibial anterior 
■ Palpado no terço distal da perna, entre os mm. extensor do hálux e extensor longo dos 
dedos. 
■ Paciente em decúbito dorsal com leve flexão do joelho. 
■ Médico do lado do membro, firmando o pé em dorsiflexão com uma mão, e com a outra 
(dedos IAM) procura o pulso. 
○ Pulso pedioso 
 
■ Palpada entre o primeiro e segundo matatarsianos. 
■ Paciente em decúbito dorsal com leve flexão do joelho. 
■ Médico do lado do membro e palpa com os dedos IAM de uma mão, enquantro a outra 
faz dorsiflexão do pé. 
Pedro Victor Oliveira Rocha Nascimento, Medicina, UESB 
○ Pulso tibial posterior 
 
■ Palpado na região retromaleolar interna. 
■ Paciente em decúbito dorsal, com leve flexão do joelho. 
■ Médico do lado do membro, sustentando o calcanhar do paciente com a mão homóloga; 
com os dedos IAM da mão contralateral, procura o pulso. 
○ Pulsos anômalos 
● Ausculta 
○ Objetivo: Detectar ​sopros​. Deve ser feita no trajeto de todas as artérias troculares do corpo. 
○ Intensidade: + a ++++ (mesmos critérios da ausculta do coração) 
○ Os sopros menos intensos tornam-se mais nítidos depois de exercício. 
○ Podem ser ​sistólicos ​ou ​contínuos (sistodiastólicos). 
■ sistólicos ​~ estenose ou dilatação da artéria 
■ contínuos ​~ fístulas arteriovenosas 
 
● Manobras para avaliação do fluxo arterial nos membros inferiores 
○ Manobra da marcha 
■ Fazer o paciente andar cadenciadamente (em ritmo lento), medindo-se o tempo e a 
distância necessários para que ocorra dor nos membros inferiores e incapacidade 
funcional. 
■ Indicação principal: ​claudicação intermitente 
■ É útil para avaliação do tratamento. 
■ Dois parâmetros devem ser analisados: tempo de claudicação e tempo de incapacidade 
funcional. 
○ Manobra da isquemia provocada 
 
■ 1º tempo: paciente em decúbito dorsal. 
■ 2º tempo: paciente eleva os MMII até um ângulo de 90°; manter por 1 minuto, observe; o 
normal é não alterar a cor ou alterar muito discretamente; se houver isquemia, aparece 
palidez na região plantar. Nos casos de dúvida, peça ao paciente para fletir e estender 
os pés 30x/min por 3 minutos. 
■ 3º tempo: os membros voltam à posição normal; observe o tempo necessário para o 
retorno da coloração normal. Em pessoas normais leva de 5 a 12 segundos. Se houver 
isquemia, esse tempo se prolonga, de acordo com o grau da isquemia. Aliás, quando há 
Pedro Victor Oliveira Rocha Nascimento, Medicina, UESB 
isquemia, os pés nem voltam à coloração normal, mas sim passam a ter uma cor 
vermelho-arroxeada (​hiperemia reativa​). 
■ Nos casos de isquemia muito acentuada, a hiperemia não é homogênea, fica mesclada 
com áreas de palidez, além disso pode aparecer dor na elevação dos membros. 
■ Obs: Essa prova pode ser realizada nos MMSS. 
○ Manobra da hiperemia reativa 
■ 1º tempo: paciente em decúbito dorsal. Médico observa a coloração. 
■ 2º tempo: MMII são elevados à 90°, manter por 3 minutos para que haja esvaziamento 
do leito venoso. → Colocar um manguito na raiz da coxa e insuflar até ultrapassar o 
valor da pressão sistólica do paciente. 
■ 3º tempo: os membros voltam à posição horizontal. 3 minutos após, o manguito é 
desinsuflado rapidamente. Observar as alterações de coloração. 
● Indivíduos normais: imediatamente após a desinsuflação, aparece uma cor 
avermelhada que progride de maneira uniforme até alcançar os dedos, no ​prazo 
10 a 15 segundos, e permanece por 30 a 40 segundos. 
● Isquemia: o tempo de surgimento da cor vermelha é mais longo e pode demorar 
30 minutos para chegar nos dedos. Além disso, nem sempre é uniforme, podem 
ocorrer em placas, que podem ser cianóticas também. 
■ Pode ser feita nos MMSS. 
○ Manobra do enchimento venoso 
■ 1º tempo: paciente sentado com as penas pendentes. Médico observa o estado de 
enchimento das veias do dorso do pé. 
■ 2º tempo: pede para ele se deitar, elevando os MMII a 90°. Médico massageia as veias 
em direção às coxas, esvaziando-as. 
■ 3º tempo: paciente volta à posição inicial, e o médico observa o tempo de enchimento 
das veias do dorso do pé: 
● Normal: 10 segundos. 
● Isquemia: demora de acordo com o grau da isquemia. 
 
● Manobras para avaliação do fluxo arterial nos membros superiores 
○ Manobra de Adson 
 
■ Utilizada para o diagnóstico de ​compressão da artéria subclávia ​e do ​plexo braquial 
pelo ​m. escaleno anterior, costela cervical, processo transverso longo da 7ª vértebra 
cervical ou bridas fibróticas​. 
■ 1º tempo​: paciente sentado com os MMSS apoiados sobre os joelhos → médico palpa o 
pulso radial e ausculta a região supraclavicular (do lado queestá sendo examinado) 
■ 2º tempo​: enquanto palpa o pulso radial, pede ao paciente que faça uma inspiração 
profunda e que “segure” → pede que faça uma extensão forçada da cabeça, que é 
girada para o lado examinado. 
Pedro Victor Oliveira Rocha Nascimento, Medicina, UESB 
■ Se houver compressão da artéria subclávia, o pulso radial diminui de intensidade ou 
desaparece e surge um sopro na região supraclavicular (desaparece se a manobra 
causar oclusão total da artéria!) 
■ O paciente pode queixar de dor ou formigamento e é possível observar palidez na região 
palmar 
○ Manobra costoclavicular/ Halsted 
■ Detecta compressão da artéria subclávia no nível de sua passagem pelo espaço 
costoclavicular. 
■ 1º tempo: paciente sentado com as mãos apoiadas sobre os joelhos → médico palpa o 
pulso radial e ausculta a região supra ou infraclavicular. 
■ 2º tempo: pede ao paciente para inspirar profundamente ao mesmo tempo que joga os 
ombros para trás e para baixo (parece a posição de sentido do militar). 
■ Resultado igual o anterior 
○ Manobra costoclavicular passiva - ele nem citou na aula, não vou colocar esses. 
○ Manobra de hiperabdução/ Wright 
■ Detecta compressão da artéria subclávia pelo ​tendão do músculo pequeno peitoral​. 
■ 1º tempo​: paciente sentado com os MMSS apoiados sobre oo joelhos. Médico palpa o 
pulso radial do lado examinado. 
■ 2º tempo​: pede ao paciente que faça hiperabdução do braço, colocando a mão acima 
da cabeça. Médico observa amplitude do pulso. 
■ Se houver compressão, o pulso diminui ou desaparece. 
○ Manobra de Allen 
 
■ Detecta oclusão da artéria ulnar ou da artéria radial. 
■ 1º tempo: paciente sentado, com membros estendidos à sua frente, com a palma 
voltada para cima. 
■ 2º tempo: médico palpa a artéria radial com o polegar. 
■ 3º tempo: enquanto comprime a a. radial, o médico solicita ao paciente fechar a mão 
com força (esvaziar). 
■ 4º tempo: mantendo a artéria comprimida, pede ao paciente que abra a mão. 
■ Normal: rápida volta da coloração normal. 
■ Estenose/Oclusão de artéria ulnar: coloração demora de voltar. 
 
CLASSIFICAÇÃO DA DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA PERIFÉRICA: classificação de Fontaine (4 estágios) e a de 
Rutherford (7 estágios​). 
CLASSIFICAÇÃO DE FONTAINE: 
Estágio 1: Assintomático; 
Estágio 2: Claudicação intermitente; 
Estágio 3: Dor isquêmica em repouso; 
Estágio 4: Lesões tróficas; 
CLASSIFICAÇÃO DE RUTHERFORD: 
Categoria 0: Assintomático; 
Categoria 1: Claudicação leve; 
Categoria 2: Claudicação moderada; 
Categoria 3: Claudicação severa; 
Categoria 4: Dor em repouso; 
Categoria 5: Lesão trófica pequena; 
Categoria 6: Lesão trófica grande (necrose extensa). 
 
Pedro Victor Oliveira Rocha Nascimento, Medicina, UESB 
VEIAS 
1. Sinais e sintomas 
● Dor, alterações tróficas (edema, celulite, hiperpigmentação, eczema, prurido, úlceras e dermatofibrose), 
hemorragias e hiperidrose. 
 
● Dor 
○ Principal queixa. Pode aparecer com diversas qualidades. 
○ Dor intensa + edema + cianose = suspeita de TVP. 
○ Mecanismo da dor da estase venosa: dilatação das paredes das veias. 
○ Dor da insuficiência venosa = mais intensa no período vespertino, ao final da jornada de trablho, 
após caminhadas… 
○ Ao contrário da insuficiência arterial, a ​dor de Insuficiência Venosa melhora com a deambulação 
e melhora com a elevação dos membros (diferentemente da dor isquêmica). 
● Alterações tróficas 
○ Edema 
■ O da ​insuficiência venosa crônica costuma surgir no período vespertino e desaparece 
com o repouso. É mais intenso em pessoas que ficam muito tempo sentadas ou com os 
pés pendentes. É ​mole ​e ​depressível​, de preferência nas regiões perimaleolares. 
Quase sempre predomina de um lado. 
○ Celulite 
■ À medida que o edema se torna crônico, acumulam-se substâncias proteicas no 
interstício. → Desencadeiam reações inflamatórias na pele e subcutâneo → pele fica 
com coloração castanho-avermelhada com aumento da temperatura e dor. 
○ Hiperpigmentação 
○ Eczema ou dermatite de estase 
○ Úlcera 
○ Dermatofibrose 
○ Hemorragias 
○ Hiperidrose 
 
2. EXAME FÍSICO 
● Inspeção 
○ Paciente em pé (médico à 2m). De frente, de perfil e de costas. 
○ Depois, de perto. 
 
CLASSIFICAÇÃO CEAP = é usada no mundo inteiro e representa uma linguagem comum entre os médicos que tratam 
doença venosa. Ela funciona ajudando na pesquisa científica e na comunicação entre os médicos, que, como retorno 
para o paciente, melhora a qualidade do tratamento e os avanços tecnológicos. Em outras palavras esse sistema de 
classificação descreve o que o médico vê no exame físico, a causa do problema a localização na perna e o mecanismo 
responsável para a manifestação do problema. 
 
“C” significa clínica, ou seja, o que é visível das veias. 
“E” de etiologia, ou seja, se o problema é herdado ou não. 
“A” de anatomia, ou seja, quais veias estão envolvidas. 
“P” de fisiopatologia, em inglês, significa qual a direção o sangue está fluindo, se existe refluxo, ou se o fluxo 
está bloqueado. 
A parte mais usada da classificação de CEAP é o C, que tem sete categorias, de 0 a 6. Em geral, o termo 
doença venosa refere todo o espectro de C1 a C6. A insuficiência venosa é restrita a graus mais graves, como C3 a C6. 
 
CEAP0 é o paciente que tem a menor gravidade, ou seja, não tem nenhum sinal visível de doença ao examinar a perna, 
mas pode ter sintomas venosos. 
CEAP1​ significa que a pessoa possui teleangiectasias e veias reticulares. 
CEAP2​ indica que veias varicosas estão presentes. Chama-se varizes quando veias forem maiores que 3mm. 
CEAP3​ indica a presença de edema, ou seja, inchaço na perna. 
CEAP4 quando, além do edema, inclui alteração cutânea de pigmentação, ou seja, a pele mais escura, o eczema, que 
seria a pele 
vermelha, coceira. 
CEAP5​ é quando o paciente já teve úlcera e essa úlcera cicatrizou. 
CEAP6​, que é a classe mais grave, significa que existe uma úlcera aberta e ativa na perna. 
 
● Palpação 
● Ausculta 
 
 
 
Pedro Victor Oliveira Rocha Nascimento, Medicina, UESB 
3. Manobras especiais 
● Brodie-Trendelenburg modificada 
○ Permite diagnóstico de insuficiência da válvula ostial da safena interna e das ​válvulas de veias 
perfurantes​. 
○ 1º tempo: paciente em decúbito dorsal 
○ 2º tempo: eleva-se o membro acometido à 90°, esvazia-se as varizes com massagens. A seguir, 
coloca-se um garrote na raiz da coxa (bloqueia a circulação venosa superficial) 
○ 3º tempo: paciente fica de pé e observa-se o que ocorre: 
■ a) paciente de pé com garrote e ocorre rápido enchimento das varizes, com fluxo 
sanguíneo no sentido caudocranial → perfurantes insuficientes. 
■ b) retira o garrote, há rápido enchimento das varizes com fluxo sanguíneo craniocaudal 
→ insuficiência da válvula ostial da safena interna 
■ a.1) após a primeira alternativa, retira-se o garrote: 
● se as varizes continuarem seu enchimento caudrocranial, é sinal que só há 
insuficiência de perfurantes. 
● mas, se houver rápido enchimento das veias craniocaudal, é porque existe 
também insuficiência válvula ostial da safena. 
 
● Manobra de Homans. Esta manobra consiste na dorsiflexão forçada do pé em paciente com suspeita 
de trombose venosa das veias profundas da perna. Se a dorsiflexão provocar dor intensa na panturrilha, 
a manobra é positiva, indicando a possibilidade de trombose venosa. 
● Manobra de Olow​. Consiste na compressão da musculatura da panturrilha contra o plano ósseo. Se a 
compressão provocar dor intensa, a manobra é positiva,levantando a suspeita de trombose venosa 
profunda das veias da perna. Uma variante desta manobra consiste na compressão da musculatura da 
panturrilha com a mão em garra. 
● Manobra de Denecke-Payr. Esta manobra consiste na compressão com o polegar da planta do pé 
contra o plano ósseo. Se a compressão provocar dor intensa, ela é positiva e indica a possibilidade de 
trombose profunda das veias profundas do pé.

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