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Aula 5 - Defeitos da membrana e metabolismo

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Letícia Morais | Hematologia – Aula 5: Defeitos da membrana e metabolismo
HOFFBRAND, A.V.; MOSS, P.A.H. Fundamentos em hematologia. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. 454 p. CAPÍTULO 6.
DEFEITOS DE MEMBRANA
Esferocitose hereditária (ESH)
► Anemia hemolítica hereditária mais comum em europeus do norte.
► Patogênese: defeitos nas proteínas envolvidas nas interações verticais entre esqueleto e dupla camada lipídica da membrana dos eritrócitos. Perda da membrana pode ser causada por liberação de partes da dupla camada lipídica que não estejam adequadamente sustentadas pelo esqueleto. A MO produz eritrócitos de forma bicôncava normal, mas eles perdem membrana e se tornam esferócitos à medida que circulam pelo baço e pelo sistema RE. Tornam-se incapazes de passar pela circulação esplênica, morrendo prematuramente.
► Aspectos clínicos: herança autossômica dominante com expressão variável. Anemia pode apresentar-se em qualquer idade e a icterícia é flutuante e acentuada se houver concomitância com síndrome de Gilbert. Esplenomegalia ocorre na maioria dos pacientes e cálculos vesiculares de pigmento são frequentes, crises aplásticas causam súbita intensificação da anemia.
► Achados hematológicos: anemia comum e severidade tende a ser semelhante nos membros da mesma família. Há reticulocitose e distensão do sangue mostra microesferócitos densamente corados.
► Investigação e tratamento: analise de fluxo de fluorescente de eosina-5-maleimida ligada aos eritrócitos é usado como teste para ESH e deficiência de proteína banda 3 da membrana. Principal forma de tratamento é esplenectomia. 
Eliptocitose hereditária (ELH)
► Semelhanças clinicas e laboratoriais com ESH, exceto pelo aspecto à microscopia da distensão de sangue. Em geral, distúrbio clinicamente mais leve.
► Somente pacientes ocasionais necessitam de esplenectomia.
► Defeito básico é uma falha na associação de heterodímeros de espectrina para formam heterotetrâmeros. 
► Pacientes homozigóticos ou duplamente heterozigóticos para ovalocitose apresentam severa anemia hemolítica, com microesferócitos, pecilócitos e esplenomegalia.
Piropoiquilocitose hereditária (PPH)
Anemia grave associada a extrema poiquilocitose, tendo fragmentação dos eritrócitos e esferócitos, com pouco ou nenhum eliptócito. Apresentam VCM baixo (microcítico) e CHCM normal a elevado (normo- ou hipercromico).
DEFEITOS NO METABOLISMO
Deficiência de glicose-6-fosfato-desidrogenase (G6PD)
► G6PD é a única fonte de NADPH nos eritrócitos, e como NADPH é necessário para produção de glutationa reduzida, sua deficiência torna eritrócito suscetível a estresse oxidante.
► Epidemiologia: muitas variantes normais, sendo as mais comuns o tipo B (ocidental) e tipo A (africanos). No mundo, há mais de 400 milhões de pessoas com deficiência de atividade da enzima. Herança é ligada ao sexo, acometendo homens. Portadoras () têm metade dos valores médios de G6PD eritrocitária, atribuindo vantagem na resistência ao P. falciparum. Grau de deficiência varia por etnia.
Figura 1: Principais etnias afetadas:
► Aspectos clínicos: deficiência é, em geral, assintomática. Principais síndromes: anemia hemolítica aguda em resposta a estresse oxidante, icterícia neonatal e anemia hemolítica congênita não esferocítica.
► Diagnóstico: entre crises, hemograma é normal. Deficiência detectada por vários exames de triagem ou por dosagem direta da enzima nos eritrócitos. Durante crise, distensão do sangue mostra células contraídas e fragmentadas, “mordidas” e “vesiculadas” porque tiveram corpúsculos de Heinz removidos pelo baço. Há sinais de hemólise intravascular.
► Tratamento: fármaco lesivo é suspenso, qualquer infecção subjacente tratada e debito urinário é mantido alto. Transfusão de sangue é indicada de acordo com gravidade da anemia.
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