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Programa Nacional de Controle da Tuberculose Profa.: Elcimara Almeida Disciplina: Saúde Coletiva Período: 4 ° Descrição • Doenca infecciosa e transmissivel, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, que afeta prioritariamente os pulmoes, embora possa acometer outros orgaos e sistemas. 2 Agente etiológico • O M. tuberculosis (tambem conhecido como bacilo de Koch) e um bacilo álcool-ácido resistente (BAAR), fino, ligeiramente encurvado, que possui de 1 a 4 micra de comprimento. • E parasita intracelular aeróbio. • Não produz toxinas conhecidas. Sua multiplicação é lenta e apresenta inúmeros antígenos em sua superfície. 3 Reservatório • O principal reservatório e o ser humano. • Outros possíveis reservatórios são gado bovino, primatas, aves e outros mamíferos. • Em alguns locais, o M. bovis assume o papel de principal agente etiologico causador da tuberculose e apresenta-se de forma identica ao M. tuberculosis, com maior frequência na forma ganglionar e outras extrapulmonares. 4 Modo de transmissão • A tuberculose é uma doença de transmissão aérea: ocorre a partir da inalação de aerossois, produzidos pela tosse, espirro ou fala de doentes com tuberculose de vias aereas (tuberculose pulmonar ou laringea). • Somente pessoas com tuberculose ativa transmitem a doenca. 5 Modo de transmissão • Os casos baciliferos, ou seja, que tem baciloscopia de escarro (exame de microscopia que permite a visualizacao de bacilos diretamente no escarro) positivo sao os principais responsaveis pela manutencao da cadeia de transmissao. • Durante um ano, numa comunidade, uma pessoa com baciloscopia de escarro positiva infecta, em geral, de 10 a 15 pessoas. 6 Modo de transmissão • E possivel que o contagio ocorra a partir de outros modos de transmissao como, por exemplo, pela ingestao de leite nao pasteurizado contaminado, pela inoculacao direta e pela via transplacentaria. • No entanto, estes eventos sao raros. 7 Período de latência • Em situações metabolicamente desfavoraveis – diminuição da pO2 ou pH baixo no orgao em que esta alojado e durante a ação de medicamentos para o tratamento da tuberculose) –, o M. tuberculosis pode entrar em estado de latencia, multiplicando-se muito lentamente durante dias ou ate mesmo anos. • Embora o risco de adoecimento seja maior nos primeiros 2 anos apos a primoinfeccao (tuberculose primaria), uma vez infectada, a pessoa pode adoecer em qualquer momento da sua vida. 8 Suscetibilidade, imunidade e vulnerabilidade • A suscetibilidade a infecção e praticamente universal. Contudo, nem todos os expostos se infectam. • Se a quantidade de bacilos inalados for pequena, eles podem ser destruidos antes de produzirem qualquer lesão ou de induzirem resposta imune. • A maioria dos infectados resiste ao adoecimento após a infecção e desenvolve imunidade parcial a doença. • Os bacilos ficam encapsulados, em estado latente, em pequenos focos quiescentes, que nao progridem, nem provocam o adoecimento. • Esta e a infeccao latente da tuberculose (ILTB), que se expressa, na maioria das vezes, pela prova tuberculinica positiva. 9 Suscetibilidade, imunidade e vulnerabilidade • Cerca de 5% dos infectados não conseguem impedir a multiplicação inicial do bacilo e adoecem na sequência da primoinfecção. • Outros 5%, apesar de bloquearem a infecção nesta fase, adoecem posteriormente (tuberculose pós-primária ou secundária) por reativação dos bacilos (reativação endogena) ou por exposição a nova fonte de infecção (reinfecção exogena). 10 Suscetibilidade, imunidade e vulnerabilidade • Alguns grupos populacionais, devido as suas condicoes de saude e de vida, possuem maior vulnerabilidade para adoecer por tuberculose. • Indígenas - 3 x maior • Privados de liberdade - 28 x maior • Pessoas que vivem com o HIV/aids (PVHA) - 35 x maior • Pessoas em situação de rua - 67 x maio 11 Imunização com BCG • vacina BCG utilizada no Brasil e preparada com bacilos vivos atenuados, a partir de cepas do M. bovis e apresenta eficacia em torno de 75% contra as formas miliar e meningea da TB, em individuos não infectados pelo M. tuberculosis. • No entanto, esta protecao pode variar conforme a prevalencia dos agravos e a resposta de cada individuo. • Recém-nascidos contatos de indivíduos bacilíferos deverão ser vacinados somente após o tratamento da tuberculose ou quimioprofilaxia. 12 Manifestações clínicas • A forma pulmonar, além de ser mais frequente (85,5% dos casos novos de tuberculose em 2012), e tambem a mais relevante para a saude publica, especialmente a positiva a baciloscopia, pois e a principal responsavel pela manutencao da cadeia de transmissao da doenca. • Entretanto, nao raramente (em 14,5% dos casos em 2012), a tuberculose se manifesta sob diferentes apresentacoes clinicas, que podem estar relacionadas com idade, imunodepressao e orgao acometido. 13 Manifestações clínicas • Tuberculose pulmonar • Em adolescentes e adultos jovens, o principal sintoma e a tosse (seca ou produtiva, com expectoracao purulenta ou mucoide, com ou sem sangue). • Recomenda-se que todo sintomatico respiratório – pessoa com tosse por 3 semanas ou mais – seja investigado para a tuberculose. 14 Manifestações clínicas • Tuberculose pulmonar • Outros sinais e sintomas comuns da tuberculose pulmonar sao febre vespertina (em geral,até 38,5°C), sudorese noturna, anorexia e emagrecimento. • A ausculta pulmonar pode apresentar diminuicao do murmurio vesicular, sopro anforico ou mesmo ser normal. • Individuos em bom estado geral e sem perda do apetite tambem podem ter tuberculose pulmonar. 15 Manifestações clínicas • Tuberculose pulmonar • Alem disso, criancas, em geral, nao sao capazes de expectorar. • O achado clinico que se destaca na maioria dos casos e a febre, habitualmente moderada, por 15 dias ou mais e frequentemente vespertina. • Sao comuns irritabilidade, tosse, inapetencia, perda de peso e sudorese noturna, as vezes profusa. A hemoptise e rara. • O exame fisico pode ser inexpressivo. 16 TB extrapulmonar: • As apresentações extrapulmonares da TB têm seus sinais e sintomas dependentes dos órgãos e/ou sistemas acometidos. • Sua ocorrência aumenta entre pacientes com aids, especialmente entre aqueles com imunocomprometimento grave. 17 Manifestações clínicas • Órgãos mais frequentemente acometidos pela tuberculose doença. 18 Manifestações clínicas Diagnóstico Bacteriológico Exame microscópico direto – baciloscopia direta • A pesquisa do bacilo álcool-ácido resistente – BAAR, pelo método de Ziehl-Nielsen, é a técnica mais utilizada em nosso meio. • A baciloscopia do escarro, desde que executada corretamente em todas as suas fases, permite detectar de 60% a 80% dos casos de tuberculose pulmonar, o que é importante do ponto de vista epidemiológico, já que os casos bacilíferos são os responsáveis pela manutenção da cadeia de transmissão. 19 DIAGNÓSTICO Diagnóstico Bacteriológico Exame microscópico direto – baciloscopia direta • A baciloscopia direta deve ser solicitada aos pacientes que apresentem: - critérios de definição de sintomático respiratório (exame de escarro); - suspeita clínica e/ou radiológica de TB pulmonar, independentemente do tempo de tosse (exame de escarro); e - suspeita clínica de TB extrapulmonar (exame em materiais biológicos diversos). 20 DIAGNÓSTICO Diagnóstico Bacteriológico Exame microscópico direto – baciloscopia direta • Nenhum BAAR em 100 campos examinados = Negativo • De 1 a 9 BAAR por campo, em 100 campos observados = Quantidade de bacilos visualizados • De 10 a 99 BAAR por campo, em 100 campos observados = + • De 1 a 10 BAAR por campo, em 50 campos observados= ++ • Mais de 10 BAAR por campo, nos primeiros 20 campos observados = +++ 21 DIAGNÓSTICO Diagnóstico Bacteriológico Cultura para micobactéria, identificação e teste de sensibilidade • A cultura é um método de elevada especificidade e sensibilidade no diagnóstico da TB. • Nos casos pulmonares com baciloscopia negativa, a culturado escarro pode aumentar em até 30% o diagnóstico bacteriológico da doença. 22 5. DIAGNÓSTICO Diagnóstico Bacteriológico Coleta , armazenamento e transporte de material biológico para a realização de exames bacteriológicos • Qualidade e quantidade da amostra – Uma boa amostra de escarro é a que provém da árvore brônquica, obtida após esforço de tosse, e não a que se obtém da faringe ou por aspiração de secreções nasais, nem tampouco a que contém somente saliva. • O volume ideal é de 5ml a 10ml. 23 DIAGNÓSTICO Diagnóstico Bacteriológico Coleta , armazenamento e transporte de material biológico para a realização de exames bacteriológicos • Recipiente – O material deve ser coletado em potes plásticos com as seguintes características: descartáveis, com boca larga (50mm de diâmetro), transparente, com tampa de rosca, altura de 40mm, capacidade de 35ml a 50ml. • A identificação (nome do paciente e data da coleta) deve ser feita no corpo do pote e nunca na tampa, utilizando-se, para tal, esparadrapo, fita crepe ou caneta com tinta indelével. 24 DIAGNÓSTICO Diagnóstico Bacteriológico Coleta , armazenamento e transporte de material biológico para a realização de exames bacteriológicos • Recipiente 25 DIAGNÓSTICO Diagnóstico biomolecular Teste rapido molecular para tuberculose • O teste rapido molecular para tuberculose e um teste de amplificacao de acidos nucleicos utilizado para deteccao de DNA do M. tuberculosis e triagem de cepas resistentes a rifampicina pela tecnica de reacao em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real. • O tempo de execucao do teste no laboratorio e de 2 horas, e o resultado detecta presenca ou ausencia do complexo M. tuberculosis e indica sensibilidade ou resistencia a rifampicina. 26 DIAGNÓSTICO Diagnóstico Radiológico • O estudo radiológico tem, ainda, importante papel na diferenciação de formas de tuberculose de apresentação atípica e no diagnóstico de outras pneumopatias no paciente portador de HIV/aids ou de outras situações de imunodepressão. 27 4 DIAGNÓSTICO Prova Tuberculínica • Essa prova é também conhecida como teste tuberculínico ou de Mantoux, que consiste na inoculação intradérmica da tuberculina em uma pessoa, a fim de conhecer se ela está ou não infectada pelo Mycobacterium tuberculosis. • No Brasil, a tuberculina utilizada é a RT 23 (Purified Protein Derivative Reset Tuberculin), do Serum Institute na dose de duas unidades de tuberculina – UT, equivalente a 5UT de PPD-S, utilizada em outros países. 28 4 DIAGNÓSTICO Prova Tuberculínica • Indicada como método auxiliar no diagnóstico da tuberculose, a prova tuberculínica quando reatora, isoladamente, indica apenas a presença de infecção e não é suficiente para o diagnóstico da tuberculose doença. 29 4 DIAGNÓSTICO Prova Tuberculínica A - Injeção intradérmica da tuberculina 30 4 DIAGNÓSTICO Técnicas de Aplicação • Intra-dérmica (1908 – Mantoux) Prova Tuberculínica B - Formação de pápula de inoculação 32 4 DIAGNÓSTICO Prova Tuberculínica • A leitura da prova tuberculínica é realizada 48 a 72 horas após a aplicação, medindo-se com régua milimetrada o maior diâmetro transverso da área de endurecimento palpável. • O resultado, registrado em milímetros. 33 4 DIAGNÓSTICO • O TDO consiste na observacao diaria da ingestao dos medicamentos antituberculose por um profissional capacitado da equipe de saúde, por, no mínimo, 3 observações semanais do inicio ao fim (24 ingestoes observadas na fase intensiva e 48 na fase de manutencao). 34 6. TRATAMENTO Tratamento diretamente observado • Excepcionalmente, a unidade podera propor ao doente que a observacao seja realizadapor uma pessoa da familia, de equipamentos da assistencia social ou da comunidade, capacitados por profissional da equipe de saude. • Um profissional de saude devera visitar o paciente e o seu responsavel semanalmente para monitorar o tratamento, com atencao reforcada, uma vez que sao menores as taxas de cura e maior o abandono quando um familiar faz a observacao. • O local e o horario da administracao do medicamento devem estar de acordo com as necessidades do usuario, e nunca do servico. • podem ser administrados em qualquer horario, mesmo durante refeicoes. 35 6. TRATAMENTO Tratamento diretamente observado • A apresentação farmacológica desse esquema passa a ser em comprimidos de doses fixas combinadas dos quatro medicamentos (RHZE), nas seguintes dosagens: - R 150mg - rifampicina - H 75mg - isoniazida - Z 400mg - pirazinamida - E 275mg - etambutol 36 6. TRATAMENTO Esquema de tratamento • Para efeito de indicação de esquemas terapêuticos, considera- se: - caso novo − caso de tuberculose ativa nunca submetido a medicacao para tratamento da tuberculose, ou submetido por menos de 30 dias; - Retratamento ou com tratamento anterior – caso de recidiva (caso de tuberculose ativa, tratado anteriormente, que recebeu alta por cura comprovada ou por completar o tratamento) ou de reingresso apos abandono (caso de tuberculose ativa, tratado anteriormente, mas que deixou de tomar a medicação por mais de 30 dias consecutivos).. 37 6. TRATAMENTO Esquema de tratamento 1. Esquema básico para adultos e adolescentes (≥ 10 anos), (EB) (2RHZE/4RH) • Indicação: A) casos novos de tuberculose pulmonar e/ou extrapulmonar (exceto a forma meningoencefalica), infectados ou nao por HIV; b) retratamentos, exceto a forma meningoencefálica38 6. TRATAMENTO Esquema de tratamento 39 6. TRATAMENTO Intensiva (2RHZEa) RHZE 150/75/400/275mg comprimido em dose fixa combinada 20 a 35kg – 2 comprimidos 36 a 50kg – 3 comprimidos >50kg – 4 comprimidos Esquema básico para tratamento da tuberculose em adultos e adolescentes (≥10 anos) (2RHZE/4RH) Manutenção (4RHb) RH 150/75mg comprimido em dose fixa combinada 20 a 35kg – 2 comprimidos 36 a 50kg – 3 comprimidos >50kg – 4 comprimidos 2 . Esquema para tratamento da tuberculose meningoencefálica Para adultos e adolescentes (≥10 anos) Indicações e esquema de tratamento : • casos novos de tuberculose meningoencefálica; • retratamentos de tuberculose meningoencefálica. 40 6. TRATAMENTO Esquema de tratamento 41 6. TRATAMENTO Intensiva (2RHZEa) RHZE 150/75/400/275mg comprimido em dose fixa combinada 20 a 35kg – 2 comprimidos 36 a 50kg – 3 comprimidos >50kg – 4 comprimidos Esquema para tratamento da tuberculose meningoencefálica em adultos e adolescentes (≥10 anos) (2RHZE/4RH) Manutenção (7RHb) RH 150/75mg comprimido em dose fixa combinada 20 a 35kg – 2 comprimidos 36 a 50kg – 3 comprimidos >50kg – 4 comprimidos Efeitos adversos • Os efeitos adversos dos medicamentos antituberculose podem ser classificados em: menores, que podem ser manejados na Atencao Basica e normalmente nao determinam a suspensão do medicamento antituberculose; e maiores, que normalmente causam a suspensao do tratamento. Nesses casos, os pacientes precisam ser avaliados em unidades de referencia secundaria. • A maioria dos pacientes completa o tratamento sem qualquer reacao adversa relevante. 42 6. TRATAMENTO Efeito adverso Prováveis fármacos responsáveis Conduta Náusea, vômito, dor abdominal Rifampicina Isoniazida Pirazinamida Etambutol Reformular o horário da administração da medicação (2 horas após o café da manhã ou com o café da manhã); considerar o uso de medicação sintomática; e avaliar a função hepática Suor/urina de cor avermelhada Rifampicina Orientar Prurido ou exantema leve Isoniazida Rifampicina Medicar com anti-histamínico Dor articular Pirazinamida Isoniazida Medicar com analgésicos ou anti- inflamatórios não hormonais Neuropatia periférica Isoniazida (comum) Etambutol (incomum) Medicar com piridoxina (vitamina B6), na dosagem de 50mg/dia Objetivo • Reduzir a morbimortalidade por tuberculose, conhecer a magnitude da doenca, sua distribuicao e tendencia e os fatores associados, dando subsidios para as acoes de controle. Suspeito • Indivíduo com tosse por 3 semanas ou mais (sintomáticorespiratório) e/ou outros sinais e sintomas, como febre vespertina, sudorese noturna, emagrecimento, inapetencia, com imagens radiologicas compativeis com a doenca e considerado caso suspeito e, portanto, deve ser investigado para tuberculose. 44 Vigilância epidemiológica Suspeito • O sintomático respiratório, por definição, é toda pessoa que tem tosse por 3 ou mais semanas. • Nas populacoes especiais, a suspeita de tuberculose surge com pontos de corte diferenciados para o tempo de tosse : privados de liberdade – duas semanas ou mais; e PVHA, indígenas, pessoas em situação de rua – independentemente do tempo do sintoma. • OBS: A presenca de tosse, febre, sudorese noturna ou emagrecimento nas PVHA indica a possibilidade de tuberculose ativa e demanda a necessidade de investigacao. 45 Vigilância epidemiológica Confirmado • O caso de tuberculose pode ser confirmado pelos criterios a seguir. Criterio laboratorial – todo caso que, independentemente da forma clinica, apresenta pelo menos uma amostra positiva de baciloscopia, ou de cultura, ou de TRM-TB. Criterio clinico-epidemiologico – todo caso que nao preenche o criterio de confirmacao laboratorial acima descrito, mas que recebeu o diagnostico de tuberculose ativa. Essa definicao leva em consideracao dados clinico-epidemiologicos associados a avaliacao de outros exames complementares (como os de imagem, histologicos, entre outros). 46 Vigilância epidemiológica Notificação • Mediante confirmacao de um caso de tuberculose, a unidade de saude (publica ou privada) que identifica o caso e responsavel por sua notificacao. Outros servicos tambem podem notificar o caso, como por exemplo os laboratorios. caso novo – qualquer pessoa que nunca utilizou medicamento antituberculose, ou o utilizou por menos de 30 dias. Verificar, insistentemente, com o paciente e seus familiares, se não houve tratamento prévio para tuberculose por 30 dias ou mais; recidiva – e o caso de tuberculose ativa que foi tratado anteriormente e recebeu alta por cura comprovada ou por ter completado o tratamento; 47 Vigilância epidemiológica Notificação reingresso apos abandono – e o caso de tuberculose ativa, tratado anteriormente por mais de 30 dias, mas que deixou de tomar o medicamento por 30 dias consecutivos ou mais; nao sabe – refere-se ao caso com historia previa desconhecida. Deve ser registrado apenas quando esgotadas todas as possibilidades de investigacao da historia anterior do paciente; transferencia – refere-se ao paciente que compareceu a unidade de saude, para darcontinuidade ao tratamento iniciado em outra unidade, desde que nao tenha havido interrupção do uso do medicamento, por 30 dias ou mais. Neste último caso, o tipo de entrada deve ser “reingresso apos abandono”. Todo paciente transferido por outra unidade deve ser notificado pela unidade que o recebe; 48 Vigilância epidemiológica Encerramento • Para o encerramento oportuno, recomenda-se que os casos de tuberculose em tratamento com o esquema básico (de duração de 6 meses) sejam encerrados em até 9 meses, e que os casos de tuberculose meningoencefálica (de duração de 9 meses) sejam encerrados no sistema em ate 12 meses. 49 Vigilância epidemiológica Encerramento – Cura • paciente que apresentar 2 baciloscopias negativas, sendo uma em qualquer mes de acompanhamento e outra ao final do tratamento (5o ou 6o mes). • Para os casos com necessidade de ampliar o tempo de tratamento, serao considerados os 2 ultimos meses. • A alta por cura tambem sera dada ao paciente que completou o tratamento sem evidencia de falencia, e teve alta com base em criterios clinicos e radiologicos, por impossibilidade de realizar exames de baciloscopia ou cultura. 50 Vigilância epidemiológica Encerramento • Abandono – paciente que interromper o tratamento por mais de 30 dias consecutivos. • Abandono primario – quando o paciente diagnosticado nao iniciar o tratamento. • Obito por tuberculose – quando o obito foi causado pela tuberculose. A causa do obito deve estar de acordo com as informacoes contidas no SIM. • Obito por outras causas – por ocasiao do conhecimento da morte do paciente por qualquer causa basica que nao seja tuberculose, mesmo que a tuberculose esteja constando como causa associada no SIM. 51 Vigilância epidemiológica Encerramento • Transferencia – quando o doente for transferido para outro servico de saude. • Mudanca de diagnostico – quando ocorrer alteracao no diagnostico e for elucidado que nao se tratava de um caso de tuberculose. • Mudanca de esquema – quando o paciente necessitar da adocao de regimes terapeuticos diferentes do esquema basico, seja por intolerancia e/ou por toxicidade medicamentosa. • Tuberculose drogarresistente (TBDR) – quando houver confirmacao, por meio de teste de sensibilidade antimicrobiana, de resistencia a qualquer medicamento antituberculose. 52 Vigilância epidemiológica Encerramento Falencia – sera registrada nas seguintes situacoes: • persistencia da baciloscopia de escarro positiva ao final do tratamento; • doentes que no inicio do tratamento apresentavam baciloscopia fortemente positiva (+ + ou + + +) e mantiveram essa situacao ate o 4o mes; • baciloscopia positiva inicial seguida de negativacao e de novos resultados positivo por 2 meses consecutivos, a partir do 4o mes de tratamento. 53 Vigilância epidemiológica • O acompanhamento do tratamento consiste na avaliação periódica da evolução da doença e a utilização correta dos medicamentos. • Para que isto ocorra, é fundamental que o profissional de saúde garanta as condições básicas para o sucesso do tratamento. 54 7. ACOMPANHAMENTO DO TRATAMENTO
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