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PRÁTICA INTERDISCIPLINAR VII- OFICINAS PEDAGOGICAS, O USO DE JOGOS E A BRINCADEIRAS NA ALFABETIZAÇÃO

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O USO DE JOGOS E BRINCADEIRAS NA ALFABETIZAÇÃO.
Antonia Luciene de Lima Alves
Carla Monique Cardoso Marques Cordeiro
RESUMO
Este artigo visa estabelecer as relações da criança com o brincar e com os jogos e suas contribuições para a alfabetização; mostrar que a brincadeira e os jogos na Educação Infantil é um estímulo e desenvolve aspectos cognitivos, afetivos e sociais. Tem por objetivo caracterizar os principais pontos que os jogos e o brincar refletem na formação do educando, com um referencial teórico baseado nos principais documentos norteadores desta temática
Palavras-chave: Jogo. Brincadeiras. Alfabetização. 
1. INTRODUÇÃO
Como seres que vivem em sociedade há a necessidade de comunicação. É preciso que saibamos nos comunicar de forma clara e precisa, um pequeno erro de comunicação pode ocasionar em algo desastroso. Sendo assim a alfabetização existe para que essa comunicação aconteça com êxito. Mas o que vêm a ser alfabetização? Segundo Ferreira (1999, p.93) Alfabetização é a Ação de Alfabetizar. Alfabetizar é ensinar a ler; dar instruções primárias; aprender a ler por si mesmo.
Alfabetizar + ação, essa junção resulta na alfabetização e esta é um processo amplo e complexo, pois abrange e incluem aspectos linguísticos, psicolinguísticos, sociolinguísticos etc. Além de um código a ser aprendido, existe quem aprende e seu contexto de vida, seus modos de falar, de viver, de construir o seu mundo. Alfabetização é um processo amplo e complexo.
Conhecendo o que vem a ser a alfabetização voltemos ao titulo deste trabalho, O USO DE JOGOS E BRINCADEIRAS NA ALFABETIZAÇÃO, de que forma os jogos auxiliam nesse processo de alfabetização? Como a brinquedoteca auxilia na alfabetização? Qual a importância do uso de jogos e brincadeiras na alfabetização?
As questões surgiram da percepção de um conteúdo tão importante ser trabalhado de forma que muitas pessoas não acreditam ser eficiente. Os jogos e as Brincadeiras foram inseridos na educação escolar visto a necessidade de novas metodologias de ensino para a educação infantil, pois criança também aprende brincando.
Graduada em Pedagogia, Professora de Educação Infantil, Antonia Ferreira destaca que: "O jogo como estratégia de ensino e de aprendizagem em sala de aula deve favorecer a criança a construção do conhecimento científico, proporcionando a vivência de situações reais ou imaginárias, propondo à criança desafios e instigando-a a buscar soluções para as situações que se apresentam durante o jogo, levando-a a raciocinar, trocar ideias e tomar decisões."
E ainda que: “O brincar é, portanto, uma atividade natural, espontânea e necessária para criança, constituindo-se em uma peça importantíssima a sua formação seu papel transcende o mero controle de habilidades. É muito mais abrangente. Sua importância é notável, já que, por meio dessas atividades, a criança constrói o seu próprio mundo. (SANTOS, 1995, p.4)”
Portanto, incluir o jogo e a brincadeira na escola, como forma de aprendizagem, tem como pressuposto fornecer subsídios para o desenvolvimento da criança, enquanto indivíduo, e para a construção do conhecimento.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Na escola, muitas vezes a vitalidade desaparece ou fica adormecida, quando professores e alunos são levados a repetir práticas de ensino-aprendizagem clássicas, sem muito espaço para a participação ou a criatividade. No entanto, há dispositivos pedagógicos, bastante acessíveis às escolas em geral, que dinamizam o processo de ensino aprendizagem e estimulam o engajamento criativo de seus integrantes. É o que pensamos acerca das oficinas pedagógicas, espaço em que os ideais de transformação e diálogo na escola pública são realidades em permanente construção. 
As oficinas pedagógicas são situações de ensino e aprendizagem por natureza abertas e dinâmicas, o que se revela essencial no caso da escola pública instituição que acolhe indivíduos oriundos dos meios populares, cuja cultura precisa ser valorizada para que se entabulem as necessárias articulações entre os saberes populares e os saberes científicos ensinados na escola.
Com as oficinas, além de interagir, os profissionais tanto ensinam quanto aprendem: ensinam, certamente, conteúdos formais de cuja transmissão são encarregados; aprendem, porque, como se sabe, essa transmissão não é automática, mas supõe uma construção cognitiva individual de cada aluno e aluna, favorecida pelo trabalho coletivo. Aprendem, por conseguinte, como pensam seus alunos conhecimento esse indispensável para que possa cumprir uma tarefa complexa, a de facilitar a aproximação entre os saberes prévios do aluno e o saber sistematizado da escola.
Segundo CORCIONE: 
“Quem pensa em oficina, lembra logo, por associação de idéias, de trocas, peças, trabalho, conserto, reparo, criatividade, transformação, processo, montagem... São todas as idéias que compõem o significado da oficina que se constitui num espaço privilegiado de criação e descoberta” (CORCIONE: 1994).
As oficinas devem possuir objetivos, metas, planejamento, metodologia adequada etc. muitas escolas utilizam os jogos e as brincadeiras como parte das oficinas pedagógicas, pois se tratando de educação infantil, as crianças aprendem brincando.
O jogo como estratégia de ensino e de aprendizagem em sala de aula deve favorecer a criança a construção do conhecimento científico, proporcionando a vivência de situações reais ou imaginárias, propondo à criança desafios e instigando-a a buscar soluções para as situações que se apresentam durante o jogo, levando-a a raciocinar, trocar idéias e tomar decisões. 
Para Kishimoto (2003) a discussão em torno da utilização do jogo com função pedagógica deixa de existir quando se respeita a natureza do mesmo.Todo jogo, por si só é educativo, seja ele direcionado ou livre, pois de uma forma, ou de outra, a criança sempre adquire conhecimento por meio deste.
A brincadeira é um universo simbólico, onde a criança reconstrói e representa sua realidade e aprende a dividir regras, é a partir daí que a criança, constrói riquíssimas relações com seus pares e juntos fazem descobertas e adquirem novos conhecimentos. 
A brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vínculo essencial com aquilo que é “não-brincar”. Se a brincadeira é uma ação que ocorre no plano da imaginação isto implica que aquele que brinca tenha domínio da linguagem simbólica. Isto quer dizer que é preciso haver consciência da diferença existente entre a brincadeira e a realidade imediata que lhe forneceu conteúdo para realizar-se. Nesse sentido para brincar é preciso apropriar-se de elementos da realidade imediata de tal forma a atribuir-lhes novos significados. Essa peculiaridade da brincadeira ocorre por meio da articulação entre a imaginação e a imitação da realidade. Toda brincadeira é uma imitação transformada, no plano das emoções e das ideias, de uma realidade anteriormente vivenciada. (RCNEI, v.1, p.27).
Brincando, a criança pode acionar seus pensamentos para resolução de problemas que lhe são importantes e significativos, e o modo como ela brinca revela o seu mundo interior, proporcionando-lhe que aprenda fazendo, realizando, dessa forma, uma aprendizagem significativa. 
Para Piaget (1978, p. 123):
“Os jogos são caracterizados em três grandes tipos: jogos de exercícios (0 a 2 anos), jogo simbólico (2 a 6 anos) e jogo de regras (6 anos em diante). Segundo o próprio autor, é “a função é que vai diferenciar esses jogos que não têm outra finalidade a não ser o próprio prazer do funcionamento”.
Buscar espaços adequados e técnicas de trabalhos variadas para o desenvolver aprendizagem é conseqüência do comprometimento que o professor precisa demonstrar com os alunos.
Vejamos alguns jogos e brincadeiras que podem ajudar na alfabetização na educação infantil:
Livros: Confeccionados com imagens grandes elo professor pode ser feitos de diversos materiais. É fundamental para desenvolver a linguagem. Dependendo da idade dos alunos, uma boa ideia é confeccionar o livro com as crianças.
Fantoches, Mascaras e Fantasias: o faz de conta efundamental pois ajuda a compreender o mundo real e imaginário. E também ajuda a desenvolver a linguagem.
Stop: essa brincadeira consiste em sortear uma letra do alfabeto, os alunos devem escrever nomes que se iniciem com a letra sorteada. Por exemplo, letra P: Paulo, Piedade, pasta, peru… A dupla que terminar primeiro deve gritar Stop (pare) e as demais não podem mais escrever na tabela. Esta atividade já é a própria brincadeira de escrita de nomes próprios e comuns.
Uma maneira mais significativa da escola conseguir que essas atividades lúdicas aconteçam é através da formação de uma brinquedoteca. Esse espaço é especialmente formado pelas escolas para proporcionar a seus alunos o favorecimento da brincadeira de forma livre, espontânea e prazerosa, possibilitando através de diferentes estímulos de aprendizagem, o desenvolvimento físico, emocional, intelectual e social da criança, tornando-se um importante instrumento pedagógico, indispensável e complementar aos estudos escolares. A Brinquedoteca é um espaço que visa estimular crianças e jovens a brincarem livremente, pondo em prática sua própria criatividade e aprendendo a valorizar as atividades lúdicas. É um espaço que permite o brincar livremente, com todo o estímulo à manifestação de suas potencialidades e necessidades lúdicas, com muitos jogos variados e diversos materiais que permitem a expressão da criatividade.
Na brinquedoteca o professor pode ler para os alunos, separar vários livros e deixar que eles folheiem e escolham qual querem ler, ou usar recursos como fantoches ou outros elementos para contar a história de uma forma mais lúdica. Permitir que os alunos trabalhem em duplas ou pequenos grupos para lerem um para o outro com base nas ilustrações. O exercício desenvolve a interpretação de imagens e a oralidade ao colocar o aluno para narrar usando sua própria linguagem.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
 O estudo apresenta uma pesquisa descritiva, qualitativa, com procedimentos técnicos teóricos utilizando pesquisas bibliográficas e documentais, assentada nos pressupostos de estudiosos do tema em ação, que propõem que a utilização de jogos e brincadeiras na alfabetização. 
Este método possibilita sintetizar pesquisas já concluídas e obter resultados a partir de um tema de interesse. A revisão de literatura não sistematizada é descrita como a busca de informações sobre um tema ou tópico que resuma a situação dos conhecimentos sobre um problema de pesquisa. O principal objetivo da revisão de literatura é fornecer uma síntese dos resultados de pesquisa, para auxiliar o profissional a tomar decisões. Neste tipo de estudo são abordados os tópicos relevantes sobre o tema, de forma a proporcionar ao leitor uma compreensão do que existe publicado sobre o assunto. Assim a revisão tem uma função integradora e facilita o acúmulo de conhecimento (POLIT; BECK; HUNGLER, 2004).
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Cabe à escola propiciar a ampliação e a sistematização desses conhecimentos, convidando a criança participar de descobertas. Em todas as circunstâncias devem ser consideradas a diversidade cultural, religiosa e social, as variações na composição familiar, as preferências, as idéias.
A influência do ato de brincar no desenvolvimento da criança é indispensável para a formação do caráter e da personalidade da pessoa; além disso, o ato de brincar pode incorporar valores morais e culturais e uma série de aspectos que ajudam a moldar sua vida, como crianças e como adultos. Brincando, a criança pode acionar seus pensamentos para resolução de problemas que lhe são importante e significativo, e o modo como ela brinca revela o seu mundo interior, proporcionando-lhe que aprenda fazendo, realizando, dessa forma, uma aprendizagem significativa.
O jogo é considerado importante no que se refere à aquisição de conhecimento e desempenho no âmbito escolar. Com este estudo tornou-se possível compreender melhor a ação do jogo no desenvolvimento da criança tanto cognitivo, social, emocional e físico-motor.
Conclui-se também de quão importante é o papel dos educadores nesse processo de mediação ensino/aprendizagem na vida dos alunos. Ainda é preciso que se tenha uma percepção ativa dos comportamentos apresentados pelos alunos em sala de aula, pois, de certa forma o reflexo do seu ambiente social, será imposto no dia a dia escolar. Dessa forma, será possível identificar os tipos de jogos a serem utilizados em sala de aula.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília, DF: MEC/SEF, 1998. V.1
CORCIONE, Domingos.Fazendo oficina.In:A questão da formação de assessores dirigentes e lideranças intermediarias para o movimento popular e sindical.Debate- Coletânea de textos, CESE, N 03, ANO iv, MAIO DE 1994
KISHIMOTO, Tisuko Morchida. Brinquedo e Brincadeira – usos e significações dentro
de contextos culturais. In: SANTOS. Santa Marli Pires dos. Brinquedoteca: o lúdico
em diferentes contextos. 7ª Edição. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
________. (org.) Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 7ª edição. São Paulo,
SP: Cortez, 2003.
________. Jogos Infantis – O jogo, a criança e a educação. 12ª edição. Petrópolis,
RJ: Vozes, 2004.
PIAGET, J. O. Nascimento da inteligência na criança. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
1 Antonia Luciene de Lima Alves
2 Carla Monique Cardoso Marques Cordeiro
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I – dd/mm/aa

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