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Introdução trabalho educação infantil

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Introdução
Este trabalho tem como objetivo apresentar um estudo sobre concepção de infância e Educação Infantil, demonstrando a evolução histórica do sentimento de infância e sua repercussão no atendimento e as análises decorrentes das discussões acerca de princípios e concepções conferidos à Educação Infantil no documento preliminar da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Os aspectos relacionados à concepção de infância e sobre como as crianças eram tratadas e educadas permitem analisar e refletir melhor sobre as concepções hoje existentes, também possibilitando uma reflexão sobre a educação e a escola hoje. A Educação infantil sofreu grandes transformações nos últimos tempos. O processo de aquisição de uma nova identidade para as instituições que trabalham com crianças foi longo e difícil. A maneira como a infância é vista atualmente é mostrado no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (Brasília, 1998), que vem afirmar que "as crianças possuem uma natureza singular, que as caracterizam como seres que sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio". Sendo assim, durante o processo de construção do conhecimento, "as crianças se utilizam das mais diferentes linguagens e exercem a capacidade que possuem de terem ideias e hipóteses originais sobre aquilo que procuram desvendar. Se por séculos a criança era vista como um ser sem importância, quase invisível, hoje ela é considerada em todas as suas especificidades, com identidade pessoal e histórica.
No Brasil temos, atualmente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394, que ressaltou a importância da educação infantil. A Educação Infantil, como um direito da criança, está respaldada na Constituição Federal de 1988, no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990, nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil de 2010 e também nos Planos Nacionais de Educação. Embora se reconheçam os avanços legais, reitera-se a necessidade de se compreender quem é a criança de zero a cinco anos e a especificidade do seu desenvolvimento, pois esta compreensão interfere diretamente no processo de organização do trabalho pedagógico.
Desenvolvimento
COMO SE CONSTRUIU HISTORICAMENTE A CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA? 
 Nos tempos passados a concepção da infância era algo totalmente diferente do que é hoje, houve uma época onde as crianças eram tratadas como mini adultos, onde desde muito cedo deviam trabalhar e exercer responsabilidades de grande peso para os mesmos. Na Idade Média não havia clareza em relação ao período que caracterizava a infância, muitos se baseavam pela questão física e determinava a infância como o período que vai do nascimento dos dentes até os sete anos de idade, as crianças que conseguiam atingir uma certa idade não possuíam identidade própria, só vindo a tê-la quando conseguissem fazer coisas semelhantes àquelas realizadas pelos adultos, com as quais estavam misturadas. Século XVII, a socialização da criança e a transmissão de valores e de conhecimentos não eram assegurados pelas famílias. A criança era afastada cedo de seus pais e passava a conviver com outros adultos, ajudando-os em suas tarefas. A partir daí, não se distinguia mais desses. Nesse contato, a criança passava dessa fase direto para a vida adulta. 
 Já nos séculos XVIII E XIX trouxeram um novo olhar sobre a criança e sua aprendizagem, é originado dois tipos de atendimento às crianças pequenas, um de boa qualidade destinado às crianças da elite, que tinha como característica a educação, e outro que servia de custódia e de disciplina para as crianças das classes desfavorecidas e também como uma das mais importantes foram as reformas religiosas católicas e protestantes. No século XX, após a primeira Guerra Mundial, cresce a ideia de respeito à criança, que culmina no Movimento das Escolas Novas, fortalecendo preceitos importantes, como a necessidade de proporcionar uma escola que respeitasse a criança como um ser específico, portanto, está deveria direcionar o seu trabalho de forma a corresponder as características do pensamento infantil. Dentro desse cenário aumenta-se a discussão de como se deve educar as crianças. Pensadores como Comênio, Rousseau, Pestalozzi, Decroly, Froebel e Montessori configuram as novas bases para a educação das crianças. Embora eles tivessem focos diferentes, todos reconheciam que as crianças possuíam características diferentes dos adultos, com necessidades próprias (OLIVEIRA, 2002).
  Com o passar do tempo foi se entendendo que as crianças são seres que necessitam de uma atenção e cuidados especial, e ao longo do tempo uma nova concepção fui surgindo, nessa nova concepção a criança precisa aproveitar a infância pois é uma fase única, e ela também deve receber cuidados especiais. Outro aspecto importante é a afetividade, que ganhou mais importância no seio na família. Essa afetividade era demonstrada, principalmente, por meio da valorização que a educação passou a ter. A aprendizagem das crianças, que antes se dava na convivência das crianças com os adultos em suas tarefas cotidianas, passou a dar-se na escola. O trabalho com fins educativos foi substituído pela escola, que passou a ser responsável pelo processo de formação. As crianças foram então separadas dos adultos e mantidas em escolas até estarem “prontas” para a vida em sociedade. 
 QUAIS AS INFLUÊNCIA DESSA CONCEPÇÃO NA ELABORAÇÃO DAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS? 
As políticas públicas que regulamentam o nível de ensino em questão. Para tanto foi elaborada uma pesquisa em base de dados sobre Educação Infantil e Políticas Públicas, como forma de elucidar os momentos históricos relevantes para a evolução do Sistema Educacional Brasileiro, em especial, para o primeiro nível de ensino da educação básica estabelecido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9.394/96) estabelece a educação infantil como primeira etapa da educação básica brasileira e reconhece o direito das crianças de até 5 anos ao seu desenvolvimento integral, complementando a intervenção da família. (LDB, 1996. A partir daí a criança ganhou o reconhecimento de seu lugar como cidadã na sociedade e passou a ter seus direitos como tal. A educação infantil dialoga com a concepção de criança como parte do processo de formação e aprendizado, por isso, é importante que ela seja introduzida na escola desde a educação básica, para aprender as questões iniciais e fazer parte do processo de socialização. as mudanças de concepções com relação à infância, ao desenvolvimento, a educação, ao papel do Estado e da sociedade para com a educação das crianças pequenas, estimularam renovações nos paradigmas do setor público, bem como contribuíram para elaboração de novas diretrizes de políticas públicas e a elaboração de uma legislação educacional capaz de concretizar essas mudanças.
Para ser mais exato, a infância é a fase em que a criança deve brincar, explorar, conhecer, questionar e absorver o conhecimento, sendo tanto os pais quanto os educadores peças importantes nessa transmissão, para que o ambiente social que ela convive seja estimulante ao desenvolvimento cognitivo. 
 
Como esse conceito se reflete na BNCC?
No caso em questão podemos afirmar que legalmente e psicologicamente a infância pode ser entendida como a parte da vida do indivíduo marcada por grandes desenvolvimentos tanto sensoriais como psicológicos e sociais. É nessa fase onde há os mais importantes desenvolvimentos e aprendizagens da pessoa. Por isso que a Base Nacional Comum Curricular sofreu uma recente reforma como forma de priorizar a educação que é dada as crianças das mais diversas faixas etárias.
Em 1997, o MEC lança os Parâmetros Curriculares Nacionais e, 1998, os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, como uma sugestão para a elaboração das propostas curriculares em escolas e Centros de Educação Infantil. Logo, analisar o documento preliminar da BNCC implica compreender o porquê, nesse momento histórico, do debate aparecer com tamanhaintensidade e isso exige buscar na materialidade como se produziu esse movimento e por quê alguns princípios são reificados e outros negligenciados. Diante destas considerações iniciais, apesar de a elaboração da Base Nacional Curricular Comum estar prevista no Plano Nacional de Educação e ter como meta a definição de conteúdo mínimos para todos os alunos do País.
Priorizar a questão da alfabetização na idade correta e o desenvolvimento de uma educação baseada não só em algo formal e rígido foram apenas alguns dos aspectos observados no BNCC.
O documento preliminar discorre, ainda, sobre a importância da organização curricular em campos de experiências, os quais não são nomeados como áreas do conhecimento. As aquisições ocorridas não são apontadas em termos de domínio de conceitos, mas como capacidades construídas pela participação da criança em situações significativas, como: o Eu, o Outro e o Nós; Corpo, Gestos e Movimentos; Escrita, Fala, Pensamento e Imaginação; Traços, Sons, Cores e Imagens; Espaços, Tempos, Quantidades, Relações e Transformações. De acordo com esta versão do documento, é necessário reconhecer a forma:
[…] como as crianças se relacionam com o mundo, as especificidades dos recursos que utilizam, tais como a corporeidade, a linguagem, a emoção. Entender essa forma relacional e afetiva, muito ligada à vivência pessoal, em que se utiliza um reduzido uso de categorias para assinalar o que se conhece, é crucial a um trabalho na Educação Infantil (BRASIL, 2015, p. 18).
Outro aspecto importante corresponde à compreensão sobre o papel do professor, pois, a BNCC, ao expressar a concepção de criança como um sujeito que constrói conhecimento e produz cultura, secundariza a importância da intencionalidade e do papel do ensino na prática pedagógica.
Conclusão 
A educação voltada para criança pequena só ganhou notoriedade quando esta passou a ser valorizada pela sociedade, se não houvesse uma mudança de postura em relação à visão que se tinha de criança, a Educação Infantil não teria mudado a sua forma de conduzir o trabalho docente, e não teria surgido um novo perfil de educador para essa etapa de ensino. Não seria cobrado dele especificidade no seu campo de atuação, e a criança permaneceria com um atendimento voltado apenas para questões físicas, tendo suas outras dimensões, como a cognitiva, a emocional e a social despercebidas
Para tanto, foram criados documentos que regulamentam as políticas públicas referentes à primeira etapa da educação básica. Desde a Constituição Federal, passando pelo Estatuto da Criança e do Adolescente até as Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, todos eles com o objetivo de promover mudanças significativas para a educação.
Entende-se que a BNCC para a Educação Infantil deve pautar-se em uma concepção pedagógica que garanta o desenvolvimento das potencialidades humanas, por meio do acesso à aprendizagem do conhecimento científico, considerando as especificidades do desenvolvimento infantil.