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Neurose Eliane Carvalho, Janinne Rodrigues, Jenniffer Adrielly Luanna Carolline, Rayane Silveira e Tamires Rodrigues. Conceito ● O termo Neurose surgiu primeiramente em 1769 citado pelo médico W. Cullen, para definir as doenças nervosas que acarretaram distúrbios da personalidade. ● Pierre Janet definia a neurose como doença da personalidade caracterizada por conflitos psíquicos que perturbavam as condutas sociais. Distinguiu dois tipos de neuroses: histeria e psicastenia. ● A neurose tornou-se uma afecção ligada a um conflito psíquico inconsciente, de origem infantil e datado de uma causa sexual usada por Freud para conceituar uma doença nervosa em um conflito recalcado de origem infantil. ● O mecanismo fundamental que define a Neurose é o RECALCAMENTO. ● O recalcamento não implica a total e absoluta eliminação de uma percepção ou pensamento, como poderíamos entender a foraclusão (rejeição) ● Na Neurose a realidade é afirmada num sentido muito básico, porém expelida da consciência. ● Lacan sustenta que o que é recalcado não é a percepção nem o afeto, mas os pensamentos referentes às percepções, os pensamentos a que o afeto está ligado. ● A NEUROSE OBSESSIVA é a situação em que o pensamento é perfeitamente acessível a consciência, porém não evoca nenhum afeto. RECALCAMENTO PENSAMENTO AFETOA QUEBRA DA LIGAÇÃO ORIGINA O: ● PROVA DE EXISTÊNCIA é seu retorno, sua manifestação sob a forma de perturbações ou interrupções. ● “ A CURA PELA FALA” Anna.O OBSESSÃO HISTERIA Ser no pensamento (Obsessão) X Ser a causa (Histérica) Lacan vê a indagação fundamental da Neurose como a questão do ser: “Nos amávamos e resolvemos ter você…” PAIS Por que vocês me tiveram? FILHO Fornecida pela fantasia fundamental RESPOSTA NÃO CONVINCENTES PONDERANDO-SE SOBRE OS PORQUÊS EXISTENCIAIS. O LUGAR DA CRIANÇA NO DESEJO DOS PAIS O Obsessivo e a Histérica batalham com a questão do ser de maneiras diferentes. Obsessivo: Histérica: Estou vivo ou morto? Parceiros afetivos transformados Individuo Consciente Ignora de propósito o inconsciente. Completo de si Preferência pela masturbação A Santa e a Prostituta Sou homem ou mulher? O Parceiro ou o outro: OBJETO DE DESEJO DOMINA-LO Assegurar que o desejo do outro se mantenha INSATISFEITO FANTOCHE Desejo insatisfeito(Histérica) x Desejo impossível (obsessão) Obsessivo: DESEJO IMPOSSÍVEL ● Anulação ou negação do outro: “Ninguém está a minha altura”. Histérica: DESEJA COMO SE FOSSE O OUTRO ● Identificação com o parceiro masculino e deseja como se fosse ele. ● Segundo Lacan “Adotamos o desejo do outro como nosso”. MULHER MULHER HOMEM SOU HOMEM OU MULHER? O Lema do neurótico é: o outro jamais gozará comigo! Obsessão e Histeria em análise O obsessivo tende a neutralizar o outro. Não gosta de ajuda, por isso, raramente procuram análise. Muitos obsessivos comparecem a algumas sessões, pedindo um tipo pequeno de ajuda, mas não ficam. Os que ficam, de modo geral, tiveram um contato inesperado com o desejo do outro, um encontro com a falta do outro que gerou angústia e abalou o mundo do obsessivo. A primeira manobra do analista para o obsessivo é garantir que ele se confronte regularmente com o desejo do analista. O obsessivo irá tomar todo o tempo falando e fazendo suas conclusões, sem permitir que o analista interfira em sua fala. FRUSTRAÇÃO O analista conduzirá o caso do obsessivo levando-o a uma “histericização”. Na histeria o indivíduo possui facilidade em pedir ajuda, e buscar análise. Reconhece sua dependência Os analistas consideram um grande desafio com histéricas Um caso de obsessão ● Roberth, 30 anos: ● Especialista em solucionar problemas técnológicos; ● Desafiador, afundado em dívidas, torcia para que ninguém lhe tirasse dos apuros; ● Breves relacionamentos com mulheres de outros países, era impotente com “as parceiras adequadas” para a vida, mas com as mulheres “que eram praticamente um lixo” isso não acontecia. Análise caso robert ● Culpa como afeto dominante na vida de Robert; ● Robert internalizou os ideais e valores morais de seus pais (o outro simbólico instaurado), porém nunca os tornara seus; ● O conflito interno girava em torno de um conjunto sumamente desenvolvido de ideais de princípios morais concernentes ao que ele DEVIA FAZER E SER → SUPEREU → IDEAL DE EU PUNITIVO; ● O conflito interno é tão absorvente que deixa pouca vitalidade para outras atividades: razão para sentir-se morto na maior parte do tempo; Análise caso robert ● O que já sabia era banal e chato e o que não sabia era impossível; ● Obsessivos lutam por uma “verdade única”; “verdadeiro caminho”; “mulher certa, homem certo” → IDEAIS IRREALIZÁVEIS; ● Desejo do obsessivo → DESEJO DO OUTRO → OUTRO DO MESMO SEXO; ● Ligar pensamento e afeto. Um Caso de Histeria ● Jeanne, Francesa, 37 anos; ● Problemas Conjugais; ● Pai extremamente ciumento, explosivo, dominador, protetor com as filhas; ● Relacionamento tempestuoso com Bertrand que se transformou em casamento; ● Sintomas: Dores nas costas, no peito, nos ombros, queixo e dor de garganta; ● Conflito começou girar em torno de seu pai e marido; Análise caso jeanne ● Postura fundamental consiste em completar o outro; ● O desejo do Outro do mesmo sexo e do sexo oposto; ● O desejo insatisfeito encontra-se em ambos os lados na histeria – na histérica e em seu parceiro. A histérica mantém o parceiro insatisfeito, já que o desejo do parceiro que tem enorme importância para ela na definição do seu ser; ● Ideais, valores e princípios morais; Análise caso jeanne ● Característica geral da Histeria: as inibições que bloqueiam a sexualidade têm de ser superadas por uma força poderosa, muitas vezes pela coerção franca, para que a satisfação sexual seja considerada outra coisa que não repreensível. O gozo sexual desinibido só parece possível quando forçado ou obrigatório – quando impedi-lo está fora do alcance; ● Buscava a confirmação do abandono; CONSIDERAÇÕES ETIOLÓGICAS Uma interveção que “bate no real”. “Se a interpretação cria a verdade, o terreno deve esta preparado para ela”. Tabela Fobia Fobia - O indivíduo projeta o prazer para fora do seu eu, onde o objeto ameaçador para ele é caracterizado por angústia - A fobia é considerada por Lacan a forma mais radical da neurose. - Caso do pequeno Hans.
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