RESENHA CRÍTICA - CASO TOSHIBA

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CIÊNCIA DE DADOS E BIG DATA ANALYTICS
Resenha Crítica do Caso Toshiba
João Paulo da Silva Wanderley
Trabalho da disciplina de Consultoria
 Tutor: Prof. Ricardo Barbosa da Silveira
Maceió - AL 
2020
RESENHA CRÍTICA DO CASO TOSHIBA
Referência: MITSURU MISAWA
Em 2015, o CEO da Toshiba anunciou sua demissão, e certa noticia causou grande movimentação na mídia, tal movimentação fez com que o pessoal fosse buscar os motivos que levaram a essa tomada de decisão, e nisso foi descoberto a partir de uma auditoria interna várias irregularidades na empresa sendo o seu principal a inflação dos lucros tornado a Toshiba com um valor de mercado que não condizia com a sua realidade. Quando novo presidente e CEO foi nomeado prontamente veio fortes qualidades estratégicas, corporativas e sociais para promover mudanças organizacionais reais, foi fundado um comitê de terceiros a fim de realizar uma auditoria detalhada das práticas contábeis da empresa.
A partir de uma análise detalhada realizada pelo novo comitê, verificou-se que a maior parte das perdas estavam associadas aos produtos de uso pessoal, como laptops e bens de consumo duráveis. As práticas contábeis da Toshiba apontam para o desenvolvimento de uma situação de alta pressão em que os executivos deveriam encontrar metas difíceis em um ambiente desafiador. Isso, em combinação com a cultura descendente da organização, que gerou a expectativa de que os funcionários deveriam demonstrar fidelidade cega aos funcionários superiores, resultou em práticas contábeis indesejáveis e ilegais, não relatadas.
A auditoria também descobriu que além de aumentar os lucros, foram realizadas várias amortizações onde estavam relacionadas a submissão dos executivos. Ao final das contas o peso é maior para quem se encontra numa situação de mais fragilidade dentro da companhia. Ou seja, para compensar as perdas a administração determinou metas beirando o abuso em terno de dificuldade, fazendo com que os executivos seguissem o mesmo fluxo das ações que vinham de cima, inflando quantias para que causassem uma impressão de que tais metas estavam sendo alcançadas. 
Não se deve culpar a Toshiba ao fato de não haver governança corporativa, embora tenham falhas na execução de seus processos e controles internos, mas a falta de honestidade das pessoas, da indisciplina das equipes. Foram totalmente imprudentes e antiéticos com a intenção de garantir autopromoção. Foi uma grande ação sistemática que culminou em práticas contábeis irregulares que levou 8 anos para ser descoberta. Podemos ter a noção do quanto é desastroso para uma instituição ficar tanto tempo no prejuízo, a bola de neve criada mediante a situação.
Contudo, vimos que uma boa governança corporativa acompanhada de pessoas realmente comprometidas com as intenções institucionais alinhadas com o planejamento organizado pela administração compõe uma empresa bastante firme, tanto com a realização de seus produtos finais mas também se o acaso ocorrer alguma violação fiscal, nas boas práticas de auditorias ficam fácil de contornar tais práticas, aliás não precisa de 8 anos para que o certo seja finalmente feito.