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ESTUDOS DISCIPLINARES V - AVALIAÇÃO I

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Revisar envio do teste: AVALIAÇÃO IESTUDOS DISCIPLINARES V 6597-15_SEI_DS_0719_R_20201 CONTEÚDO
Usuário
Curso ESTUDOS DISCIPLINARES V
Teste AVALIAÇÃO I
Iniciado 11/03/20 00:39
Enviado 11/03/20 01:47
Status Completada
Resultado da
tentativa
10 em 10 pontos 
Tempo decorrido 1 hora, 8 minutos
Resultados
exibidos
Todas as respostas, Respostas enviadas, Respostas corretas, Comentários, Perguntas respondidas
incorretamente
Pergunta 1
Resposta
Selecionada:
d.
Respostas: a. 
b. 
c. 
d.
e.
(Enade-2011) Leia o poema a seguir: 
 
Retrato de uma princesa desconhecida 
Para que ela tivesse um pescoço tão no 
Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule 
Para que os seus olhos fossem tão frontais e limpos 
Para que a sua espinha fosse tão direita 
E ela usasse a cabeça tão erguida 
Com uma tão simples claridade sobre a testa 
Foram necessárias sucessivas gerações de escravos 
De corpo dobrado e grossas mãos pacientes 
Servindo sucessivas gerações de príncipes 
Ainda um pouco toscos e grosseiros 
Ávidos cruéis e fraudulentos 
Foi um imenso desperdiçar de gente 
Para que ela fosse aquela perfeição 
Solitária exilada sem destino 
 
ANDRESEN, Sophia. M. B. Dual. Lisboa: Caminho, 2004. p. 73. 
 
No poema, a autora sugere que:
O trabalho compulsório de escravos proporcionou privilégios aos príncipes.
Os príncipes e as princesas são naturalmente belos.
Os príncipes generosos cultivavam a beleza da princesa.
A beleza da princesa é desperdiçada pela miscigenação racial.
O trabalho compulsório de escravos proporcionou privilégios aos príncipes.
UNIP EAD
1 em 1 pontos
Feedback
da
resposta:
O exílio e a solidão são os responsáveis pela manutenção do corpo esbelto
da princesa.
Resposta: D 
Comentário: O enunciado da questão apresente o poema “Retrato de uma princesa
desconhecida”, de autoria da escritora portuguesa Soa de Melo Breyner Andresen
(Porto, 1919 – Lisboa, 2004). No início do texto, a autora faz o retrato descritivo de
uma princesa: pulsos delicados, olhos frontais e limpos, espinha direita, cabeça
erguida etc. Em seguida, argumenta que, para que tais características de beleza e
sosticação existissem, foi necessário o trabalho de “sucessivas gerações de
escravos (...) servindo sucessivas gerações de príncipes (...) ávidos cruéis e
fraudulentos”. Acrescenta que foi necessário “um imenso desperdiçar de gente”
para que a princesa “fosse aquela perfeição solitária exilada sem destino”.
A – Alternativa incorreta: Andresen não arma que os príncipes e as princesas são
naturalmente belos. Segundo a poetisa, foi necessária a exploração do trabalho
escravo para que a princesa fosse bela.
B – Alternativa incorreta: Andresen não arma que os príncipes generosos
cultivavam a beleza da princesa. Segundo a poetisa, os príncipes foram “ávidos
cruéis e fraudulentos” e a beleza da princesa foi obtida por meio da exploração do
trabalho escravo.
C – Alternativa incorreta: Andresen não cita a miscigenação racial.
D – Alternativa correta: Segundo Andresen, o trabalho compulsório de escravos
proporcionou privilégios aos príncipes.
E – Alternativa incorreta: Andresen não arma que o exílio e a solidão zeram com
que a princesa mantivesse a silhueta esbelta.
Pergunta 2
Leia o texto a seguir: 
Geograa e meio ambiente: uma análise da legislação dos resíduos sólidos. 
Fernanda Sampaio da Silva 
 
“O processo de industrialização foi responsável por grandes transformações urbanas.
Inuenciou a multiplicação de diversos ramos de serviços que caracterizam a cidade moderna.
Também inuenciou no desenvolvimento dos meios de transporte e comunicação, que
interligaram distintas regiões. Foi responsável pela maior produtividade e pela consequente
elevação da produção agrícola. Contribuiu ainda com o êxodo rural. 
 
Além disso, introduziu um novo modo de vida e novos hábitos de consumo, criou novas
prossões, promoveu uma nova estraticação da sociedade e uma nova relação desta com a
natureza. Algumas das tecnologias existentes hoje no mercado ainda trazem problemas ao meio
ambiente. 
 
Entre os resíduos gerados pelo avanço desenfreado da produção e do consumo são
encontrados os resíduos sólidos industriais, que podem trazer impactos com consequências
para a saúde das pessoas e ao meio ambiente, desde uma escala local até mesmo global. 
 
Para que se possa reduzir a geração de resíduos sólidos industriais, minimizando possíveis
impactos negativos ao meio ambiente, é necessário que haja um processo de gestão para a
diminuição de resíduos durante o processo produtivo e/ou, quando possível, substituição do
material utilizado, por outro que tenha maior facilidade de ser reciclado. Portanto, a reciclagem é
um elemento importante para a minimização de resíduos em lixões e aterros sanitários. 
1 em 1 pontos
Resposta Selecionada: e. 
Respostas: a. 
b. 
c. 
d. 
e. 
Feedback
da
resposta:
 
[...] Assim, a geração e a disposição dos resíduos sólidos industriais em locais inapropriados
constituem um problema ambiental e, por isso, seu gerenciamento deve ocorrer de forma
correta e dentro da legislação, para que não seja comprometida a qualidade de vida das pessoas
e do meio ambiente. 
 
O controle do acondicionamento, armazenamento e destinação nal dos resíduos sólidos
perigosos deve ocorrer de acordo com a norma ABNT – NBR 1004 de 2004, que faz uma
classicação dos resíduos. Os resíduos são classicados em Classe I quando se trata de resíduos
sólidos perigosos (classicados pelo seu grau de risco a saúde pública) e Classe II quando são
resíduos não perigosos. 
 
Os resíduos de Classe II são subdivididos em: Classe II A, quando não são inertes e Classe II B,
inertes. Os resíduos sólidos gerados devem ser controlados nas indústrias, pois fazem parte do
licenciamento pelo órgão ambiental competente. 
 
Por isso, para que esse órgão tenha conhecimento dos resíduos gerados, o Conselho Nacional
do Meio Ambiente – CONAMA dispõe de uma resolução com o objetivo de inventariar os
resíduos sólidos gerados em todo o país, para que seja elaborado o Plano Nacional para
Gerenciamento de Resíduos Sólidos Gerados. O inventário é elaborado a partir de informações
como quantidade, formas de acondicionamento e armazenamento e destinação nal, enviadas
trimestralmente ao órgão estadual competente (Resolução CONAMA nº 313/2002).” 
 
Disponível em: <https://goo.gl/06swDe>. Acesso em 12 nov. 2014 (com adaptações). 
 
Com base nas informações do texto, analise as armativas: 
I- O controle da geração de resíduos sólidos industriais depende da conscientização do
consumidor a m de que modique seus hábitos. 
II- A redução na geração de resíduos sólidos está atrelada ao gerenciamento do
acondicionamento, do armazenamento e da destinação nal dos resíduos classicados como
perigosos. 
III- A Resolução CONAMA nº 313/2002, que trata do Plano Nacional para Gerenciamento de
Resíduos Sólidos, tem como objetivo conscientizar a área industrial para que exista a redução da
geração de resíduos sólidos. 
 
Com base nas informações do texto, assinale a alternativa correta:
Nenhuma armativa está correta.
I está correta.
II está correta.
I e III estão corretas.
III está correta.
Nenhuma armativa está correta.
Resposta: E 
Comentário: I – Armativa incorreta: os resíduos sólidos são gerados, como destaca
o texto, pelos processos produtivos e, assim, a sua redução depende das indústrias,
e não da conscientização do consumidor. 
II – Armativa incorreta: o texto destaca que os resíduos são gerados no processo
de produção. III - Armativa incorreta: de acordo com o texto, a resolução tem o
objetivo de inventariar os resíduos sólidos gerados em todo o país.
Pergunta 3 1 em 1 pontos
Leia o texto a seguir: 
 
São Paulo, a capital mundial do grate 
 
“A cidade mais populosa da América Latina concentra um dos mais grandiosos museus a céu
aberto de arte urbana do mundo. Quando estiver andando por São Paulo, olhe para cima. Ou
para os lados. Não importa muito se está caminhando por um bairro de classe média ou pela
periferia. Há umacaracterística comum às diferentes regiões da maior cidade mais populosa da
América Latina: os grates e pichações, que vêm tomando conta dos muros nos mais de 1.500
quilômetros quadrados da área de extensão, estão transformando São Paulo na capital mundial
do grate. 
 
De maneira geral, a arte urbana não agrada a todos os gostos. Mas é unânime a opinião de que
São Paulo é uma cidade cinza, e o grate insere cor a esse cenário. ‘O grate é uma manifestação
artística que faz parte do cotidiano de todos, quer você goste ou não. Ele se impõe’, dizem os
irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo, mais conhecidos como Os Gêmeos. A dupla de artistas é
conhecida, ao redor do mundo, pelos trabalhos que misturam certo realismo fantástico com
personagens bem característicos, sempre com cores e guras geométricas parecidas. 
 
Os irmãos começaram a gratar em 1987 no bairro onde cresceram, o Cambuci, na zona sul da
capital paulista. ‘A arte não é para você gostar, é para você reetir e pensar’, completa Thiago
Mundano, 27 anos, que se autointitula ‘artivista’, por atrelar o grate a ações sociais. 
 
Na Avenida Cruzeiro do Sul, na zona norte da capital, bem próximo a uma das duas rodoviárias
da cidade, um grupo de 58 artistas fez 66 painéis, criando, em 2011, o primeiro Museu Aberto de
Arte Urbana de São Paulo (MAAU). Eles levaram para as ruas uma das maiores características
dessa arte: a acessibilidade. ‘O fato de a arte estar na rua já é muito mais democrático. A pessoa
não precisa entrar numa galeria fechada para ver’, diz a artista e grateira Prila Paiva, 35 anos. 
 
Organizado com autorização da Prefeitura, esse museu é uma exceção. Como o grande negócio
do grate é ocupar a cidade, os artistas nem sempre pintam em muros autorizados. Existe um
aspecto de subversão, que envolve, entre outras coisas, ‘a adrenalina de pichar’, segundo
Mundano. Para ele, tudo é relativo. ‘Um outdoor é tão agressivo quanto um grate. Eu posso
achar ruim, para a minha lha, por exemplo, abrir a janela de casa e dar de cara com uma
mulher de calcinha e sutiã numa propaganda para vender lingerie’. 
 
São Paulo adotou, em janeiro de 2007, a Lei Cidade Limpa, durante a gestão do ex-prefeito
Gilberto Kassab (PSD), proibindo a propaganda em outdoors e em imóveis públicos e privados. Já
em relação aos grates, ainda não houve um acordo entre artistas e o poder público. Por isso,
de um lado, a Prefeitura apaga, cobrindo com tinta cinza, muitos dos muros gratados. De outro,
grateiros e pichadores pintam os locais apagados novamente. ‘Nunca sentimos, por parte da
prefeitura, interesse de entender e respeitar a cultura do grate’, contam Os Gêmeos. 
 
‘Existem problemas sérios em São Paulo que precisam desse dinheiro do contribuinte, em vez de
ser investido em tinta cinza para apagar trabalhos de arte’. Mesmo assim, no nal da gestão de
Kassab, a Prefeitura publicou um guia bilíngue de lugares para ver os grates na cidade, com
uma pequena cha de alguns artistas. 
 
Por tratar-se de uma arte muito efêmera, um dia a obra está lá e no outro pode já ter sido
apagada, o consultor nanceiro Ricardo Czapski e a produtora cultural Marina Gonzalez tiveram
a ideia de eternizar algumas pinturas. Eles acabam de lançar o livro Grati em São Paulo, que
nasceu de um acervo de mais de dez mil fotos que Czapski tirou, por cinco anos, de muros
gratados. ‘O grate tem uma recepção muito boa em todos os níveis. Não tem mais aquela má
impressão da arte marginal’, diz Gonzalez. Com o passar dos anos, além do reconhecimento do
público, o grate foi se tornando um negócio mais rentável. Hoje, a arte urbana está presente
em galerias e exposições pelo Brasil e pelo mundo. 
 
Pimp My Carroça: Exemplo do cunho social que o grate pode desenvolver, em 2007, Thiago
Mundano começou a pintar as carroças dos mais de 20.000 catadores de lixo reciclável de São
Resposta Selecionada: d. 
Respostas: a. 
b. 
c. 
d. 
e. 
Feedback
da
resposta:
Paulo que transportam, em um carrinho improvisado, toneladas de papelão, vidro e alumínio
para os centros de reciclagem. ‘Percebi que essas pessoas são invisíveis, ninguém olha para elas’,
diz Mundano. 
 
A meta, na época, era pintar 100 carroças, mas, com o tempo, Mundano viu que apenas pintar
não bastava. As carroças precisavam de itens de segurança, como tintas reetoras para a noite,
espelhos retrovisores, luvas e cordas para os catadores. Assim, nasceu o projeto Pimp My
Carroça. 
 
Por meio do site de crowdfunding Catarse, Mundano arrecadou 64.000 reais (27,8 mil dólares),
de 792 apoiadores. O projeto cresceu, se transformou em um evento no centro de São Paulo,
onde as carroças foram pintadas e os catadores ganharam camisetas, alimentos e uma consulta
com um clínico geral. 
 
De lá pra cá, o Rio de Janeiro e Curitiba, a capital do Paraná, no Sul do país, receberam uma
edição do projeto, contabilizando mais de 120 voluntários e um número já incontável de
carroças pintadas. O próximo passo é desenvolver um aplicativo para que qualquer um possa
localizar os catadores que estiverem mais próximos e entregar a eles o lixo reciclável.” 
 
Disponível em: <https://goo.gl/zuZU2e>. Acesso em 05 jun. 2016 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, analise as armativas: 
I- Apesar de haver controvérsias quanto à aceitação do grate e da pichação como formas de
arte, há indícios de que o reconhecimento dessas expressões artísticas está aumentando, como
a criação do Museu Aberto de Arte Urbana de São Paulo. 
II- O grate agrava o preconceito social contra as pessoas mais pobres, uma vez que se trata de
uma manifestação popular que não alcança o prestígio das artes ocialmente reconhecidas. 
III- De acordo com o texto, o grate e a pichação são comparáveis aos outdoors e deveria haver
uma legislação semelhante à Cidade Limpa para proibir essas manifestações. 
IV- A acessibilidade, a efemeridade e a relação com causas sociais são características da arte
urbana. 
 
Está correto o que se arma apenas em:
I e IV.
I e II.
II e III.
III e IV.
I e IV.
I, II e IV.
Resposta: D 
Comentário: I – Armativa correta. Justicativa: o texto menciona ações que
mostram o reconhecimento do grate como obra de arte, como a publicação do
livro com guras de arte urbana e a criação do Museu Aberto de Arte Urbana de São
Paulo. 
II – Armativa incorreta. Justicativa: o texto não arma que o grate agrava
preconceitos e o aponta como uma forma de expressão de arte popular. 
III – Armativa incorreta. Justicativa: o texto não propõe uma lei semelhante à
implantada pelo prefeito Kassab para proibir as manifestações de grate. 
IV – Armativa correta. Justicativa: a arte urbana é efêmera, pois pode ser apagada
ou coberta por outra, e acessível a todos que circulam pela cidade. Normalmente,
essas expressões têm relação com causas sociais, pois são manifestações
populares.
Pergunta 4
Leia o texto a seguir: 
Obesidade, consumo e política: uma conversa sobre as mudanças mundiais na
alimentação 
Por que estamos engordando? O que a política tem a ver com os alimentos? Por que não
vemos publicidade de legumes na TV? 
“Essas e outras questões relacionadas às transformações na alimentação e suas consequências
no cenário internacional foram abordadas por Pedro Graça, diretor do Programa Nacional para a
Promoção da Alimentação Saudável do Ministério da Saúde de Portugal e doutor em Nutrição
Humana pela Universidade do Porto. Em visita ao Brasil, ele participou do Seminário
Internacional: Escolhas Alimentares e seus Impactos, no Sesc Santos. Conra algumas questões
levantadas. 
Estamos engordando: Ao comparar grácos da presença da obesidade nas populações dos
Estados Unidos e da área rural de Bangladesh, por exemplo, o professor Pedro Graça conclui:
essa é uma epidemia global. A obesidade cresceu nos últimos 20 anos não só em países
industrializados, com ampla oferta de alimentos, mas chegou até áreas rurais da Ásia. 
Os mais pobres engordam mais: Até recentemente, acreditava-se que essa era uma epidemia
que atingia principalmente as populações que estavam melhorando economicamente, associadaao acesso à alimentação, ao acesso à caloria, à gordura, à proteína. Mas não é bem assim: ‘O que
nós estamos a viver é não só o aumento da doença no mundo inteiro, mas, ao contrário do que
se esperava, quem é mais afetada é a população mais carente, mais vulnerável. Pobreza e
obesidade se aproximam de tal maneira que a pessoa pode ter fome e ser obesa ao mesmo
tempo. Coisa que para nós da biologia é um paradoxo’, arma. 
Somos treinados para engordar: ‘Nós somos uma máquina de engordar’. Isso porque a
capacidade de acumular reservas de energia na forma de gordura foi essencial para a
sobrevivência do ser humano, diante da escassez de alimentos. ‘O ser humano está preparado
para lidar com a fome há dois milhões de anos. E começou a lidar com excesso de calorias há 50
anos. Não estamos preparados biologicamente para isso’, arma Pedro. 
O que mudou?: Diversas alterações demográcas causaram mudanças na alimentação: a
entrada da mulher no mercado de trabalho e na vida acadêmica, o envelhecimento da
população e a necessidade de se trabalhar mais horas são alguns exemplos. E, se aumenta o
tempo do trabalho, o que ca para trás é o tempo de cozinhar e de car com os lhos. Os
alimentos que já vêm prontos têm, portanto, muito mais apelo do que aqueles que exigem
tempo e conhecimentos culinários para o preparo. Além disso, em muitos lugares é mais fácil e
barato encontrar produtos ultraprocessados e calóricos – ricos em açúcar, sal e gordura – em
vez de alimentos frescos. 
Você já viu propaganda de alface na TV?: Provavelmente não. Mas vemos diariamente
publicidade de produtos ultraprocessados e supercalóricos, não é mesmo? Pedro Graça chama
atenção para o fato de que grandes indústrias alimentícias lucram muito, enquanto quem
trabalha no campo com frutas e legumes, em geral, tem ganhos pequenos e são os que mais
sofrem com as oscilações na economia e nos preços dos alimentos. Assim ca fácil entender
como um lado tem muito mais capacidade de investir e produzir comunicação (publicidade,
marketing etc.) do que o outro. 
É preciso reconhecer o ambiente: De acordo com o pesquisador W. Philip James, durante
décadas pensou-se que a atenção e o esforço individual fossem sucientes para prevenir a
obesidade, porém depois de décadas desse esforço, as taxas de ganho de peso continuaram a
subir. Essa epidemia reete a presença de um ambiente tóxico ou obesogênico. Isso signica
que não adianta ensinar as pessoas sobre alimentação saudável, se não há um ambiente
favorável a isso, ou seja, se não há oferta de alimentos saudáveis em local próximo, a preços
acessíveis. 
 
‘Eu tenho primeiro que me preocupar com as condições que existem ou que eu posso criar para
que o suco de laranja apareça, para em seguida dizer como é importante consumir suco de
laranja’, exemplica Pedro Graça.” 
 
Disponível em: <https://goo.gl/926x1l>. Acesso em 08 jun. 2016 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, analise as armativas e assinale a alternativa correta: 
I- De acordo com o texto, o cuidado com o peso é uma questão de educação individual e a
1 em 1 pontos
Resposta Selecionada: c. 
Respostas: a. 
b. 
c. 
d. 
e. 
Feedback
da
resposta:
obesidade aumenta entre os mais pobres por falta de instrução. 
II- As alterações no modo de vida têm responsabilidade pelo aumento da obesidade, uma vez
que há incentivo ao consumo de produtos ultraprocessados, mais práticos do que os alimentos
frescos. 
III- A melhora econômica facilita o acesso da população aos alimentos e, consequentemente,
aumenta a prevalência de obesidade. 
IV- A propaganda e o marketing 
têm inuência sobre a venda de produtos industrializados e atingem apenas as regiões urbanas. 
 
Assim:
II está correta.
Nenhuma armativa está correta.
I e II estão corretas.
II está correta.
III e IV estão corretas.
II e III estão corretas.
Resposta: C 
Comentário: I – Armativa incorreta: o texto arma que a obesidade não é um
problema individual, pois é favorecida pelo ambiente da vida moderna. 
II – Armativa correta: o texto arma que em muitos lugares é mais fácil e barato
encontrar produtos ultraprocessados e calóricos – ricos em açúcar, sal e gordura –
em vez de alimentos frescos. 
III – Armativa incorreta: o texto arma que a obesidade cresce mais entre os
menos privilegiados economicamente. 
IV – Armativa incorreta: a propaganda e o marketing não atingem apenas as áreas
urbanas.
Pergunta 5
Leia o texto a seguir: 
 
Energia solar contra a escuridão do Amazonas: 
Brasil gera com placas fotovoltaicas apenas 0,02% da produção total de eletricidade 
Heriberto Araújo – 08 maio 2016 
 
“A visão romantizada da Amazônia convida a pensar num lugar idílico em que a pegada humana
esteja entre as menores do planeta. Mas a vida na maior reserva natural é dura para o homem,
como Daniel Everett narrou em seu clássico Don‘t Sleep, There are Snakes (Não durma, há
serpentes, sem tradução para o português). 
 
Comunidades inteiras vivem completamente desconectadas, e não apenas nas profundezas da
selva, mas sim nas movimentadas margens dos rios – únicas vias de comunicação, num
ambiente em que a eletricidade é um bem desejado, escasso e administrado a conta-gotas. 
 
‘No Estado do Amazonas há mais de dois milhões de pessoas sem eletricidade de qualidade’,
explica Otacílio Soares Brito, membro do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. ‘A
enorme área da oresta torna inviável a criação de uma rede de distribuição, e os povoados só
conseguem produzir eletricidade das 6 às 10 da noite, com geradores a gasolina fornecidos pelo
Governo. Depois dessa hora acaba tudo: luz, refrigeração e lazer’, relata do município amazônico
de Tefé. 
1 em 1 pontos
 
O Instituto Mamirauá está desenvolvendo um projeto para fornecer eletricidade por meio de
painéis solares a dezenas de comunidades amazônicas de pescadores e camponeses, com o
objetivo de melhorar suas condições de vida, segundo Soares Brito. 
 
Duas comunidades instalaram placas fotovoltaicas – um sistema utuante, sobre boias no rio, e
o outro no telhado de uma fábrica de gelo – para permitir, um, o envio da água desde o leito do
rio até as casas, e o outro, a fabricação de barras de gelo. O fornecimento da água do rio por
meio de uma bomba elétrica alimentada por painéis permitiu, entre outras coisas, que as
crianças passassem a tomar quantos banhos quisessem sem que seus pais quem com medo
que um jacaré lhes tire a vida na escuridão das margens. 
 
‘Estamos cuidando de melhorar a vida das pessoas, mas também queremos permitir que elas
agreguem valor a produtos como polpa de frutas e peixe. Sem gelo, esses produtos dicilmente
podem ser comercializados no exterior ou simplesmente conservados’, diz Soares Brito. 
 
Os resultados positivos da fase experimental estão criando consciência nessa imensa região
normalmente esquecida pelos centros brasileiros de poder, concentrados no Sudeste e que
priorizam as políticas públicas nas regiões densamente povoadas (de eleitores). Um grupo de
pescadores da comunidade amazônica de Boa Esperança pediu ao Mamirauá a construção de
uma pequena fábrica – prevista para abril – com três congeladores alimentados por painéis
solares para poder extrair das frutas a polpa, congelá-la e vendê-la em mercados situados a
horas de barco do povoado, como Manaus. 
 
A revolução solar que alguns especialistas preveem para o Brasil durante a próxima década,
após a implementação em 1º de março de novas regras que permitem, pela primeira vez, a
geração distribuída de energia e sua ligação às redes de distribuição, trará consequências
principalmente para os grandes centros urbanos. 
 
Depois de três anos de secas históricas e consequentes apagões, que evidenciaram a excessiva
dependência do Brasil de seu sistema hidroelétrico, que gera cerca de 70% da eletricidade
consumida, milhões de brasileiros poderão se tornar agora prosumidores, neologismo que
reete o novo paradigma sob o qual parece avançar a geração de eletricidade: o consumidor é o
produtor de pelo menos uma parte de sua demanda. 
 
‘Estamos diante doinício de uma revolução, porque pela primeira vez a sociedade brasileira
pode participar diretamente da criação de uma nova matriz energética’, diz Rodrigo Sauaia,
presidente da Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar). 
 
As regras aprovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) permitem, segundo
Sauaia, ‘a geração compartilhada de energia solar entre vários clientes, que podem se agrupar
em forma de consórcio ou de cooperativas, assim como a conexão de seus sistemas
fotovoltaicos domésticos ou comerciais à rede elétrica para abastecê-la quando os painéis
produzirem mais do que o que é consumido, e vice-versa’. 
 
A Absolar estima que, se fossem instalados painéis solares em todas as residências do país, a
produção de energia abasteceria mais que o dobro da totalidade da demanda dos domicílios
brasileiros. Os especialistas indicam que a região brasileira menos exposta à irradiação solar tem
potencial para gerar pelo menos 25% mais energia que a região mais favorecida na Alemanha,
país que já gera cerca de 7% de sua eletricidade com placas fotovoltaicas.” 
 
Disponível em: <https://goo.gl/xzTS3i>. Acesso em 10 jun. 2016. 
 
Com base na leitura, analise as armativas: 
I- O novo paradigma da geração de energia elétrica é o de que o próprio consumidor produza
30% da sua demanda, tornando-se proconsumidor. 
II- De acordo com a estimativa da Absolar, a instalação de painéis solares em todas as
residências do país faria com que a produção brasileira de energia superasse a alemã em 18%. 
III- O projeto desenvolvido pelo Instituto Mamirauá tem como foco comunidades da Amazônia,
onde há, aproximadamente, dois milhões de pessoas sem acesso à energia elétrica de
qualidade. 
IV- O principal problema da Amazônia é a seca, que afeta sua produção hidrelétrica e, por isso, a
Resposta Selecionada: c. 
Respostas: a. 
b. 
c. 
d. 
e. 
Feedback
da
resposta:
energia solar é uma boa alternativa. 
 
Assinale a alternativa correta:
III é correta.
Todas as armativas são corretas.
I e II são corretas.
III é correta.
II, III e IV são corretas.
Nenhuma armativa é correta.
Resposta: C 
Comentário: I – Armativa incorreta: o texto arma que o proconsumidor deve
produzir uma parte da energia que consome, mas não determina essa
porcentagem. 
II – Armativa incorreta: de acordo com o texto, a região brasileira menos exposta à
irradiação solar tem potencial para gerar, pelo menos, 25% mais energia do que a
região alemã mais favorecida. Não há comparação referente à produção ou à
capacidade geradora dos dois países. III – Armativa correta: no texto, consta a
informação de que, na região amazônica, há mais de 2 milhões de pessoas sem
energia elétrica e melhorar as condições de vida das comunidades é o objetivo do
Instituto Mamirauá, por meio da instalação de painéis solares. 
IV – Armativa incorreta: não se arma que o principal problema da Amazônia é a
seca. Na verdade, trata-se de uma região bastante abastecida por complexos
hidrográcos. O texto menciona que houve secas no Brasil, o que prejudicou a
geração de energia hidrelétrica.
Pergunta 6
Resposta
Selecionada:
b.
Respostas: a.
(Enade-2011) Leia o excerto a seguir: 
A denição de desenvolvimento sustentável mais usualmente utilizada é a que procura atender
às necessidades atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras. O mundo assiste
a um questionamento crescente de paradigmas estabelecidos na economia e também na cultura
política. A crise ambiental no planeta, quando traduzida na mudança climática, é uma ameaça
real ao pleno desenvolvimento das potencialidades dos países. O Brasil está em uma posição
privilegiada para enfrentar os enormes desaos que se acumulam. Abriga elementos
fundamentais para o desenvolvimento: parte signicativa da biodiversidade e da água doce
existentes no planeta; grande extensão de terras cultiváveis; diversidade étnica e cultural e rica
variedade de reservas naturais. O campo do desenvolvimento sustentável pode ser
conceitualmente dividido em 3 componentes: sustentabilidade ambiental, sustentabilidade
econômica e sustentabilidade sociopolítica. 
 
Nesse contexto, o desenvolvimento sustentável pressupõe:
A redenição de critérios e instrumentos de avaliação de custo-benefício que
reitam os efeitos socioeconômicos e os valores reais do consumo e da
preservação.
A preservação do equilíbrio global e do valor das reservas de capital natural, o
que não justica a desaceleração do desenvolvimento econômico e político de
uma sociedade.
1 em 1 pontos
b.
c.
d.
e.
Feedback
da
resposta:
A redenição de critérios e instrumentos de avaliação de custo-benefício que
reitam os efeitos socioeconômicos e os valores reais do consumo e da
preservação.
O reconhecimento de que, apesar de os recursos naturais serem ilimitados, deve
ser traçado um novo modelo de desenvolvimento econômico para a
humanidade.
A redução do consumo das reservas naturais com a consequente estagnação do
desenvolvimento econômico e tecnológico.
A distribuição homogênea das reservas naturais entre as nações e as regiões em
nível global e regional.
Resposta: B 
Comentário: o tema é o desenvolvimento sustentável, que, segundo o enunciado, é
um campo dividido em três componentes: sustentabilidade ambiental,
sustentabilidade econômica e sustentabilidade sociopolítica. O texto arma que a
crise ambiental no planeta (mudança climática) ameaça o pleno desenvolvimento
das potencialidades dos países e que o Brasil está em uma posição privilegiada para
enfrentar desaos, pois detém parcela signicativa da biodiversidade e da água
doce do planeta, grande extensão de terras cultiváveis, variedade de reservas
naturais etc. Pede-se a identicação dos pressupostos do desenvolvimento
sustentável. 
A – Incorreta: o texto não faz referências à desaceleração do desenvolvimento
econômico e político de uma sociedade. 
B – Correta: o desenvolvimento sustentável, considerado em um contexto de
mudanças de paradigmas, requer a inclusão de novas variáveis e a atualização de
critérios e instrumentos avaliativos. 
C – Incorreta: o texto não arma que os recursos naturais são ilimitados. 
D – Incorreta: o texto não arma que o desenvolvimento sustentável gera
estagnação do desenvolvimento econômico e tecnológico em função da redução do
consumo das reservas naturais. 
E – Incorreta: o texto não arma que a distribuição homogênea das reservas
naturais seja requisito para o desenvolvimento sustentável.
Pergunta 7
Resposta
Selecionada:
b.
Respostas: a. 
b.
(Enade 2007) Leia o excerto a seguir: 
Vamos supor que você recebeu de um amigo de infância e seu colega de escola um pedido, por
escrito, vazado nos seguintes termos: “Venho mui respeitosamente solicitar-lhe o empréstimo do
seu livro de Redação para Concurso, para ns de consulta escolar”. 
 
Essa solicitação em tudo se assemelha à atitude de uma pessoa que:
Vai a um piquenique engravatado, vestindo terno completo, calçando
sapatos de verniz.
Comparece a um evento solene vestindo smoking completo e cartola.
Vai a um piquenique engravatado, vestindo terno completo, calçando
sapatos de verniz.
1 em 1 pontos
c.
d.
e.
Feedback
da
resposta:
Vai a uma cerimônia de posse usando um terno completo e calçando botas.
Frequenta um estádio de futebol usando sandálias de couro e bermudas de
algodão.
Veste terno completo e usa gravata para proferir uma conferência
internacional.
Resposta: B 
Comentário: a questão propõe que se faça uma analogia entre o uso da linguagem
em uma situação especíca de comunicação e a forma de se vestir em
determinados eventos. Para fazer essa comparação, o leitor deve avaliar a
linguagem utilizada na frase “Venho mui respeitosamente solicitar-lhe o
empréstimo do seu livro de Redação para Concurso, para ns de consulta escolar”.
O tratamento empregado, o formalismo exagerado e a presença de marcadores,
como “mui respeitosamente” e “para ns de consulta escolar”, são inadequados à
informalidade apresentada na contextualização da questão (o pedido de
empréstimo de livro feitopor um amigo de infância e colega de escola). Além de
vericar, nas alternativas, situações de inadequação, deve-se identicar o tipo de
inadequação. No enunciado, temos o uso de linguagem formal em situação
informal. Nas alternativas, devemos procurar um caso de uso de roupa formal em
evento informal. 
A – Incorreta: não é inadequado uma pessoa comparecer a um evento solene
vestindo smoking completo e cartola. Um evento solene é uma situação que requer
o uso de trajes sociais. 
B – Correta: de maneira análoga à situação apresentada no enunciado, é
inadequado uma pessoa ir a um piquenique usando gravata, vestindo terno
completo e calçando sapatos de verniz. Um piquenique é uma situação que requer
o uso de roupas descontraídas. 
C – Incorreta: é inadequado um homem vestindo terno ir a uma cerimônia de posse
calçando botas. Uma cerimônia de posse requer o uso de sapatos sociais. 
D – Incorreta: não é inadequado uma pessoa ir a um estádio de futebol usando
sandálias de couro e bermudas de algodão. Um jogo de futebol é uma situação que
requer o uso de roupas descontraídas. 
E – Incorreta: não é inadequado uma pessoa proferir uma conferência internacional
vestindo terno completo e usando gravata. Uma conferência requer o uso de trajes
sociais.
Pergunta 8
(Enade-2010) Leia o excerto a seguir: 
 
“De agosto de 2008 a janeiro de 2009, o desmatamento na Amazônia Legal concentrou-se em
regiões especícas. Do ponto de vista fundiário, a maior parte do desmatamento (cerca de 80%)
aconteceu em áreas privadas ou em diversos estágios de posse. O restante do desmatamento
ocorreu em assentamentos promovidos pelo INCRA, conforme a política de Reforma Agrária
(8%), unidade de conservação (5%) e em terras indígenas (7%).” 
 
Disponível em: <www.imazon.org.br>. Acesso em 26 ago. 2010 (com adaptações). 
 
Infere-se do texto que, sob o ponto de vista fundiário, o problema do desmatamento na
Amazônia Legal está centrado:
1 em 1 pontos
Resposta
Selecionada:
c.
Respostas: a.
b.
c.
d.
e.
Feedback
da
resposta:
Nos posseiros irregulares e proprietários regularizados, que desmataram mais,
pois muitos ainda não estão integrados aos planos de manejo sustentável da
terra.
Nos grupos engajados na política de proteção ambiental, pois eles não
aprofundaram o debate acerca da questão fundiária.
Nos povos indígenas, pois eles desmataram a área que ocupavam mais do que a
comunidade dos assentados pelo INCRA.
Nos posseiros irregulares e proprietários regularizados, que desmataram mais,
pois muitos ainda não estão integrados aos planos de manejo sustentável da
terra.
Nas unidades de conservação, que costumam burlar leis fundiárias; nelas, o
desmatamento foi maior do que o realizado pelos assentados pelo INCRA.
Nos assentamentos regulamentados pelo INCRA, nos quais o desmatamento foi
maior do que o realizado pelos donos de áreas privadas da Amazônia Legal.
Resposta: C 
Comentário: na citação do enunciado, informa-se que 80% desse desmatamento
ocorreram em áreas privadas ou em diversos estágios de posse. Pede-se que seja
feita uma inferência a respeito da centralização, do ponto de vista fundiário, do
problema do desmatamento na Amazônia Legal. 
A – Alternativa incorreta: o texto do enunciado não faz referência aos grupos
engajados na política de proteção ambiental. Não foi armado que o problema do
desmatamento na Amazônia Legal está centrado no fato de esses grupos não terem
aprofundado o debate sobre a questão fundiária. 
B – Alternativa incorreta: de agosto de 2008 a janeiro de 2009, 7% do
desmatamento na Amazônia Legal ocorreram em assentamentos promovidos pelo
INCRA em terras indígenas. Esse percentual de desmatamento é signicantemente
inferior aos 80% ocorridos em áreas privadas ou em diversos estágios de posse.
Além disso, os assentamentos promovidos pelo INCRA em terras indígenas são
parte do total de assentamentos realizados por esse órgão. 
C – Alternativa correta: de agosto de 2008 a janeiro de 2009, 80% do desmatamento
na Amazônia Legal ocorreram em áreas privadas ou em diversos estágios de posse.
Logo, podemos inferir que esse problema está centrado em ações de posseiros
irregulares e proprietários regularizados, muitos dos quais ainda não estão
integrados aos planos de manejo sustentável da terra. 
D – Alternativa incorreta: o texto do enunciado não faz referência às unidades de
conservação e ao fato de elas burlarem leis fundiárias. 
E – Alternativa incorreta: pelas informações do enunciado, vericamos que, de
agosto de 2008 a janeiro de 2009, 20% do desmatamento na Amazônia Legal
ocorreram em assentamentos promovidos pelo INCRA, conforme a política de
Reforma Agrária (8%), unidade de conservação (5%) e em terras indígenas (7%). 
Esse percentual não supera o relativo ao desmatamento realizado pelos donos de
áreas privadas, pois 80% aconteceram em áreas privadas ou em diversos estágios
de posse.
Pergunta 9 1 em 1 pontos
Resposta
Selecionada:
b.
Respostas: a.
Leia o texto a seguir: 
 
O que Portugal tem a ver com o Brasil 
Alexandra Lucas Coelho 
 
“Os portugueses não parecem ter uma boa relação com os brasileiros, disse-me uma alemã,
conhecedora prossional de Portugal e Brasil. Estávamos na Alemanha, o Brasil temia uma
guerra civil, foi há dez dias. Agora, de volta a casa, continuo a pensar na observação desta
veterana, que nada tinha de provocadora, era só vontade de entender. Mas é impossível ignorar
o que se tem manifestado em Portugal de equívoco face ao Brasil ao longo destes dias. 
 
Segundo um desses equívocos, provável pai dos outros, o tema da colonização encerrou-se,
chega de falar dele, é passado. Penso o contrário, que mal começamos, que é presente, e a atual
crise brasileira acentua isso. Não só pelo que expõe das estruturas brasileiras, como pelo que
revelou do olhar de Portugal sobre o Brasil, e sobre si mesmo. 
 
Com esse nome, o Brasil viveu 322 anos de ocupação portuguesa e 194 de independência. Se
alguém acredita que o tempo da independência poderia já ter curado o tempo da ocupação,
precisa de voltar à história luso-brasileira, porque o alcance da violência vai longe, e em muitas
direções. 
 
Esses 322 anos atuam diariamente naquilo que é hoje o Brasil, na clivagem entre São Paulo e o
Nordeste, nos milhões que ainda moram em favelas na relação Casa-Grande & Senzala das elites
com os empregados, na violência da polícia que continua a ser militar, no desmando oligárquico
dos que controlam aparelhos e estados, no saque catastróco da natureza, na traição aos
grupos indígenas, na evangelização dos pobres, radicalizando o conservadorismo num país onde
se morre de aborto. Não é elenco para uma crônica, tem sido e será para muitas, livros,
bibliotecas. 
 
O lulismo fez coisas importantes contra parte dessa herança (nas desigualdades mais urgentes,
na cultura), não fez o suciente contra boa parte disto (na educação, na saúde, na polícia), fez
coisas que pioraram isto (um capitalismo com consequências devastadoras no ambiente e nas
questões indígenas) e historicamente produziu uma geração que o critica e supera pela
esquerda num caldo inédito de periferias politicamente empoderadas e uma nova faixa
politizada vinda da elite. 
 
A violência sistêmica brasileira tem raízes nas duas violências fundadoras da colonização
portuguesa, extermínio indígena e escravatura africana. Os portugueses não inventaram a
escravatura, mas inauguraram o tráco em grande escala. Dos 12 milhões de indivíduos que as
potências europeias deportaram de África até ao século XVIII, 5,8 milhões foram tracados por
Portugal. Isto signica 47 por cento, ou seja, quase metade do tráco foi assegurado por
Portugal, e a maioria destinava-se a sustentar a colonização do Brasil. 
 
A escravatura é um horror antiquíssimo, sim, e entre os séculos XV e XVIII a forma portuguesa de
a praticar foi secundada por ingleses, espanhóis, franceses, holandeses, sim. Mas a Portugal
coube esta iniciativa: deportação em massa, para nela assentar a exploração brutal de um
território gigante, à custa do qual um território minúsculoviveu, como toda uma bibliograa tem
mostrado de forma cada vez mais desassombrada. 
 
Não aprendi isto na escola, e tenho sérias dúvidas de que a maior parte dos portugueses faça
ideia de que Portugal, sozinho, deportou tantos africanos como os judeus mortos no Holocausto,
com a ajuda teológica e logística da Igreja Católica, depois de ter levado ao extermínio de
ninguém sabe quantos índios, provavelmente não menos de um milhão.” 
 
Com base no texto, assinale a alternativa correta:
Os atuais problemas brasileiros, das mais diversas naturezas, tiveram origem no
sistema português de colonização do Brasil, cujos reexos são sentidos até hoje.
Para entender o que ocorre no Brasil atualmente, o tema da colonização
portuguesa é passado, encerrou-se, é desnecessário falar dele.
b.
c.
d.
e.
Feedback
da
resposta:
Os atuais problemas brasileiros, das mais diversas naturezas, tiveram origem no
sistema português de colonização do Brasil, cujos reexos são sentidos até hoje.
Os atuais problemas brasileiros se agravaram com o lulismo, que pôs m à
herança colonial portuguesa, deu poder às periferias e politizou as elites.
Os portugueses, que inventaram o sistema escravocrata, introduziram uma
violência sistêmica no território brasileiro contra índios e africanos.
O fato de os portugueses terem sido responsáveis por mais da metade do tráco
em grande escala de africanos escravizados deixou um peso na história
brasileira equivalente ao Holocausto.
Resposta: B 
Comentário: A – Incorreta: há muitos reexos da colonização na atualidade
brasileira, por isso o passado não pode ser ignorado. 
B – Correta: “A violência sistêmica brasileira tem raízes nas duas violências
fundadoras da colonização portuguesa, extermínio indígena e escravatura africana”.
C – Incorreta: o texto não arma que os problemas se agravaram com o lulismo e
nem que ele pôs m à herança colonial. 
D – Incorreta: a escravidão não foi inventada pelos lusos. 
E – Incorreta: a escravidão deportou da África tantas pessoas quantas as que foram
mortas no Holocausto dos judeus na Segunda Guerra Mundial. Não se arma que
as duas tragédias tenham tido pesos históricos equivalentes.
Pergunta 10
Leia o texto a seguir: 
 
Energia eólica no Brasil 
 
“No início da década de 2000, uma grande seca no Brasil diminuiu o nível de água nas barragens
hidrelétricas do país, causando uma grave escassez de energia. A crise, que devastou a
economia do país e levou ao racionamento de energia elétrica, ressaltou a necessidade urgente
do país em diversicar suas fontes de energia. 
 
[...] A primeira turbina de energia eólica do Brasil foi instalada em Fernando de Noronha em
1992. Dez anos depois, o governo criou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de
Energia Elétrica (Proinfa) para incentivar a utilização de outras fontes renováveis, como eólica,
biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). [...] Desde a criação do Proinfa, a produção
de energia eólica no Brasil aumentou de 22MW em 2003 para cerca de 1000MW em 2011
(quantidade suciente para abastecer uma cidade de cerca de 400 mil residências). 
 
[...] Segundo o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, publicado pelo Centro de Pesquisas de
Energia Elétrica da Eletrobrás, o território brasileiro tem capacidade para gerar cerca de 140GW. 
 
O potencial de energia eólica no Brasil é mais intenso de junho a dezembro, coincidindo com os
meses de menor intensidade de chuvas, ou seja, nos meses em que falta chuva é exatamente
quando venta mais! Isso coloca o vento como uma grande fonte suplementar à energia gerada
por hidrelétricas, a maior fonte de energia elétrica do país. 
 
Durante esse período podem-se preservar as bacias hidrográcas fechando ou minimizando o
uso das hidrelétricas. O melhor exemplo disto é na região do Rio São Francisco. Por essa razão,
1 em 1 pontos
Quarta-feira, 11 de Março de 2020 01h47min54s GMT-03:00
Resposta Selecionada: b. 
Respostas: a. 
b. 
c. 
d. 
e. 
Feedback
da
resposta:
esse tipo de energia é excelente contra a baixa pluviosidade e a distribuição geográca dos
recursos hídricos existentes no país. 
 
A maior parte dos parques eólicos se concentra nas regiões nordeste e sul do Brasil. No entanto,
quase todo o território nacional tem potencial para geração desse tipo de energia.” 
 
Disponível em: <https://goo.gl/zGP0ZM>. Acesso em 05 nov. 2014 (com adaptações) 
 
Com base na leitura, analise as armativas e assinale a alternativa correta: 
I- De acordo com o texto, a energia eólica é uma alternativa viável para atender à demanda de
cidades com até 400 mil habitantes. 
II- Em 2011, a energia eólica gerada no Brasil foi de menos de 1% do potencial eólico do país. 
III- De 2003 a 2011, a produção de energia eólica cresceu 978%. 
 
Assim:
II está correta.
I está correta.
II está correta.
II e III estão corretas.
I e II estão corretas.
Todas as armativas estão corretas.
Resposta: B 
Comentário: I – Armativa incorreta: o texto arma que a energia eólica gerada em
2011 era suciente para atender a 400 mil residências e não que se trata de uma
alternativa para cidades de até 400 mil habitantes. 
II – Armativa correta: de acordo com o texto, o Brasil tem capacidade para produzir
140 GW de energia eólica e, em 2011, produziu 1000 MW, o que equivale a 1 GW.
Assim, a produção foi de menos de 1% do potencial. 
III – Armativa incorreta: no período, houve aumento de 978 MW, o que equivale a
um crescimento de 4445%. Chega-se a esse valor, com os seguintes cálculos: 978/22
= 44,45 e 44,45 x 100% = 4445%.
← OK
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