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Relatoriode Estágio Ensino Fundamental II Investigação do contexto escolar e Observação

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
ELAINE RODRIGUES MORETI VOGT, RU: 1811533, TURMA 17/04
ESTÁGIO DO ENSINO FUNDAMENTAL:
INVESTIGAÇÃO DO CONTEXTO ESCOLAR E OBSERVAÇÃO DE AULAS
SÃO JOSÉ DO CEDRO
2019
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
ELAINE RODRIGUES MORETI VOGT, RU:1811533, TURMA 17/04
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Relatório de Estágio do Ensino Fundamental: Investigação do Contexto Escolar e Observação de Aulas, apresentado ao curso de Licenciatura em Letras – Língua Portuguesa e respectivas literaturas do Centro Universitário Internacional UNINTER.
SÃO JOSÉ DO CEDRO
2019
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................04
2 A ESCOLA ESTAGIADA........................................................................................05
2.1 IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA ESTAGIADA.......................................................06
2.2 CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA DA ESCOLA........................................................06
2.3 DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO...................................................................................................07
2.4 CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL...................................................................08
2.5 CARACTERIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA ESCOLA ESTAGIADA...............................................................................................................10
2.6 CARACTERIZAÇÃO DA TURMA ESTAGIADA...................................................11
2.7 PERFIL DO PROFESSOR OBSERVADO DURANTE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO...................................................................................................13
2.8 DESCRIÇÃO DAS AULAS OBSERVADAS.........................................................13
2.9 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DE AVALIAÇÃO OBSERVADAS....................14
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................14
REFERÊNCIAS..........................................................................................................15
1. INTRODUÇÃO
Este relatório é resultante do Estágio do Ensino Fundamental: Investigação do contexto escolar e observação de aulas, realizado para o curso de Licenciatura em Letras pelo Centro Universitário Uninter, através do polo de apoio presencial em São José do Cedro – SC, de maneira individual pela aluna Elaine Rodrigues Moreti Vogt, RU: 1811533. 
O estágio é um procedimento obrigatório, conforme previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - nº 9394\96, reforçado pela Uninter através da Resolução nº 50/2012 do CEPE, acima de tudo possui grande importância na formação do docente.
A concedente do espaço para a realização do estágio foi a Escola de Educação Básica Cedrense e a observação permitiu conhecer a escola, sua concepção pedagógica, focando neste momento, o professor observado e seu aluno no contexto do processo de aprendizagem.
 A metodologia adotada foi a observação participativa em diversas ações e de aulas aplicadas para as turmas do Ensino Fundamental II - Anos Finais. A maneira como a didática do professor é manifestada e a forma como o aluno aprende, absorvendo o ensino que é transmitido e participando de maneira ativa, é o que permite que o acadêmico estagiário determine seu próprio perfil de atuação que será adotado no futuro. Vale ressaltar que o presenciado na prática, muitas vezes contradiz aquilo que se aprende na teoria, portanto, o perfil do educador só é concluído após as descobertas trazidas pelo exercício da profissão.
Os objetivos gerais em se realizar o estágio é realizar a coleta de informações a respeito do ambiente escolar e com essas informações elaborar o relatório que nada mais é do que um documento instrumental a respeito da escola. Desenvolver atividades orientadas de observação e estudos, possibilita a vivência da escola e suas especificidades, observar as principais dificuldades evidenciadas pelos alunos na aprendizagem, perceber quais são os erros frequentes cometidos por eles no processo de se apropriarem dos conteúdos do ensino fundamental e entender as formas que o professor observado utiliza para solucionar os desafios que surgem. 
Durante a realização do estágio, também é importante o contato com os diversos documentos disponíveis na escola como por exemplo o projeto político pedagógico da escola, seu regimento, os planejamentos de aula, sistema de avaliação, dentre outros.
O relatório está dividido em seções que caracterizam a escola estagiada, sua estrutura física, concepções pedagógicas, perfil dos profissionais, as particularidades da turma escolhida, caracterização das aulas observadas e dos processos avaliativos, além das considerações finais sobre o trabalho desenvolvido e uma auto-avaliação de tudo que foi observado dentro e fora da sala de aula.
2. A ESCOLA ESTAGIADA
 Pioneira na cidade, fundada em 1.953, a Escola Básica Cedrense é pública e contempla alunos oriundos do meio urbano e rural, além de possuir classes multisseriadas vinculadas a ela, tanto na UPA – Unidade Prisional Avançada de São José do Cedro, quanto no CASEP – Centro de Atendimento Socioeducativo de São José do Cedro, ambos na modalidade de ensino regular.
Fotografia 1: Fachada (fonte: acervo particular da escola).
2.1 IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA ESTAGIADA
 Situada à rua Jorge Lacerda, número 1.460, Centro, CEP: 89930-000, localizada na cidade de São José do Cedro, no estado de Santa Catarina. O contato com a escola pode ser realizado através do telefone (49) 3644-3384 e do e-mail cedrense@sed.sc.gov.br. Atualmente é dirigida pelo professor João Augusto Segat.
A instituição atende os níveis: Ensino Fundamental Anos Finais, 6º ao 9º ano, Ensino Médio Regular e Ensino Médio Inovador 1º, 2º e 3º Séries nos turnos:
TURNO MATUTINO: 7h e 30min às 11h e 30min. 
TURNO VESPERTINO: 13h e 15min às 17h e 30min. 
TURNO NOTURNO: 18 horas e 30 minutos às 22 horas. 
O estágio foi realizado no período de 06 de setembro de 2019 a 23 de setembro de 2019 no período vespertino, sendo observadas as turmas do ensino fundamental II, modalidade regular, do 6º ao 9º ano, com 529 alunos, sendo 7 deles atendidos pelo SAEDE - Serviço de Atendimento Educacional Especializado, que tem por finalidade atender os alunos com deficiências de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, inclusos na escola.
2.2 CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA DA ESCOLA
A instituição mantém seu Projeto Político Pedagógico impresso na sala dos professores, sendo portanto de domínio público e possui como seu principal objetivo, proporcionar uma ação educativa fundamentada nos princípios da Proposta Curricular de Santa Catarina, objetivando uma escola pública de qualidade, democrática, participativa, resgatando os valores humanos, garantindo o acesso e permanência do aluno na escola para que este se torne um agente de transformação social.
Entende-se que a escola está a serviço da comunidade, é ela que prepara e instrumentaliza juntamente com a família e a sociedade, para a formação dos estudantes. O diretor, juntamente com sua equipe e professores, tem uma função de gerir democraticamente a escola, ligando-a à comunidade. O aluno por sua vez, é sujeito de aprendizagem e só aprende de fato, quando é ativo a ela.
A estrutura socioeconômica das famílias dos alunos influencia muito em seu desenvolvimento e aprendizagem, em sua grande maioria a expectativas dos pais e alunos que fazem parte da escola é grande, pois entendem que ela é fundamental na formação do cidadão e muitos desejam frequentar um curso superior e veem nela um local onde se constrói o conhecimento e se abrem novos horizontes de possibilidades. Portanto, o conceito de educação adotado pela escola, é exatamente esse fator capaz de transformar e aumentar perspectivas.
O
 mundo cultural, do qual somos parte e que nos é apresentado a partir de nosso nascimento, é um sistema de significados já estabelecidos por outros. O comportamento social é resultanteda maneira pela qual os homens organizam, através do estabelecimento de regras de conduta e de valores, as relações que estabelecem entre si e que nortearão a construção da vida social, econômica e política. (MICHALISZYN, 2012, p. 87).
É interesse de a escola cultivar o espírito crítico, responsável e participativo de seus alunos, estimulando a autonomia pessoal, tolerância, cooperação e companheirismo, num ambiente acolhedor, democrático e que além de aprofundar-se em conhecimento científico, o aluno também desenvolva sua autoestima e cidadania, preparando-o para se possível, buscar novos caminhos através do ensino superior e vida adulta.
Em entrevista com a professora observada, a mesma ressaltou que a concepção pedagógica da escola, é fruto de um trabalho em conjunto e cabe portanto a cada professor, dentro de sua disciplina, praticar o proposto. Tudo que se sonha em construir no aluno, primeiro deve ser construído no professor.
2.3 DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Durante a realização do estágio, percebi que a sala de aula é um mundo cheio de nuances. Em cada turma observada, haviam cerca de 30 alunos, cada um deles com suas histórias próprias de vida e desafios pessoais. Nos 6º anos, por exemplo, a maioria dos alunos estão ingressando na adolescência. Nos 7º anos, são pequenos rebeldes. Nos 8º e 9º anos, estão na fase dos amores platônicos. Então olhando de maneira superficial, era comum pensar que todos eram desinteressados e subversivos, sempre questionando as atividades propostas.
Com o passar do tempo, percebi que o que me parecia rebeldia, na verdade era sinal de que esses seres humanos estavam em construção e muitas vezes, vivendo um conflito de personalidade, estavam sempre buscando aprovação alheia, algumas vezes envergonhados e com muito medo de errar diante dos colegas, portanto, o posicionamento do professor é a chave para o sucesso ou fracasso. Conhecer seu aluno e lecionar para o grupo, mas também de forma individualizada, é a única forma de sair vitorioso da sala de aula. Desafiar o aluno a crescer, requer empatia por ele.
A mente se adapta àquilo que lhe ocupa o pensamento. É a lei da mente adaptar-se gradualmente aos assuntos sobre os quais é ensinada a ocupar-se. Se ela se ocupa apenas de coisas comuns, irá se definhar e enfraquecer. Se nunca lhe é exigido enfrentar problemas difíceis, praticamente perderá depois de algum tempo a faculdade de crescimento. (WHITE, 2016, p. 596).
Em conversa com a professora que observei, percebi que as impressões e o posicionamento dela eram muito parecidos com os meus e ela ressaltou a importância de levar em conta o aluno e suas limitações. Apesar de nem sempre ter os recursos necessários e o espaço adequado, a professora sempre tinha um plano B. Os conteúdos por sua vez, eram adequados para a turma.
2.4 CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL 
Em seu espaço físico fixo, a escola possui uma sala de recepção, dezenove salas de aula, uma biblioteca, um laboratório de ciências, um laboratório de informática, uma sala de promoção de eventos, uma sala de professores, uma sala para o SAEDE - Serviço de Atendimento Educacional Especializado, uma sala para o SOE- Serviço de Orientação Educacional, uma secretaria, uma cozinha, um ginásio de esportes, uma quadra esportiva, oito banheiros e outros ambientes.
 A estrutura física da escola em geral é boa, apesar de necessitar de reformas em algumas áreas como por exemplo na quadra esportiva que não possui cobertura e fica impossibilitada de ser utilizada em época de chuva, possui uma área de convivência com 1.354, 49m2, com bancos, mesas de refeitório, lavatórios, bebedouro e ampla área arborizada. 
Fotografia 2: Recepção (fonte: acervo particular da escola).
Os ambientes apresentam-se limpos no início das aulas e a limpeza é sempre realizada ao término delas pela equipe da zeladoria. A parte externa é ventilada, com boa iluminação durante o dia, mas no período noturno, algumas áreas poderiam ser melhores iluminadas. Existe uma dificuldade em relação à acústica que se agrava principalmente nas apresentações escolares, mas o problema não se estende para dentro das salas de aula. 
 Fotografia 3: Biblioteca (fonte: acervo particular da escola).
As salas são amplas, iluminadas, algumas são climatizadas e outras não, o que gera problemas nas épocas de muito calor ou frio, causando desconforto nos alunos e professores. Os estudantes estão distribuídos em turmas com uma média de 30 alunos por sala, todos bem acomodados.
Em relação ao mobiliário, apesar de uma parte já ser antiga, possui mesas e cadeiras apropriadas, armários para guardar materiais, etc. Todo o material de multimídia é armazenado em local apropriado e os professores fazem a reserva com antecedência para utilizar e no dia da aula, levam para a sala e recolhem ao final. O material esportivo é deficiente, falta complemento no acervo bibliotecário, e a equipe diretiva procura sempre suprir as necessidades materiais da escola como podem. Os profissionais possuem a disposição: computadores, projetores, quadro branco, xerox, livros didáticos, DVDs, vídeos, biblioteca, laboratório de ciências e informática entre outros, que beneficiam e que dão aos profissionais as condições de trabalho existentes.
2.5 CARACTERIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA ESCOLA ESTAGIADA
 No ano de 2019, conta com 25 professores efetivos, 34 professores ACT’s e 3 outros colaboradores, além de funcionários terceirizados para produção da merenda. O quadro de professores é formado por profissionais que possuem desde o mestrado até aqueles que ainda não estão habilitados, que são responsáveis pelos alunos que frequentam a escola e também as turmas vinculadas a ela. Todos os anos a SED e a Unidade de Atendimento proporcionam aos profissionais da educação cursos de capacitação com formação continuada e palestras que auxiliam no fazer pedagógico e alguns buscam, de forma particular, em outras instituições cursos de aperfeiçoamento, visando sempre inovar sua prática pedagógica. 
Os professores estão sempre atentos e abertos aos alunos e percebe-se que quanto mais recente a formação, mais estão dispostos a se doar aos estudantes e inovar em suas aulas. Porém cada um adapta o projeto da escola à sua disciplina, já que o mesmo foi construído de maneira coletiva e requer participação de todos.
 Os profissionais que atuam na instituição se referem ao ensino da língua portuguesa como essencial ao aluno e muito importante para sua formação como ser humano.
2.6 CARACTERIZAÇÃO DA TURMA ESTAGIADA
Apesar de o estágio ter envolvido a observação de diversas turmas do ensino fundamental II, a opção para estágio, foi uma turma de 6º ano que funciona dentro do CASEP – Centro de Atendimento Socioeducativo de São José do Cedro. A escolha foi devido às especificidades dos alunos, o agravante em serem todos menores infratores com um alto grau de defasagem no processo ensino-aprendizado e a possibilidade do desafio em observar um trabalho diferenciado neste ambiente.
 Fotografia 4: Fachada CASEP (fonte: Elaine Vogt 2019).
O CASEP situa-se a cerca de 700m da Escola Básica Cedrense, todos os professores que lecionam no centro estão vinculados à escola. No interior da unidade existe uma sala de aula climatizada e equipada com armários, quadro branco, aparelho de multimídia e carteiras com espaço suficiente para receber 10 alunos. A turma estagiada é composta por 8 alunos, sendo todos do sexo masculino, com idades entre 14 e 21 anos, todos cursando o conteúdo do 6º ano, devido à evasão escolar anterior ao cumprimento da medida socioeducativa. Deste total, geralmente todos comparecem assiduamente às aulas, já que elas fazem parte da rotina cumprida dentro da unidade.
 A instituição possui um Projeto Político Pedagógico próprio, em complemento ao PPP da escola à qual estão educacionalmente vinculados e existe uma pedagoga contratada pela instituição responsável em realizar atividades de reforço escolar, além de desenvolverprojetos de leitura, participação em concursos de redação, olimpíadas escolares, dentre outras atividades extremamente relevantes para esses internos. 
O grupo de discentes é formado por alunos com graves problemas relacionados às condições socioeconômicas de suas famílias e o agravante do cometimento de atos infracionais diversos. Desse modo, ainda segundo o PPP da instituição, com base no ECA – Estatuto da Criança e do adolescente, é a faixa etária de 12 a 21 anos desses cidadãos a razão primordial para a criação da turma. As aulas são sempre acompanhadas por 2 ou 3 agentes educadores que são responsáveis pela segurança e mediação de conflitos.
A relação entre alunos e professora nesta turma é respeitosa e amigável. Não existem grades que separam professores e alunos e percebe-se que o contexto vivido ali não é barreira para a transmissão de conhecimentos. Existem situações de descontração na classe, momentos de troca de conhecimentos cotidianos entre professora e alunos, momentos de conversa e falta de atenção, mas a professora logo retoma o controle. Por questões de segurança, informações pessoais não são repassadas e os professores precisam obedecer às normas internas.
Tanto para os alunos, quanto para esta instituição, as aulas ministradas e a metodologia aplicada fazem parte do processo de ressocialização, já que alguns alunos chegam sem nem ao menos se lembrarem de como escrever o próprio nome, apesar de possuírem o documento comprobatório de conclusão do Ensino Fundamental - Anos Iniciais, em alguns casos devido ao uso excessivo de entorpecentes.
Apesar de tão pouco tempo de estágio supervisionado, posicionada no fundo da sala de aula, o período das observações das aulas possibilitou conhecer a turma de um ponto de vista privilegiado. Como resumo da experiência de observação, é válido concluir que a metodologia e os procedimentos didáticos adotados pela professora são os fatores mais decisivos para o bom funcionamento da aula. Considerar o contexto ao qual os alunos estão inseridos possibilita o sucesso do trabalho desenvolvido. Em relação à docência, percebe-se que desenvolver um plano de aula baseando-se na turma contemplada, não garante que o professor não precisará ser capaz de improvisar no momento que estiver aplicando o mesmo, repensar e refazer, de acordo com a necessidade imediata dos alunos.
2.7 PERFIL DO PROFESSOR OBSERVADO DURANTE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
A professora de Língua Portuguesa, Karine Maria Kuhn, tem 30 anos e se formou recentemente. Faz parte do quadro de professores ACT’s que atuam para a Secretaria de Educação do Estado de Santa Catarina. 
Possui um jeito dinâmico de dar aula e gosta de utilizar temas da atualidade e ao mesmo tempo referentes a realidade de seus alunos, em seu planejamento de aulas. É perceptível o fato de que ela é admirada por seus alunos, que se esforçam, mesmo tendo bastante dificuldade em entender o conteúdo apresentado.
A professora sempre está disposta a tirar dúvidas e sempre retorna ao conteúdo quando percebe que ainda ficaram dúvidas. Ela deixa claro que não pode avançar o conteúdo sem que eles entendam o que está sendo explicado, já que considera que a forma de aprender é como uma “escada”, um degrau de cada vez.
Em relação aos outros profissionais da escola e do CASEP, a professora conquistou respeito, mesmo com pouca experiência de atuação e grande parte disso se deve ao fato de sempre buscar uma formação complementar.
2.8 DESCRIÇÃO DAS AULAS OBSERVADAS
Durante as aulas observadas, a professora trabalhou o conteúdo relacionado aos pronomes com seus alunos. As aulas foram relevantes já que os alunos apresentam defasagem nos estudos e apresentam muitas dificuldades em entender o que é ensinado.
A professora primeiro expunha o conteúdo, depois abria momentos para participação dos alunos, realizava leituras, atividades individuais, em grupo e duplas. Quando algum aluno concluía a atividade antes dos outros, a professora distribuía fichas de leitura sobre temas diversos, principalmente atualidades, para que o aluno não se dispersasse ou iniciasse conversa paralela.
Vale ressaltar que de forma geral, todos os alunos apresentam dificuldades em aprender e possuem necessidade de atendimento individualizado e reforço em vários momentos.
2.9 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DE AVALIAÇÃO OBSERVADAS
Quanto aos processos de avaliação se deu através de produção textual, resolução de exercícios e a participação dos alunos nas aulas. As atividades avaliativas tinham como finalidade determinar se os alunos estavam conseguindo absorver os assuntos tratados nas aulas.
O nível de interesse demonstrado pelo aluno em relação às aulas, a resolução das atividades propostas, a disposição para desenvolvê-las, a atitude reflexiva e colaboração com outros alunos e professora, são os aspectos levados em conta. 
Para correção de textos, o aluno produzia, a professora fazia a troca dos textos entre os alunos e eles faziam uma primeira correção para os colegas. Logo após, a professora realizava uma segunda correção e avaliava a produção e a correção feita pelos alunos. Só daí a produção retornava para o autor, que realizava a correção final. 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este relatório trabalho propôs uma reflexão sobre a vivência em sala de aula pelo acadêmico do curso de letras, através do estágio supervisionado. A possibilidade de explorar os limites e transportar esse componente curricular para nossa realidade é desafiadora e ao mesmo tempo encantadora. 
Vivenciar todos os debates feitos em sala de aula e perceber que na prática, deve-se valorizar a possibilidade de ação-reflexão-ação, ou seja, que durante o estágio se retorne a teoria e se revejam novas ações, nos faz entender que apesar de haver entraves em relação à teoria que se estuda e a prática do ensino de fato, elas andam de mãos dadas, apesar da última ser bem mais desafiadora.
Muitas vezes o que é planejado e discutido na teoria, na prática não funciona tão bem quanto era esperado, gerando atritos e mais problemas e tanto a instituição de ensino, quanto o professor, devem estar preparado para refazer o planejamento e o foco deve ser sempre o aluno.
A análise dos Projetos Político Pedagógicos formulados pelas instituições permitiu observar que existe uma considerável distância entre os resultados colhidos ao longo dos anos e aquilo que se tem como perspectiva. 
Ser professor não é fácil, mas é compensador, pensando sempre que o professor precisa ter maturidade profissional e que a busca por essa maturidade se inicia ainda durante sua formação e é viabilizada especialmente através da vivência do estágio.
A educação ainda é transformadora e sim, os alunos têm interesse em aprender, desde que sejam participantes ativos no processo e cabe ao professor incluí-los e no contexto deste estágio realizado, fica ainda mais claro o quanto ela pode ser libertadora em todos os sentidos da palavra. Para muitos, a educação representa possibilidade de recomeço.
Observar é uma oportunidade única e indispensável, para o futuro professor. Nada melhor do que vivenciar o dia a dia de quem passa grande parte do dia dentro de salas de aula muitas vezes sem o suporte necessário, mas que precisa dar conta das demandas que a sociedade impõe.
Concluo esse relatório certa de que a educação é viva e que essa vida flui do professor para o aluno e vice-versa, sempre perpassando pelo processo ensino-aprendizado, em que as vezes fica difícil discernir quem está atuando como aluno e que está atuando como o professor, já que ambos possuem o que aprender, porém ambos podem oferecer a arte de ensinar.
REFERÊNCIAS 
CASEP SÃO JOSÉ DO CEDRO. Projeto Político Pedagógico. São José do Cedro, 2019.
E.E.B. CEDRENSE. Projeto Político Pedagógico. São José do Cedro, 2019.
MICHALISZYN, Mario Sergio. Fundamentos socioantropológicos da educação. Curitiba: InterSaberes, 2012.
WHITE, Ellen. Mente, Caráter e Personalidade. Volume II. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2016.
�SEU RELATÓRIO ESTÁ MUITO BEM CONSTRUÍDO E CUMPRE TODOS OS OBJETIVOSPROPOSTOS.
PROFª ALBERTINA
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