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Aula - A historia da surdez no mundo

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LIBRAS e Educação Inclusiva
Prof. Msci. Daniel de Santi
Faculdade Sumaré
A história da surdez no mundo
Origem da palavra “Surdo”
Etimologicamente, o termo surdo vem do latim (surdus) e no grego (kophós) com um significado duplo:
Homem que não escuta
Homem que não é entendido.
Antiguidade
Na Antiguidade, a educação dos Surdos variava de acordo com a concepção que se tinha deles. 
Para os gregos e romanos, em linhas gerais, o Surdo não era considerado humano, pois a fala era resultado do pensamento. 
Logo, quem não pensava não era humano. 
Não tinha direito a testamentos, à escolarização e a frequentar os mesmos lugares que os ouvintes.
Certa vez, Aristóteles afirmou que considerava o ouvido como órgão mais importante para a educação, o que contribuiu para que o Surdo fosse visto como incapacitados para receber qualquer instrução naquela época.
Antiguidade
No Egito, os Surdos eram adorados, como se fossem deuses, serviam de mediadores entre os deuses e os Faraós, sendo temidos e respeitados pela população.
Na Antigüidade os chineses lançavam-nos ao mar, os gauleses sacrificavam-nos aos deuses Teutates, em Esparta eram lançados do alto dos rochedos.
Em Constantinopla, as regras para os Surdos eram basicamente as mesmas. No entanto, lá os Surdos realizavam algumas tarefas, tais como o serviço de corte, como pajens das mulheres, ou como bobos, de entretenimento do sultão.
Idade Média
A Igreja Católica teve papel fundamental na discriminação no que se refere às pessoas com deficiência, já que para ela o homem foi criado a “imagem e semelhança de Deus”. 
Portanto, os que não se encaixavam neste padrão eram postos à margem, não sendo considerados humanos. Entretanto, isso incomodava a Igreja, principalmente em relação às famílias abastadas.
Idade Média
Nesta época, a sociedade era dividida em feudos. Nos castelos, os nobres, para não dividir suas heranças com outras famílias, acabavam casando-se entre si, o que gerava grande número de Surdos entre eles. 
Por não terem uma língua que se fizesse inteligível, os Surdos não ia, se confessar. Suas almas passaram a ser consideradas mortais, pois eles não podiam falar os sacramentos. 
Foi então que ocorreu a primeira tentativa de educá-los, inicialmente de maneira preceptorial. 
Os monges que estavam em clausura, e haviam feito o Voto do Silêncio para não passar conhecimentos adquiridos pelo contato com os livros sagrados, haviam criado uma linguagem gestual para que não ficassem totalmente incomunicáveis. 
Esses monges foram convidados pela Igreja Católica a se tornarem preceptores dos Surdos.
Idade Moderna
É somente a partir do final da Idade Média que os dados com relação à educação e à vida do Surdo tornaram-se mais disponíveis. 
É exatamente nesta época que começam a surgir os primeiros trabalhos no sentido de educar a criança surda e de integrá-las (ainda não é inclusão) na sociedade.
Idade Moderna
1501-1576 – Itália: Girolamo Cardano, médico italiano interessado em estudar o caso do seu filho surdo. Cardano encontrou por casualidade o livro de Rudolphus Agricola. Defendeu que o emprego de palavras faladas não era indispensável para se compreender as ideias, mas defendeu que era necessário aprender a ler e a escrever.
1520 a 1584 – Espanha: Pedro Ponce de Leon inicia a educação dos surdos através do uso da Língua de Sinais e do alfabeto manual (essencial do método ponce), este se baseava na aprendizagem das palavras começando pela leitura e escrita.
Idade Moderna
1613 – Espanha: Juan Pablo Bonet atribuiu grande importância à existência de um ambiente linguístico rico, além de priorizar o uso do alfabeto manual juntamente com a escrita para o ensino da fala. Defende que o treino da fala seja iniciando precocemente.
1616 a 1698 – Inglaterra: Holder defende que a reeducação deveria começar pelo ensino da escrita e utiliza o alfabeto de duas mãos para apoiar o treino da fala.
Idade Moderna
1648 – Inglaterra: John Bulwer é o autor do 1º trabalho sobre leitura labial da língua inglesa, de cuja aprendizagem faz depender a posterior aquisição da fala.
1616 a 1703 – Inglaterra: O matemático e educador de surdos John Wallis dedica pouca atenção à leitura labial e procede ao treino da fala independentemente do apoio no alfabeto manual. Inicia a reeducação através de gestos naturais usados pelos alunos para depois passar à escrita.
Idade Moderna
1626 a 1687 - Inglaterra: Jeorge Dalgarno atribui grande importância à educação precoce e ao ambiente linguístico em que a criança surda deve ser educada. Defende o uso contínuo da datilologia desde o berço para permitir ao bebê o desenvolvimento da linguagem.
1715 a 1780 – Portugal: Jacob Rodrigues Pereira utiliza o alfabeto manual como apoio do ensino da fala.
Idade Moderna
1712 a 1789 – França: O abade l'Epée (Charles-Michel de l'Epée: 1712 -1789) defende que a mímica constituiu a linguagem natural ou materna dos surdos. Conclui que a linguagem dos gestos é um verdadeiro meio de comunicação e de desenvolvimento do pensamento”.
1750 – Alemanha: O Oralismo foi fundado por Samuel Heinicke, que adotou uma metodologia conhecida como o “método alemão”.
Idade Moderna
1750 – França: Charles-Michel de L´Epée envolveu-se com a comunidade surda, aprendeu a língua e acabou fundando em 1775 uma escola pública em sua própria casa, onde professores e alunos usavam os chamados “sinais metódicos”.
1760 – França: L'Epée iniciou o trabalho de instrução formal com duas surdas a partir da Língua de Sinais que se falava pelas ruas de Paris, datilologia/alfabeto manual e sinais criados e obteve grande êxito, sendo que a partir dessa época a metodologia por ele desenvolvida tornou-se conhecida e respeitada, assumida pelo então Instituto de Surdos e Mudos (atual Instituto Nacional de Jovens Surdos), em Paris, como o caminho correto para a educação dos seus alunos.
Idade Moderna
1817 - Estados Unidos: Thomas Hopkins Gallaudet e Laurent Clerc fundam a primeira Escola de Surdos em Harttord o AMERICAM ASYLUM FOR THE EDUCATION OF THE DEAF AND DUMB. Desde 1864 Gallaudet University.
1850 – Estados Unidos: A ASL, e não o inglês sinalizado passa a ser utilizada nas escolas, assim como ocorria na maior parte dos países europeus. Nesse período, houve uma elevação no grau de escolarização dos surdos, que podiam aprender com facilidade as disciplinas ministradas em língua de sinais.
1860 – Estados Unidos: O método oral começa a ganhar força.
1869 – Estados Unidos: Surgiram então opositores à língua de sinais, que ganharam força a partir da morte de Laurent Clerc.
Idade Moderna
1872 - Estados Unidos: Alexandre Graham Bell abriu uma escola de educação para professores de surdos, em Boston. Bell tentou encontrar algum meio mecânico de modo a tornar o discurso visível e desenrolar a amplificação. Durante as experiências inventou o telefone. Era contra o uso da Língua Gestual.
1880 – Itália: Em Milão, o Iº CONGRESSO MUNDIAL DOS SURDOS considera que o uso simultâneo da fala e dos gestos mímicos tem a desvantagem de impedir que o desenvolvimento da fala da leitura labial e da precisão das ideias. E declara que o método oral puro deve ser preferido de forma definitiva e oficial. Das 164 representantes presentes, apenas os cincos dos EUA não votam em favor do ORALISMO.
Idade Contemporânea
1960 – Estados Unidos: É implantada a filosofia da Comunicação Total. William Stokoe prova que a linguagem gestual, de natureza visual-especial, tem estrutura e aspectos próprios, como qualquer língua.
Congresso de Milão
O Congresso durou 3 dias, nos quais foram votadas 8 resoluções, sendo que apenas uma (a terceira) foi aprovada por unanimidade. As resoluções são:
O uso da língua falada, no ensino e educação dos surdos, deve preferir-se à língua gestual;
O uso da língua gestual em simultâneo com a língua oral, no ensino de surdos, afeta a fala, a leitura labial e a clareza dos conceitos, pelo que a língua articulada pura deve ser preferida;
Os governos devem tomarmedidas para que todos os surdos recebam educação;
Congresso de Milão
O método mais apropriado para os surdos se apropriarem da fala é o método intuitivo (primeiro a fala depois a escrita); a gramática deve ser ensinada através de exemplos práticos, com a maior clareza possível; devem ser facultados aos surdos livros com palavras e formas de linguagem conhecidas pelo surdo;
Os educadores de surdos, do método oralista, devem aplicar-se na elaboração de obras específicas desta matéria;
Os surdos, depois de terminado o seu ensino oralista, não esqueceram o conhecimento adquirido, devendo, por isso, usar a língua oral na conversação com pessoas falantes, já que a fala se desenvolve com a prática;
Congresso de Milão
A idade mais favorável para admitir uma criança surda na escola é entre os 8-10 anos, sendo que a criança deve permanecer na escola um mínimo de 7-8 anos; nenhum educador de surdos deve ter mais de 10 alunos em simultâneo;
Com o objetivo de se implementar, com urgência, o método oralista, deviam ser reunidas as crianças surdas recém admitidas nas escolas, onde deveriam ser instruídas através da fala; essas mesmas crianças deveriam estar separadas das crianças mais avançadas, que já haviam recebido educação gestual, a fim de que não fossem contaminadas; os alunos antigos também deveriam ser ensinados segundo este novo sistema oral.

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