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CONTAINER Container é uma caixa construída em aço, alumínio ou fibra, criada para o transpor- te unitizado de mercadorias e suficientemente forte para resistir ao uso constante. É um equipamento do veículo transportador que se caracteriza pela resistência e facilidade de transporte de mercadorias, por um ou mais modais. É provido de portas, escotilhas e aberturas que permitem seu estufamento e esva- ziamento com facilidade, cumprindo os objetivos propostos para a sua criação e utiliza- ção. As características de resistência e identificação visam dar ao container vantagens sobre os demais equipamentos para unitização, como segurança, inviolabilidade, rapidez e redução de custos nos transportes. TIPOS DE CONTAINERS Dry Box: totalmente fechado, com portas nos fundos, sendo o container mais utilizado e adequado para o transporte da maioria das cargas gerais secas existentes, como alimen- tos, roupas, móveis, equipamentos, etc. Open Top: container sem teto, que é fechado com lonas para transporte de cargas que apresentam dificuldades para embarque pela porta dos fundos e necessitam de um aces- so especial, embora também possua a porta normal nos fundos. Próprio para mercadorias que excedam a altura do container, cujas cargas não poderiam ser estufadas num contai- ner dry box tradicional. Open Side: com apenas três paredes, sem uma parede lateral, este container é apropria- do para mercadorias que apresentam dificuldades para embarques pela porta dos fundos, ou que excedam um pouco a largura do equipamento ou ainda para agilização de sua es- tufagem Flat Rack: container plataforma, sendo uma combinação dos open top e open side, sem as paredes laterais e sem teto, com cabeceiras fixas, ou dobráveis adequado para cargas pesadas e grandes e que excedam um pouco as suas dimensões. Ventided: semelhante ao dry box, porém com pequenas aberturas no alto das paredes la- terais, podendo também tê-las na parte inferior das paredes, para permitir a entrada de ar, para transporte de cargas que requerem ventilação como café e cacau. Bulk Container: similar ao dry, totalmente fechado, tendo aberturas no teto (escotilhas) para seu carregamento e uma escotilha na parede do fundo, na parte inferior para descar- regamento, apropriado para transporte de granéis sólidos como produtos agrícolas. Reefer: também semelhante ao dry box, totalmente fechado, com portas nos fundos, apropriado para embarque de cargas perecíveis congeladas ou refrigeradas, que preci- sam ter uma temperatura controlada, como carnes, sorvetes, frutas e verduras. Podendo ser equipado com motor próprio para refrigeração ou ligado a uma tomada para seu fun- cionamento, tanto em terminais quanto nos veículos. Tank: container tanque, dentro de uma armação de tamanho padronizado, próprio para transporte de líquidos / gases a granel, perigosos ou não. http://metodologiacientifica-rosilda.blogspot.com/2009/01/cargas-unitizao.html Plataform: container plataforma sem paredes e sem teto, tendo apenas o piso apropriado para cargas de grandes dimensões ou muito pesadas. IDENTIFICAÇÃO DOS CONTAINERS Todo contêiner existente possui uma identificação, determinada ainda na fabricação e registrada nos órgãos competentes para efeitos de controle e fiscalização. É formada por letras e números, como uma “carteira de identidade” individual. É uma forma utilizada como marcação dos containers em todos os documentos de transpor- te internacional. Essa identificação foi proposta em 1969 pela BIC (Bureau International de Conte- neurs) e oficializada em 1972 pela ISO (Organização Internacional de Normalização ou Organization for Standardization). Conforme a NBR ISO 6346/2002, o sistema de identificação do container é encon- trada em locais estratégicos para facilitar a busca. O exemplo a seguir mostra a identifica- ção na parte superior da porta direita. A) ELEMENTOS • Código do Proprietário Formado por 04 (quatro) letras do alfabeto, sendo as três primeiras referente ao código de registro ISO do proprietário do contêiner e a última sempre será a letra “U”, indi- cando “Unit” ou “Unidade”. Devem ser únicas e estar registrado no "Bureau International de Conteneurs". • Número de Série Formado por 06 (seis) algarismos romanos/arábicos, indicando o número do contêi- ner em relação à sua frota. Existem casos em que a frota não alcança todos os algarismos, nestes casos deve- se completar antepondo quantos zeros forem necessários. • Dígito de Controle Formado por uma operação matemática de soma, onde junta-se o valor das letras e o valor dos números de série, tornando-o assim um número único e diferente para cada contêiner, evitando erros. Ou seja, proporciona um meio de verificar a exatidão sobre o código do proprietá- rio, número de série etc. B) CARACTERES Nesse campo existem mais 04 caracteres que podem ser números ou alfanuméri- cos, que formam a identificação das dimensões e tipo do contêiner. Da seguinte forma: • O primeiro dígito representa o comprimento: - 2 (dois) para 20 pés; - 4 (quatro) para 40 pés; • O segundo dígito indica a altura do contêiner, sendo: - 0 (zero) para 8’ - 1 (um) para 4’ - 2 (dois) para 8’ 6” - 5 (cinco) para 9’ 6” - 9 (nove) para 1’ ¼” ou 2’ * Nos Estados Unidos, o sistema métrico é diferente do utilizado no Brasil. Quando usa- mos medidas americanas, o símbolo (') quer dizer pés e o símbolo (") quer dizer polega- das. Unidades de Comprimento 1 polegada = 2,54 cm 1 pé = 12 polegadas = 30,48 centímetros = 0,3048 m • O terceiro dígito é o da categoria do container, conforme listados abaixo: 0 - Container fechado 1 - Container fechado, ventilado 2 - Container isolante e térmico 3 - Container refrigerado 4 - Container refrigerado com equipamento removível 5 - Container com teto livre 6 - Plataforma 7 - Container tanque 8 - Container de granel e de gado 9 - Container ventilado Ou ainda temos o quarto dígito junto: GP, GO, G1 – General Purpose (Proposta geral) VH, V2, V3 – General Purpose Ventilated (Proposta geral, ventilado) BU, B0 – Bulk (Graneleiro) UT, U1 – Open Top, Hardtop (Sem Teto) UP, U6 – Hardtop (Aço, com chão de madeira) PL, P0 – Plataform (Plataforma) PF, P1, PC, P8 – Flat Rack (Sem paredes) RT, R1, RC, R9, RS, R3 – Refrigerated (Refrigerado) HR, H0 – Insulated (Isolado) TN, T0 – Tank (Tanque) C) LETRAS Podem haver ainda duas ou três letras que codificam a nacionalidade deste contêi- ner, à frente destes 4 caracteres anteriores. Por exemplo: US para Estados Unidos da América ou BRX para Brasil. Esta identificação é utilizada globalmente por mais de 2.000 proprietários ou opera- dores. Uma cópia do BIC-Code Register é publicada anualmente em todos os países, também ficando disponível a consulta no site da BIC por seus membros, terminais, autori- dades alfandegárias e outras organizações internacionais. D) A PLACA Segundo a Convenção Internacional para Segurança de Contêineres (CSC), assi- nada em Genebra, em 2 de dezembro de 1972, ainda é necessária uma placa retangular fixada de modo permanente, resistente à corrosão e ao fogo, com medidas de pelo menos 200×100 mm. Nela deverão conter as seguintes informações, em inglês ou francês, entalhada ou em relevo, ou ainda de maneira permanente e legível: “CSC SAFETY APPROVAL”, ou se- ja, “Aprovação de Segurança CSC”, com caracteres de pelo menos 8mm de altura. Todos os demais caracteres e/ou algarismos devem ter pelo menos 5mm de altura, seguindo a ordem abaixo: 1) País de Aprovação e Referência de aprovação; 2) Data (mês/ano) de fabricação; 3) Número de Identificação do Fabricante do Container ou o número atribuído pela Admi- nistração; 4) Peso Bruto operacional máximo (kg e Ib); 5) Peso de empilhamento permissível para 1,8g (kg e Ib); 6) Valor da Carga para teste de rigidez transversal (Kg Ib); 7) Espaço em branco para inclusão de outros valores, como: resistência das paredes late- rais, inspeção, manutenção. etc. // ALTERAÇÕES Quando houver alguma alteração em relação ao dono ou empresa proprietária do contêiner,o seu código deverá ser alterado também. O procedimento possuirá os mesmos trâmites de sua obtenção. ORGÃOS COMPETENTES No Brasil, as normas da ISO foram adotadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que em 1971 emitiu as primeiras normas relativas ao container, sua terminologia, classificação, dimensões e especificações. O INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industri- al), é o responsável pelas adaptações das normas da ISO, e emite Certificados de Quali- dade de Container.
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