Buscar

Reclamação Trabalhista IMPRIMIR 13 03 20

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AO JUÍZO DA 
VARA DO TRABALHO DE SÃO LUÍS – MA.
CARLA SOUSA BRITO, brasileira, solteira, vendedora, inscrita no RG n°, portadora do CPF nº, residente e domiciliada na Rua, nº, Quadra, CEP nº, nesta cidade, por seu advogado que a esta subscreve (procuração anexa), com endereço eletrônico, com escritório profissional localizada na Rua, Quadra, nº, CEP n°, nesta cidade, (local para onde devem ser remetidas as intimações do processo), vem, respeitosamente oferecer a presente:
 RECLAMAÇÃO TRABALHISTA pelo rito ordinário
COM PEDIDO DE LIMINAR
 em face de SPORTS SHOP, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº, com sede na rua, nº , nesta cidade, CEP n°, com fundamento no §1º do art. 840, inciso X do 659, ambos da Consolidação das Leis do Trabalho, e nos incisos III, V e VI do art. 319 do Código de Processo Civil.
1 – DOS FATOS
Em suma, alega a Reclamante que fora contratada pela empresa reclamada em 21/12/2017 para exercer a função de vendedora, percebendo um salário-mínimo mensal, mais comissão de 1% (um por cento), trabalhando das 07h30 às 17h de segunda a sábado com intervalo de 30 minutos para o almoço, tendo sido dispensada sem justa causa e aviso prévio pela Reclamada em 29/12/2019.
Aduz a Reclamante que durante todo período de serviços prestados à reclamada não gozou férias e não recebeu verbas, tão pouco verbas rescisórias.
A Reclamante é filiada ao Sindicato desde 10/02/2015, tendo sido eleita ao cargo de tesoureira para o mandato de dois anos, e sua efetiva posse se deu em 20/06/2018.
Alega a autora que para chegar ao trabalho gastava em média 3h30min de viagem, sendo 1h30 na ida no transporte coletivo e 2h para voltar no transporte fornecido pela empresa.
Afirma a Reclamante que em 2018 doou sangue em duas ocasiões e que estes dias foram descontados a título de falta, tendo sido ainda descontado mais 3 dias de falta do seu salário quando a mesma teve que viajar para Fortaleza/CE para o enterro do seu primo.
Informa ainda a Reclamante que é mãe de 3 filhos menores e que recebia apenas 2 cotas de salário-família, mais descontos do INSS vale transporte no valor de 10% (dez por cento).
2 – PRELIMINARMENTE
2.1 Da concessão da Justiça Gratuita
A Reclamante encontra-se desempregada e não possui condições financeiras de arcar com custas processuais sem prejuízo de seu sustento e de sua família, consoante documentos anexos (fls. ).
Deste modo, requer a concessão da justiça gratuita nos moldes dos artigos. 5°, LXXIV da CRFB/88 e 790, § 4º CLT.
 Art. 5º CRFB/88
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
Art. 790 CLT
(...)
§ 4o  O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo. 
2.2 Do pedido Liminar para Reintegração da Reclamada em Razão da Estabilidade Sindical.
Conforme demonstrado anteriormente pela Reclamante, fora dispensada sem justa causa em 29/12/2019.
Ocorre que, quando da sua demissão, a Reclamante ainda estava cumprindo seu mandato de 2 (dois) anos, no qual foi eleita tesoureira do Sindicato dos Trabalhadores que teve início em 20/06/2018 e seu término será em 20/06/2020. Todavia, e, de acordo com o art. 543, § 3º da CLT, é vedada a dispensa de empregado sindicalizado ou associado a partir do momento que sua candidatura é registrada.
Art. 543. O empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá ser impedido do exercício
de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe difculte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições sindicais.
(...)
§ 3º Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o fnal do seu mandato, caso seja eleito, inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta
Consolidação. 
Art. 659. Competem privativamente aos Presidentes das Juntas, além das que lhes forem conferidas neste título e das decorrentes de seu cargo, as seguintes atribuições:
(...)
X – conceder medida liminar, até decisão final do processo, em reclamações trabalhistas que visem reintegrar no emprego dirigente sindical afastado, suspenso ou dispensado pelo empregador.
De outra sorte, o TST na súmula 369, I, corrobora com a estabilidade provisória deste empregado.
SUMULA TST 369
I- É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho.
No caso em questão, a reclamada tinha total ciência da estabilidade provisória do Reclamante, não havendo que se cogitar a ausência de conhecimento por parte da mesma conforme pode-se comprovar nos documentos juntados aos autos (fls. ), devendo, portanto, reintegrar a reclamante ao cargo até o dia 20/06/2020.
3 – DO MÉRITO
3.1 Aviso Prévio
Tendo em vista a inexistência de justa causa para a rescisão do contrato de trabalho, surge para a Reclamante o direito ao Aviso Prévio indenizatório, prorrogando o término do contrato, uma vez que o § 1º, do art. 487 da CLT, estabelece que a não concessão de aviso prévio pelo empregador dá direito ao pagamento dos salários do respectivo período integrando-se ao seu tempo de serviço para todos os fins legais
“Art. 487. Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de:
(…)
II – trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de doze meses de serviço na empresa.
§ 1° A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço.”
"RECURSO DE REVISTA - AVISO PRÉVIO PROPORCIONAL - CONTAGEM. A Lei nº 12.506/2011, ao instituir o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço do empregado, fixou a proporcionalidade como direito dos empregados, a partir de um ano completo de serviço, à base de três dias por ano de serviço prestado na mesma entidade empregadora até o máximo de 60 dias de proporcionalidade, perfazendo um total de 90 dias. Inexiste previsão legal para a exclusão do primeiro ano de serviço, para o cômputo do aviso prévio proporcional. (...) (TST, 8ª Turma, RR-647-85.2012.5.03.0027, Data de Julgamento: 18/12/2013, Relator Desembargador Convocado: João Pedro Silvestrin, DEJT 07/01/2014.)".
Desta forma resta claro que a Reclamante seja devidamente indenizada pelos 36 dias de aviso prévio, assim como seus reflexos de projeção de férias e 13° salário.
3.2 Do Direito ao Pagamento de Férias
A Reclamante prestou serviços para Reclamada de 21/12/2017 a 29/12/2019, sem nunca ter gozado férias anuais, o que claramente fere o art. 130 da CLT, senão vejamos:
“Art. 130. Após cada período de 12 (doze)meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
(...)
§ 2° O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço.”
.
Diante disso, requer a condenação da Reclamada ao pagamento das férias vencidas em dobro, consoante preceitua o art. 137 da CLT, bem como, férias proporcionais, de forma simples, todas com adicional de 1/3 constitucional, de acordo com o que preceitua o art. 7º, XVII, CF, senão, vejamos:
“Art. 137. Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração. ”
“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; ”
A CLTem seu art. 137 da CLT, menciona que, sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração, o que se configura com relação aos 2 últimos períodos aquisitivos, nos termos do que determina a Súmula 450 do TST.
3.3 Do FGTS + 40% (quarenta por cento)
De acordo com o que se depreende dos fatos, a Reclamante fora dispensada sem justa causa, e faz jus à liberação do FGTS de todo período trabalhado, bem como da multa compensatória de 40% (quarenta por cento) sobre todo montante depositado, com fulcro no art. 18º, § 1 da Lei nº 8.036/90.
Art. 18. Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do empregador, ficará este obrigado a depositar na conta vinculada do trabalhador no FGTS os valores relativos aos depósitos referentes ao mês da rescisão e ao imediatamente anterior, que ainda não houver sido recolhido, sem prejuízo das cominações legais. (Redação dada pela Lei nº 9.491, de 1997)
§ 1º Na hipótese de despedida pelo empregador sem justa causa, depositará este, na conta vinculada do trabalhador no FGTS, importância igual a quarenta por cento do montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato de trabalho, atualizados monetariamente e acrescidos dos respectivos juros. (Redação dada pela Lei nº 9.491, de 1997)
3.4 Desconto Indevido art. 473, IV CLT
A reclamada conforme se depreende do art. 473, IV da CLT, ainda deverá restituir a reclamada o equivalente a 01 (um) dia de trabalho em razão da doação voluntária de sangue feita pela reclamante a qual foi devidamente comprovada, vejamos:
Art. 473. O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário:
(...)
IV – por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada.
A empresa reclamada em 2018 efetuou o desconto de 02 (dois) dias de trabalho da Reclamante, quando a mesma se ausentou para fazer doação de sangue, quando na verdade deveria descontar apenas 01 (um) dia, devendo, portanto, ser restituído a reclamante o equivalente a 01 (um) dia de trabalho por ser medida de inteira justiça, bem como seus acréscimos devidos.
3.5 Multa do art. 477 e art. 467 CLT
A Reclamada possui o prazo de até 10 dias para efetuar o pagamento das verbas rescisórias em favor da Reclamante, nos termos do art. 477, § 6º da CLT.
Ocorre que, até o presente momento a reclamada não efetuou o pagamento das referidas verbas, motivo pelo qual a reclamante requer o pagamento da multa equivalente, conforme disposto no § 8º do mesmo artigo.
Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo.
(...)
§ 6º A entrega ao empregado de documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes bem como o pagamento dos valores constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverão ser efetuados até 10 (dez) dias contados a partir do término do contrato.
(...)
§ 8º A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora.
3.6 Do Intervalo Intrajornadas
A Reclamante laborava de segunda a sábado, das 07h30 às 17h00 com intervalo de 30minutos, enquanto que o intervalo mínimo intrajornadas acarreta efeitos previstos no § 4º do art. 71 e art. 382 ambos da CLT e OJ 355 do TST , devendo-se pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do intervalo, acrescidas de 50 % (cinquenta por cento) por ser medida de inteira justiça, conforme se vê abaixo:
Art. 71. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
(...)
§ 4º A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.
355. INTERVALO INTERJORNADAS. INOBSERVÂNCIA. HORAS EXTRAS. PERÍODO PAGO COMO SOBREJORNADA. ART. 66 DA CLT. APLICAÇÃO ANALÓGICA DO § 4º DO ART. 71 DA CLT (DJ 14.03.2008)
O desrespeito ao intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta, por analogia, os mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT e na Súmula nº 110 do TST, devendo-se pagar a integralidade das horas que foram subtraídas do intervalo, acrescidas do respectivo adicional.
 Além do mais, a Reclamada deverá proceder com o pagamento, em audiência, de todas as parcelas incontroversas sob pena de acréscimo de 50% (cinquenta por cento) dessas verbas, nos termos do art. 467, CLT:
Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do
comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de 50% (cinquenta por cento).
3.7 Do Salário-Família (cota faltante)
Por ser contribuinte do INSS e ter 3 (três) filhos menores, a reclamante faz jus ao recebimento do referido pagamento, conforme lei nº 4.266/63, art. 66 da Lei 8213/91 e at. 7º, XII da CF/88, conforme poderá:
“Art. 83 – A partir de 1º de maio de 2004, o valor da quota do salário-família por filho ou equiparado de qualquer condição, até quatorze anos de idade ou inválido...”
“ Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XII- salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998).”.
Conforme se verifica, a reclamante recebia apenas a cota referente a 2 (dois) dos seus filhos, devendo ser pago a cota faltante do 3º filho com seus acréscimos devidos.
 3.8 Das horas extras
A Reclamante trabalhava das 07h30 às 17h, com intervalo de 30 minutos, de segunda a sábado.
Não havia registro da jornada de trabalho desempenhada. Logo, considerando o exposto no art. 58 da CLT, que prevê como duração normal do trabalho, o número de oito horas diárias, e de modo mais abrangente, o inciso XIII do artigo 7º da Constituição Federal, estabelecendo como direito dos trabalhadores urbanos e rurais a duração do trabalho não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, a Reclamante realizava uma hora extra diária, de segunda a sexta e mais cinco horas extras aos sábados. 
‘’Art. 58 CLT - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite. “ 
Art. 7º CRFB/88
São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção. coletiva de trabalho; (Vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943)
Entretanto, a Reclamada jamais efetuou o pagamento das horas extras devidas, violando o que nos traz o § 1º do artigo 59 da CLT:
“Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
§ 1° A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal. (Redaçãodada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência). ”
3.9 Honorários Sucumbenciais 
O Reclamado deverá ser condenado a pagar os honorários sucumbenciais, na forma prevista no caput do art. 791 – A da CLT, ou seja, 15%, visto que na fixação do seu valor deverá ser levada em consideração a natureza e importância da presente causa, bem como o intenso trabalho realizado pelo advogado, e o tempo que lhe foi exigido para o serviço (§ 2º do art. 791 – A da CLT).
“Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) ”.
§ 2° Ao fixar os honorários, o juízo observará: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
I - o grau de zelo do profissional; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
II - o lugar de prestação do serviço; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
III - a natureza e a importância da causa; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017).” 
4- DOS PEDIDOS
Diante das questões expostas acima, requer que vossa excelência se digne a:
a) Conceder em caráter liminar, seja declarada nula a dispensa da reclamante, com a consequente reintegração ao seu emprego, em razão da estabilidade sindical, ou alternativamente, o pagamento de indenização pelo período de estabilidade;
b) Citação da Reclamada para, caso queira, oferecer Contestação no prazo estipulado pelo art. 847, p. único CLT;
c) Concessão da Justiça Gratuita, bem como fixação do pagamento dos honorários advocatícios a serem pagos pela reclamada, conforme art. 791-A.
d) Que seja indenizado a integralidade das horas que foram subtraídas do intervalo, acrescidas de 50% por inobservância do período de descanso intrajornadas no valor de R$.
e) Condenação da Reclamada ao pagamento de todas as verbas rescisórias e indenizatórias elencadas, aviso prévio, férias proporcionais, FGTS mais 40% sobre o montante depositado, multa referente ao intervalo intrajornadas totalizando o valor de R$.
f) Que a Reclamada seja condenada ao pagamento referente a 01 (um) dia de trabalho para doação de sangue, nos termos do art. 473, IV, no valor de R$.
g) Pagamento da cota faltante do salário-família, nos termos do art. 1º da Lei nº 4.266/63 e art. 7º, XII da CF/88 no valor de R$.
h) Condenação da Reclamada ao pagamento das horas extras semanais acrescidas de 50%, mais as do sábado, acrescidas de 100% do valor da hora comum trabalhada, conforme art. 59 CLT, no valor de R$.
Por fim, requer a produção de todos os meios de prova admitidos em Direito, máxime o depoimento pessoal da reclamada, sob pena de confissão, oitiva de testemunhas em momento oportuno e juntada de novos documentos.
 Dá-se a causa o valor de R$ (reais).
Termos em que pede e aguarda por deferimento.
LOCAL, 08 de março de 2020.
Advogado
OAB/MA nº

Outros materiais