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Resumo Direito Civil - Dissolução do Casamento

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CIVIL VIII - 2
 ºAVD
Dissolução do Casamento
	FIM DA SOCIEDADE CONJUGAL
	DISSOLUÇÃO DO VÍNCULO MATRIMONIAL
	Menos grave
	Mais grave
	Extingue apenas alguns deveres inerentes ao casamento – mas não todos 
	Põe fim ao casamento; não há mais obrigações entre os cônjuges; não se é mais casado
	Põe fim a 3 deveres, sendo estes:
1. Coabitação
2. Fidelidade
3. Regime de Bens
	Só ocorre a dissolução com: 
1. A nulidade ou anulação
(estado civil passa a ser solteiro)
2. Divórcio (passa a ser divorciado)
3. Viuvez (passa a ser viúvo)
	Ex: Separação Judicial e 
Separação de Fato
	
	
· 
· 
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· 
Tudo que põe fim ao vínculo matrimonial põe fim a sociedade conjugal. MAS nem tudo que põe a sociedade conjugal põe fim ao matrimônio. Em 2007, foi criada a possibilidade de ocorrer divórcio/separação em cartório (forma extrajudicial) sendo seus requisitos:
1. Consensualidade;
2. Cônjuges capazes; 
3. Não pode haver filhos menores ou incapazes (porque nesse caso, deve haver promoção do MP);
4. Assinatura do advogado;
5. Dispor de cláusulas obrigatórias, que são:
- Se a pessoa voltará a usar o nome de solteira;
- Alimentos (entre cônjuges);
- Bens (não se trata da partilha e sim, fazer menção aos bens adquiridos; 
Art. 1.571. A sociedade conjugal termina:
I - pela morte de um dos cônjuges;
II - pela nulidade ou anulação do casamento;
III - pela separação judicial;
IV - pelo divórcio.
- O casamento válido, ou seja, o vínculo matrimonial só é dissolvido pelo DIVÓRCIO, MORTE DE UM DOS CÔNJUGES – real ou presumida.
Art. 1751. § 1º O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código quanto ao ausente.
· Emenda do divórcio – Art. 226, par. 6º, CF
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.
Quando surgiu a emenda do divórcio, se houvesse algum processo de separação ajuizada o juiz extinguia o processo ou convolava em divórcio.
Antes da emenda, o que vigia era a dissolução. Desde que o casal estivesse separado judicialmente a 1 ano ou separação de fato à 2 anos. Com a EC /66, não há mais a separação.
· A emenda trouxe:
· Discussão do fim da separação judicial – acaba o prazo de 2 anos;
· Fim do prazo de separação – Antes deveria ser respeitado o prazo de 1 ano para ajuizar a separação judicial.
· Fim da discussão de culpa – Não importa mais descobrir ou comprovar ou alegar quem era o culpado pela separação do casal.
A Separação judicial estabelecia um prazo chamado de “prazo de reflexão” para que o indivíduo pensasse se, de fato, queria se divorciar. Se desistisse nesse interregno, o casamento seguiria normalmente;
A Discussão de culpa viola o direito de privacidade e intimidade;
A Infidelidade por si só não configura dano moral. A menos que se coloque o outro em situação vexatória.
 A ação de separação ainda é possível, pois não há vedação legal, bem como a emenda ao significa a revogação da lei (de forma extrajudicial);
· Quanto a forma JUDICIAL:
Em 2015, com o NCPC, vieram certos artigos sobre a separação judicial. Assim, atualmente, com o entendimento do STJ, é possível a separação judicial. 
SEPARAÇÃO JUDICIAL E DIVÓRCIO
(O professor deu os dois juntos; o que serve para um serve para outro, aparentemente)
Ambas se dividem entre consensual e litigiosa;
Não se faz divorcio/ separação judicial consensual se um dos cônjuges for incapaz;
Se houverem filhos menores ou incapazes, as cláusulas obrigatórias são: 1. guarda; 2. visitação; 3. alimentos; 
Art. 731. A homologação do divórcio ou da separação consensuais, observados os requisitos legais, poderá ser requerida em petição assinada por ambos os cônjuges, da qual constarão:
I - as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns;
II - as disposições relativas à pensão alimentícia entre os cônjuges;
III - o acordo relativo à guarda dos filhos incapazes e ao regime de visitas; e
IV - o valor da contribuição para criar e educar os filhos.
Parágrafo único. Se os cônjuges não acordarem sobre a partilha dos bens, far-se-á esta depois de homologado o divórcio, na forma estabelecida nos arts. 647 a 658 
Caso exista LITÍGIO, o melhor é que sejam ajuizadas ações autônomas; Ou seja, ao invés de um processo com vários assuntos, ter uma ação para tratar dos alimentos, outra para guarda, outra para divórcio e assim sucessivamente
A ação consensual comporta todos os pedidos.
Art. 733. O divórcio consensual, a separação consensual e a extinção consensual de união estável, não havendo nascituro ou filhos incapazes e observados os requisitos legais, poderão ser realizados por escritura pública, da qual constarão as disposições de que trata o art. 731 .
Se o processo for de teor consensual e por via judicial, cabe ao juiz homologar o acordo estipulado pelas partes. PORÉM, se ele verificar situação de extrema desvantagem, o juiz pode negar a homologação – cabendo recurso ordinário da decisão. 	
· Obs da doutrina: A decisão da negativa quanto ao acordo deve ser fundamentada, com indicações das modificações que comportariam as cláusulas prejudiciais, porque a parte pode interpor recurso de apelação. Ademais, também é possível a homologação parcial do acordo, conforme enunciado 516, V JDC. 
REGIME DE BENS
É o Conjunto de relações jurídicas que tutela a vida patrimonial de um casal. 
Todo casamento é regido por um regime de bens. 
Regras do Regime de Bens:
1. MUTABILIDADE RELATIVA DO REGIME DE BENS
Até a entrada em vigor do CC/02 não era possível alterar o regime de bens na vigência do casamento. Atualmente, é permitido, com o preenchimento de requisitos dispostos no art. 1639, par. 2º, CC, sendo estes: 
a. Somente podem ser realizadas judicialmente (necessitando de autorização judicial);
b. Pedido deve ser motivado de ambos os cônjuges;
c. O juiz irá apurar as razões apresentadas;
d. Não pode violar direito de terceiros; 
Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver.
§ 1 o O regime de bens entre os cônjuges começa a vigorar desde a data do casamento.
§ 2 o É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros.
Os efeitos da mutabilidade são EX NUNC; não retroagem.
Exemplo: um casal que casou-se na vigência do CC/16, onde não era possível a mudança do regime de bens, caso queira mudar hoje o regime, é possível?
1º Corrente. (minoritária): Maria Helena Diniz
Não pode. Pois houve ato jurídico perfeito, já que quando os indivíduos se casaram cumpriram todos os requisitos; assim, não podendo mais ser alterado (Argumento Constitucional: art. 2.039, CC) 
Art. 2.039. O regime de bens nos casamentos celebrados na vigência do Código Civil anterior, Lei n o 3.071, de 1 o de janeiro de 1916 , é o por ele estabelecido.
2º Corrente. (majoritária): Edson Facquin (e outros)
O casamento é uma relação jurídica continuada, sendo também questão de ordem pública. Assim, se utilizando, da argumentação baseada no art. 2.035, CC, as relações jurídicas continuadas, se subordinam ao código civil atual;
Art. 2.035. A validade dos negócios e demais atos jurídicos, constituídos antes da entrada em vigor deste Código, obedece ao disposto nas leis anteriores, referidas no art. 2.045, mas os seus efeitos, produzidos após a vigência deste Código, aos preceitos dele se subordinam, salvo se houver sido prevista pelas partes determinada forma de execução.
Jornada 260, d. civil: A alteração do regime de bens prevista no § 2º do art. 1.639 do Código Civil também é permitida nos casamentos realizados na vigência da legislação anterior.
2. VARIEDADE DO REGIME DE BENS;
3. LIVRE ESCOLHA DO REGIME DE BENS, SALVO, IMPOSIÇÃO DA SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA.
· TIPOS DE REGIME
1. Comunhão Total (Universal);
2. Comunhão Parcial;
3. Participação Final dos Aquestros;
4. Separação Total Convencional
5. SeparaçãoLegal (sep. Obrigatória)
Obs: Pode-se criar regime de bens, desde que não fira o ordenamento jurídico e pacto ante-nupcial. 
PACTO ANTE-NUPCIAL
Conceito: Negócio Jurídico que deve ser feito por escritura pública, que fica condicionado a casamento posterior.
É um contrato celebrado pelos noivos para estabelecer o regime de bens e as relações patrimoniais que serão aplicáveis ao casamento.
Deve ser feito por escritura pública no cartório de notas e, posteriormente, deve ser levado ao cartório de registro civil onde será realizado o casamento, bem como, após a celebração do casamento, ao cartório de registro de Imóveis do primeiro domicílio do casal para produzir efeitos perante terceiros e averbado na matrícula dos bens imóveis do casal.
 O regime de bens começa a vigorar a partir da data do 
· Se não houver casamento, não há validade;
· Se o pacto for feito por instrumento particular é NULO.
· Se o pacto for declarado nulo, o que irá reger será o regime legal (comunhão parcial); 
· A alteração do regime só pode ser feita judicialmente
· O pacto tem natureza patrimonial, só pode dispor de bens - ex: não pode o cônjuge dispor no pacto ante nupcial sobre a hora que o outro cônjuge voltara para casa – como uma espécie de toque de recolher)
LIVRE ESCOLHA DO REGIME, SALVO IMPOSIÇÃO DA SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA
Com exceção do regime de comunhão parcial e separação legal, os demais regimes precisam do pacto ante-nupcial.
O pacto é feito no cartório e notas, bem como sua escolha.
Os bens que se comunicam são os bens onerosos.
Sum. 377, STF: No regime de separação legal de bens, comunicam-se os adquiridos na constância do casamento. 
Com a problemática trazida pelo CC/02, os tribunais superiores voltaram a aplicar a Sum. 377, desde o outro cônjuge demonstre a sua contribuição direta ou indireta – mesmo na separação legal. 
Só há 1 regime em que se dispensa a anuência do cônjuge (para ser fiador etc...) que é o da SEPARAÇÃO TOTAL CONVENCIONAL. Nos demais, mesmo que o bem seja somente de 1 dos cônjuges, o outro precisa anuir. 
· EXCEÇÃO: Admite-se que se coloque no pacto ante-nupcial a dispensa de anuência no regime de PARTICIPAÇÃO FINAL DOS AQUESTROS. Em caso contrário, será necessário também a anuência.
Se algo for realizado sem a anuência do cônjuge o negócio jurídico será ANULÁVEL, com prazo de 2 anos, a se iniciar com o fim da sociedade conjugal e NÃO O VÍNCULO MATRIMONIAL; pois dentro do casamento não corre prescrição.
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648 , nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III - prestar fiança ou aval;
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação.
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada.
Art. 1.649. A falta de autorização, não suprida pelo juiz, quando necessária ( art. 1.647 ), tornará anulável o ato praticado, podendo o outro cônjuge pleitear-lhe a anulação, até dois anos depois de terminada a sociedade conjugal.
COMUNHÃO PARCIAL DE BENS
Comunhão parcial de bens significa o compartilhamento em igual proporção de um mesmo patrimônio, vale dizer, o patrimônio adquirido após a celebração do casamento civil. Desse modo, todos os bens adquiridos durante a união pertencerão a ambos os cônjuges, não importando quem comprou ou em nome de quem foi registrado. Nesse regime, é irrelevante qual foi a efetiva contribuição financeira de cada cônjuge para a formação do patrimônio, presume-se a conjugação de esforços, a colaboração mútua.
Como o marco inicial da comunhão é a data da celebração do casamento, em regra, o patrimônio que cada cônjuge possuía antes do matrimônio não é compartilhado com o outro. Pode haver, pois, a coexistência de três massas patrimoniais distintas: 
1st) formada pelos bens comuns do casal (adquiridos na constância do casamento); 
2nd) formada pelos bens particulares do marido (adquiridos antes do casamento) 
3rd) formada pelos bens particulares da mulher (adquiridos antes do casamento).
· Regime legal desde 1977. Antes disso, o regime era comunhão total. 
· Nesse regime existem 2 tipos de bens. Sendo aqueles adquiridos antes e os que foram adquiridos após o casamento.
· Os adquiridos antes são denominados como particulares; pertencem a cada um dos cônjuges individualmente. Os bens adquiridos após, que pertencem a ambos os cônjuges. 
· Na comunhão parcial, se o bem foi adquirido de forma ONEROSA o outro cônjuge tem direito a metade, mesmo que em nada tenha contribuído. A chamada MEAÇÃO. 
Todavia, existem os bens que não se dividem na comunhão parcial previstos no art. 1659, CC
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:
I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;
OBS: Se o doador ou testador quiser que a liberalidade beneficie o casal, e não apenas um dos cônjuges, fará a doação ou legado em favor do casal.
Art. 1.660. Entram na comunhão:
III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges;
OBS 2: Embora os bens recebidos por um cônjuge a titulo de doação ou herança não se comuniquem ao outro, entram na comunhão os frutos civis ou rendimentos dos bens doados ou herdados, como aluguéis e juros.
· O que são bens sub-rogados? São aqueles adquiridos por meio de valor proveniente de bem particular.
Doutrina: Ocorre a sub-rogação do bem quando é substituído por outro: o cônjuge o vende a terceiro e, com os valores auferidos, adquire outro bem, que substitui o primeiro em seu patrimônio particular. Leva-se em conta, portanto, a origem do valor pecuniário. 
A sub-rogação pode ocorrer pela venda ou permuta. Da mesma forma, permanecem no domínio particular do cônjuge os bens adquiridos em sub-rogação aos bens que já estavam em seu domínio e posse antes do casamento. 
Ex: Um imóvel é recebido em herança e posteriormente vendido. Com o valor obtido, o cônjuge compra outro imóvel. Neste caso, o outro cônjuge (o não herdeiro) não terá direito ao novo imóvel adquirido.
Obs: Se o valor do bem adquirido ultrapassar o valor do bem particular, a vedação será até o limite. O que passar é de ambos os cônjuges.
Ex: Herança do cônjuge A: 500
Valor do Imóvel: 800
Assim, 500 serão só do cônjuge A, enquanto o restante (300) de ambos os cônjuges.
II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares;
III - as obrigações anteriores ao casamento;
Não se comunicam as obrigações particulares assumidas pelos cônjuges, pois integram o acervo de cada qual. Em principio só as subsequentes ao casamento se comunicarão. Todavia, entende-se que haverá comunicação dos débitos anteriores que beneficiar o cônjuge que não os tenha. Como no caso dos aprestos.
 Aprestos: São as obrigações provenientes do casamento. Ex: Fotógrafo, DJ
Obs da doutrina: Haverá comunicação dos débitos anteriores no caso de se beneficiar o cônjuge que não os tenha, como na hipótese de dívida contraída na aquisição de bens de que lucram ambos. 
· E quanto aos bens adquiridos antes do casamento de forma parcelada e que o pagamento perdura no casamento? 3 CORRENTES!
1º Corrente – STJ (minoritária): O outro cônjuge não tem direito. A promessa de compra e venda foi realizada antes do casamento, então ele é todo de um só dos cônjuges.
2º Corrente (minoritária): O Outro cônjuge tem direito a tudo, pois a efetiva compra e venda ocorreu durante o casamento. Assim, 50% de tudo.
3º Corrente – STJ (majoritária): O que for antes, é de apenas 1 dos cônjuges e o que for depois de ambos.
IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, SALVO reversão em proveito do casal;
Em regra só responde ela reparação dos danos causados por ato ilícito quem lhes deu causa. Esse principio é aplicado aqui, suportando casacônjuge as obrigações derivadas do ilícito por ele cometido, SALVO se dele o outro obteve algum proveito. Não importa a época em que tal fato ocorreu, se antes ou após o casamento. 
Se forem penhorados os bens comuns, poderá o cônjuge inocente opor embargos de terceiros, para livrar sua meação.
Se, no entanto, o dano foi provocado no exercício da profissão de que dependa o sustento da família, ou se proporcionou proveito ao patrimônio comum, a indenização será suportada pela totalidade dos bens.
 Ex: Foi adquirida uma fazenda, resultado de ato ilícito. O outro cônjuge não perde seus bens se não tirar proveito dela. Se, contudo, tirar proveito, os bens de ambos são executados.
V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;
VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;
Aquilo que é pessoal de cada cônjuge. Ex: FGTS
STJ entende que entra na comunhão os bens adquiridos por meio de provento pessoal. 
Abrange vencimentos, salários e quaisquer formas de remuneração. O que não se comunica é o direito aos aludidos proventos. Recebida a remuneração, o dinheiro ingressa no patrimônio comum. Em caso de separação judicial, o direito de cada qual continuar recebendo o seu salário não é partilhado. 
VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.
. Obs: Todos os bens que não se comunicam são chamados de bens particulares.
BENS QUE ENTRAM NA COMUNHÃO – art. 1660
Art. 1.660. Entram na comunhão:
I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges;
II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior;
III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges;
IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;
V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão.
Este dispositivo explicita a regra geral do art. 1658, do Código Civil, segundo a qual se comunicam na comunhão parcial os bens adquiridos na constância do casamento. Para tanto, não importa que a aquisição se faça em nome de apenas um dos cônjuges (inciso I). Pode ser também por fato eventual, como tal considerado, por exemplo, o usucapiado e o prêmio de loteria (inciso II). As benfeitorias são aquisições e se ocorridas na constância do casamento, comunicam-se (inciso IV). Do mesmo modo, os frutos do bens, ainda que provenientes de bens particulares, como os aluguéis destes (inciso V).
OBS: Casal com mais de 70 anos que contrai União Estável, deve ser aplicado também a separação obrigatória de bens, de acordo com o STJ
OBS 2: Casal que já vive em união estável e após 70 anos decide se casar, pela lei, deve-se aplicar o regime re separação total. TODAVIA, há farta jurisprudência que autoriza a escolha do regime MAS somente pela via judicial.
COMUNHÃO UNIVERSAL
É o regime em que se comunicam todos os bens, atuais e futuros, dos cônjuges, ainda que adquiridos em nome de um só deles, bem como as dívidas posteriores ao casamento, salvo os expressamente excluídos pela lei ou pela vontade dos nubentes, expressa em convenção antenupcial, conforme art. 1667, CC. 
Art. 1.667. O regime de comunhão universal importa a comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com as exceções do artigo seguinte.
No aludido regime predominam, pois, os bens comuns, não importando a natureza, se móveis ou imóveis, direitos e ações. O acervo comum permanece indivisível até a dissolução da sociedade conjugal. Embora tudo quanto um deles adquire se transmita imediatamente, por metade, ao outro cônjuge, podem existir, no entanto, bens próprios ao marido e mulher. Exclui-se da comunhão o que a lei ou convenção antenupcial especialmente mencionam. Inexistindo tal exclusão, não é permitido a um ou outro cônjuge apossar-se de qualquer dos bens comuns, privando o consorte de igual uso.
· Era o regime obrigatório até 1977;
· Deve haver pacto ante-nupcial;
· Tudo que havia antes e após o matrimonio, inclusive doações, se comunicam;
· O QUE NÃO COMUNICA – Art. 1668, CC 
Art. 1.668. São excluídos da comunhão:
I - os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar;
II - os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva; - matéria do próximo período
III - as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum;
IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade;
Na constância do casamento não cabem doações de um cônjuge ao outro, uma vez que o acervo patrimonial é comum a ambos. Só podem ser feitas quando envolverem os bens excluídos da comunhão (art. 1668 e 544)
Art. 544. A doação de ascendentes a descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe por herança.
V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659 .
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:
I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;
II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares;
III - as obrigações anteriores ao casamento;
IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal;
V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;
VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;
VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.
PARTICIPAÇÃO FINAL NOS AQUESTROS 
Aquestros: Bens adquiridos onerosamente na constância do casamento.
Art. 1.672. No regime de participação final nos aqüestos, cada cônjuge possui patrimônio próprio, consoante disposto no artigo seguinte, e lhe cabe, à época da dissolução da sociedade conjugal, direito à metade dos bens adquiridos pelo casal, a título oneroso, na constância do casamento.
Trata-se de regime híbrido. Durante o casamento aplicam-se as regras da separação total de bens, enquanto que após a dissolução, aplica-se as da comunhão parcial. 
Dependendo de pacto antenupcial, cada cônjuge possui patrimônio próprio, com direito à época da dissolução da sociedade conjugal, à metade dos bens adquiridos pelo casal, a título oneroso, na constância do casamento.
É um regime de separação de bens enquanto durar a sociedade conjugal, tendo cada cônjuge a exclusiva administração de seu patrimônio pessoal, integrado pelos que possuía ao casar e pelos que adquirir a qualquer titulo na constância do casamento, podendo livremente dispor dos bens móveis e dependendo da autorização do outro para os imóveis (art. 1663 – parágrafo único).
Somente após a dissolução da sociedade conjugal serão apurados os bens de casa cônjuge, cabendo a casa um deles a metade dos adquiridos pelo casal, a titulo oneroso, na constância do casamento. É o regime considerado ideal para os que exercem atividade empresaria, pela liberdade que confere aos cônjuges de administrar livremente, na constância da sociedade conjugal, o seu patrimônio próprio, sem afastar a participação nos aquestros. 
a) Obrigatória a existência do pacto ante-nupcial; sendo certo que pode-se colocar a dispensa de anuência do cônjuge.
b) Pressupõe a existência de 2 tipos de bens – cada cônjuge tem seu patrimônio próprio. 
c) Cada um acumula o seu patrimônio, sendo de gerência individual, a constância do casamento. 
Ex: Conjuge A: acumula 5 milhoes
Conjuge B: acumula 25 milhões
Com o divórcio é somado o patrimônio total e dividido. Neste caso 30 milhoes, restando 15 para cada um. Nesse exemplo, o cônjuge dará 10 milhões ao outro em crédito (venda, cotas, ações...). O grande diferencial nesse tipo de regime é a liberdade quanto ao patrimônio individual, diferente do regime de separação parcial.
· Bens excluídos do roldos aquestos – o professor não deu em sala, mas estão previstos no art. 1674, CC)
SEPARAÇÃO TOTAL
Casa cônjuge conserva a plena propriedade, a integral administração e a fruição de seus próprios bens, podendo aliena-los e grava-los de ônus real livremente, sejam moveis ou imóveis.
 
A Incomunicabilidade envolve todos os bens futuros ou presentes, frutos e rendimentos, conferindo autonomia a cada um na gestão do próprio patrimônio. Cada consorte conserva a posse e a propriedade dos bens que cada um trouxer ao casamento, bem como os que forem sub-rogados. É MISTER A EXPRESSA ESTIPULAÇÃO NO PACTO ANTENUPCIAL.
Ambos os cônjuges são obrigados a contribuir para as despesas do casal na proporção dos rendimentos de seu trabalho e de seus bens. Podem, no entanto estabelecer, no pacto antenupcial, a quota de participação de cada um ou sua despensa no encargo 
ALIMENTOS
Tudo aquilo que satisfaz as vontades básicas do ser humano (saúde, educação, lazer, vestuário e alimentação propriamente dita).
Se trata de prestações para satisfação das necessidades vitais de quem não pode prove-las por si. Tem por finalidade fornecer o necessário a subsistência. 
Características:
1. IRRENUNCIÁVEL:
O credor não pode renunciar, podendo não ser exercido mas é vedado a renuncia. A não postulação em juízo é interpretado como falta de exercício, não significando renúncia.
2. INTRANSMISSIBILIDADE: 
O direito aos alimentos não pode ser transmitido a outras pessoas, salvo, o devedor de alimentos, caso faleça e já tenha sido condenado ao pagamento. 
3. IMPRESCRITIBILIDADE
Os alimentos não prescrevem, ou seja, podem ser sempre cobrados. TODAVIA, há prestações alimentares que prescrevem em 2 anos. Como assim?
· Até os 16 anos do alimentado, não corre a prescrição, por se tratar de absolutamente incapaz. Isso também vigora enquanto houver a vigência do poder familiar. 
Art. 197. Não corre a prescrição:
II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;
Art. 206. Prescrevem:
§ 2º Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que se vencerem.
· Na maioridade civil, contudo, somente podem ser cobrados os 2 últimos anos, sendo os pretérios a esses 2 anos não passíveis de cobrança.
4. INCOMPENSÁVEIS: Não pode ser dado bem no lugar
A compensação é o meio de extinção de obrigações entre pessoas, que são ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra e acarreta a extinção de duas obrigações. O direito aos alimentos não pode ser objeto de compensação, porque seria extinto, total ou parcialmente.
5. TEMPORARIEDADE: Não são pra sempre
A discricionariedade, para menor de 18 anos, para o juiz, é somente quanto ao valor e não sobre existe direito aos alimentos, sendo dispensada a comprovação de necessidade pois há presunção de que esta existe. Ou seja, não compete ao juiz dizer se há direito ou não aos alimentos, somente compete ao magistrado, arbitrar o valor a ser pago.
Os maiores de 18 anos podem pleitear alimentos desde que comprovem a necessidade.
Os alimentos podem ser prorrogados até os 24 anos, enquanto estudar, até o fim da graduação (pós-graduação, mestrado já não se admite). Não pode haver a interrupção do pagamento por quem os presta, sem que seja deferida a ação de exoneração (ação em que se objetiva a interrupção do pagamento do alimentos). 
6. IRREPETÍVEIS: Uma vez pago, não se pode reaver. 
Mesmo que a ação venha a ser julgada improcedente, não cabe restituição dos alimentos já pagos de forma provisória. Os alimentos não se restituem.
OBS: Se for configurada a má-fé, no caso de nascituro que não for filho, cabe ação de responsabilidade civil. 
Classificação:
· Os alimentos podem ser:
	IN NATURA
	IN PECUNIA
	Não se paga em dinheiro (ex: Paga escola, plano de saúde, mas não se paga dando dinheiro)
	Pago em dinheiro
	CIVIS
	NECESSÁRIOS
	Pago ao alimentando para deixá-lo com a mesma qualidade de vida
	Indispensáveis a sobrevivência do ser humano
· Podem ser ainda: 
a) INDENIZATÓRIOS: Alimentos que resultaram da prática de ato ilícito e constituem forma de indenização de dano ex delicto. OBS: Para o STJ não cabe prisão pelo pagamento, somente cabendo tal rito, para o inadimplemento entre pai e filho.
b) PROVISÓRIOS: São os fixados liminarmente em despacho inicial na ação de alimentos. A diferença entre provisórios e definitivos, é que podem ser executados de maneira retroativa. MAS se a decisão for reformada e reduzir não mais precisará ser paga.
Ex:
OBS: O inverso, não gera devolução. Ou seja, se no despacho tivesse sido arbitrado, 2 salários míninos e depois a sentença reduzisse para 1 salário mínimo, não poderia o pagador dos alimentos pleitear a diferença do que foi pago. 
Legitimidade:
Sujeito Ativo: Qualquer pessoa;
Sujeito Passivo: ascendentes, descendente e colaterais.
1. Ascendentes:
Todos os filhos, inclusive os havidos fora do casamento e os adotivos, tem direito.
A ação deve ser dirigida primeiro ao pai, e na sua impossibilidade, contra os avos; (obrigatório ir primeiro nos mais próximos e, somente após, aos mais remotos).
O filho somente pode pedir alimentos ao avo se faltar o pai, ou se, existindo, não tiver condições econômicas de efetuar o pagamento. A obrigação dos avós é subsidiária e complementar a dos pais e não solidária. 
A ação deve ser ajuizada em face dos avos paternos e maternos. O que ocorre é que, geralmente, após a separação do casal, a mãe vai com o filho morar com os seus pais, então, no fim, acaba que os avós maternos prestam os alimentos in natura – dando moradia, comida e etc.
2. Descendentes: Primeiro os mais próximos.
São convocados, na ausência dos ascendentes, os filhos, netos e etc... 
Se o idoso pleitear alimentos, ele pode escolher qual filho, podendo ser de caráter solidário e não subsidiário. (Daniel falou em sala, mas não achei na doutrina nada que explicasse a colocação)
3. Colaterais: Até segundo grau (irmãos)
OBS em aula: O não pagamento das últimas três prestações alimentares gera a possibilidade de cobrança pelo rito de prisão. Todavia, se vences quatro meses, por exemplo, aquele primeiro que venceu não pode mais ser cobrado por esse rito, por ausência de urgência. O prazo que pode o devedor de alimentos ficar preso é de 1 a 3 meses.
CAPÍTULO III
Do Regime de Comunhão Parcial
Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes.
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:
I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;
II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares;
III - as obrigações anteriores ao casamento;
IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal;
V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;
VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;
VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.
Art. 1.660. Entram na comunhão:
I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges;
II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior;
III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges;
IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;
V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão.
Art. 1.661. São incomunicáveis os bens cuja aquisição tiver por título uma causa anterior ao casamento.
Art. 1.662. No regime da comunhão parcial, presumem-se adquiridos na constância do casamento os bens móveis, quando não se provar que o foram em data anterior.
Art. 1.663. A administração do patrimônio comum compete a qualquer dos cônjuges.
§ 1º As dívidas contraídas no exercício da administração obrigamos bens comuns e particulares do cônjuge que os administra, e os do outro na razão do proveito que houver auferido.
§ 2º A anuência de ambos os cônjuges é necessária para os atos, a título gratuito, que impliquem cessão do uso ou gozo dos bens comuns.
§ 3º Em caso de malversação dos bens, o juiz poderá atribuir a administração a apenas um dos cônjuges.
Art. 1.664. Os bens da comunhão respondem pelas obrigações contraídas pelo marido ou pela mulher para atender aos encargos da família, às despesas de administração e às decorrentes de imposição legal.
Art. 1.665. A administração e a disposição dos bens constitutivos do patrimônio particular competem ao cônjuge proprietário, salvo convenção diversa em pacto antenupcial.
Art. 1.666. As dívidas, contraídas por qualquer dos cônjuges na administração de seus bens particulares e em benefício destes, não obrigam os bens comuns.
CAPÍTULO IV
Do Regime de Comunhão Universal
Art. 1.667. O regime de comunhão universal importa a comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com as exceções do artigo seguinte.
Art. 1.668. São excluídos da comunhão:
I - os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar;
II - os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva;
III - as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum;
IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade;
V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659 .
Art. 1.669. A incomunicabilidade dos bens enumerados no artigo antecedente não se estende aos frutos, quando se percebam ou vençam durante o casamento.
Art. 1.670. Aplica-se ao regime da comunhão universal o disposto no Capítulo antecedente, quanto à administração dos bens.
Art. 1.671. Extinta a comunhão, e efetuada a divisão do ativo e do passivo, cessará a responsabilidade de cada um dos cônjuges para com os credores do outro.
CAPÍTULO V - 
Do Regime de Participação Final nos Aquestos
Art. 1.672. No regime de participação final nos aquestos, cada cônjuge possui patrimônio próprio, consoante disposto no artigo seguinte, e lhe cabe, à época da dissolução da sociedade conjugal, direito à metade dos bens adquiridos pelo casal, a título oneroso, na constância do casamento.
Art. 1.673. Integram o patrimônio próprio os bens que cada cônjuge possuía ao casar e os por ele adquiridos, a qualquer título, na constância do casamento.
Parágrafo único. A administração desses bens é exclusiva de cada cônjuge, que os poderá livremente alienar, se forem móveis.
Art. 1.674. Sobrevindo a dissolução da sociedade conjugal, apurar-se-á o montante dos aquestos, excluindo-se da soma dos patrimônios próprios:
I - os bens anteriores ao casamento e os que em seu lugar se sub-rogaram;
II - os que sobrevieram a cada cônjuge por sucessão ou liberalidade;
III - as dívidas relativas a esses bens.
Parágrafo único. Salvo prova em contrário, presumem-se adquiridos durante o casamento os bens móveis.
Art. 1.675. Ao determinar-se o montante dos aquestos, computar-se-á o valor das doações feitas por um dos cônjuges, sem a necessária autorização do outro; nesse caso, o bem poderá ser reivindicado pelo cônjuge prejudicado ou por seus herdeiros, ou declarado no monte partilhável, por valor equivalente ao da época da dissolução.
Art. 1.676. Incorpora-se ao monte o valor dos bens alienados em detrimento da meação, se não houver preferência do cônjuge lesado, ou de seus herdeiros, de os reivindicar.
Art. 1.677. Pelas dívidas posteriores ao casamento, contraídas por um dos cônjuges, somente este responderá, salvo prova de terem revertido, parcial ou totalmente, em benefício do outro.
Art. 1.678. Se um dos cônjuges solveu uma dívida do outro com bens do seu patrimônio, o valor do pagamento deve ser atualizado e imputado, na data da dissolução, à meação do outro cônjuge.
Art. 1.679. No caso de bens adquiridos pelo trabalho conjunto, terá cada um dos cônjuges uma quota igual no condomínio ou no crédito por aquele modo estabelecido.
Art. 1.680. As coisas móveis, em face de terceiros, presumem-se do domínio do cônjuge devedor, salvo se o bem for de uso pessoal do outro.
Art. 1.681. Os bens imóveis são de propriedade do cônjuge cujo nome constar no registro.
Parágrafo único. Impugnada a titularidade, caberá ao cônjuge proprietário provar a aquisição regular dos bens.
Art. 1.682. O direito à meação não é renunciável, cessível ou penhorável na vigência do regime matrimonial.
Art. 1.683. Na dissolução do regime de bens por separação judicial ou por divórcio, verificar-se-á o montante dos aquestos à data em que cessou a convivência.
Art. 1.684. Se não for possível nem conveniente a divisão de todos os bens em natureza, calcular-se-á o valor de alguns ou de todos para reposição em dinheiro ao cônjuge não-proprietário.
Parágrafo único. Não se podendo realizar a reposição em dinheiro, serão avaliados e, mediante autorização judicial, alienados tantos bens quantos bastarem.
Art. 1.685. Na dissolução da sociedade conjugal por morte, verificar-se-á a meação do cônjuge sobrevivente de conformidade com os artigos antecedentes, deferindo-se a herança aos herdeiros na forma estabelecida neste Código.
Art. 1.686. As dívidas de um dos cônjuges, quando superiores à sua meação, não obrigam ao outro, ou a seus herdeiros.
CAPÍTULO VI - Do Regime de Separação de Bens
Art. 1.687. Estipulada a separação de bens, estes permanecerão sob a administração exclusiva de cada um dos cônjuges, que os poderá livremente alienar ou gravar de ônus real.
Art. 1.688. Ambos os cônjuges são obrigados a contribuir para as despesas do casal na proporção dos rendimentos de seu trabalho e de seus bens, salvo estipulação em contrário no pacto antenupcial.

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