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Terminologia, Medidas Socioeducativas e Protetivas
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
www.grancursosonline.com.br
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Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
TERMINOLOGIA, MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS E PROTETIVAS
COMPLEMENTANDO A EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Ficou claro que vigorava o Código de Menores (1979), o Estatuto da Criança 
e do Adolescente (ECA) foi criado em 1990 e o revogou expressamente, subs-
tituindo a doutrina da situação irregular que vigorava neste código pela doutrina 
da proteção integral.
A proteção integral no Brasil não nasceu com o ECA, mas sim com a Cons-
tituição Federal. Fique atento, pois esse ponto já foi questionado em prova. E 
lembre-se: a criança/adolescente é sujeito de direito pela CF (antes era consi-
derado objeto).
DESTAQUES DA EVOLUÇÃO HISTÓRICA
1) Princípio da proteção integral/absoluta;
2) Princípio da responsabilidade tripartida ou da corresponsabilidade; 
3) Princípio do respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
Esses três princípios estão expressos no art. 227 da CF e também no ECA.
1) Proteção integral: logo no art. 1º do ECA, a proteção integral salta aos 
olhos, e o Estado deve promover as políticas públicas voltadas para a 
criança/adolescente.
2) Responsabilidade tripartida: pelos psicólogos, este princípio é chamado 
de “princípio da solidariedade”. Na CF, art. 227, a responsabilidade de qual-
quer criança/adolescente é da família, da sociedade e do Estado. O art. 4º 
do ECA diz que a responsabilidade é da família, da comunidade, da socie-
dade e do Estado. Para a prova, considere que a comunidade está explícita 
no ECA e implícita na CF. Esse assunto já foi abordado em prova, gerando 
inclusive anulação de questão em que a banca colocou “família, comunida-
de, sociedade e Estado” como expresso no ECA e na CF, mas a afirmação 
é falsa, pois na CF não está expressamente colocada a comunidade.
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
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3) Princípio do respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvi-
mento: este princípio é fundamental para todos os concursos, pois pode 
embasar muitos pareceres na área policial, de saúde etc. Por não ter atin-
gido a maioridade penal, o menor tem um tratamento totalmente diferen-
ciado, por se tratar de uma pessoa em desenvolvimento. Baseado neste 
princípio, o adolescente tem delegacia especializada, caso entre em con-
flito com a lei; tem delegacia protetiva também, caso seja a vítima; pelo TJ, 
tem uma Vara especializada.
Terminologia do ECA x Leis Penais
Na primeira coluna da tabela, temos a terminologia do Código Penal, da 
Legislação extravagante voltada para o maior. Na segunda coluna, temos a ter-
minologia para o menor. Em redação, parecer, coloque os termos corretos para 
não perder pontos.
LEIS PENAIS ECA
Crime e contravenção Ato infracional
Flagrante delito Flagrante de ato infracional
Mandado de prisão Mandado de busca e apreensão
O maior é preso O menor é apreendido 
Prisão provisória Internação provisória
(cautelar, antes da sentença)
Imputação de Crime Atribuição de ato infracional
(o menor é inimputável)
Pena Medidas Socioeducativas e/ou Protetivas
Denúncia Representação
Réu Representado
Interrogatório Audiência de apresentação
Sumário de acusação e de defesa Audiência em continuação
Defesa prévia Defesa prévia
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Denúncia x Representação
O MP não apresenta denúncia contra menor. O primeiro ato para dar início 
à ação socioeducativa é a representação. O promotor pode conceder também 
o perdão/remissão, que estudaremos posteriormente, ou também promover o 
arquivamento dos autos, nos termos do art. 180.
Exemplo: o adolescente praticou um ato infracional e foi apreendido em fla-
grante de ato infracional, com violência ou grave ameaça à pessoa. O promotor 
do Ministério Público pode oferecer uma representação contra o adolescente. 
1) Somente o Ministério Público, na figura do promotor de justiça, pode re-
presentar contra o adolescente. Portanto, a representação no ECA, pelo 
ato infracional, é uma peça incondicionada, pois é exclusiva do Ministério 
Público. 
2) A representação pode ser escrita ou oral, de acordo com o ECA. Na práti-
ca, o mais usual é a representação escrita.
3) O ECA diz que a representação é uma peça que independe de prova 
pré-constituída da autoria e da materialidade, isto é, a representação ofere-
cida pelo MP não depende de prova pré-constituída que foi o adolescente 
que praticou o ato infracional. É comum cair em prova que a representação 
depende de prova pré-constituída.
MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS
Esse assunto é recorrente em muitas carreiras, inclusive para professor.
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente 
poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas:
I – advertência;
II – obrigação de reparar o dano;
III – prestação de serviços à comunidade;
IV – liberdade assistida;
V – inserção em regime de semiliberdade;
VI – internação em estabelecimento educacional.
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Importante destacar que essas medidas são aplicáveis a adolescentes, 
e nunca a crianças.
A medida socioeducativa tem:
a. Natureza Jurídica: retributiva/impositiva/sancionatória/cunho pedagógico.
b. Competência: exclusiva do juiz (Súmula 108 STJ).
c. Abrangência: aplicada ao adolescente e, excepcionalmente, ao jovem 
adulto (ato infracional praticado quando era menor).
d. Rol taxativo: fechado, isto é, somente o que consta no art. 112.
Mnemônico das medidas socioeducativas: PAI LIO
Prestação de serviço à comunidade;
Advertência;
Internação em estabelecimento educacional;
Liberdade assistida (LA);
Inserção em regime de semiliberdade; e,
Obrigação de reparar o dano.
Dica 1: são duas medidas privativas de liberdade (as letras I do mnemônico).
Dica 2: para o juiz aplicar as medidas PAI LIO, é necessário ter prova sufi-
ciente da autoria e materialidade do ato infracional, salvo a advertência, que 
pode ser aplicada com indícios de autoria e prova de materialidade. Não con-
funda com a representação oferecida pelo MP, que independe de prova pré-
-constituída da autoria e materialidade.
Vamos estudar detalhadamente o PAI LIO posteriormente.
Medidas Protetivas
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade 
competente poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas:
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O art. 98 do ECA traz quando a criança/adolescente se encontra em situação 
de risco: abandono pelos pais, por ação ou omissão dos pais ou responsáveis, 
por ação ou omissão do estado, ou pela prática de ato infracional.
I – encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsa-
bilidade;
II – orientação, apoio e acompanhamento temporários;
III – matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino 
fundamental;
IV – inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, 
apoio e promoção da família, da criança e do adolescente;
O item IV do art. 101 foi alterado em 2016, de “IV – inclusão em programa 
comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança e ao adolescente” para “IV –
inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e 
promoção da família, da criança e do adolescente”.
V – requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime 
hospitalar ou ambulatorial;
VI – inclusão em programa oficial ou comunitáriode auxílio, orientação e tra-
tamento a alcoólatras e toxicômanos;
VII – abrigo em entidade;
VII – acolhimento institucional;  não existe mais o termo “abrigo” 
VIII – colocação em família substituta.
VIII – inclusão em programa de acolhimento familiar;
IX – colocação em família substituta.  por meio de guarda, tutela ou adoção.
Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo 
com a aula preparada e ministrada pelo professora Adriane Sousa.

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