Buscar

01 - 213 a 234 penal IV

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PROFA. DÉBORA RASSI
DIREITO PENAL IV
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
INTRODUÇÃO
TÍTULO VI – DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL
TÍTULO VII – DOS CRIMES CONTRA A FAMÍLIA
TÍTULO VIII – DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA
TÍTULO IX – DOS CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA
TÍTULO X – DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
TÍTULO XI – DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAS
LEIS PENAIS ESPECIAIS
Trabalho individual – O aluno deverá produzir 02 trabalhos onde discorrerá sobre os crimes hediondos(neste trabalho deverá discorrer sobre cada artigo da lei 8.072/90, deverá ter especial atenção para pesquisar também sobre o que é crime hediondo e o que crime equiparado a hediondo, se admite liberdade provisória ou não para os crimes hediondos e para os equiparados a hediondo segundo entendimento do STJ e do STF, sobre os requisitos para obter o livramento condicional para estes crimes, se a pena pode ser cumprida inicialmente em regime semi-aberto ou aberto ou se tem que ser inicialmente no regime fechado, conforme a lei de crimes hediondos, e, também, sobre o artigo 9º da lei se houve revogação ou não, total ou parcial, expressa ou tácita); e os crimes previstos no Título VII, (crimes contra a família, discorrer sobre cada crime previsto no título VII, não deixar de aprofundar nos temas em que há divergência doutrinária e jurisprudencial, sobre a análise do tipo objetivo, a consumação e tentativa, classificação penal e todo o complemento sobre cada artigo). Trabalhos manuscritos. Individual. Grampear os dois trabalhos para ficarem juntos. Entrega: ________________________ .Valerá até 2,0 do N1 que valerá (8,0).
INTRODUÇÃO
Esta apostila tem por objetivo direcionar o estudo de direito penal IV, onde serão abordados os estudos dos crimes previstos no código penal brasileiro, nos títulos acima indicados, embora contenha alguns ensinamentos doutrinários este material não deve ser o único utilizado nos estudos daquele que pretende mais do que, simplesmente, passar na matéria.
O Direito Penal IV é o último a ser estudado na grade de direito penal, exatamente por fazer parte de uma sequência de estudos, é imprescindível que o estudante revise estudos anteriores como: teoria do crime, consumação e tentativa, classificação doutrinária do crime, erros, exclusão de antijuridicidade, concurso de pessoas, teoria da pena e tudo mais que for mencionado em sala de aula.
Além da conclusão do estudo do código penal estudaremos também algumas leis penais especiais, conforme plano de ensino.
O código penal é livro indispensável nas aulas desta disciplina.
TÍTULO VI
DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL 
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
CAPÍTULO I
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL 
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Observe que o Título VI recebeu nova denominação.
A expressão revogada era “crimes contra os costumes” no título VI. Atualmente, denomina-se “crime contra a dignidade sexual”. 
 Dignidade é a palavra que define uma linha de honestidade e ações corretas baseadas na justiça e nos direitos humanos, construída através dos anos criando uma reputação moral favorável ao indivíduo. Respeitando todos os códigos de ética e cidadania e nunca transgredindo-os, ferindo a moral e os direitos de outras pessoas. Ser digno é obter merecimento ético por ações pautadas na justiça, honratez e na honestidade.
Crime contra a dignidade sexual é, portanto, aquele que ofende a honra sexual, o que é justo e honesto em termos sexuais.
Veja a seguir um texto retirado da internet sobre este novo título:
RESUMO DA REFORMA DO CÓDIGO PENAL - Publicado por Leonardo Castro em 10/08/2009 
Saiba o que muda com a entrada em vigor da Lei 12.015/2009
A Lei 12.015 de sete de agosto de 2009 traz diversas mudanças ao Código Penal, ao ECA e à Lei dos Crimes Hediondos.
Em uma primeira leitura, fica evidente que a intenção do legislador, ao elaborar a nova redação, era punir com mais vigor aqueles que cometem crimes contra a liberdade sexual, principalmente quando há o envolvimento de menores de idade.
A redação é polêmica e, sem dúvida alguma, será objeto de discussão. Veja, a seguir, as principais alterações:
ESTUPRO
Como era: Constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça.
Como ficou: Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso.
De acordo com a redação antiga, somente cometia estupro aquele que sujeitava a mulher, mediante violência ou grave ameaça, à conjunção carnal (cópula vagínica). Qualquer ato libidinoso diverso era considerado atentado violento ao pudor (exemplos: coito anal, sexo oral etc).
A partir de agora, passa a ser estupro tanto a conjunção carnal quanto os atos libidinosos diversos. Note que o tipo não distingue o gênero da vítima. Portanto, o homem pode ser vítima do crime de estupro.
A pena mínima foi equipada à do homicídio simples, ou seja, 06 (seis) anos de reclusão.
ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR
Passa a integrar o artigo 213 do CP. A Lei 12.015/2009 revogou integralmente o artigo 214 do Código Penal.
POSSE SEXUAL MEDIANTE FRAUDE
A antiga redação do artigo 215 foi extinta. Com a mudança, deixa de ocorrer somente contra as mulheres. Além disso, além da fraude, passa a cometer o crime aquele que utilize meio que “impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima”.
ASSÉDIO SEXUAL
Passa a ter a pena aumentada caso seja cometido contra menor de 18 (dezoito) anos.
ESTUPRO COM VIOLÊNCIA PRESUMIDA
A figura da vítima de estupro mediante violência presumida deixa de existir. De hoje em diante, intitula-se “estupro de vulnerável”. De acordo com a redação, ocorre o estupro de vulnerável na hipótese da prática de conjunção carnal ou ato libidinoso diverso contra menores de 14 (catorze) anos.
Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas acima contra alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
CORRUPÇÃO DE MENORES
Ocorre, somente, quando a vítima for menor de 14 (catorze) anos.
SATISFAÇÃO DE LASCÍVIA MEDIANTE PRESENÇA DE CRIANÇA OU ADOLESCENTE
Trata-se de um novo tipo penal. De acordo com a nova redação, comete o crime de Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente quem pratica, na presença de menor de 14 (catorze) anos, ou o induz a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, desde que seja para satisfazer a lascívia própria ou de outrem.
FAVORECIMENTO À PROSTITUIÇÃO DE VULNERÁVEL
Com a nova Lei, a exploração da prostituição de vulnerável está expressamente descrita no Código Penal. Também comete o mesmo crime aquele que o pratica contra menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze).
AÇÃO PENAL
Os crimes contra a liberdade sexual deixam de ser ajuizados mediante queixa. Após a reforma, a regra será a ação penal pública condicionada – mediante representação -, salvo quando a vítima for menor de 18 (dezoito) anos, ou vulnerável. Nessas hipóteses, serão objetos de ação penal pública incondicionada.
FAVORECIMENTO À PROSTITUIÇÃO DE MAIORES DE IDADE
A redação antiga não sofreu grande alteração. O legislador incluiu a expressão “exploração sexual” ao tipo, mas ainda não consegui prever o impacto na prática.
No entanto, a maior mudança é a causa de aumento do parágrafo primeiro, que considera mais gravosa a conduta quando cometida por “ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima”, ou por agente que “assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância”.
ESTABELECIEMENTO DE PROSTITUIÇÃO
O artigo faz, novamente, menção à exploração sexual.
Como era: Manter, por conta própria ou de terceiro, casa de prostituição ou lugar destinado a encontros para fim libidinoso, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente.
Como ficou: Manter, por conta própriaou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente.
RUFIANISMO
Também tem como causa de aumento de pena o fato do agente ser ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou por quem assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilânciada vítima.
Ademais, o legislador incluiu a fraude como causa de aumento.
TRÁFICO INTERNACIONAL DE PESSOA PARA FIM DE EXPLORAÇÃO SEXUAL
A Lei 12.015/2009 passou a punir quem agencia, alicia, vende ou compra a pessoa traficada, assim como, tendo conhecimento dessa condição, a transporta, a transfere ou a aloja.
Além disso, também há aumento de pena caso o agente seja ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância.
Todavia, em outubro de 2.016 entrou em vigor a LEI 13.344, a qual modificou os crimes de tráfico internacional para fins de prostituição e outras formas de exploração sexual retirando-as dos artigos 231, caput, e 231-A dos crimes contra a dignidade sexual e passou-os para o título dos ‘crimes contra a pessoa’, nos artigos 149-A. Confira!!!!
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA
Nos crimes contra a liberdade sexual, caso o agente engravide a vítima, ou transmita-lhe doença sexualmente transmissível que sabe ou deveria saber ser portador, a sua pena será aumentada.
A HEDIONDEZ DO ESTUPRO
Para dar um fim ao confuso artigo 1º, V, da Lei 8.072/90, a redação foi alterada para “estupro”, sem qualquer menção à cumulação com outro artigo.
O estupro de vulnerável também foi incluído entre os crimes hediondos.
ALTERAÇÃO NO ECA
Foi realizada a inclusão do artigo 244-B, que criminaliza, in verbis, a conduta daquele que “Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la”.
Entrementes, a maior novidade é o parágrafo primeiro desse mesmo artigo, que afirma que também comete o crime quem o faz por meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da Internet.
De forma resumida, essas são as principais mudanças. A Lei 12.015/2009 reflete alguns anseios da sociedade, como a punição mais severa nos casos de crimes contra menores de idade. Também trata de crimes novos, como a corrupção de menores em salas de chat.
Futuramente, muitas dessas mudanças tornar-se-ão verdadeiros “tiros no pé”, pois, na ânsia de solucionar imediatamente alguns problemas sociais, o legislador pátrio fez diversas alterações impensadas, e, talvez, equivocadas.
CAPÍTULO I – DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL
ESTUPRO (213)
Trata-se de um delito de constrangimento ilegal que visa à prática de conjunção carnal (intromissio penis in vaginam) ou prática de ato libidinoso (Lei 12.015) contra alguém (homem ou mulher).
A lei 8.072/90, art. 1º, definiu o estupro como crime hediondo, e como tal, o autor deste delito está sujeito às restrições previstas no artigo 2º (seja o mesmo na forma simples ou qualificada pelo resultado). 
Formas: 
- simples - 213, caput
- qualificada - lesão grave (sentido amplo);
 - ou vítima menor com idade entre 14 e 18 anos – § 1º (lei 
 12.015) - §1º
- qualificada - com resultado morte - § 2º (lei nova)
- com ‘violência’ presumida – 224 (revogado – lei nova). 
- com causa de aumento de pena – artigo 9º, lei crimes hediondos?????????
	NOTA: Veja decisão do STJ acerca o art. 9º, da lei 8.072/90:
HC 131987 / RJ
2009/0053103-2 
	Relator(a)
	Ministro FELIX FISCHER (1109) 
	
	Data da Publicação/Fonte
	DJe 01/02/2010
RT vol. 896 p. 542 
	Ementa 
	PENAL. HABEAS CORPUS. ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. AUMENTO PREVISTO NO ART. 9º DA LEI Nº 8.072/90. VIOLÊNCIA REAL E GRAVE AMEAÇA. INCIDÊNCIA. SUPERVENIÊNCIA DA LEI Nº 12.015/2009. HABEAS CORPUS DE OFÍCIO.
I - Esta Corte firmou orientação de que a majorante inserta no art. 9º da Lei nº 8.072/90, nos casos de presunção de violência, consistiria em afronta ao princípio ne bis in idem. Entretanto, tratando-se de hipótese de violência real ou grave ameaça perpetrada contra criança, seria aplicável a referida causa de aumento, como na espécie. (Precedentes).
II - Com a superveniência da Lei nº 12.015/2009 restou revogada a majorante prevista no art. 9º da Lei dos Crimes Hediondos, não sendo mais admissível a sua aplicação para fatos posteriores à sua edição. Não obstante, remanesce a maior reprovabilidade da conduta, pois a matéria passou a ser regulada no art. 217-A do CP, que trata do estupro de vulnerável, no qual a reprimenda prevista revela-se mais rigorosa do que a do crime de estupro (art. 213 do CP).
III - Tratando-se de fato anterior, cometido contra menor de 14 anos e com emprego de violência ou grave ameaça, deve retroagir o novo comando normativo (art. 217-A) por se mostrar mais benéfico ao acusado, ex vi do art. 2º, parágrafo único, do CP. Ordem denegada. Habeas corpus concedido de ofício para fazer incidir retroativamente à espécie a Lei nº 12.015/2009 por ser mais benéfica ao paciente.
 NOTA: Antes da entrada em vigor da lei 12.015/09, a doutrina não chegava a um acordo se o resultado “morte” qualificador do estupro no revogado art. 223. 
 Para parte da doutrina o resultado qualificador previsto no revogado art. 223 era um resultado preterdoloso (dolo na conduta antecedente e culpa a conduta posterior), pois que caso o resultado qualificador fosse doloso haveria concurso material de crimes, neste sentido Capez, Damásio, Mirabete e jurisprudência. 
Para Esther Ferras e Nucci, é possível o dolo na conduta posterior, tal qual ocorre no crime de latrocínio, onde o resultado mais grave é punido a título de dolo ou culpa, para estes a expressões utilizadas nos arts. 157, §3º e 223 são semelhantes, o que as difere do art. 129, §3º, onde o legislador afasta a modalidade dolosa do resultado, não cabendo, pois, falar em concurso de crimes. 
 Para Nucci o resultado qualificador poderia ser doloso ou culposo, pois o legislador não estabeleceu qualquer distinção, logo o juiz também não poderia estabelecer.
Mirabete apresenta em sua obra os dois posicionamentos, no primeiro aponta doutrina que entende que o resultado qualificado é crime qualificado pelo resultado, pois o legislador não estabeleceu distinção quanto ao elemento subjetivo, a exemplo do que ocorre com o latrocínio e diferente do que ocorre com a lesão corporal seguida de morte. Numa segunda corrente que atribui como dominante entende que se trata de crime preterintencional, punindo-se, portanto, se o resultado qualificado for culposo, complementa que se o resultado qualificador for doloso haverá concurso de crimes uma vez que tal resultado não decorre do estupro, mas de conduta distinta que configura crime diverso.
 Atualmente o resultado ‘morte’ está previsto no artigo 213, §2º - certamente a divergência persistirá.
Segundo o disposto no §2º, do art. 213, houve uma correção, a expressão é “se da conduta resulta morte”, portanto, a morte pode ocorrer da violência ou da grave ameaça. Antes da Lei 12.015/09 o resultado qualificador advinha do “fato” expressão que permitia interpretações divergentes.
Cabem as qualificadoras previstas nos §§ do artigo 213, ainda que o ato sexual não se consume, pois o resultado mais grave resulta da ação violenta ou da grave ameaça.
O crime previsto no artigo 213, caput, é simples (não há a fusão de 2 ou mais crimes), o que há é um crime de constrangimento ilegal específico (146), entretanto, os parágrafos 1º e 2º são complexos, uma vez que há delitos sexuais que se somam às lesões corporais graves ou a morte.
a.- objeto jurídico – a liberdade sexual do homem ou da mulher.
b.- sujeito ativo – qualquer pessoa (admite participação ou coautoria de terceiro, até mesmo a autoria mediata e imediata) 
c.- sujeito passivo – qualquer pessoa
d.-tipo objetivo – constranger (é tolher a liberdade, forçar ou coagir), conjunção carnal (é a cópula vagínica completa ou não), a violência (força bruta contra a vítima, terceiro ou coisa) ou grave ameaça (para ser grave o mal deve ser considerável, justo, ex.: o policial que ameaça prender a ladra, ou injusto, ex.: narrar um fato a terceiro). outro ato libidinoso (que visam o prazer sexual) diversos da conjunção carnal (o que não configurar ‘conjunção carnal’ será ‘ato libidinoso’. exemplos: beijo lascivo, passar as mãos nas coxas e seios da vítima, sexo anal, oral etc.) – lei nova.
e.- tipo subjetivo do tipo – dolo, há também o elemento subjetivo do tipo específico consistente na finalidade de obter a conjunção carnal ou outro ato libidinoso – lei nova.
f.- consumação - com a introdução completa ou não de pênis na vagina ou com a realização do ato libidinoso (ocorre com a efetiva prática do ato libidinoso diverso da conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça).
g.- tentativa – admissível, pois é crime plurissubsistente. 
Cumpre observar que ocorrendo tentativa de estupro com resultado lesão corporal grave ou morte, haverá uma exceção à regra prevista no artigo 14, parágrafo único, CP, não aplicando-se a diminuição de pena, tal como ocorre com a tentativa de latrocínio, segundo Mirabete.
h.- concurso de crimes – Antes da reforma do Título VI poderia ocorrer estupro + atentado violento ao pudor, hoje há um só crime, segundo a nova redação do art. 213. Pode ocorrer o crime continuado entre diversos estupros. Pode ocorrer concurso formal com o art. 130 (perigo de contágio de doença venérea), etc. Veja matéria sobre o tema a seguir: 
A inteligência da nova redação do art. 213 do CP é de que o crime é único
Texto de : 
Flavia Adine Feitosa Coelho
Data de publicação: 19/02/2010
DECISÃO (www.stj.jus.br)
Após mudança no CP, estupro e atentado violento ao pudor contra mesma vítima em um mesmo contexto é crime único 
A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconheceu como crime único as condutas de estupro e atentado violento ao pudor realizadas contra uma mesma vítima, na mesma circunstância. Dessa forma, a Turma anulou a sentença condenatória no que se refere à dosimetria da pena, determinando que nova reprimenda seja fixada pelo juiz das execuções.
No caso, o agressor foi denunciado porque, em 31/8/99, teria constrangido, mediante grave ameaça, certa pessoa às práticas de conjunção carnal e coito anal. Condenado à pena de oito anos e oito meses de reclusão, a ser cumprida, inicialmente, no regime fechado, a pena foi fixada, para cada um dos delitos, em seis anos e seis meses de reclusão, diminuída em um terço em razão da sua semi-imputabilidade.
No STJ, a defesa pediu o reconhecimento do crime continuado entre as condutas de estupro e atentado violento ao pudor, com o consequente redimensionamento das penas.
Ao votar, o relator, ministro Og Fernandes, destacou que, antes das inovações trazidas pela Lei n. 12.015/09, havia fértil discussão acerca da possibilidade, ou não, de se reconhecer a existência de crime continuado entre os delitos de estupro e atentado violento ao pudor.
Segundo o ministro, para uns, por serem crimes de espécies diferentes, descaberia falar em continuidade delitiva. A outra corrente defendia ser possível o reconhecimento do crime continuado quando o ato libidinoso constituísse preparação à prática do delito de estupro, por caracterizar o chamado prelúdio do coito.
“A questão, tenho eu, foi sensivelmente abalada com a nova redação dada à Lei Penal no título referente aos hoje denominados ‘Crimes contra a Dignidade Sexual’. Tenho que o embate antes existente perdeu sentido. Digo isso porque agora não há mais crimes de espécies diferentes. Mais que isso. Agora o crime é único”, afirmou o ministro.
Ele destacou que, com a nova lei, houve a revogação do artigo 214 do Código Penal, passando as condutas ali tipificadas a fazer parte do artigo 213 – que trata do crime de estupro. Em razão disso, quando forem praticados, num mesmo contexto, contra a mesma vítima, atos que caracterizariam estupro e atentado violento ao pudor, não mais se falaria em concurso material ou crime continuado, mas, sim, em crime único.
O relator ainda destacou que caberia ao magistrado, ao aplicar a pena, estabelecer, com base nas diretrizes do artigo 59 do Código Penal, reprimendas diferentes a agentes que pratiquem mais de um ato libidinoso.
Para o relator, no caso, aplicando-se retroativamente a lei mais favorável, o apenamento referente ao atentado violento ao pudor não há de subsistir. Isso porque o réu foi condenado pela prática de estupro e atentado violento ao pudor por ter praticado, respectivamente, conjunção carnal e coito anal dentro do mesmo contexto, com a mesma vítima.
Quanto à dosimetria da pena, o ministro Og Fernandes entendeu que o processo deve ser devolvido ao juiz das execuções. “A meu juízo, haveria um inconveniente na definição da sanção por esta Corte. É que, em caso de eventual irresignação por parte do acusado, outro caminho não lhe sobraria a não ser dirigir-se ao Supremo Tribunal. Ser-lhe-ia tolhido o acesso à rediscussão nas instâncias ordinárias. Estar-se-ia, assim, a suprimir graus de jurisdição”, afirmou o ministro. (HC 144870)
NOTAS DA REDAÇÃO
A decisão em comento analisou uma extensa discussão que existiu em Direito penal a respeito do tratamento estendido aos crimes de estupro e atentado violento ao pudor, ocorridos em um mesmo contexto fático contra mesma vítima. Discutia-se sobre a aplicabilidade de crime continuado ou concurso material de crimes, quando praticado os dois delitos em sequência pelo agente. A discussão, em suma, residia sobre qual o concurso de crimes aplicável, quando o atentado violento ao pudor ocorria antes ou depois do estupro, sendo quase amplamente majoritário, que quando perpetrado antes do estupro era por ele absorvido em razão de consubstanciar atos preparatórios do estupro.
Lembramos que o crime material decorre da pluralidade de condutas e da pluralidade de crimes consistente em ofensa a bens jurídicos distintos. Pode ser homogêneo, quando os crimes são da mesma espécie, ou heterogêneo para as hipóteses em que o crime não é da mesma espécie. 
Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena privativa de liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para os demais será incabível a substituição de que trata o art. 44 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o condenado cumprirá simultaneamente as que forem compatíveis entre si e sucessivamente as demais. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
A tese utilizada pela defesa foi a de crime continuado, nos termos do art. 71 do CP, a saber: 
Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código.(Redação dada pelaLei nº 7.209, de 11.7.1984)
Ocorre que com a reforma oriunda da Lei 12.015/09 os crimes antes tratados em artigos distintos, o que gerava um tratamento diferenciado para uma ou outra conduta, agora são capitulados pelo legislador em mesmo dispositivo legal, levando então ao entendimento de que são um único crime de conduta alternativa. Ou seja, o Estupro abrange inclusive os atos libidinosos que no ordenamento revogado davam ensejo à caracterização do atentado violento ao pudor. Vejamos a nova redação (grifo nosso): 
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 2o Se da conduta resulta morte: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Vê-se, portanto na leitura do tipo penal do art. 213 do CP com redação dada pela Lei 12.015 que o tipo é crime de ação múltipla, podendo ser realizado pelo constrangimento de alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso. Assim, perpetrada uma, algumas ou todas as condutas descritas no tipo o crime praticado pelo agente será o mesmo: ESTUPRO.
Desta feita, e considerando-se que o sistema penal brasileiro é pautado pelo princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica, também conhecido como novatio legis in mellius, tem-se que as condutas perpetradas sob a égide da lei anterior foram beneficiadas pelo novo prisma dos crimes contra a dignidade sexual, devendo seus efeitos retroagirem, alcançado os fatos ocorridos durante a vigência do ordenamento anterior para beneficiar o réu.
Por esta razão é que se manifestou o Ministro do STJ no sentido do não mais tratar-se, quanto aos crimes contra a dignidade sexual, em discussão sobre qual o concurso de crimes entre aplicável quando Atentado Violento ao Pudor e Estupro forem praticados dentro de um mesmo contexto fático e contra mesma vítima, mas sim em um crime único que em seu contexto pode se dar com ou sem conjunção carnal.
http://www.lfg.com.br/public_html/article.php?story=20100218150903645&mode=print
Com o cárcere privado ou sequestro, algumas situações podem ocorrer, a exemplo, se o agente conduz a vítima a lugar ermo, pratica a conjunção carnal ou ato libidinoso e logo após a libera, o crime de sequestro ficará absorvido, por força do princípio da consunção; se sequestra a vítima, mantém a conjunção carnal ou ato libidionoso e mantém a vítima no cativeiro, haverá concurso material do art. 148, §1º, V, c/c 213CP. 
O estupro de diversas vítimas constitui crime continuado.
O estupro da mesma vítima poderá configurar crime continuado, ou, não preenchendo os requisitos do art. 71, haverá concurso material. 
Ocorrendo vários estupros (conjunção carnal e/ou ato libidinoso), na mesma ocasião, em relação à mesma vítima, haverá um só crime.
Ocorrendo o estupro e o subsequente homicídio da vítima, duas hipóteses podem ocorrer: 
a] o agente estupra a vítima e resolve matá-la ou lesioná-la = concurso material;
b] se a vítima morre em decorrência das lesões do estupro = 213, § 2º. Foi revogado o art. 223, CP); 
c] as lesões leves e as vias de fato (LCP) ficam absorvidas pelo 213, CP.
d] se resulta lesão corporal GRAVE (sentido amplo: grave ou gravissíma) – 213, § 1º. 
(REVOGADO O ART. 223).
e] Se a vítima tem entre 14 e 18 anos – ART. 213, § 1º. – LEI NOVA.
i.- classificação penal – é crime comum, doloso, forma vinculada quanto à conjunção carnal e livre quanto ao ato libidinoso, mera conduta para Damásio, para Nucci é material, comissivo, excepcionalmente comissivo por omissão, instantâneo, dano, unissubjetivo, plurissubsistente, admite tentativa. 
j.- exige-se corpo de delito. 
ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR (214) – REVOGADO LEI 12.015/09.
POSSE SEXUAL MEDIANTE FRAUDE (215) – ALTERADO PELA LEI NOVA.
“Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima”. PENA: 2 A 6 anos de reclusão.
PARÁGRAFO ÚNICO – Se o crime é cometido como o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também a multa. 
Trata-se da proteção a liberdade sexual de qualquer pessoa (homem ou mulher), sendo que o consentimento obtido mediante fraude ou outro meio que dificulte a manifestação de vontade da vítima, seja a vítima honesta ou não (a expressão ‘honesta’ refere-se à conduta sexual). a doutrina denomina-o de estelionato sexual. neste crime não há violência ou grave ameaça. em se tratando de vítima com idade inferior a 14 anos, não haverá presunçao de violência, pois o art. 224 foi revogado, respondendo o agente pelo art. 217-a (estupro de vulnerável).
“outro meio” – interpretação analógica.
Sendo a ‘posse sexual mediante fraude’ praticada contra vítima menor de 14 anos, enfermo, deficiente mental ou outro que não possa opor resistência configurará estupro de vulnerável (art. 217-A) e não o crime aqui estudado.
Formas:
- simples – 215, caput.
- qualificada – 215, parágrafo único.
a.- objeto jurídico – a liberdade sexual de qualquer pessoa.
b.- sujeito ativo – qualquer pessoa.
c.- sujeito passivo – qualquer pessoa.
d.- tipo objetivo – fraude (engodo, ardil capaz de induzir a vítima em erro) não pode ser grosseira. Para aferir o erro é necessário analisar o fato à luz do que agiria o homem médio. No mais, idem análise feita no art. 213.
e.- tipo subjetivo do tipo – é o dolo. O fim de obter a conjunção carnal OU OUTRO ATO libidinoso é o elemento subjetivo do tipo (dolo específico), segundo nucci e delmanto, para damásio não exige dolo específico.
f.- consumação - consuma-se com a intromissio penis in vaginam completa ou não, ou com o ato libidinoso (efetiva prática do ato libidinoso diverso da conjunção carnal) 
g.- tentativa – admissível, pois é crime plurissubsistente.
h.- classificação penal – é crime comum, forma vinculada ou livre (idem 213), material, comissivo, excepcionalmente comissivo por omissão, instantâneo, dano, unissubjetivo, plurissubsistente, admite tentativa. 
i.- exige-se corpo de delito. 
ATENTADO AO PUDOR MEDIANTE FRAUDE (216) – REVOGADO LEI 12.015
Embora este artigo tenha sido revogado a proteção jurídica persiste, agora, dentro do art. 215.
ASSÉDIO SEXUAL (216-A)
Trata-se do constrangimento de caráter sexual exercido por alguém que exerça relação de poder decorrente de superioridade administrativa ou trabalhista sobre a vítima, afetando-lhe a liberdade sexual.
Assédio, segundo o Dicionário Aurélio, significa insistência inoportuna, junto de alguém com perguntas, propostas, pretensões etc.
Não basta a abordagem atrevida ou inconveniente, pois que necessita a forma impositiva. Para a Organização Mundial do Trabalho é necessário que haja condição para dar ou manter o emprego, influir na promoção, prejudicar rendimento profissional, humilhar, insultar ou intimidar a vítima.
A lei não contemplou o assédio moral ou o ambiental.
Algumas situações que merecem estudo:
- diarista – há duas orientações, uma que não aceita o delito e outra que o admite.
- pais e filhos – somente se houver relacionamento laboral.
- hierarquia religiosa – inexiste delito.
- doméstica – há delito.
- hóspede – inexiste delito.
- sócio – inexiste delito.
- cliente importante e funcionário – inexiste delito.
- docente e aluno - ?
Forma:
- simples – 216, caput.
- causa de aumento de pena - §2º - a pena é aumentada em 
 1/3 se a vítima é menor de 18 anos. – lei nova.- causa de aumento de pena – 226
a.- objeto jurídico – a liberdade sexual da pessoa.
b.- sujeito ativo – alguém que tenha o poder de mando sobre a vítima (homem ou mulher).
c.- sujeito passivo – o subordinado(a) hierárquico em trabalho público (civil, militar) ou particular. 
d.- tipo objetivo – constranger (forçar, coagir, obrigar, compelir...). No mais observe os estudos acima.
e.- tipo subjetivo do tipo – é o dolo. O fim de obter a vantagem ou o favorecimento sexual é o elemento subjetivo do tipo (dolo específico).
f.- consumação - com o constrangimento, não se exigindo o resultado.
g.- tentativa – admissível, quando o constrangimento se der com a palavra escrita que não chega ao conhecimento da vítima.
h.- classificação penal – é crime bipróprio/próprio (exige qualidade especial do sujeito ativo e passivo), forma livre, formal, comissivo, excepcionalmente comissivo por omissão, instantâneo, dano, unissubjetivo, plurissubsistente, admite tentativa. 
i.- exige-se corpo de delito. 
SEDUÇÃO (217) – Revogado pela lei 11.106/05. 
CAPÍTULO II – DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL (LEI NOVA – O CAPÍTULO II É A PARTIR DO ART. 217-A) – MUDOU TAMBÉM A NOMECLATURA.
217-A – Estupro de vulnerável
218, caput - Corrupção de menores
218 - A – Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente 
218-B – Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável 
217-A – ESTUPRO DE VULNERÁVEL
“Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos
§ 1o  incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência”
Vulnerável – são todas as pessoas indicadas no caput e no parágrafo primeiro.
Observa-se que o legislador pune, independente de violência ou grave ameaça, a conduta de alguém manter conjunção carnal ou outro ato libidinoso com vítima menor de 14 anos, enferma, deficiente mental que não tenha necessário discernimento para a prática do ato, ou, ainda, por qualquer outra causa, encontre impossibilitada de opor resistência.
É certo que o art. 224 foi revogado, que a questão da constitucionalidade ou não da presunção de violência perdeu, no contexto dos crimes contra os costumes, razão de ser. Todavia, a proteção que antes visava o legislador, continua agora estampada no art. 117-A, conquanto para a prática de estupro contra vulnerável independe da existência de violência ou grave ameaça.
Com a nova lei, há a proteção da vítima com idade inferior a 14 anos. Sendo a vítima com idade igual ou superior a 14 anos, e se não estiver entre as outras hipóteses de vulnerabilidade, para configurar estupro (art. 213), é necessário que haja violência ou grave ameaça, caso contrário, a conduta é atípica.
Em interpretação a nova lei, um agente que oferece bebida alcoólica ao vulnerável, e, depois, aproveita-se de sua incapacidade para oferecer resistência, e lhe dá um beijo de língua, estará cometendo estupro.
Objeto jurídico, sujeito ativo e passivo, é de fácil intelecção.
Consumação – ‘ter conjunção ...” trata-se da punição do resultado, logo, como todo crime material é necessária a ocorrência do resultado que será ‘intromissio penis in vaginan’ ou o ‘ato libidinoso’.
Tentativa – por ser crime plurissubsistente, admite tentativa.
Concurso de crimes – é possível o concurso formal com o art. 130 (perigo de contágio de doença venérea); ocorrendo, efetivamente o contágio de doença venérea (não só o ‘perigo’) aplica-se o 234-A, IV. Pode ocorrer crime continuado com a mesma vítima ou com vítimas diferentes.
Classificação penal – faça você mesmo um apanhado de 10 classificações.
218 – CORRUPÇÃO DE MENORES
Art. 218 - Corromper ou facilitar a corrupção de pessoa maior de 14 (catorze) e menor de 18 (dezoito) anos, com ela praticando ato de libidinagem, ou induzindo-a a praticá-lo ou presenciá-lo:
        Pena - reclusão, de um a quatro anos.
Art. 218.  Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de outrem: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Lascívia – é sensualidade; lúbrica; desregrado (Devasso, libertino); libidinagem (Relativo ao prazer sexual, ou que o sugere; voluptuoso, Que procura constantemente e sem pudor satisfações sexuais); Luxúria.
O menor está constitucionalmente protegido no art. 227, §4º, da CF.
O art. 218, CP, trata da proteção da moral sexual dos menores 14 anos. Antes da Lei 12.1015/90 a proteção era ao adolescente com idade entre mais de 14 e menos de 18 anos. Também alterou o alcance da proteção legal.
Distingue o 218, CP, do crime de corrupção de menores previsto no artigo 244-B, do ECA, pois no ECA o que se pune a facilitação ou a corrupção de menor praticando com ele ou induzindo-a a praticar crimes. 
 O art. 244-B substitui de maneira expressa, o disposto na Lei nº 2.252, de 1º de julho de 1954, devendo ser interpretado segundo as normas e princípios contidos na Lei nº 8.069/90. Assim, com maior razão em relação àquilo que já vinha reconhecendo a Jurisprudência quanto ao disposto na Lei nº 2.252/54, o crime previsto no art. 244-B estatutário deve ser considerado crime formal, sendo absolutamente irrelevante, para sua caracterização, o fato de a criança ou adolescente com a qual se pratica o crime ter ou não algum histórico infracional, até porque o objetivo declarado do legislador foi coibir - e com maior rigor - prática semelhante.
O ECA, art. 244-A, prevê o crime de submissão de criança ou adolescente à prostituição ou à exploração sexual, cujas penas são idênticas às aqui previstas.
a.- objeto jurídico – dignidade sexual
b.- sujeito ativo – qualquer pessoa.
c.- sujeito passivo – menor entre 14 a 18 anos não corrompido (se totalmente corrompido há crime impossível, art. 17, CP), se menor de 14 presume-se a violência (será estupro ou atentado violento ao pudor).
d.- tipo objetivo – já estudado. 
e.- tipo subjetivo do tipo – é o dolo correspondente à vontade de praticar uma das condutas previstas na lei, não exige a finalidade específica de corromper, uma vez que o agente aceita este resultado como consequência. 
f.- consumação - por ser crime formal, consuma-se com a conduta de induzir.
g.- tentativa – admissível.
h-. concurso de crimes – pode ocorrer com o ato obsceno, quando o ato é praticado em lugar público, aberto ou exposto ao público.
i.- classificação penal – é crime comum, forma livre, formal ou material, comissivo, excepcionalmente comissivo por omissão, instantâneo, dano, unissubjetivo, plurissubsistente, admite tentativa.
218 – A – SATISFAÇÃO DE LASCÍVIA MEDIANTE PRESENÇA DE CRIANÇA OU ADOLESCENTE 
Art. 218-A.  Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.” (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Praticar – significa exercitar, atividade física. 
Induzir – plantar a idéia.
Trata-se de uma inovação penal, conquanto o menor de 14 anos não tinha a proteção aqui apresentada, pois que a previsão do art. 218 estendia-se ao menor com idade entre 14 e 18 anos. 
Também dispunha o art. 218 que havia crime de corrupção de menores quando o menor (14 a 18) ‘praticava’ ou era ‘induzido a praticar’ ato de libidinagem. Atualmente incrimina a conduta ‘praticar na presença ou induzir a presenciar’. Como observe o menor não participa do ato sexual.
Se o menor de 14 anos vier a praticar a conjunção carnal ou o ato libidinoso o crime será o de estupro de vulnerável.
Lembre-se que para o ECA criança é aquele que tem idade inferior a 12 anos de idade e adolescente é aquele que tem idade entre 12 e menos de 18 anos. Aqui no art. 218-A a proteção é ao adolescente com idade até14 anos.
Objeto jurídico, sujeito ativo e passivo – é de fácil intelecção.
Consumação – observa-se que se trata de crime formal, logo, a consumação se dá com a prática da conduta ‘praticar’ ou ‘induzir’.
Tentativa – é crime plurissubsistente, admitindo a tentativa.
Classificação penal – doloso (dolo específico), comum, simples, unissubjetivo, plurissubsistente, dano, forma livre ao ‘praticar’ ou ‘induzir’, formal, comissivo, pode ser comissivo por omissão, instantâneo.
218 – B – FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL DE VULNERÁVEL 
Art. 218-B.  Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
§ 1o  Se o crime é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 2o  Incorre nas mesmas penas: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste artigo; (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 3o  Na hipótese do inciso II do § 2o, constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento.(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Submeter – reduzir à obediência, subordinar.
Atrair – seduzir, aliciar.
Prostituição - é o comércio habitual do próprio corpo, exercido por qualquer pessoa, em que se presta a favores sexuais a número indeterminado de pessoas.
A exploração sexual é o meio pelo qual o indivíduo obtém lucro financeiro por conta da prostituição de outra pessoa, seja em troca de favores sexuais, incentivo à prostituição, turismo sexual, 
rufianismo. Trata-se de um elemento normativo, cabendo, pois, ao intérprete, no caso concreto, verificar se se trata de exploração sexual ou não.
Trata-se da tipificação da conduta de quem envolve um menor de 18 anos, enfermo ou deficiente mental à prostituição ou a outra forma de exploração sexual. Difere do art. 228, conquanto a proteção se estenda à vítima com idade superior a 18 anos ou sem a condição de vulnerabilidade.
Observe que o parágrafo 2º, I, incrimina a conduta do agente que pratica a conjunção carnal ou o ato libidinoso com as vítimas em questão. Antes da reforma do Título VI, do CP discutia-se se este agente responderia ou não pelo crime, vez que por se tratar de menor prostituído não havia previsão legal para tal conduta.
O parágrafo segundo possui uma exceção à Teoria Monista do concurso de pessoas, requerendo a aplicação da Teoria Pluralística, onde cada autor responde por seu crime. Crimes diferentes para os autores.
O legislador não estabelece diferença se estas vítimas já estejam ou não prostituídas. 
Proprietários de motéis, hotéis, boates além, é claro, de prostíbulos poderão estar envolvidos na prática deste crime.
CAPÍTULO III – DO RAPTO (Revogado pela Lei 11.106/05)
A abolitio criminis ocorreu em 2005 quanto aos seguintes artigos:
RAPTO VIOLENTO OU MEDIANTE FRAUDE (219) 
RAPTO CONSENSUAL (220) 
DIMINUIÇÃO DE PENA E CONCURSO DE CRIMES (221 e 222) 
CAPÍTULO IV – DISPOSIÇÕES GERAIS
FORMAS QUALIFICADAS (223) – Revogado pela Lei 12.015/09
PRESUNÇÃO DE VIOLÊNCIA (224) – REVOGADO NOVA LEI 12.1015/90
A TÍTULO DE CURIOSIDADE DEIXO A DISCUSSÃO QUE EXISTIA SOBRE ESTE ARTIGO.
Presume-se a violência, ou seja, o legislador diz que ela existiu, ainda que de fato não tenha ocorrido, quando algum crime contra os costumes foi praticado contra:
- vítima menor de 14 anos;
- alienada mental ou débil mental e o agente e o agente conhecia esta 
circunstância;
- vítima não pode, por qualquer outra causa, opor resistência.
Este dispositivo tem por objetivo dar maior proteção à vítima que tem menor possibilidade de reação.
Conforme dito alhures, não se deve aplicar a causa de aumento de pena prevista no art. 9º, da Lei de Crimes Hediondos, quando o estupro ou o atentado violento ao pudor decorrer de violência ficta, pois se haveria a dupla punição pelo mesmo fato (bis in idem). Entretanto alguns tribunais estaduais e até mesmo o STJ e STF (hc 74.780/RJ, Rel. Min. Maurício Correa, 1997), já se manifestado no sentido de não haver bis in idem.
A MENORIDADE no caso é idade igual ou inferior a 14 anos de idade, independente de se tratar de menor já corrompido (a) ou não, conforme posicionamento majoritário (STF) há, entretanto, entendimento de que a proteção não se estende ao menor já corrompido, como seria o caso daquele que já se prostitui. Havendo erro acerca da idade da vítima, aplica-se o art. 20, do CP. O consentimento da vítima é desconsiderado pela lei, é inválido.
Discute-se se a presunção decorrente da idade da vítima é absoluta (iuris et de iure) ou relativa (iuris tantum), se há casos em que ele deve ser aceito ou se é sempre inválido. Seria válido o consentimento e, portanto, não haveria estupro ou atentado violento ao pudor quando a vítima fosse prostituta de porta aberta, já tivesse mantido relações sexuais com outras pessoas, porque ‘pintou vontade’, porque aparentava ser maior de 14 anos pelo precoce desenvolvimento físico, há diferença entre o consentimento do menor de 12 anos e daquele com idade entre 12 e 14 anos? 
Discute-se, ainda, se o art. 224, do CP foi ou não recepcionado pela CF/88, haja vista que, no CP o legislador presume um fato que verdadeiramente pode não ter ocorrido, ou seja, presume que há violência. Ex.: o agente acaricia lascivamente o corpo de uma criança, a qual sequer percebe as intenções daquele. Para o CP houve o crime previsto no art. 214, cuja violência está estampada no art. 224.
Para a CF, princípio do estado de inocência, a pessoa somente pode ser considerada culpada pelos atos que comprovadamente praticou – não se pode presumir fatos, ou eles existiram ou não. E então, a presunção prevista no art. 224, do CP, foi recepcionada pela nova ordem constitucional ou não?
As respostas a estas perguntas podem ser obtidas na Internet, nas jurisprudências dos tribunais superiores, em obras jurídicas como: Presunção de violência nos crimes sexuais, de Luiz Flávio Gomes, além dos livros adotados para esta disciplina. 
A ALIENAÇÃO OU DEBILIDADE MENTAL E O AGENTE CONHECIA ESTA CIRCUNSTÂNCIA, esta mais grave que aquela, são casos que permitem a presunção relativa (iuris tantum) de violência, uma vez que o legislador exige que tal estado seja conhecido pelo agente, que deve agir com dolo direto (exclui-se o dolo eventual e a culpa).
QUANDO A VÍTIMA NÃO PUDER OFERECER RESISTÊNCIA, constitui a última hipótese de presunção de violência e pode ocorrer quando a mesma estiver impossibilitada em decorrência de enfermidades, paralisia dos membros, idade avançada, sob efeitos de sedativos, entorpecentes etc. A presunção é relativa exigindo-se prova da situação que causou a impossibilidade de defesa da vítima.
AÇÃO PENAL (225) – Alterado pela Lei 12.015/09
Art. 225.  Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública condicionada à representação. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Parágrafo único.  Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009).
Não cabe mais a queixa para os crimes definidos neste capítulo, nos termos da lei 12.015/09.
Vulnerável – por vez o legislador considera o menor de 14 anos como vulnerável, por vez a proteção se estende à vítima com idade inferior a 18 anos. Para efeitos da ação penal,nos crimes contra a dignidade sexual, a ação penal será pública incondicionada se a vítima possuir idade inferior a 18 anos. Lembre-se que é considerado vulnerável também o enfermo, deficiente mental e aquele que não puder opor resistência.
No Capítulo I, há a possibilidade do estupro com resultado morte ou lesão corporal grave, neste caso, em que pese o disposto no artigo 225, por ser crime complexo, a ação penal é pública incondicionada.
AUMENTO DE PENA (226) 
Art. 226. A pena é aumentada:(Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005)
I - de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas) ou mais pessoas; (Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005)
II - de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tem autoridade sobre ela; (Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005)
 (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
O presente artigo traz duas hipóteses em que a penas previstas para os crimes aqui estudados serão aumentadas (causa de aumento de pena): na primeira hipótese (concurso de pessoas) não se exige a presença do co-participante para a execução do crime; na segunda hipótese (relação do agente com a vítima) o aumento da pena se dá em razão da autoridade que o agente possui sobre a vítima. 
CAPÍTULO V
DO LENOCÍNIO E DO TRÁFICO DE PESSOAS
(Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005)
CAPÍTULO V
DO LENOCÍNIO E DO TRÁFICO DE PESSOA PARA FIM DE 
PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE 
EXPLORAÇÃO SEXUAL 
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009 * Ver lei 13.344/16)
MEDIAÇÃO PARA SERVIR A LASCÍVIA DE OUTREM (227) 
*Lenocínio – é a prestação de apoio, assistência ou incentivo à vida voluptuosa de outra pessoa, dela tirando proveito. Seu agente é chamado de cafetão, rufião ou proxeneta.
Este crime difere do favorecimento da prostituição (228), conquanto lá induz outrem a satisfazer a lascívia de um número indeterminado de pessoas.
Não exige lucro com o incentivo, se houver haverá um acréscimo na pena pecuniária (§3º), é o chamado lenocínio questuário (ambicioso, interesseiro). 
Formas: 
- simples (227, caput);
- qualificada (parágrafo 1º, 2º e 3º).
a.- objeto jurídico – tutela da disciplina da vida sexual, de acordo com os bons costumes, moralidade pública e organização da família.
b.- sujeito ativo e passivo – qualquer pessoa.
c.- tipo objetivo – vide estudos acima. 
d.- tipo subjetivo do tipo – é o dolo, com a finalidade específica de satisfação da luxúria ou do prazer sexual de outrem. 
e.- consumação - consuma-se com a prática de qualquer ato pela vítima destinado a satisfazer a lascívia de outrem.
f.- tentativa – admissível, quando a vítima é impedida por terceiros.
g.- classificação penal – é crime comum, simples, forma livre, material, comissivo, excepcionalmente comissivo por omissão, instantâneo, dano, unissubjetivo, plurissubsistente, admite tentativa.
FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO (228) 
Art. 228.  Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a abandone: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 1o  Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
*Prostituição – é o comércio habitual do próprio corpo, exercido por qualquer pessoa, em que se presta a favores sexuais a número indeterminado de pessoas.
Prostíbulo individual – exercendo sozinha o meretrício não há crime.
Habitualidade – há divergência acerca da exigência de habitualidade para configurar este crime ou não. Damásio entende que não, mas aponta julgados dizendo que este crime é habitual. Para Capez é habitual.
Sendo a vítima criança ou adolescente aplica-se o ECA, art. 244-A.
Lucro – não se exige que o agente obtenha lucro. Havendo lucro aplica-se o § 3º - “Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa”.
a.- objeto jurídico – é o interesse social consistente em que a função sexual se exerça de acordo com os bons costumes, a moralidade pública e a organização da família.
b.- sujeito ativo – qualquer pessoa.
c.- sujeito passivo – qualquer pessoa, corrompida ou não. É também a sociedade.
d.- tipo objetivo – induzir (plantar a idéia) atrair (seduzir ou chamar alguém a fazer alguma coisa), outra forma (interpretação analógica) facilitar (dar acesso), impedir (tornar impraticável) ou dificultar (colocar obstáculo).
e.- tipo subjetivo do tipo – é o dolo. Se houver finalidade de lucro, com a finalidade específica de satisfação da luxúria ou do prazer sexual de outrem. 
f.- consumação - nas três primeiras modalidades a consumação se dá quando produz o efeito desejado pelo agente, ex.: quando a vítima já está no prostíbulo ou à disposição de fregueses, ainda que não recebido qualquer um. No último, o impedimento consuma o crime, segundo Mirabete.
g.- tentativa – admissível, no induzimento quando a pessoa se convence, no impedimento ocorre quando a vítima consegue se desvencilhar do agente, apesar da tentativa dele.
h.- classificação penal – é crime comum, simples, forma livre, material, comissivo, excepcionalmente comissivo por omissão, instantâneo, na modalidade impedir é permanente, tratando-se de crime habitual não admite tentativa, dano, unissubjetivo, plurissubsistente.
CASA DE PROSTITUIÇÃO (229) 
Art. 229.  Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Proxeneta é a pessoa que intermedeia encontros amorosos mantendo lugar próprio para tanto. Rufião (cafetão) é a pessoa que vive da prostituição alheia, fazendo-se sustentar pela(o) prostituta(o).
Lucro – não se exige que o agente obtenha lucro.
Casas de massagem, motéis, saunas, bares, boates, casas de relaxamento ... não são lugares específicos para prostituição, embora muitos destes sejam verdadeiras casas de prostituição disfarçadas. Estão sujeitos à nova lei, pois que são “estabelecimentos” – sentido amplo da expressão. Diverge do “casa de prostituição” que possuía sentido mais restrito.
O proprietário que aluga o imóvel para prostitutas não incide neste crime, se desconhecia o fim para o qual o imóvel foi locado.
a.- objeto jurídico – a moralidade pública sexual, os bons costumes.
b.- sujeito ativo – qualquer pessoa. 
c.- sujeito passivo – qualquer pessoa (para Damásio além da sociedade também a prostituta, Nucci, Mirabete e Delmanto entendem que a prostituta também está ferindo os bons costumes, não podendo ser vítima da própria liberdade sexual). Se a pessoa se prostitui na sua casa será meretriz o que não constitui crime.
d.- tipo objetivo – manter (sustentar, o que fornece a noção de habitualidade). No mais, vide estudos acima.
e.- tipo subjetivo do tipo – é o dolo, acrescido do elemento subjetivo do tipo específico, consistente na vontade de satisfação da luxúria ou do prazer sexual de outrem. 
f.- consumação - com a manutenção, que exige habitualidade. Tal qual a corrente que é formada por elos, não se pode dizer que um elo seja corrente, neste sentido, o ato isolado não constitui crime. Será, pois, quando o sujeito já iniciou a manutenção da casa de prostituição e lá já se praticou um ato de prostituição, segundo Damásio. 
g.- tentativa – por ser crime habitual não é admissível, portanto, se montar a casa, mas não ocorrer encontro libidinoso, não haverá crime.
h.- classificação penal – é crime comum, simples, forma livre, formal, comissivo, excepcionalmente comissivo por omissão, habitual, dano, unissubjetivo, plurissubsistente, para a doutrina majoritária existe a permanência no crime habitual, daí ser possívela prisão em flagrante.
RUFIANISMO (230) 
Art. 230 - Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1o  Se a vítima é menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos ou se o crime é cometido por ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou por quem assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 2o  Se o crime é cometido mediante violência, grave ameaça, fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação da vontade da vítima: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, sem prejuízo da pena correspondente à violência.(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Rufianismo é viver à custa da prostituição alheia.
Lucro deve ser direto, não indireto, como com bebidas, alojamento, alimentos ....
 Em nenhum dos casos de lenocínio, a tolerância policial exclui o delito.
Formas:
- simples (230, caput); 
- qualificada (230, § 1º e 2º). ALTERADOS PELA LEI 12.015/90.
a.- objeto jurídico – a moralidade pública sexual, os bons costumes.
b.- sujeito ativo – qualquer pessoa. 
c.- sujeito passivo – a pessoa que exerce a prostituição, secundariamente a coletividade.
d.- tipo objetivo – tirar proveito (extrair lucro), participando do lucro (reservar uma parte para si). Trata-se de figura, claramente, habitual. No mais, vide estudos acima.
e.- tipo subjetivo do tipo – é o dolo, acrescido do elemento subjetivo do tipo específico, consistente na vontade de praticar a conduta com habitualidade, como estilo de vida.
f.- consumação - quando o agente entrega-se ao estilo de vida próprio do rufião (necessita habitualidade)
g.- tentativa – por ser crime habitual não é admissível.
h.- classificação penal – é crime comum, simples, forma livre, material, comissivo, excepcionalmente comissivo por omissão, habitual, dano, unissubjetivo, plurissubsistente, para a doutrina majoritária existe a permanência no crime habitual, daí ser possível a prisão em flagrante.
TRÁFICO INTERNACIONAL DE PESSOAS (231) – Nesta apostila permanece a disposição contida no artigo 231 e 231-A, em que pesa a Lei 13.344/16 tê-los migrado para o artigo 149-A, do Código Penal.
Art. 231. -A Promover ou facilitar a entrada, no território nacional, de alguém que nele venha a exercer a prostituição ou outra forma de exploração sexual, ou a saída de alguém que vá exercê-la no estrangeiro. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 1o  Incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar ou comprar a pessoa traficada, assim como, tendo conhecimento dessa condição, transportá-la, transferi-la ou alojá-la. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 2o  A pena é aumentada da metade se: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
I - a vítima é menor de 18 (dezoito) anos; (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
II - a vítima, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato; (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
III - se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; ou (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
IV - há emprego de violência, grave ameaça ou fraude. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 3o  Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
	NOVA REDAÇÃO DO Art. 149-A:
Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa, mediante grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com a finalidade de: 
I - remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo; 
II - submetê-la a trabalho em condições análogas à de escravo; 
III - submetê-la a qualquer tipo de servidão; 
IV - adoção ilegal; ou 
V - exploração sexual. 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. 
§ 1o A pena é aumentada de um terço até a metade se: 
I - o crime for cometido por funcionário público no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las; 
II - o crime for cometido contra criança, adolescente ou pessoa idosa ou com deficiência; 
III - o agente se prevalecer de relações de parentesco, domésticas, de coabitação, de hospitalidade, de dependência econômica, de autoridade ou de superioridade hierárquica inerente ao exercício de emprego, cargo ou função; ou 
IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do território nacional. 
§ 2o A pena é reduzida de um a dois terços se o agente for primário e não integrar organização criminosa.” 
Trata-se do tráfico de pessoas (mulheres ou homens) para fins de exploração sexual.
A lei incrimina a conduta de quem alicia, vende ou compra a pessoa traficada, e, tendo conhecimento dessa condição, a transporta, transfere ou aloja.
Também há previsão de aumento de pena previsto no parágrafo 1º do art. 149-A e causa de diminuição de pena prevista no parágrafo 2º, do mesmo artigo.
São as condutas típicas: 
1ª] promover (tornar possível) a entrada, no território nacional, de pessoas que venha exercer a prostituição, ou a saída da pessoa para exercer a prostituição no estrangeiro;
2º] facilitar (tornar mais fácil, ajudar) a entrada ou saída de pessoas para este mesmo fim;
3º] agenciar (tentar providenciar, gerir negócios alheios)
4º] aliciar (seduzir, atrair com habilidade ou promessas)
5º] comprar
6º] transportar (passar de um lugar para outro)
7º] transferir (ceder a outra pessoa)
8º] acolher (abrigar)
Formas: simples – caput;
 
 Causa de aumento de pena§ 1º e 
 Causa de diminuição de pena no § 2º;
a.- objeto jurídico – a liberdade individual (não mais a dignidade sexual), que devem ser preservados pelas ações, protegendo a liberdade contra as ações de criminosos com fins de explorar sexualmente as vítimas, submetê-las às condições análogas à de escravo ou servidão, adoção ilegal ou remoção de órgãos, tecidos ou partes do corpo. Estas ações podem ocorrer dentro ou fora do país.
.
b.- sujeito ativo e passivo – qualquer pessoa. 
c.- tipo objetivo – Acima descrito.
e.- tipo subjetivo do tipo – é o dolo, acrescido do elemento subjetivo do tipo específico, consistente na vontade de promover as ações descritas nos incisos I a V. Como observa é crime com dolo específico.
f.- consumação - com a prática de quaisquer das condutas previstas no caput, independente de êxito quanto ao alcança da finalidade pretendida. Trata-se de crime formal.
g.- tentativa – Admissível, uma vez que se trata de crime plurissubsistente.
h.- classificação penal – é crime comum, simples, forma livre, formal, comissivo, excepcionalmente comissivo por omissão, forma livre, instantâneo, dano, unissubjetivo, plurissubsistente.
i – competência – tratando-se de crime internacional, a competência é da Justiça Federal.
CAPÍTULO VI – DO ULTRAJE PÚBLICO AO PUDOR 
Ultrajar significa ofender a dignidade. Pudor é o sentimento de vergonha ou de desonra humilhante.
ATO OBSCENO (233) 
Ato obsceno é o ato de natureza sexual que ofenda o pudor público. Ex.: andar nu, mostras as partes íntimas seja do homem ou da mulher, relação sexual em público, o trottoir dos travestis, tudo variando, é claro, com os costumes do lugar. A micção, que é o ato natural de urinar, se de costas ou de modo a não se expor não configura ato obsceno.
Este crime caminha para a descriminalização ou, pelo menos, a transformação em crime material, conforme Nucci.
Exige-se que seja praticado em:
- lugar público (ruas, praças), ou- aberto ao público (ônibus, cinema, metrô), ou 
- exposto ao público (visível pela vidraça, interior do carro). Sendo visível apenas pela vizinho poderá ser perturbação da tranquilidade (art. 65, LCP).
Para a doutrina e jurisprudência majoritária, basta a prática do ato obsceno no lugar público para configurar o crime, independente de ter sido visto por alguém ou não [Para Nucci a publicidade é essencial, de modo que sendo o ato praticado em lugar onde não há a presença de pessoas, o objeto absolutamente impróprio (= crime impossível)].
a.- objeto jurídico – visa a proteção do pudor público.
b.- sujeito ativo – qualquer pessoa.
c.- sujeito passivo – coletividade (crime vago).
d.- elemento normativo – ato obsceno, pois trata-se de um conceito mutável.
e.- tipo subjetivo do tipo – é o dolo.
f.- consumação - por ser crime de perigo, basta a prática do ato, independente da presença de pessoas. Sendo o lugar público, porém ermo, longínquo (sem possibilidade de ser visto) não haverá o crime em tela.
g.- tentativa – não é admissível, conforme Damásio, Bitencourt e Capez. Delmanto acha 'problemática' a tentativa. Nucci defende a tentativa na forma plurissubsistente.
 h.- classificação penal – é crime comum, simples, forma livre, formal, comissivo, excepcionalmente comissivo por omissão, forma livre, instantâneo, perigo abstrato, em razão da possibilidade de ofensa ao pudor público, unissubjetivo, plurissubsistente, excepcionalmente é unissubsistente.
ESCRITO OU OBJETO OBSCENO (234) 
Com as mesmas penas são punidas outras condutas análogas: venda, representação teatral, exibição cinematográfica, ou qualquer outro espetáculo, em lugar público ao acessível ao público, audição ou recitação em lugar público ou acessível, ou pelo rádio (TV). Há entendimento do STF que a liberdade de expressão não permite a punição da prática de ato sexual na peça de teatro. Delmanto apud Nucci entende que a este crime deve-se aplicar o princípio da adequação social, que exclui a tipicidade penal.
a.- objeto jurídico – 
b.- sujeito ativo – qualquer pessoa.
c.- sujeito passivo – coletividade (crime vago).
 d.- análise do núcleo do tipo – fazer (dar existência, construir), importar (fazer ingressar no
 País vindo do estrangeiro), exportar (fazer sair do País para o estrangeiro), ter sob sua guarda
 (vigilância). O tipo é alternativo quanto a conduta. 
e.- tipo subjetivo do tipo – é o dolo, na forma específica, pois exige a finalidade do agente (comércio, distribuição ou exposição pública...).
f.- consumação - com a prática das ações, não sendo necessário a ofensa ao pudor público (crime de perigo).
g.- tentativa – é admissível.
h.- confronto – sendo o delito praticado por meio da imprensa, aplica-se a Lei 5.250/67.
i.- classificação penal – é crime comum, simples, forma livre, formal, comissivo, excepcionalmente comissivo por omissão, forma livre, instantâneo, na forma de 'vender', permanente na forma de 'realizar' perigo abstrato, em razão da possibilidade de ofensa ao pudor público, unissubjetivo, plurissubsistente, excepcionalmente é unissubsistente.
DISPOSIÇÕES GERAIS 
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Aumento de pena (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 234-A.  Nos crimes previstos neste Título a pena é aumentada: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
I – (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
II – (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
III - de metade, se do crime resultar gravidez; e (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
IV - de um sexto até a metade, se o agente transmite à vitima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 234-B.  Os processos em que se apuram crimes definidos neste Título correrão em segredo de justiça.(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) 
Art. 234-C.  (VETADO). .
O art. 234-A é uma inovação da Lei 12.015/90, conquanto pune mais severamente a conduta prevista nos crimes contra a dignidade sexual, quando resultar gravidez na vítima, bem como se esta vier a contrair doença venérea.
Observe que o art. 130, trata do crime de perigo de contágio de doença venérea, onde basta o risco de a vítima vir a contrair doença venérea para que o agente venha a ser responder por este crime. Com a inovação legislativa pune-se com aumento de pena se o agente, efetivamente, vier a transmitir a doença sexualmente transmissível. O que antes era o exaurimento do art. 130, CP, hoje passa a ser disciplinado em artigo próprio. Permanece o art. 130, em concurso formal, com alguns artigos previstos no Título VI, se o agente vier a manter relação sexual com a vítima e não lhe transmitir a doença sexualmente transmissível, mas trazer a esta o risco de contrair.
FIM DO TÍTULO VI – DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL. VISANDO O MELHOR APROVEITAMENTO DA MATÉRIA E A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO ACERCA DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA E CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, PASSAREMOS A ESTUDAR OS TÍTULOS XI E DEPOIS O X, APÓS O QUE RETOMAREMOS A SEQUÊNCIA NOS TÍTULOS RESTANTES.
20

Continue navegando