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Índice
Apresentação ​5
Ementas ​6
Aula 1 – Custos para formação de preços ​8
Introdução ​8
Custos para formação de preços ​8
Características da Contabilidade de Custos ​9
Inventariar e ativar os produtos fabricados e vendidos ​9
Planejar e controlar as atividades ​9
Conceito e tratamento dos custos ​10
Custos Fixos ​10
Despesas Fixas ​11
Gastos semifixos e semivariáveis ​12
Custos variáveis ​12
Despesas variáveis ​13
Custos diretos ​13
Custos indiretos ​13
Abordagens para formação do preço de venda ​14
Mercado ​15
Aprenda Mais ​16
Exercícios de Fixação ​16
Referências ​17
Aula 2 – Métodos de custeamento ​20
Introdução ​20
Custeio por absorção ​20
A demonstração de resultado ​24
Custeio variável ​24
Conceito e tratamento dos custos ​26
A demonstração de resultado ​27
Conciliação dos resultados apurados pelo custeio por absorção e pelo custeio
variável ​28
Aprenda Mais ​31
Exercícios de Fixação ​31
Referências ​33
Aula 3 – Métodos de formação de preços ​35
Introdução ​35
Custo mais margem ​35
Custo-meta ​36
Mark-up multiplicador e divisor ​36
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Aprenda Mais ​39
Exercícios de Fixação ​39
Referências ​41
Aula 4 – Métodos de formação de preços ​42
Introdução ​42
Preço de venda à vista e a prazo ​42
Preço de venda a prazo com custo financeiro “por fora” ​43
Preço de venda a prazo com o custo financeiro “por dentro” (mantendo-se o
valor do lucro do peço de venda à vista) ​44
Aprenda Mais ​46
Exercícios de Fixação ​46
Referências ​48
Aula 5. Tributos diretos e indiretos ​49
Introdução ​49
Impostos cumulativos e não cumulativos; ​49
Créditos e débitos fiscais ​50
Cálculo dos impostos por dentro e por fora ​51
Compreender o processo de composição de notas fiscais com
impostos. ​53
ICMS ​53
IPI sobre compras e vendas ​56
PIS e COFINS regime cumulativo e não-cumulativo ​57
Apuração e contabilização do PIS e COFINS – Modalidade cumulativa ​58
Modalidade não-cumulativa ​60
Apuração da receita líquida de vendas ​61
Tributos indiretos ​62
Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transportes interestadual e intermunicipal e de
comunicação (ICMS) ​62
Fato gerador ​63
Contribuintes ​63
Substituto tributário ​63
Crédito – regra geral ​64
Base de cálculo ​65
Alíquotas ​65
As alíquotas mais utilizadas no Estado de São Paulo ​65
Cálculo para vendas a não contribuinte, ou para contribuintes com utilização do
produto para consumo próprio ou para o Ativo Imobilizado – Incidência de
ICMS sobre o valor do IPI ​67
Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI ​67
Base legal para a incidência do IPI ​68
Fato gerador ​68
Contribuintes ​68
Industrialização – Como a lei determina ​69
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Período de apuração do IPI ​69
Cálculos ​70
Alíquotas do IPI ​70
Crédito – regra geral ​70
Crédito referente a insumos adquiridos de comerciantes atacadistas não
contribuintes ​71
Tratamento fiscal e contábil do ICMS e IPI nas empresas industriais ​71
Contabilização ​71
ISS ​72
Incidência ​72
Não-incidência ​73
Fato gerador ​73
Base de cálculo ​73
Local de prestação do serviço e do município com direito a
arrecadação ​73
Trabalho Pessoal ​74
Contabilização ​74
PIS e COFINS ​75
Contribuintes ​76
Isenções ​76
Responsáveis ​76
COFINS – Cumulativa ​77
Alíquota ​78
Cálculo demonstrativo ​78
Contabilização ​79
COFINS – Não Cumulativa ​79
Geram créditos ​81
Aproveitamento do crédito ​82
Alíquota ​82
Aprenda Mais ​82
Exercícios de Fixação ​83
Referências ​86
Aula 6: Impacto na formação do preço e custo ​87
Introdução ​87
Obrigações acessórias – Dacon ​87
Contribuição para o PIS/PASEP ​87
Contribuições e alíquotas ​88
Contribuintes ​88
Base de cálculo, exclusões e deduções ​88
Contribuições do PIS/Pasep com base na Folha de Pagamento ​89
Alíquota e base de cálculo ​89
PIS E COFINS na importação ​90
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Fato gerador ​90
Base de cálculo ​91
Cálculo do valor aduaneiro ​91
Contribuintes ​92
Importação de bens – Formação de custos ​92
Prazo de pagamento ​95
Do crédito ​96
Aprenda Mais ​96
Exercício de Fixação ​97
Referências ​98
Aula 7 – Tributos previdenciários e trabalhistas: impacto na formação do
preço e custo. ​99
Introdução ​99
Tributos sobre a Folha de Pagamento ​99
Disposições Gerais ​102
Contribuições ao INSS ​104
Desoneração da Folha de Pagamento ​106
Seguro de Acidente de Trabalho ​108
Salário-família ​109
Contribuições ao FGTS ​110
IRRF sobre Rendimentos do Trabalho ​112
Contabilização ​116
Tributos sobre o Faturamento / Receita ​120
Contribuições Cumulativas ​121
Contribuições Não-Cumulativas ​124
PIS/PASEP sobre a Folha de Pagamentos ​128
PIS/PASEP na Importação ​129
Contabilização ​132
Sistema Cumulativo ​133
Sistema Não-Cumulativo ​134
Impacto dos Tributos na Formação do Preço de Venda ​140
Empresa Lucro Presumido – Sistema Cumulativo ​140
Empresa Lucro Real – Sistema Não-Cumulativo ​141
Aprenda Mais ​142
Exercício de Fixação ​143
Referências ​144
Aula 8 – Tributos internacionais: impacto na formação do preço e
custo ​146
Introdução ​146
Imposto de Importação (II) ​147
Fato gerador ​147
Alíquotas ​149
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Base de Cálculo ​150
Contribuinte ​151
Lançamento ​152
Imposto sobre Exportação (IE) ​153
Fato gerador ​154
Alíquotas ​154
Base de cálculo ​155
Contribuinte ​155
Lançamento ​155
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) ​156
Alíquotas ​157
Base de cálculo ​158
Contribuinte ​158
Lançamento ​158
DRAWBACK ​159
Aprenda Mais ​160
Exercício de Fixação ​161
Referências ​162
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
​Apresentação
 
 
Empresas, com fim lucrativo ou não, enfrentam dificuldades para determinar o
preço de seus produtos ou serviços, visto que o preço sofre grande influência
do mercado, levando em conta o poder aquisitivo da população, qualidade,
oferta e alternativas de escolha em função de suas preferências. O mercado
requer que empresas ofereçam produtos e serviços de qualidade com preços
que o consumidor esteja disposto a pagar. Os preços devem ser suficientes
para cobrir todos os custos e despesas, além de conter margem suficiente para
retorno sobre o capital aplicado. O entendimento da política e formação de
preços é fundamental para que as organizações conheçam seus limites
financeiros.
Dessa forma pretende-se discutir o processo de registro e gestão de custos e
preços, enfatizando os aspectos relativos ao registro contábil e ao suporte da
decisão empresarial.
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Além de conhecer o procedimento de formação de preços, compreender
métodos de custeamento, desenvolver conhecimentos acerca do impacto dos
tributos previdenciários, trabalhistas e internacionais na formação do preço e
custo.
 
Bons estudos!
 
Profa. Me. Andréia M. Maciel de Carvalho
 
 
 
 
 
 
 
 
​Ementas
 
 
Aula 1: Custos para formação de preços
Apresentar os elementos que compõem o preço e a venda; Diferenciação de
custos e despesas fixas de custos e despesas variáveis; Avaliação de mercado
para determinar preços competitivos; Fixação de preço de produtos e serviços.
 
 
Aula 2: Métodos de custeamento
Apresentar os principais Sistemas de custeio: método do custeio por absorção,
método do custeio direto, método do custeio por atividades.
 
 
Aula 3: Métodos de formação de preços
Entender o processo associado a formação dos preços; Compreender a
importância da análise da rentabilidade, margem e giro; Discutir os aspectos
relativos à formação de mark-ups.
 
 
Aula 4: Métodos de formaçãode preços
Entender o processo associado a formação dos preços; Compreender a
importância da análise da rentabilidade, margem e giro; Discutir os aspectos
relativos à formação de mark-ups.
 
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Aula 5: Tributos diretos e indiretos:
Distinguir impostos cumulativos e não cumulativos; Aprender a considerar
créditos e débitos fiscais; Saber calcular impostos por dentro e por fora;
Compreender o processo de composição de notas fiscais com impostos.
 
Aula 6: Impacto na formação do preço e custo
 
Proporcionar aos participantes conhecimentos relacionados aos tributos
indiretos no que diz respeito ao impacto do ICMS, IPI, PIS, Cofins e ISS na
formação do preço de venda.
 
 
Aula 7: Tributos previdenciários e trabalhistas: impacto na formação do
preço e custo
Capacitar o participante a compreender o funcionamento operacional e a
gerenciar a maioria dos tributos previdenciários e trabalhistas que incidem
sobre as empresas em nosso país.
Sendo assim, esta aula tem como objetivos:
• Apresentar a Formação do vínculo empregatício a Remuneração, a Rescisão
do contrato de trabalho e Desoneração da folha de pagamento;
• Compreender a atuação do INSS (empresas, empregados, autônomos e
empresários): legislação, apuração e cálculo,
• Compreender as normas FGTS: legislação, apuração e cálculo.
 
 
Aula 8: Tributos internacionais: impacto na formação do preço e custo
Fundamentos da importação (tributos incidentes) e da exportação (imunidades
e isenções): custo da importação e da exportação; Operações Back to Back e
Drawback; Exportação direta e indireta; Tratados, acordos e convenções
internacionais; Remessas para o exterior: aspectos fiscais e contábeis.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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​Aula 1 – Custos para formação de preços
 
 
Introdução
Vamos apresentar nessa aula os elementos que compõem o preço e a venda
e, também, compreender a diferenciação de custos e despesas sob o ponto de
vista da terminologia contábil aplicada a custos. Tem-se, ainda, a apresentação
de como se deve avaliar o mercado para determinar preços competitivos e,
compreender a fixação de preço de produtos e serviços.
 
Desta forma, os objetivos propostos são:
• Apresentar os elementos que compõem o preço e a venda;
• Compreender a diferenciação de custos e despesas fixas de custos e
despesas variáveis;
• Avaliar o mercado para determinar preços competitivos;
• Compreender a fixação de preço de produtos e serviços.
 
 
Custos para formação de preços
Pode-se dizer que a Contabilidade de Custos tem duas funções relevantes: o
auxílio ao Controle – fornecendo dados para o estabelecimento de padrões,
orçamentos e demais previsões e acompanhamento efetivo para
comparabilidade – e a ajuda às tomadas de decisões sobre medidas de
introdução ou corte de produtos, administração de preços de venda, opção de
compra ou produção etc.
O sistema de informações gerenciais, aquele que contém as informações
necessárias para que o gestor ou o administrador da empresa possa tomar
decisão, é formado por informações provenientes da Contabilidade Financeira,
da Contabilidade de Custos, pela Contabilidade Gerencial e pelo controle
orçamentário. Esses quatro tipos de fonte de informação interagem entre si, um
fornece informações ou bases para o outro, eles se complementam.
Assim, conclui-se que administrar custos constitui parte das estratégias de
administração e sua implementação colocada em ação.
As instituições vivem atualmente uma fase em que a concorrência é cada vez
mais acirrada. Existem demasiadas pressões quanto a res​ponsabilidades
sociais, uma necessidade contínua de aperfeiçoamento tecnológico e de
processos, um número cada vez maior de consumidores exigindo produtos de
alta qualidade, funcionais e de baixo custo e uma pressão oriunda dos efeitos
da globalização a partir da possi ​bilidade de novos entrantes no mercado.
Embasada neste contexto, qualquer em​presa passa a ter uma principal
preocupação: sobreviver na nova conjuntura socioeconômica mundial.
 
 
Características da Contabilidade de Custos
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A Contabilidade de Custos pode ser definida como o segmento ou área da
Contabilidade que trata especificamente de elaborar técnicas, métodos,
procedimentos e fundamentos teóricos visando à mensuração, à classificação
e à avaliação das mutações patrimoniais relacionadas às operações internas
da empresa, objetivando a obtenção do custo de determinados bens ou
serviços (IUDÍCIBUS, 2000). Tais custos irão compor o valor do estoque e o
custo do produto ou serviço vendido.
Inicialmente, a Contabilidade de Custos tinha o objetivo principal de avaliar os
estoques e os custos para demonstração de resultado em nível de divulgação
das demonstrações contábeis aos usuários externos. Contudo, atualmente, a
Contabilidade de Custos tornou-se um importante instrumento gerador de
informações para planejamento, controle e tomada de decisões internas à
empresa.
Martins (2010) lista grupos dentro dos quais a Contabilidade de Custos pode
cumprir seu papel. São eles:
 
 
Inventariar e ativar os produtos fabricados e vendidos
Conhecer o valor final dos produtos acabados e em processamento;
confeccionar demonstrativos do custo de produção de cada produto fabricado;
elaborar demonstrativos do CPV (Custo dos Produtos Vendidos), CMV (Custo
da Mercadoria Vendida) e ainda o custo dos Serviços Prestados; elaborar
demonstrativos de resultados.
 
 
Planejar e controlar as atividades
1. Analisar o comportamento dos custos, tanto por meio de análise vertical
quanto de análise horizontal; promover orçamentos empresariais com base
no custo de fabricação; estabelecer o custo-padrão de fabricação; definir as
responsabilidades no processo de produção; decidir sobre o preço de venda
de cada item de produção; determinar o volume da produção (além do
ponto de equilíbrio, porém dentro da capacidade física da empresa).
2. Eliminar, criar, aumentar ou diminuir a linha de produção de certos produtos;
produzir ou adquirir já pronto no mercado; formar preço de venda ou
princing; aceitar ou não encomendas; alugar ou comprar, terceirizar ou
produzir.
O objetivo de mensurar estoques e resultado da empresa não deixou de ser um
dos focos da Contabilidade de Custos. Porém, a função de controle e auxílio à
tomada de decisão passou a ser determinante para a eficácia de um sistema
de custos no que tange à satisfação das necessidades dos usuários da
Contabilidade
Com relação ao processo de contabilidade de custos, apesar de todo o avanço
encontrado na Contabilidade de Custos, pode ser observado que o processo
básico para chegar aos objetivos almejados por esta contabilidade não foi
modificado, mas sim otimizado.
 
 
Conceito e tratamento dos custos
Com base na correta conceituação e segregação dos gastos entre
investimentos, custos, despesas, perdas etc., torna-se imprescindível, em
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seguida, a perfeita identificação desses gastos em relação a dos principais
fatores:
 
a) Quanto às variações no volume de produção e de vendas;
 
 
Custos Fixos
Segundo Cardoso, Mario e Aquino (2007) os custos fixos são: aquele que não
varia em função de alterações do nível de produção, dentro do intervalo
relevante de capacidade instalada.
De acordo com Alves (2013) os custos fixos são classificados
independentemente do volume produzido ou vendido, há certos gastos dentro
do setor produtivo que se mantêm constantes, obedecendo à determinada
capacidade instalada.
Dessa forma, esses são custos necessários ao desenvolvimentodo produto
industrial em geral, motivo pelo qual se repetem todos os meses do ano.
Denominam-se custos fixos e podemos citar como exemplo mais comum o
aluguel do prédio, máquinas produtivas e a depreciação dos itens do setor
produtivo.
 
Os custos fixos têm as seguintes características:
1º o valor total permanece constante dentro de determinado intervalo de
volume de produção.
2º o valor por unidade produzida varia à medida que ocorre variação no volume
de produção.
3º sua alocação aos produtos, aos departamentos ou centros de custos
necessita da adoção de critérios de rateio.
Segundo Bornia (2009) os custos fixos são aqueles que independentemente do
nível de produção, como salário do gerente, por exemplo.
Figura 1 – Comportamentos dos Custos Fixos.
 
 
Despesas Fixas
Para Alves (2013) as despesas fixas possuem características semelhantes aos
custos fixos, as despesas fixas são aquelas que permanecem iguais,
independentemente do volume de vendas ou prestação de serviços.
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Segundo Bruni e Famá (2009) as despesas fixas não variam em função do
volume de vendas. Exemplo: aluguel e seguro das lojas.
O aluguel dos escritórios administrativos e das lojas de vendas são bons
exemplos de despesas fixas dentro de uma empresa que tem bem definidos
seus setores.
Gastos semifixos e semivariáveis
Para Bruni e Famá (2009) semifixos correspondem a custos que são fixos em
determinado patamar, passando a ser variáveis quando esse patamar for
excedido.
Já os semivariáveis correspondem a custos variáveis que não acompanham
linearmente a variação da produção, mas aos saltos, mantendo-se fixos dentro
de certos limites.
Figura 2 - Comportamento dos Custos Fixos no Médio e ou no Longo Prazo
 
 
Custos variáveis
Para Bornia (2009) os custos variáveis, estão intimamente relacionados com a
produção, isso é, crescem com o aumento do nível de atividade da empresa,
tais como os custos de matéria-prima.
Bruni e Famá (2009) definem os custos variáveis como valores que se alteram
diretamente em função das atividades da empresa. Quanto maior a produção,
maiores serão os custos variáveis.
Exemplos podem ser expressos por meio dos gastos com matéria-prima e
embalagens.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3 – Comportamento dos Custos Variáveis
Despesas variáveis
De acordo com Bruni e Famá (2009) as despesas variáveis variam de acordo
com as vendas. Exemplo: comissões dos vendedores e gastos com fretes.
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b) Quanto à forma e critério de identificação e apropriação aos diversos
produtos e serviços produzidos.
 
 
Custos diretos
Segundo Bornia (2009) os custos diretos são aqueles facilmente relacionados
com as unidades de alocação de custos (produtos, processos, setores, clientes
etc.). São exemplos: matéria-prima e mão-de-obra direta.
Bruni e Famá (2009) definem os custos diretos como aqueles diretamente
incluídos no cálculo dos produtos. Consistem nos materiais diretos usados na
fabricação do produto e mão-de-obra direta.
Vale ressaltar que apresentam a propriedade de serem mensuráveis de
maneira objetiva. Exemplo: aço para fabricar chapas e salários dos operários
da fábrica.
 
 
Custos indiretos
De acordo com Bornia (2009) os custos indiretos não podem ser facilmente
atribuídos às unidades, necessitando de alocações para isso. São exemplos:
aluguel e mão-de-obra indireta. As alocações causam a maior parte das
dificuldades e deficiências dos sistemas de custos, pois, não são simples e
podem ser feitos por vários critérios.
O autor ainda coloca que essa problemática da alocação dos custos indiretos
aos produtos e análise dos mesmos dá origem aos métodos de custeio.
Para Bruni e Famá (2009) os custos indiretos necessitam de aproximações,
isto é, alguns critérios de rateio, para serem atribuídos aos produtos. Exemplos:
seguros e alugueis da fábrica, supervisão de diversas linhas de produção.
 
 
Abordagens para formação do preço de venda
Segundo Crepaldi (2014) a formação do preço de venda de produtos é um
trabalho técnico e também um fator determinante de sobrevivência da
exploração da atividade. Alguns especialistas afirmam que ter os preços
definidos exclusivamente pelo mercado é um risco.
Ou seja, o mercado não é nem deve ser o único caminho para a definição de
preços, mas é importante ter os preços compatíveis com o mercado.
Para Bruni e Famá (2009) um dos mais importantes aspectos financeiros de
qualquer entidade consiste na fixação dos preços dos produtos e serviços
comercializados.
De acordo com os autores em relação ao processo de formação de preço,
alguns dos principais objetivos podem ser apresentados, como:
− proporcionar, a longo prazo, o maior lucro possível: a empresa consiste
em uma entidade que deve buscar sua perpetuidade. Políticas de preços de
curto prazo, voltadas para a maximização dos lucros, devem ser utilizadas
somente em condições especiais;
− permitir a maximização lucrativa da participação de mercado: não
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apenas o faturamento deveria ser aumentado, mas também os lucros das
vendas. Algumas razões contribuem com efeitos negativos sobre os lucros:
excesso de estoques, fluxo de caixa negativo, concorrência agressiva,
sazonalidade etc.
− maximizar a capacidade produtiva, evitando ociosidade e desperdícios
operacionais: os preços devem considerar a capacidade de atendimento
aos clientes – preços baixos podem ocasionar elevação das vendas e a
não-capacidade da manutenção de qualidade do atendimento ou dos
prazos de entrega. Por outro lado, preços elevados reduzem vendas,
podendo ocasionar ociosidade da estrutura de produção e de pessoal;
− maximizar o capital empregado para perpetuar os negócios de modo
autossustentado: o retorno do capital dá-se por meio de lucros auferidos
ao longo do tempo. Assim, somente por meio da correta fixação e
mensuração dos preços de venda é possível assegurar o correto retorno do
investimento efetuado.
Segundo Megliorini (2012) muitos empreendedores ainda buscam atribuir o
preço de venda de um produto ou serviço tendo seu custo como base, e nesse
ponto que começam a surgir os problemas. Um dos problemas se refere à
determinação do custo.
De acordo com Ching (2006) o preço é algo que o cliente paga pelo produto ou
serviço.
O autor coloca que o significado do preço aos clientes traduz-se em diversos
benefícios:
− Benefício funcional: ajuda a resolver os problemas do pessoal técnico da
empresa. No caso de uma máquina produtiva, seus benefícios vão de
encontro dos interesses dos engenheiros da fábrica.
− Benefício Operacional: relativo às necessidades do pessoal da produção.
− Benefício Financeiro: atende às necessidades do pessoal de compras e
finanças. Assim, o preço a ser pago por um produto é muito menor que o
benefício percebido que produz, o que resulta num valor econômico para
esse pessoal.
− Benefício intrínseco: relativo ao status do produto, segurança e imagem da
empresa e satisfação pessoal. Comprar um objeto caro e a que poucos têm
acesso, comprar de uma empresa que tem reputação no mercado, tudo isso
deve ser apresentado como benefício na venda.
Corroborando com autor embora o preço possa trazer os vários benefícios
citados a decisão sobre qual será o preço de um produto deve levar em conta
também os demais componentes mercadológicos – produto, promoção e
distribuição, conforme veremos no item seguinte.
 
 
Mercado
De acordo com Ching (2006) o preço é um item muito importante para atingir o
mercado-alvo, porém ele só não basta. Precisa vir acompanhado dos demais
componentes do composto.
 
Produto, promoção e
distribuição
→ Criam valor e são as origens dos
custos.
Preço → Captura o valor criadopor esses
componentes e gera receita
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Segundo Megliorini (2012, p. 232):
No paradigma atual, o mercado é o grande sinalizador de
preços. Os consumidores passaram a ter mais força para
influenciar o preço das mercadorias ofertadas. Nesse novo
ambiente, a empresa deixa de ter o poder de impor os preços
de seus produtos. É o mercado, portanto, que acaba ditando o
preço que está disposto a pagar. Às empresas cabe verificar se
é viável ofertar determinado produto por um preço tal que
permita que o lucro gerado remunere adequadamente os
investimentos realizados nas empresas por seus proprietários.
O autor coloca que nesse mecanismo, o custo deixa de ser a base para a
formação do preço, passando a representar o valor que a empresa pode
despender para fabricar o produto.
Dessa forma, para chegar a esse custo, a empresa atende a dois interessados:
1. Os clientes consumidores – que determinam o preço que estão dispostos a
pagar;
2. Os proprietários – em que o lucro gerado pelos produtos compõe a
remuneração do capital por eles investido na empresa.
 
 
Aprenda Mais
Leia o artigo “Formação do preço de venda em uma confecção de moda
íntima”. Disponível em:
http://incubadora.periodicos.ufsc.br/index.php/IJIE/article/view/1541/pdf
 
 
Exercícios de Fixação
 
Questão 1
Assinale a classificação mais adequada (custos):
Custos incorridos Fix
o
Variável
Desgaste dos pneus dos ônibus de uma empresa de
turismo.
 
Salários e encargos sociais do pessoal da segurança de
uma indústria petroquímica.
 
Asfalto consumido em uma pavimentadora de vias
públicas.
 
Depreciação do prédio de uma fábrica de armas. 
Pólvora utilizada em uma fábrica de fogos de artifícios. 
 
 
 
 
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Resposta:
Custos incorridos Fix
o
Variável
Desgaste dos pneus dos ônibus de uma empresa de
turismo.
 X
Salários e encargos sociais do pessoal da segurança de
uma indústria petroquímica.
X 
Asfalto consumido em uma pavimentadora de vias
públicas.
 X
Depreciação do prédio de uma fábrica de armas. X 
Pólvora utilizada em uma fábrica de fogos de artifícios. X
 
 
Questão 2
“É aquele que não varia em função de alterações do nível de produção, dentro
do intervalo relevante de capacidade instalada”. Essa frase refere-se sobre:
a) Custos fixos
b) Custos diretos
c) Custos variáveis
d) Custos indiretos
e) Custos semivariáveis
 
Resposta:
Alternativa a
Segundo Cardoso, Mario e Aquino (2007) os custos fixos são: aquele que não
varia em função de alterações do nível de produção, dentro do intervalo
relevante de capacidade instalada.
 
 
Referências
Administrar preço. Disponível em:< Fonte: https://www.google.com.br/search?
q=pre%C3%A7o&biw=1366&bih=606&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ah
UKEwieg7zah93LAhXIlZAKHWErCXcQ_AUICCgD&dpr=1#imgrc=Z5tdpnn6jlb
MkM%3A>. Acesso: 12 fev. de 2016.
 
ALVES, R. V. Contabilidade Gerencial, São Paulo: Atlas, 2013.
 
BORNIA, A. C. Analise Gerencial de Custos – Aplicação em Empresas
Modernas. 2. Edição. São Paulo: Atlas, 2009.
 
BRUNI, Adriano Leal e Rubens Fama. Gestão de Custos e Formação do
Preço de Venda. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
 
http://aulapos.estacio.br/sgcnet/RecebeQueryString.aspx?Tip…da%20custos_2207.doc&TipoRelatorio=D&FormatoRelatorio=P 02/01/2019 11J30
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BRUNI, Adriano Leal e Rubens Fama. Gestão de Custos e Formação do
Preço de Venda. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
 
CARDOSO, R. L., et al. Contabilidade Gerencial: Mensuração,
Monitoramento e Incentivos. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
 
CHING, H. Y. Contabilidade Gerencial – Novas práticas contábeis para a
gestão de negócios. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
 
Composto Mercadológico. Dspon´vel em: < Fonter:
http://4.bp.blogspot.com/_Zzu1Mpm50kQ/S9YR4jjNGNI/AAAAAAAAAKA/vvIu5
x3m3rM/s1600/os-4-ps-do-mkt.jpg>. Acesso: 10 mar. 2016.
 
CREPALDI; S. A. Contabilidade Gerencial: teoria e prática. 7. ed. São Paulo:
Atlas, 2014.
 
CREPALDI; S. A. Contabilidade Gerencial: teoria e prática. 7. ed. São Paulo:
Atlas, 2014.
Custo-meta. Disponível em: < Fonte: https://www.google.com.br/search?
q=custo+meta&biw=1366&bih=606&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved
=0ahUKEwj98q-
plN3LAhWHjpAKHRsfAX0Q_AUIBigB#imgdii=lxukwwh56wvRqM%3A%3Blxuk
wwh56wvRqM%3A%3BqP9FRu2OpHilTM%3A&imgrc=lxukwwh56wvRqM%3A
>. Acesso: 10 mar. 2016.
 
Demonstrações Contábeis. Disponível em:< https://encrypted-
tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQYHsPHATPNQbBrK1KuvF59-
Z_e5V0jK-W7V0P-jCkBE1gPDyK0lA>. Acesso: 11 mar. 2016.
 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 10ª Edição. São Paulo: Atlas,
2010.
 
MEGLIORINI, Evandir. Custos: Análise e gestão. 3 ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2012.
 
MEGLIORINI, Evandir. Custos: Análise e gestão. 3 ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2012.
 
NEVES, Silvério das. VICECONTI, Paulo Eduardo. Contabilidade de custos:
um enfoque direto e objetivo. 10.ª ed. rev. e ampl., São Paulo: Saraiva, 2010.
 
RIBEIRO, O. M. Contabilidade de Custos. São Paulo: Saraiva, 2009.
 
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​Aula 2 – Métodos de custeamento
 
 
Introdução
A presente aula aborda a apuração dos custos dos produtos empregando o
método do custeio por absorção, por meio do qual os produtos absorvem os
custos totais de um período de maneira direta ou indireta, e também os
conceitos e tratamentos dos custos e a demonstração do resultado.
Outro item relevante é o método de custeio variável que é utilizado para fins
gerenciais e eficientes para a tomada de decisão e, por fim uma abordagem
sobre a conciliação dos resultados apurados pelo custeio por absorção e pelo
custeio variável
 
Essa aula tem como objetivo:
• Apresentar o Método de apuração de resultado pelo Custeio por absorção;
• Compreender os conceitos e tratamentos dos custos;
• Elaborar a demonstração de resultado;
• Apresentar o Método de apuração de resultado pelo Custeio variável;
• Avaliar a conciliação dos resultados apurados pelo custeio por absorção e
pelo custeio variável
 
 
Custeio por absorção
De acordo com Alves (2013) o custeio por absorção é baseado no método
alemão de custos denominado RKW, foi difundido no Brasil por grandes
empresas alemãs aqui instaladas como a Wolkswagem, Mercedes Benz,
Mannesmamm e outras.
Ainda, de acordo, com o autor no Custeio por Absorção, todos os custos de
produção são alocados aos bens ou serviços produzidos, o que compreende
todos os custos, independentemente de serem fixos ou variáveis, diretos ou
indiretos.
O custeio por absorção, segundo Martins, (2010, p. 41-42), “consiste na
apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de
produção; todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos
para todos os produtos feitos”. Portanto, esses custos fixos podem ser
estocados ou transferidos para custo de produto vendido.
A principal característica deste método é a distinção que se faz entre custos e
despesas. A separação é importante porque as despesas são atribuídas
diretamente contra o resultado do período, enquanto somente os custos são
apropriados como gastos de produções.
O método de Custeio por Absorção é o mais tradicional método de custo
existente. No Brasil, o método tem sido aceito pela legislação comercial e pela
legislação fiscal, inclusive para a apresentação das demonstrações contábeis e
para efeito do imposto de renda.
De acordo com Bornia (2009) no custeio por absorção a totalidade dos custos
(fixos e variáveis) é distribuída aos produtos. Esse sistema relaciona-se
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Página 17 de 131principalmente com a avaliação de estoques, ou seja, com o uso da
contabilidade de custos como apêndice da contabilidade financeira, a qual se
presta para gerar informações para usuários externos à empresa.
 
Segue exemplo de Bornia (2009):
A empresa EX, em um determinado mês produziu 80.000 unidades. Os custos
totais do período atingiram R$ 1.400.000,00. Qual o custo do produto de
acordo com o custeio por absorção?
Resposta: O custo unitário seria R$ 17,50 (1.400.000/80.000).
 
Para Viceconti e Neves (2012) o custeio por absorção consiste na apropriação
de todos os custos (sejam eles fixos ou variáveis) à produção do período. Os
gastos não fabris são (despesas) são excluídos.
Vale ressaltar, que a distinção principal no custeio por absorção é entre custos
e despesas. A separação é importante porque as despesas são contabilizadas
imediatamente contra o resultado do período.
 
Exemplo:
Suponhamos que uma empresa que tenha fabricado 1.000 unidades de um
determinado produto incorrendo em custos de R$ 9.000,00 e despesas
operacionais de R$ 3.000,00. Foram vendidas 800 unidades a R$ 20,00, num
total de vendas de R$ 16.000,00.
Portanto, o custo unitário será R$ 9.000,00/1.000 = R$ 9,00
 
Segundo Viceconti e Neves (2012) o custeio por absorção é o único aceito pela
Auditoria Externa, porque atende aos princípios contábeis da Realização da
Receita, da Competência e da Confrontação.
De acordo com Crepaldi (2014):
O custeio por absorção consiste na apropriação de todos os
custos (sejam eles fixos ou variáveis) à produção do período.
Os gastos não fabris (despesas) são excluídos. É o método
derivado da aplicação dos princípios fundamentais da
contabilidade e, é no Brasil, adotado pela legislação comercial
e pela legislação fiscal. Não é um princípio contábil em sí, mas
uma metodologia decorrente da aplicação desses princípios.
Dessa forma, o método é válido para a apresentação de
demonstrações financeiras e para o pagamento do Imposto de
Renda.
Os custos vão para o ativo na forma de produtos e só podem ser consideradas
despesas ao ocorrer a venda do produto.
Vale ressaltar, que uma empresa não deve alterar o modo de apropriar os
custos invariavelmente, pois existem diferenças entre eles e, quase sempre,
essas mudanças podem dar uma falsa impressão dos resultados obtidos.
O custeio por absorção se dá em por meio de um esquema básico que consiste
em:
a) Separação entre Custos e Despesas;
b) Apropriação dos custos diretos diretamente aos produtos ou serviços;
c) Rateio dos custos indiretos
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Figura 1 – Custeio por Absorção Empresas de Manufatura
Fonte: Martins (2010, p. 37)
 
Figura 2 – Custeio por Absorção Empresas de Serviços
Fonte: Martins (2010, p. 38)
 
O registro dos encargos financeiros é tratado na Contabilidade como despesa,
e não como custo. Os encargos financeiros não são custos de produção,
mesmo que facilmente identificados com financiamentos para aquisição de
matérias-primas ou outros fatores de produção. Assim, são gastos de falta de
capital próprio, e não gastos de produção (custos).
Segundo Martins (2010) a separação dos custos e despesas é fácil, pois os
gastos relativos ao processo produtivo são custos, e os relativos à
administração, às vendas e aos financiamentos são despesas. Mas, na prática,
surgem problemas pelo fato de não ser possível a separação de forma clara e
objetiva. Assim, será necessário ratear parte do gasto para a despesa e parte
para o custo, rateio esse arbitrário, pela dificuldade prática de uma divisão.
 
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Figura 3 – Custeio por Absorção
Fonte: Adaptado Martins (2010, p. 57)
A demonstração de resultado
Uma forma explícita de comparar as diferenças entre os dois métodos de
custeio é pela aplicação de um exemplo. A Cia. Brasileira apresentou os
seguintes dados contábeis para determinado exercício social:
 
Produção 1.000 unidades acabadas
Custos Fixos R$ 12.000,00
Custos Variáveis R$ 20.000,00
Despesas fixas R$ 6.000,00
Despesas variáveis R$ 4.000,00
 
• Não há estoques iniciais e finais de produtos em elaboração.
• Não há estoques iniciais de produtos acabados.
• Vendas líquidas – 800 unidades a R$ 60,00 cada uma.
A apresentação da demonstração do resultado da empresa seria a seguinte,
adotando-se o método de custeio por absorção:
 
Demonstração do Resultado pelo custeio por Absorção
Vendas liquidas = 48.000,00
(-) CPV 
Custos Fixos 12.000,00 
Custos Variáveis 20.000,00 = 32.000,00
(=) Lucro Bruto 
(-) Despesas 
Despesas Fixas 6.000,00 
Despesas Variáveis 4.000,00 = 10.000,00
(=) Lucro Líquido = 6.000,00
 
 
Custeio variável
Para Alves (2013) no método do Custeio Variável somente os custos variáveis
de produção são apropriados aos produtos fabricados. E, são eles que serão
atribuídos aos produtos e considerados como gastos efetivos contidos na
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produção terminada.
O método do Custeio Variável também é conhecido como Custeio Direto que é
um tipo de custeamento que se fundamenta no pressuposto de que os custos
fixos são considerados como custos do período necessários para manter a
estrutura da empresa, sejam os produtos fabricados ou não. Assim, pelo
método do Custeio Variável, os custos fixos adquirem a mesma classificação
dada às despesas.
Portanto, no Custeio Variável somente os custos variáveis de produção são
alocados aos bens e serviços produzidos.
De acordo com Crepaldi (2014) o custeio variável (também conhecido como
custeio direto) é um tipo de custeamento que consiste em considerar como
custo de produção do período apenas os custos varáveis incorridos. Os custos
fixos, pelo fato de existirem mesmo que não havendo produção, pois estes não
são considerados como custo de produção e sim como despesas, sendo
encerrados diretamente contra o resultado do período.
Vale ressaltar, que no Brasil, o uso do custeio variável se restringe a fins
gerenciais, uma vez que oficialmente, tanto por determinação do Fisco quanto
pela observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade, para
custeamento dos produtos fabricados deve-se adotar o sistema de custeio por
absorção, que contempla como custo de produção tanto os custos diretos
(variáveis) quanto os custos indiretos (fixos).
Segundo Megliorini (2012) pelo método de custeio variável obtém-se a margem
de contribuição de cada produto, linha de produtos, clientes etc., o que
possibilita aos gestores utilizá-la como ferramenta auxiliar no processo
decisório, que inclui ações como:
− Identificar os produtos que mais contribuem para a lucratividade da empresa;
− Determinar os produtos que podem ter suas vendas incentivadas ou
reduzidas e aqueles que podem ser excluídos da linha de produção;
− Identificar os produtos que proporcionam maior rentabilidade quando existem
fatores que limitam a produção (gargalos), permitindo o uso mais racional
desses fatores;
− Definir o preço dos produtos em condições especiais, por exemplo, para
ocupar eventual capacidade ociosa;
− Decidir entre comprar e fabricar;
− Determinar o nível mínimo de atividades para que o negócio passe a ser
rentável;
− Definir, em uma negociação com o cliente, o limite de desconto permitido.
A gestão de custos oferece uma alternativa diferente de como demonstrar o
resultado, apoiando a tomada de decisão:
 
 
 
 
 
 
 
 
MC = PV – (CV – DV)
 
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Onde:
 
MC = margem de contribuição;
PV = preço de venda;
CV – soma dos custos variáveis;
DV = soma das despesas variáveis.
 
 
Conceito e tratamento dos custos
ParaBruni e Famá (2009) os principais elementos que influenciam no resultado
de qualquer entidade são representados por meio das receitas auferidas, dos
custos, diretos ou indiretos, e despesas incorridas.
 
Figura 4 – Custeio por Absorção
Fonte: Bruni e Famá (2009, p.34)
 
A figura demostra que os custos diretos são facilmente associados aos
produtos fabricados, os custos indiretos precisar passar pelo rateio e, após são
incorporados aos produtos. As receitas e despesas são confrontadas
diretamente no momento de apuração do resultado.
Os autores colocam que em relação ao custo da produção este poderia ser
expresso por meio de três elementos básicos, conforme a seguir:
− Material direto (MD): todo material que pode ser identificado como uma
unidade do produto (a. Que está sendo fabricado; e b. que sai da fábrica
incorporado ao produto ou utilizado como embalagem;
− Mão-de-obra direta (MOD): todo salário devido ao operário que trabalha
diretamente no produto, cujo tempo pode ser identificado com a unidade
que está sendo produzida;
− Custos indiretos de fabricação (CIF): todos os custos relacionados com a
fabricação que não podem ser economicamente identificados com as
unidades que estão sendo produzidas. Exemplos: aluguel da fábrica,
materiais indiretos, mão-de-obra indireta, seguro, impostos, depreciação
etc.
E, os outros gastos significativos, porém não classificados como custos, são
agrupados como:
− Despesas diversas: não podem ser alocadas ao produto final. Exemplos:
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despesas com vendas, salário do pessoal administrativo, água e luz do
escritório.
 
 
A demonstração de resultado
Uma forma explícita de comparar as diferenças entre os dois métodos de
custeio é pela aplicação de um exemplo. A Cia. Brasileira apresentou os
seguintes dados contábeis para determinado exercício social:
 
Produção 1.000 unidades acabadas
Custos Fixos R$ 12.000,00
Custos Variáveis R$ 20.000,00
Despesas fixas R$ 6.000,00
Despesas variáveis R$ 4.000,00
 
• Não há estoques iniciais e finais de produtos em elaboração.
• Não há estoques iniciais de produtos acabados.
• Vendas líquidas – 800 unidades a R$ 60,00 cada uma.
A apresentação da demonstração do resultado da empresa seria a seguinte,
adotando-se o método de custeio variável:
 
Demonstração do Resultado pelo custeio variável
Vendas líquidas = 48.000,00
(-) CPV 
Custos Variáveis 20.000,00 = 20.000,00
(=) Lucro Bruto 28.000,00
(-) Despesas 
Despesas Fixas 6.000,00 
Despesas Variáveis 4.000,00 = 10.000,00
(-) Custos Fixos 12.000,00
(=) Lucro Líquido = 6.000,00
 
 
 
Conciliação dos resultados apurados pelo custeio por absorção e pelo
custeio variável
Segundo Alves (2013) os dois métodos são clássicos e amplamente praticados
no meio empresarial, com restrição de que, para efeitos de tributação pelo fisco
brasileiro, somente o Custeio por Absorção é aceito.
De acordo com Megliorini (2012) tanto o método do custeio por absorção como
o método do custeio variável utilizam os mesmos dados referentes à produção
e aos custos. Eles se diferenciam apenas no tratamento dados aos custos
fixos.
Segundo Alves (2013) pode-se dizer que tanto um método quanto o outro
apresentam suas vantagens e desvantagens, sendo difícil definir qual o melhor
método entre eles.
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 Vantagens Desvantagens
Custeio
por
Absorção
A permissão legal do Custeio por
Absorção pela legislação comercial e
pela legislação fiscal, inclusive para
apresentação de demonstrações
contábeis para o pagamento do imposto
de renda, representa por sí só uma
vantagem.
No Custeio por Absorção todos os
custos são apropriados aos produtos e
serviços; os custos variáveis de forma
direta, e os fixos são absorvidos por
cada produto por meio de rateios.
A crítica que se faz ao Custeio por
Absorção é que os custos fixos,
independentemente de produção e
venda, existem e terão de ser
suportados pela empresa, razão pela
qual os custos fixos devem ser
encarados como gastos necessários
para que a empresa tenha condições
de produzir, e não como gastos de um
produto específico. A adoção do
Custeio por Absorção também não
permite uma comparação em bases
unitárias quando há alteração no
volume de produção.
Custeio
Variável
Pode-se citar como vantagem no Custeio
Variável que os custos dos produtos
podem ser comparados em bases
unitárias, independentemente do volume
de produção. Também por este método
os custos fixos, por se apresentarem
separados nos relatórios e
demonstrações, podem ser mais bem
controlados, facilitando o tempo e o
trabalho com a apresentação de
informações e fornecimento de
instrumentos de decisão dentro da
empresa.
Contrariam a utilização do Custeio
Variável as argumentações de que, na
prática, a separação de custos fixos e
variáveis não é tão clara como parece.
Há também críticas em relação ao fato
de que no Custeio Variável os custos
fixos não são apropriados aos produtos,
o que é totalmente contestável da
nossa parte, os custos fixos não são
provocados pela produção em si e não
estão associados diretamente aos
produtos e serviços, mas apenas
necessários para dar ã empresa
condições de produzir.
Padoveze (2009) salienta que, ao se alocar os custos indiretos fixos, tem-se
uma forte probabilidade de distorcer as informações dos custos dos produtos.
Com intuito de reduzir informações inadequadas, aponta a viabilidade da
metodologia do custeamento por atividades (ABC).
Martins (2008, p.103) afirma que o método de custeio ABC “é uma ferramenta
que permite melhor visualização dos custos através da análise das atividades
executadas dentro da empresa e suas respectivas relações com os produtos”.
Apesar do sistema ABC não atender às exigências fiscais, é uma ferramenta
bastante precisa na mensuração dos custos por relacionar suas atividades aos
produtos e recursos, porém, diante de sua complexidade, geralmente a sua
utilização não é feita por empresas pequenas. Assim, cada método de custeio
tem sua utilidade, seja ele por Absorção, que para efeitos fiscais é o que
prevalece, Variável, ABC ou qualquer outro, porquanto depende do tipo de
atividade e conveniência da empresa. 
No método de custeio baseado em atividade os custos inicialmente são
atribuídos aos recursos, depois a atividade, depois aos produtos e por fim, faz-
se o caminho contrário, calculando com base no consumo de recursos pelas
atividades, o consumo das atividades por produtos.
Maher (2001, p. 280) simplifica: “o custeio baseado em atividade baseia-se no
conceito de que produtos consomem atividades e atividades consomem
recursos”.
Garrison, Noreen e Brewer (2011, p. 263) apresentam um modelo simplificado
do custeio baseado em atividade que demonstra esse método, onde os objetos
dependem da identificação das atividades que, por sua vez, são calculados
com base no consumo de recursos, aos quais são de fato atribuídos valor
(custo):
 
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Figura 5 – ABC x Absorção
 
Figura 6 – Modelo de Custeio Baseado em Atividade
Fonte: Adaptado de Garrison, Noreen e Brewer (2011, p. 263)
 
 
Por Atividade entende-se, segundo Nakagawa (1994, p. 42), como: “um
processo que combina, de forma adequada, pessoas, tecnologias, materiais,
métodos e seu ambiente, tendo como objetivo a produção de produtos”, não
sendo a produção entendida apenas como fabricação manufatureira e restrita a
processos manuais ou mecânicos, mas também como produção de serviços.
E recursos, neste caso, são artigos, objetos, elementos e afins utilizados para a
ocorrência das atividades como, por exemplo, água, luz, instrumentos, pessoal,
dentro outros. O relacionamento dessas partes se dá pela atribuição dos custos
àsatividades por meio de direcionadores, que servirão como guia para o
cálculo do custo.
Wensing et al. (2005, p. 3) separa os direcionadores de custos em dois tipos:
direcionadores de recursos e direcionadores de atividades, e explica que “os
direcionadores de recursos são aqueles que direcionam os recursos às
atividades, e os direcionadores de atividades direcionam o custo das atividades
aos objetos de custo”.
Quanto à metodologia geral de implantação do ABC, Garrison, Noreen e
Brewer (2011, p. 263) demonstram que envolve seis etapas adaptáveis:
1. Identificar e definir atividades e acumuladores de custos de atividades.
2. Sempre que possível, vincular custos gerais diretamente a atividades e
objetos de custo.
3. Atribuir custos a acumuladores de custos de atividades.
4. Calcular taxas de atividade.
5. Atribuir custos a objetos de custo por meio do uso das taxas e das medidas
Receitas de vendas
(-) Custos e despesas variáveis
(=) Margem de contribuição
(-) Custos e despesas fixos
(=) Resultado
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de atividade.
6. Preparar relatórios gerenciais.
Ao fim da implantação é possível obter o custo do produto ou serviço a partir do
somatório dos custos de todas as atividades identificadas na etapa 1.
 
 
Aprenda Mais
Leia o artigo “O custeio ABC e a contabilidade de ganhos na definição do mix
de produção de uma metalúrgica”. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
65132009000200009
 
 
Exercícios de Fixação
 
Questão 1
 
(ENADE 2012 - QUESTÃO 18)
A Cia das Camisas pretende elaborar a Demonstração de Resultado do
Exercício pelo Método do Custeamento por Absorção e pelo Custeamento
Variável. Para isso, irá utilizar as informações a seguir.
Preço de venda: R$ 20,00
Custos variáveis de produção: R$ 6,00
Custos variáveis comerciais (variam conforme unidades vendidas): R$ 2,00
Custos fixos: R$ 60.000,00 por mês
Volume mensal de produção: 30.000
Volume mensal de vendas: 20.000
 
Diante do exposto, o lucro mensal da Cia das Camisas pelo Custeamento por
Absorção e pelo Custeamento Variável é igual a, respectivamente,
a) R$ 200 000,00 e R$ 180 000,00.
b) R$ 216 000,00 e R$ 236 000,00.
c) R$ 240 000,00 e R$ 180 000,00.
d) R$ 240 000,00 e R$ 220 000,00.
e) R$ 344 000,00 e R$ 234 000,00.
 
 
1. Preço de venda: R$ 20,00
2. Custos variáveis de produção: R$ 6,00
3. Custos variáveis comerciais: R$ 2,00
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4. Custos fixos: R$ 60.000,00 por mês
5. Volume mensal de produção: 30.000
6. Volume mensal de vendas: 20.000
 
 
Resposta: alternativa a
 
 
 
 
 
 
 
Questão 2
 
Exame de Suficiência em Contabilidade – 24/04/2015
Uma determinada indústria iniciou suas atividades em fevereiro de 2015 e
apresentou os seguintes dados, em 28.02.2015:
✓ Depreciação do Equipamento de Produção ✓ R$ 700,00
✓ Mão de Obra indireta ✓ R$ 9.400,00
✓ Custos Indiretos Consumidos na Fábrica ✓ R$ 12.530,00
✓ Estoque Final de Matérias-Primas ✓ R$ 15.600,00
✓ Mão de Obra Direta ✓ R$ 18.800,00
✓ Estoque Final de Produtos Acabados ✓ R$ 25.300,00
✓ Matérias-Primas Compradas ✓ R$ 37.600,00
 
Considerando o Custeio de Absorção e que não havia outros saldos, o
valor da matéria-prima consumida no período é de:
a) R$ 15.600,00.
b) R$ 22.000,00.
c) R$ 37.600,00.
d) R$ 63.430,00.
 
Resposta:
Valor da Matéria Prima Consumida
Consumo = Ei MP + Compras – Ef MP =
0 + 37.600,00 – 15.600,00 = R$ 22.000,00
Então, a opção CORRETA da questão é a alternativa B.
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Referências
ALVES, R. V. Contabilidade Gerencial, São Paulo: Atlas, 2013.
 
BORNIA, A. C. Analise Gerencial de Custos – Aplicação em Empresas
Modernas. 2. Edição. São Paulo: Atlas, 2009.
BRUNI, Adriano Leal e Rubens Fama. Gestão de Custos e Formação do
Preço de Venda. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
CARDOSO, R. L., et al. Contabilidade Gerencial: Mensuração,
Monitoramento e Incentivos. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
 
CREPALDI; S. A. Contabilidade Gerencial: teoria e prática. 7. ed. São Paulo:
Atlas, 2014.
 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 10ª Edição. São Paulo: Atlas,
2010.
 
MEGLIORINI, Evandir. Custos: Análise e gestão. 3 ªed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2012.
 
NEVES, Silvério das. VICECONTI, Paulo Eduardo. Contabilidade de custos:
um enfoque direto e objetivo. 10.ª ed. rev. e ampl., São Paulo: Saraiva, 2010.
 
PADOVEZE, C.L. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de
informação contábil. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2009.
​Aula 3 – Métodos de formação de preços
 
 
Introdução
Essa aula objetiva refletir sobre a importância de se conhecer e identificar que
a formação de preço é um fator determinante para a sobrevivência da
exploração da atividade da empresa.
 
Essa aula tem como objetivo:
• Compreender a importância da análise da rentabilidade, margem e giro;
• Discutir os aspectos relativos à formação de mark-ups.
 
 
Custo mais margem
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De acordo com Bruni e Famá (2009) nesse método, os preços são
estabelecidos com base nos custos plenos ou integrais – custos totais de
produção acrescidos das despesas de vendas, de administração e da margem
de lucro desejada.
 
Exemplo:
A Vende Mais Ltda. produz e comercializa arranjos com flores ornamentais.
Sabe-se que os custos com materiais diretos para cada arranjo comercializado
são iguais a R$ 3,40. Os custos com MOD são aproximadamente iguais a R$
2,20. Custos indiretos de fabricação são apropriados com base em 300% da
MOD. Despesas administrativas, com vendas e fretes de entregas alcançam
R$ 1,80. Se a empresa desejasse um lucro de R$ 1,20 por arranjo, qual
deveria ser o preço praticado?
Componente Valor Observação
MD 3,40 
MOD 2,20 
CIF 6,60 Calculando com base em 300% da MOD
(300% x 2,20 = 6,60)
CUSTO TOTAL 12,20 Soma das parcelas anteriores
DESPESAS 1,80 
GASTO TOTAL 14,00 Soma dos custos e despesas
LUCRO DESEJADO 1,20 
PREÇO A PRATICAR 15,20 Soma dos custos, despesas e lucro desejado
 
 
Custo-meta
Segundo Megliorini (2012, p. 232): a empresa deve calcular o custo do seu
produto para se certificar de que ele não ultrapasse o custo resultante da
equação P – L = C (preço – lucro = custo).
 
Exemplo:
Suponhamos que uma empresa esteja avaliando fabricar e vender o produto Y.
Os proprietários da empresa determinam que o lucro deva corresponder a 20%
do preço de venda. O preço de mercado desse produto é R$ 100,00. Assim, o
custo que esse produto deverá alcançar será de:
 
Preço de mercado R$ 100,00
(-) Lucro definido pelos proprietários R$ 20,00
(=) Custo máximo permitido R$ 80,00
 
Assim, o custo de R$ 80,00 é o valor máximo em que a empresa pode incorrer,
tendo em vista que o preço de R$ 100,00 é definido pelo mercado, e o lucro,
pelos proprietários. Tal custo, passa, portanto, a representar o custo-meta ou
custo-alvo e deve ser definido antes que se comece a fabricar o produto, ainda
na fase de desenvolvimento de projeto.
No entanto, se o custo estimado desse produto, calculado na fase de projeto,
ultrapassar o limite (que é R$ 80,00), a empresa deverá reformular o projeto ou
encontrar meios de reduzi-lo até atingir o valor determinado.
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Mark-up multiplicador e divisor
Segundo Megliorini (2012, p. 232) na composição do mark-up, é necessário
determinar:
− Os percentuais das despesas de vendas e das despesas administrativas que
podem ser obtidos, por exemplo, por meio da Demonstraçãode Resultados
do Exercício (DRE) do ano anterior, relacionando-se os valores das
despesas com a receita liquida de vendas;
− O percentual de lucro desejado;
− As alíquotas dos impostos para o produto ou serviço que está sendo
precificado (ISS, ICMS, IPI), bem como as dos impostos incidentes sobre as
receitas da empresa (PIS, Cofins). Como os impostos são definidos por
legislação especifica, é preciso estar atendo às leis municipais, estaduais e
federais no que se refere à alteração de alíquotas, novos impostos, critérios
e cálculos etc.
Definindo o custo, o preço de venda pode ser calculado da seguinte forma:
Preço de venda = custo/Mark-up
Ou
Preço de venda – custo x Mark-up
 
A de marcação, os itens que se pretende incluir no preço de venda devem ser
apresentados em percentuais
De acordo com Ribeiro (2009) para o cálculo da taxa de marcação, os itens
que se pretende incluir no preço de venda devem ser apresentados em
percentuais em relação ao próprio preço de venda.
As duas modalidades de taxa de marcação, mark-up multiplicador e mark-up
divisor, chagam ao mesmo resultado.
 
Exemplo:
Vamos supor que uma empresa tenha, como base no seu controle interno,
definido os seguintes valores para compor o preço de venda de uma unidade
do produto X:
Custos variáveis, por unidade:
 
Matéria-prima: R$ 10
Materiais secundários: R$ 3
Material de acondicionamento e embalagem: R$ 1
Mão-de-obra direta: R$ 6
Comissão a vendedores: 3% sobre o PV
Tributos incidentes sobre vendas e sobre o
lucro:
22% sobre o PV
Custos fixos: 13% sobre o PV
Despesas fixas: 7% sobre o PV
Margem de lucro desejada: 15% sobre o PV
 
Inicialmente calcularemos taxa de marcação pela modalidade mark-up
multiplicador.
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Fórmula do mark-up multiplicador.
100/ (100 -% DV + % CF + % DF + % ML)
 
Desenvolvendo a formula, temos
a) Somatório dos percentuais de participação no preço de venda, de cada
elemento, conforme interesse da empresa:
 
Comissão a vendedores: 3% sobre o PV
Tributos incidentes sobre vendas e sobre o lucro: 22% sobre o PV
Custos fixos: 13% sobre o PV
Despesas fixas: 7% sobre o PV
Margem de lucro desejada: 15% sobre o PV
Total 60 %
 
b) Subtrair de 100% o somatório dos percentuais apurado na letra “a”.
100% - 60% = 40%
 
c) Dividir 100 pelo resultado apurado na letra “b”
100% / 40% = 2.5
 
Esse resultado de 2.5 é o mark-up multiplicador.
 
d) Multiplicar o custo unitário pelo mark-up multiplicador para encontrar o preço
de venda unitário:
R$ 20,00 x 2.5 = R$ 50
Logo, o preço de venda unitário será de R$ 50.
 
Veja, agora, a apuração do preço de venda pelo mark-up divisor.
Fórmula do mark-up divisor.
1 – (% DV + % CF + % DF + % ML/100)
 
Desenvolvendo a formula, temos:
 
a) Somatório dos percentuais de participação no preço de venda, de cada
elemento, conforme interesse da empresa:
 
Comissão a vendedores: 3% sobre o PV
Tributos incidentes sobre vendas e sobre o lucro: 22% sobre o PV
Custos fixos: 13% sobre o PV
Despesas fixas: 7% sobre o PV
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Margem de lucro desejada: 15% sobre o PV
Total = 60 %
 
b) Dividir o somatório dos percentuais por 100.
60%/100% = 0.60
 
c) Subtrair de 1 o resultado apurado na letra “b”
1 – 0,60 = 0,40
 
O resultado obtido por essa operação foi 0,40, denomina-se mark-up divisor.
 
d) Dividir o custo unitário pelo mark-up divisor:
R$ 20,00 / 0,40 = R$ 50
Logo, o preço de venda unitário será de R$ 50.
 
 
Aprenda Mais
Leia sobre o artigo “Formação do preço de venda – Mark up”. Disponivel em:
http://peritocontador.com.br/wp-content/uploads/2015/04/Katth-Kalry-
Nascimento-de-Souza-Forma%C3%A7%C3%A3o-do-Pre%C3%A7o-de-Venda-
Mark-Up.pdf
 
 
Exercícios de Fixação
 
Questão 1
A Fábrica de Sapatos Passo Macio possui os dados financeiros apresentados
na tabela seguinte. Sabendo-se que o fornecedor concede um prazo de 30 dias
para o pagamento das compras, o prazo médio de estocagem da empresa é de
60 dias e o prazo concedido, em média, aos clientes para o pagamento das
vendas é de 45 dias, estime qual deveria ser o preço praticado pela empresa.
Todos os gastos com MOD e CIFs são considerados como pagos, também,
com prazo de 30 dias. O mark-up multiplicador desejado é igual a 3,50 e o
custo do dinheiro no tempo para a empresa é estimado em 2% a.m.
 
Componentes unitários: Matéria Prima: R$ 18,00; MOD: R$ 2,40 e CIFs
diversos: R$ 3,10
 
• Resposta:
• Ignorando os prazos e o custo de oportunidade dos recursos da empresa,
o valor à vista a ser cobrado seria igual à soma dos gastos apontados
multiplicada pelo mark-up multiplicador. Em números (18,00 + 2,40 +
3,10) x 3,5 = R$ 82,25
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• Já que os gastos são pagos com 30 dias de prazo, o produto é estocado
em média por 60 dias e os clientes pagam o produto com prazo de 45
dias, o ciclo financeiro da empresa é igual a:
• -30 + 60 + 45 = 75 dias. Ou seja, a empresa financia suas operações por
75 dias. Calculando o valor futuro do valor presente anterior, seria
possível obter o valor a ser cobrado:
 
 
82,25 PV – CHS
2 – i
2,5 – n
FV <ENTER>
R$ 86,42
 
 
Questão 2
 
A Quero Mais Industria Ltda. Apresentou os dados financeiros relatados a
seguir. Sabendo que a empresa deseja um lucro igual a 18% do preço de
venda, estime: a) o Mark-up multiplicador da empresa, considerando que ele é
aplicado sobre os custos variáveis. B) o preço praticado pela empresa.
 
Mão de obra direta 100,00
Comissões 3% do preço
Matéria prima 300,00
Embalagem 550,00
Materiais secundários 200,00
Despesas administrativas 15% do preço
 
• Resposta:
a) Mark-up = 1 / (1-(18% + 3% + 15%) = 1,5625
b) Preço = 1,5625 x (100 + 300 + 550 + 200) = R$ 1.796,88
 
 
Referências
 
BRUNI, Adriano Leal e Rubens Fama. Gestão de Custos e Formação do
Preço de Venda. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
 
CHING, H. Y. Contabilidade Gerencial – Novas práticas contábeis para a
gestão de negócios. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
 
CREPALDI; S. A. Contabilidade Gerencial: teoria e prática. 7. ed. São Paulo:
Atlas, 2014.
http://aulapos.estacio.br/sgcnet/RecebeQueryString.aspx?Tip…da%20custos_2207.doc&TipoRelatorio=D&FormatoRelatorio=P 02/01/2019 11J30
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MEGLIORINI, Evandir. Custos: Análise e gestão. 3 ªed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2012.
 
RIBEIRO, O. M. Contabilidade de Custos. São Paulo: Saraiva, 2009.
​Aula 4 – Métodos de formação de preços
 
 
Introdução
A formação do preço de venda dos produtos/mercadorias e serviços, é
elemento essencial da gestão econômico-financeira e mercadológica das
empresas, envolve inúmeros fatores em sua composição; entre eles se
destacam: estrutura de custos; demanda (mercado); ação da concorrência;
governo e objetivos pretendidos com o produto/mercadoria e serviço.
O sucesso empresarial poderia até não ser consequência direta da decisão
acerca dos preços. Mas, um preço equivocado de um produto ou serviço
certamente causara sua ruina.
 
Essa aula tem como objetivo:
• Entender o processo associado a formação dos preços;
 
 
Preço de venda à vista e a prazo
De acordo com Megliorini (2012) se considerarmos o custo unitário de R$
50,00 para o produto X, calculado pelo método de custeio por absorção. O
preço de venda à vista será:
 
a) Utilizando o mark-up divisor:
PV à vista = Custo / Mark-up
PV à vista = R$ 50,00/0,4435
PV à vista = R$ 112,74
 
a) Utilizando o mark-up multiplicador:
PV à vista = Custo x Mark-up
PV à vista = R$ 50,00 x 2,25479
PV à vista = R$ 112,74
 
Decompondo esse preço, temos:
Preço de venda à vista $ 112,74
(-) ICMS $ 20,29 (18% de $ 112,74)
(-) PIS $ 0,73 (0,65% de $ 112,74)
(-) Confins $ 3,38 (3% de $ 112,74)
(=) PV sem impostos$ 88,34
(-) Comissões sobre vendas $ 2,25 (2% de $ 112,74)
(=) PV líquido $ 86,09
(-) Custo $ 50,00
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(=) Margem de lucro bruto $ 36,09
(-) Despesas de vendas $ 5,64 (5% de $ 112,74)
(-) Despesas Administrativas $ 7,89 (7% de $ 112,74)
(=) Lucro antes do IR $ 22,56 – este valor corresponde a 20% do PV
 
Já na definição do preço de venda a prazo Megliorini (2012, 239) diz que:
Quando a empresa concede ao cliente um prazo para efetuar o
pagamento do produto, da mercadoria ou do serviço,
acrescenta ao preço de venda à vista um custo financeiro, e
essa situação se caracteriza como um financiamento ao cliente
pelo prazo concedido.
Dessa forma, o custo financeiro deveria representar a
remuneração de uma aplicação financeira, se a empresa
financiasse o cliente com recursos próprios; a taxa de captação
de recursos, em uma situação oposta; ou, então a taxa cobrada
pelo marcado financeiro nas operações de desconto de
duplicata.
 
 
Preço de venda a prazo com custo financeiro “por fora”
Ainda, utilizando o exemplo do produto X, cujo preço à vista foi calculado em
R$ 112,74.
Para calcular o preço de venda a prazo, devemos considerar dois aspectos:
1. São concedidos ao cliente 30 dias para que ele efetue o pagamento; e
2. O custo financeiro para essa operação é de 3% ao mês.
Por tanto, ao incluir o custo financeiro, é preciso recorrer à matemática
financeira para proceder ao cálculo do montante, que consiste no valor
principal acrescido de juros.
Conforme fórmula a seguir:
PV a prazo = PV à vista x (1 + i) n
 
Onde:
i = taxa de juros
n = prazo de pagamento
 
No exemplo, temos:
PV a prazo = $112,74 x (1 + 0,03)1
PV a prazo = $ 116,12
Decompondo esse preço, temos:
Preço de venda a prazo $ 116,12
(-) Custo financeiro $ 3,38 (PV a prazo – PV à vista)
(-) ICMS $ 20,90 (18% de $ 116,12)
(-) PIS $ 0,75 (0,65% de $ 116,12)
(-) Confins $ 3,48 (3% de $ 116,12)
(=) PV sem impostos $ 87,61
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(-) Comissões sobre vendas $ 2,32 (2% de $ 116,12)
(=) PV líquido $ 85,29
(-) Custo $ 50,00
(=) Margem de lucro bruto $ 35,29
(-) Despesas de vendas $ 5,64 (5% de $ 112,74)
(-) Despesas Administrativas $ 7,89 (7% de $ 112,74)
(=) Lucro antes do IR $ 21,76
 
Nota-se com a adoção desse cálculo, tanto a margem de lucro bruto quanto o
lucro foram reduzidos, se comparados ao cálculo do preço de venda à vista:
eles passaram, respectivamente, de $ 36,09 para $ 35,29, e de $ 22,56 para $
21,76.
Dessa forma, para preservar a margem de lucro bruto de $36,09 e o lucro
antes do IR de $ 22,56, tem-se o cálculo do preço de venda a prazo com o
custo financeiro “por dentro”.
 
 
Preço de venda a prazo com o custo financeiro “por dentro” (mantendo-
se o valor do lucro do peço de venda à vista)
Considerando os custos do produto X e a mesma margem de lucro bruto do
preço de venda à vista, temos:
 
Custo $ 50,00 
Margem de lucro bruto $ 36,09 
Receita de vendas 100% 
 
ICMS 18 % 23,65% de
impostos e taxas
sobre vendas
PIS 0,65 % 
Cofins 3,00 % 
Comissões sobre vendas 2,00 $ 
 
Nesse caso, para a composição do mark-up, consideramos os impostos e as
taxas sobre vendas com a inclusão do custo financeiro pelo prazo de
pagamento. No exemplo, a taxa de juros é 3% ao mês, e o prazo concedido ao
cliente é de 30 dias. Recorrendo à matemática financeira, temos o percentual
de juros conforme o prazo concedido:
J= <(1 + i) n – 1> x 100
J = <(1 + 0,03) 1 – 1> x 100
J = 3%
 
Mark-up divisor:
<100% - (23.65% + 3,00%)> /100% = 0,7335
 
Mark-up multiplicador
(1/ 0,7335) = 1,36332
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Utilizando o mark-up divisor, temos:
PV a prazo = (Custo + Margem de lucro bruto) / Mark-up
PV a prazo = ($ 50,00 + $ 36,09) / 0,7335
PV a prazo = $ 117,37
 
Utilizando o mark-up multiplicador, temos:
PV a prazo = (Custo + Margem de lucro bruto) X Mark-up
PV a prazo = ($ 50,00 + $ 36,09) X 1,36332
PV a prazo = $ 117,37
 
Decompondo esse preço, chegamos aos seguintes valores:
Preço de venda a prazo $ 117,34
(-) Custo financeiro $ 3,52 (3% de $ 117,34)
(-) ICMS $ 21,12 (18% de $ 117,34)
(-) PIS $ 0,76 (0,65% de $ 117,34)
(-) Confins $ 3,52 (3% de $ 117,37)
(=) PV sem impostos $ 88,42
(-) Comissões sobre vendas $ 2,35 (2% de $ 117,37)
(=) PV líquido $ 86,07
(-) Custo $ 50,00
(=) Margem de lucro bruto $ 36,07
(-) Despesas de vendas $ 5,64
(-) Despesas Administrativas $ 7,89
(=) Lucro antes do IR $ 22,54
 
Pode-se notar que a formulação do preço de venda com o custo financeiro “por
dentro” permite à empresa determinar um preço que lhe preserve o valor
monetário do lucro do IR calculado para o preço de venda à vista. Assim, pode-
se determinar o mark-up para o preço de venda a prazo calculando um fator
que representa a variação entre o preço de venda a prazo de venda à vista.
 
 
Aprenda Mais
Leia sobre o artigo “Formação do preço de venda – Mark up”. Disponivel em:
http://peritocontador.com.br/wp-content/uploads/2015/04/Katth-Kalry-
Nascimento-de-Souza-Forma%C3%A7%C3%A3o-do-Pre%C3%A7o-de-Venda-
Mark-Up.pdf
 
 
Exercícios de Fixação
 
Questão 1
Custos de transformação – Alguns gastos das Empresas Gato Angorá Ltda.
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Estão apresentados na tabela seguinte. Sabendo-se que a empresa fabrica um
único produto, quais deveriam ser os preços de venda cobrados se: a) a
empresa empregasse o método de fixação de preços com base no custo pleno,
aplicando mark-up igual a 1,60 sobre o custo integral; b) a empresa aplicasse o
método de fixação de preços com base no custo de transformação,
acrescentando um percentual igual a 210%. A empresa sempre fabrica e vende
200 unidades por mês ou 2.400 unidades por ano.
 
Gasto anual Valor ($)
Mão de obra direta 28.000,00
Seguros da fábrica 3.600,00
Materiais diretos 48.500,00
Mão de obra indireta 9.400,00
Depreciação fabril 6.100,00
 
 
Resposta:
 
Gasto anual total Unitário
Materiais diretos 48.500,00 20,21
Mão de obra direta 28.000,00 11,67
Seguros da fábrica 3.600,00 1,5
Mão de obra indireta 9.400,00 3,92
Depreciação fabril 6.100,00 2,54
 
Custo total 95.600,00 39,83
1,60 sobre custo integral 152.960,00 63,73
 
Custo de transformação 47.100,00 19,63
210% sobre custo de transformação 146.010,00 60,84
 
Preço com mark-up 1,60 a) 152.960,00 63,73
Custo de transformação 47.100,00 19,63
 
 
 
Questão 2
Determinada empresa gostaria de vender seus produtos com uma margem
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igual a 10%. Sabe-se que o custo variável da empresa é igual a R$ 540,00 por
unidade. As demais taxas associadas ao preço são iguais a 40%, incluindo
custos fixos, demais despesas e impostos. Pede-se: a) qual deveria ser o
Mark-up multiplicador correspondente? B) Qual deveria ser o preço praticado?
 
Resolução:
 
a) Mark-up = 1 / (1-(40% + 10%) = 2,00
b) Preço = 2 x 540 = R$ 1.080,00
 
• Resposta:
 
 
Referências
 
BRUNI, Adriano Leal e Rubens Fama. Gestão de Custos e Formação do
Preço de Venda. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
 
CHING, H. Y. Contabilidade Gerencial – Novas práticas contábeis para a
gestão de negócios. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
 
CREPALDI; S. A. Contabilidade Gerencial: teoria e prática. 7. ed. São Paulo:
Atlas, 2014.
MEGLIORINI, Evandir. Custos: Análise e gestão. 3 ªed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2012.
 
RIBEIRO, O. M. Contabilidade de Custos. São Paulo: Saraiva, 2009.
​Aula 5. Tributos diretos e indiretos
 
 
Introdução
A fixaçãodo preço de venda das mercadorias ou produtos é uma tarefa
complexa, onde diversos fatores tendem a influenciar a sua determinação.
Nesse contexto o custo de aquisição ou produção é uma variável que
desempenha importante papel uma vez que, em condições normais, o produto
não deve ser vendido por um valor que esteja abaixo do preço de custo.
Para que o preço de venda seja fixado por um valor superior ao de seu custo
de aquisição ou produção, a empresa deverá transferir para o consumidor o
ônus da incidência dos tributos sobre o faturamento e o lucro da empresa.
 
Assim, essa aula tem como objetivo
• Distinguir impostos cumulativos e não cumulativos;
• Aprender a considerar créditos e débitos fiscais;
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• Saber calcular impostos por dentro e por fora;
• Compreender o processo de composição de notas fiscais com impostos.
• Proporcionar aos participantes conhecimentos relacionados aos tributos
indiretos no que diz respeito ao impacto do ICMS, IPI, PIS, COFINS e ISS
na formação do preço de venda.
 
 
Impostos cumulativos e não cumulativos;
O art. 3º CTN traz o que chamamos de definição legal de tributo. É um conceito
criticado por muitos autores.
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo
valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída
em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
 
Por prestação entendemos obrigação.
Pecuniária significa em dinheiro.
Compulsória no sentido de que há uma imposição pela lei e a vontade das
partes não é prestigiada.
Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir: a obrigação tributária,
originariamente nascida em dinheiro, poderia ser satisfeita não apenas em
dinheiro, mas também em alguma coisa que tenha valor, como a prestação de
um serviço ou a entrega de uma mercadoria.
Que não constitua sanção de ato ilícito: o tributo deve ser exercido tão somente
em relação a atos/fatos lícitos.
Instituída em lei: se é uma prestação compulsória, logo ela deve ter sido
instituída por lei.
Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
IMPOSTO CUMULATIVO – Diz-se de um imposto ou tributo que incide em
todas as etapas intermediárias dos processos produtivo e/ou de
comercialização de determinado bem, inclusive sobre o próprio imposto/tributo
anteriormente pago, da origem até o consumidor final, influindo na composição
de seu custo e, em consequência, na fixação de seu preço de venda.
IMPOSTO NÃO-CUMULATIVO – Diz-se do imposto/tributo que, na etapa
subsequente dos processos produtivos e/ou de comercialização, não incide
sobre o mesmo imposto/tributo pago/recolhido na etapa anterior. Exemplos: IPI
e ICMS.
Talvez em palavras mais simples, significa que quando no regime cumulativo,
não há a compensação de valores desse imposto já pago em algum processo
anterior de industrialização ou comercialização.
Por exemplo, se a empresa é do Lucro Presumido, o PIS do Faturamento e a
Cofins, quando de seu cálculo, não há credito algum para dedução desses
impostos.
Sempre as alíquotas serão para o PIS 0,65% e para a Cofins 3,00%.
Nesse caso específico a empresa do Lucro Presumido é "Cumulativo".
Já se a empresa for do Lucro Real, ela terá como creditar os valores desses
impostos já pagos na etapas anteriores da circulação, inclusive de PIS e Cofins
pagos na importação, o que não é permitido para a empresa do Lucro
Presumido. Então, a empresa do Lucro Real – "Não Cumulativo", terá créditos
desses impostos e só depois ela aplicará sobre a base de cálculo, as alíquotas
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específicas, para cada imposto, sendo que neste caso, o PIS Faturamento será
de 1,65% e a Cofins 7,6%.
 
 
Créditos e débitos fiscais
O conceito de crédito fiscal tem várias acepções, em geral vinculadas aos
vários países. Pode fazer referência, por exemplo, à possibilidade de uma
empresa reduzir os impostos que paga no seu país através daqueles que
pagou a um governo estrangeiro por alguma operação de comércio
internacional.
Por outro lado, o crédito fiscal é o montante que uma empresa pagou a título de
impostos ao adquirir um produto ou um bem podendo ser deduzido junto do
Estado no momento de realizar uma revenda. Por exemplo: uma loja compra
um leitor de DVD e paga 125 euros pelo mesmo, dos quais 25 correspondem a
impostos. No dia seguinte, o comerciante vende esse mesmo equipamento a
um consumidor final por 250 euros (50 correspondentes a impostos). Na hora
de pagar as suas contribuições ao Estado, o comerciante terá de pagar 25
euros de impostos por essas transações, já que os 25 restantes podem ser
considerados para efeitos de crédito fiscal por se tratar de uma compra original.
Por outras palavras, pode-se dizer que o crédito fiscal é uma quantia de
dinheiro a favor do contribuinte, isto é, uma dedução fiscal. Na hora de
determinar a obrigação tributária, o contribuinte pode deduzi-lo do débito fiscal
(a sua dívida) para calcular o montante que deve pagar ao Estado.
O governo pode instrumentar diferentes programas para usufruir do crédito
fiscal (que, em todo o caso, será uma quantia de dinheiro a favor do
contribuinte, seja este uma empresa ou uma pessoa). Existem planos através
dos quais o contribuinte pode usar o crédito fiscal para pagar sessões de
formação; neste caso, o dinheiro volta para o Estado, mas o contribuinte
recebe mais serviços.
Débito fiscal - Débito em que o contribuinte, deixando de pagar tributo na época
certa na Fazenda Pública o contribuinte passa a ser inscrito como devedor
desta.
 
 
Cálculo dos impostos por dentro e por fora
Chama-se “imposto por dentro” àquele cujo valor imputado ao contribuinte
compõe sua própria base de cálculo. Quando isto não acontece, tem-se o
chamado “imposto por fora”. O ICMS é um exemplo do 1º caso, enquanto o IPI
faz parte do 2º grupo. Para exemplificar vamos imaginar uma mercadoria saída
de uma indústria, cuja composição final de custos foi de R$ 50,00 por unidade:
 
1º caso – imposto por fora (a exemplo do IPI)
− Preço de custo sem imposto = 50,00
− Lucro desejável = 10,00 (20%)
− Preço do produto sem imposto = 60,00 (base de cálculo para o imposto)
imposto (alíquota 17%) = 10,20
− Preço final de venda = 70,20
 
2º caso – imposto por dentro (a exemplo do ICMS)
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− Preço final de venda = 70,20 (base de cálculo para o imposto)
− Imposto (alíquota.17%) = 11,93
− Preço do produto sem imposto = 58,27 (70,20 – 11,93)
− Preço de custo sem imposto = 50,00 lucro = 8,27 (16,54% = 100*8,27/50)
 
Assim, para que se mantenha a mesma margem de lucro (20%) ter-se-á que
fazer a seguinte operação matemática, no caso do imposto por dentro:
Sejam: PP o preço do produto sem imposto BC a base de cálculo para o
imposto (alíquota = 17% = 17/100 = 0,17)
PP + 0,17*BC = BC
BC – 0,17*BC = PP
0,83*BC = PP
BC = PP/0,83 = 1,2048*PP = PP + 20,48%*PP
 
Ou seja, a nova composição assim ficaria: preço de custo sem imposto = 50,00
lucro desejável = 10,00 (20%) preço do produto sem imposto = 60,00 preço
final de venda = 72,29 (PP + 20,48% = BC para o imposto) imposto (alíquota
17%) = 12,29. Pelo demonstrado, pode-se afirmar que o produto em questão
foi efetivamente tributado em 20,48% e não em 17%. A alíquota real foi,
portanto, 20,47% maior que a nominal (1 – 20,48%/17%)*100%. O produto
encareceu 2,98%- (1 - 72,29/70,20)*100.
Outra forma (de mais fácil compreensão) demonstra as diferenças entre um e
outro modo de tributação é a seguinte (simulações com diversas alíquotas, e
com imposto por dentro):
a)
Preço final de venda (BC) = 100,00
Imposto por dentro (alíquota 17%) = 17,00
Preço sem imposto = 83,00 a

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