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CONTEÚDO DA AULA 02 ESTRUTURA E MÉTRICAS SEIS SIGMA Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de: • Entender a pirâmide organizacional do seis sigma; • Conhecer e interpretar o método DMAIC; • Aplicar as métricas seis sigma; EMENTA DA AULA 02 O funcionamento da pirâmide organizacional seis sigma, o método DMAIC para solução de problemas e cálculos de métricas aplicadas ao seis sigma. A PIRÂMIDE ORGANIZACIONAL DO SEIS SIGMA A implementação da metodologia seis sigma deve ser iniciada no topo da pirâmide, ou seja, é função da alta direção orquestrar a implantação do seis sigma de forma a abrir as portas para a mudança cultural exigida e fazer com que esta mudança de cultura chegue a todos os níveis da organização sem distinção. . FUNÇÃO ATIVIDADE Alta Direção � Responsabiliza-se pela implantação e pelo sucesso do Seis Sigma na organização; � Seleciona os executivos (diretores e gerentes) que desempenharão o papel de champions; � Acompanha o desenvolvimento da metodologia e o resultado dos projetos. Champion (Padrinho) � Possui a função de liderança e normalmente é indicado pela alta direção para assumir o papel de champion; � Organiza e guia o começo, o desdobramento e a implantação do seis sigma por toda a organização; � Compreende as teorias, princípios e práticas do Seis Sigma; � Aprovam e financiam projetos. Master Black Belt - MBB (Mestre Faixa Preta) � Ajuda a introduzir o Seis Sigma dentro da organização; � Ajuda os champions na escolha de novos projetos de melhoria; � Oferece liderança técnica no preparo de Seis Sigma; � É preparado para a solução de problemas estatísticos; � Possui habilidades de comunicação e ensino para treinar BB e GB; � 1 MBB para 30 BB. Black Belt - BB (Faixa Preta) � Lideram equipes de projeto; � Assistem na utilização das ferramentas seis sigma; � Dedica de 70% a 100% do tempo para projetos seis sigma; � 1 BB para 100 empregados. Green Belt - GB (Faixa Verde) � Executam o Seis Sigma como parte de suas tarefas do dia-a-dia (part time); � Auxiliam os Black Belts no desenvolvimento de experimentos; � Participam das equipes de trabalho, são agentes de mudança; � 1 GB para 30 empregados. White Belts ou Yellow Belts (Faixa Branca ou Amarela) � São os membros das equipes, ou seja, conhecedores do processo; � Trabalham auxiliando e coletando dados do processo para os Green Belts. � Tem conhecimento do método DMAIC e das ferramentas básicas; � Tem dedicação pontual nos projetos. O MÉTODO DMAIC A metodologia seis sigma possui um método ou roteiro de implantação próprio denominado DMAIC, que é um acrônimo em inglês, onde cada letra representa uma fase dentro do processo de análise de um problema. A tabela a seguir resume as principais atividades em cada uma destas fases e as principais ferramentas utilizadas que podem ser utilizadas. Acrônimo Inglês Português Atividade Ferramentas D Define Definir Selecionar as oportunidades de melhoria mais importantes. Contrato do projeto (Project charter), métricas seis sigma, gráfico seqüencial, análise de séries temporais, análise econômica, estatística descritiva, QFD e mapas de fluxo do processo. M Measure Medir Medir o desempenho atual dos desvios relacionados às oportunidades de melhoria. Avaliação do sistema de medição (MSA), box plot, folha de verificação, estratificação, diagrama de Pareto, histograma, índices de capacidade, FMEA, FTA e métricas seis sigma. A Analyze Analisar Analisar quais variáveis de entrada afetam o desempenho atual. Análise do tempo de ciclo, intervalos de confiança, testes de hipótese, análise de variância (ANOVA), multi-vari, análise de correlação, análise de regressão e planejamento de experimentos. I Improve Melhorar Procurar e planejar soluções para eliminar ou minimizar as fontes de variação para as variáveis de entrada afetam o desempenho atual. Matriz de priorização, superfície de resposta, simulação, 5w2h, diagrama de árvore, diagrama de Gantt, PERT - CPM, filosofia lean, simulação e testes de mercado. C Control Controlar Implantar ferramentas de controle para garantir a manutenção das melhorias introduzidas em longo prazo. Gráfico para controle, gráficos de controle para pequenos lotes, índices de capacidade, indicadores métricas seis sigma, poka-yoke, OJT (on the job training), auditorias, padronização, planos de controle e relatórios de anomalias. O quadro a seguir, denominado “Rota DMAIC” representa cada uma das etapas e as principais atividades a serem efetuadas em cada uma delas. MÉTRICAS SEIS SIGMA A metodologia seis sigma, com o objetivo de tornar mais fácil e consistente a comparação dos níveis de qualidade entre os processos, estabeleceu algumas métricas próprias. A seguir são relacionadas as principais métricas aplicadas ao seis sigma. Definições básicas Defeituoso: unidade que apresenta um ou mais defeitos. Defeito (D): qualquer não conformidade às especificações. Unidade (U): saída do processo que será avaliada segundo a presença de defeitos. Oportunidades (O): formas que o processo tem de se desviar do que é especificado para cada unidade, gerando não-conformidade. Rendimento (Y): rendimento do processo. N° de etapas (m): número de etapas/passos de um processo Relações básicas MÉTRICA DEFINIÇÃO FÓRMULA EXEMPLO TOP Total de Oportunidades Expressa o n° total de oportunidades de erros que podem ser cometidos em uma determinada amostra. TOP= (U x O) 100 unidades com 03 oportunidades de defeitos: TOP = 125 x 3 = 375 DPU Defeitos por Unidade É a fração de amostras que contém defeitos em relação à quantidade total de amostras num determinado ponto de avaliação. DPU = D / U 05 defeitos em 125 peças avaliadas: 04,0 125 5 U D DPU === DPO Defeitos por Oportunidade É o índice que mede a quantidade de defeitos em relação às oportunidades de erros de cada amostra. DPO = DPU / O 05 defeitos em 125 peças avaliadas com 03 oportunidades de defeito (riscos, trincas e rebarbas): 3 0,04 O DPU DPO === DPMO Defeitos por Milhão de Oportunidade É o índice que mede a quantidade de defeitos, em milhões, em relação às oportunidades de erros de cada amostra. DPMO = DPO x 106 05 defeitos em 125 peças avaliadas com 03 oportunidades de defeito (riscos, trincas e rebarbas): DPMO = 0,013 x 1.000.000 = 13.000 ppm σ Nível de qualidade É o índice que mede o nível de qualidade do processo para dados discretos já considerando o deslocamento de ±1,5σ. DPMOln 2,22129,370,8406σ ×−+= Onde ln = 2,718282 (Schimidt e Launsby 1997) Qual é o nível sigma para um processo onde DPMO = 13.000 ppm? 3,73 13.000ln 2,22129,370,8406σ = ×−+= σ Fonte: Fonte: Breyfogle III, 1999, pag.137. Relações de rendimento MÉTRICA DEFINIÇÃO FÓRMULA Y Rendimento É o rendimento de uma cadeia sem levar em consideração o rendimento individual de cada etapa. DPU-e You Entrada Saída Y = = Exemplo: RTY Rendimento Total É o rendimento final de uma cadeia levando em consideração o rendimento individual de cada uma das etapas. Exemplo: Total de refugo = 35 unidades Total de retrabalho = 40 unidades Fonte: Werkema,2004, p. 152 Normalizando os resultados para efetuar benchmarking “Benchmarking é o processo ou método de examinar em detalhe algum processo da organização e compará-lo com um processo similar que esteja sendo executado de maneira mais eficaz (benchmark), na própria empresa ou em outra organização, visando implementação de melhorias significativas”1. Para efetuar benchmarking entre processos internos ou externos é necessário efetuar a normalização dos valores individuais de cada etapa do processo para que possamos observar o ganho global obtido devido as melhorias. Isto facilita a comparação com processos externos (concorrentes) e internamente facilita a demonstração dos ganhos em relatórios gerenciais reduzindo o número de indicadores afinal, em um painel de controle eficiente 20% dos indicadores devem representar 80% dos resultados obtidos. Com este objetivo de efetuar benchmarking foram desenvolvidas a seguintes métricas seis sigma: MÉTRICA DEFINIÇÃO FÓRMULA Y normal Representa o rendimento médio de uma cadeia de atividades dentro de um processo. Y normal = 1 Fonte: Comitê de Benchmarking FNQ. + = Entrada Retrabalho Refugo -1 RTY DPU normal Representa a quantidade média de defeitos gerada em cada etapa de uma cadeia de atividades dentro de um processo. DPU normal = - ln (Y normal) Ze Z equivalente é aproximadamente igual ao valor do Z padronizado (obtido na tabela de distribuição padronizada) Ze ≈ Z ~ N(0;1) ZLT Representa a capacidade de longo prazo. ZLT = Ze ZST Representa a capacidade de curto prazo e leva em consideração o deslocamento de 1,5σ ZST = ZLT + 1,5 ZBenchmark É o indicador de referência para comparação entre processos internos e externos. Como o próprio nome já diz é o valor para benchmarking. ZBenchmark = Z Y normal + 1,5 Fonte: Breyfogle III, 1999, pag.146. Utilizando os resultados do exemplo anterior onde temos um processo com 03 etapas (m =3) com rendimento total de 92,5% então: Y normal = = 0,9743 onde Z = 1,95 (da tabela de distribuição normal). Continuando com os cálculos temos DPU normal = - ln 0,9743 então: DPU normal = 0,0260 defeitos por unidade. Isto significa que a cada 1000 unidades produzidas o processo gera 26 unidades defeituosas Como Z ≈ Ze temos que Ze = 1,95 e então ZLT = 1,95 e ZST = 1,95 + 1,5 = 3,45. Analogamente ZBenchmark = Z Y normal + 1,5 então ZBenchmark = 1,95 + 1,5 = 3,45. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS WERKEMA, Maria Cristina Catarino. Criando a Cultura Seis Sigma. Nova Lima, MG: Werkema Ed., 2004. WERKEMA, Maria Cristina Catarino. Lean Seis Sigma. Nova Lima, MG: Werkema Ed., 2006. ROTONDARO, Roberto G. Seis Sigma: Estratégia Gerencial para a Melhoria de Processos, Produtos e Serviços. São Paulo: Atlas, 2002. BREYFOGLE, Forrest W. Implementing Six Sigma. A Wiley-Interscience Publication, 1999. DeCARLO, Neil. Lean Six Sigma Complete Guide. New York: Alpha Books, 2007. www.sixsigmainstitute.com acessado em abril de 2009. CONTEÚDO DA AULA 03 SELEÇÃO DE PROJETOS SEIS SIGMA Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de: • Estabelecer critérios para a seleção de projetos seis sigma; • Identificar os fatores de sucesso e de fracasso; • Estabelecer critérios para a priorização de projetos. • Elaborar um Project charter (contrato de projeto); • Entender a dinâmica entre a lista de oportunidades e o Project charter. EMENTA DA AULA 03 Seleção de projetos seis sigma, fatores de sucesso e fracasso em projetos, elaboração do termo de abertura do projeto (project charter), critérios para priorização de projetos e a dinâmica lista de oportunidades x project charter. . SELEÇÃO DE PROJETOS A seleção e definição de projetos é uma das atividades mais importantes no processo de implantação da metodologia seis sigma. Um projeto selecionado adequadamente e bem planejado aumenta a motivação da equipe de trabalho e conduz a resultados rápidos e expressivos do ponto de vista financeiro. Antes de falarmos propriamente sobre projetos seis sigma é necessário definirmos o que é um projeto. Segundo o guia PMBOK (2004) a definição geral para projeto é: “Um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo.” Temporário porque possui início e final previamente definido. Um projeto é constituído por três elementos básicos: 1. Escopo: é o elemento do projeto onde se define quais trabalhos são necessários para concluir o projeto. Serve como ponto de referência para determinar quais trabalhos estão incluídos e quais não estão incluídos no projeto. O escopo trata dos objetivos do projeto. 2. Prazo: é o elemento no qual as datas de início e de fim de cada atividade são determinadas. Normalmente os prazos definidos são associados aos responsáveis por cada atividade. Este elemento está diretamente relacionado à equação: META = OBJETIVO + PRAZO + RESPONSÁVEL 3. Recursos: é o elemento no qual são levados em consideração todos os recursos necessários (pessoas, equipamentos, softwares) e os custos para desenvolver o projeto de maneira a atender aos requisitos do escopo dentro dos prazos estabelecidos. Figura 01 – Elementos básicos de um projeto Atuação dos belts nas fases de um projeto seis sigma O comprometimento é crítico em um projeto seis sigma. O gráfico a seguir estima o grau de envolvimento dos belts em cada fase de um projeto seis sigma. Percebam que nas fases onde o projeto está sendo definido e os dados mensurados e analisados o envolvimento dos black belt e do Green belt é bastante alto e o comprometimento baixo. A medida que o projeto progride para as fases de melhoria e controle o envolvimento do pessoal de operação (white e yellow belts) aumenta e o do black belt e do Green belt diminui. Em contra-partida o envolvimento do pessoal de operação aumenta. Como selecionar um projeto seis sigma A equipe de trabalho, durante a etapa de seleção de projetos seis sigma, deve levar em consideração alguns fatores que são determinantes para o sucesso ou fracasso de um projeto. Estes fatores servem como guia geral, porém não se limitam aos tópicos listados na tabela 01. É função dos Master Black Belts e dos Black Belts avaliar caso a caso os riscos e fatores característicos de cada processo que possam ter efeitos positivos ou negativos e levá-los em consideração nas fases de análise de viabilidade e definição do projeto. FATORES DE SUCESSO FATORES DE FRACASSO Escopo gerenciável. Escopo muito abrangente (muitos objetivos simultâneos). Alinhamento com as metas estratégicas da organização. Utilizar metas que não estão alinhadas com os objetivos estratégicos e sem o suporte da alta direção. Forte contribuição para o aumento da satisfação dos clientes externos. Voltado a melhorias que não são percebidas pelos clientes. Retorno financeiro significativo. Sem resultado financeiro mensurável. Grande probabilidade de conclusão dentro do prazo estabelecido. Busca de resultados em curtíssimo prazo (crise) e recursos mal dimensionados. Grande impacto na melhoria do desempenho organizacional. Sem impacto na melhoria dos processos internos (clientes internos) da organização. Quantificação precisa, por meio do emprego de métricas apropriadas. Utilização de métricas inadequadas e sem base em dados e fatos ou métricas fundamentadas em análises errôneas. Problemas importantes que representam perdas, porém que não representam crise para a organização. Resultados esperados em curtíssimo prazo (crise) e que necessitam de investimento pesado. Tabela01 – Fatores de sucesso e fracasso em um projeto seis sigma. Como elaborar um projeto seis sigma Não existe um padrão fixo e definitivo que guie de forma dar a completa certeza do sucesso de um projeto seis sigma, porém, o planejamento adequado reduz os riscos e pode ajudar a evitar o fracasso prematuro. Uma das formas de planejar as atividades para projetos seis sigma é através da elaboração prévia de uma lista de oportunidades, a qual tem as informações básicas sobre problemas e desvios da organização seguida da elaboração de um Termo de Abertura do Projeto, o qual tem por principal objetivo reconhecer a existência do projeto seis sigma e definir as necessidades do negócio para o referido processo ou produto. Lista de oportunidades para projetos seis sigma A lista de oportunidades, como o próprio nome já diz, é uma listagem dos principais problemas da organização com alto potencial de ganho financeiro em conseqüência do aumento do nível sigma da qualidade. Esta lista deve ser elaborada anualmente pelo Master Black Belt e pelo Black Belt e ser apresentada a alta direção e champions para a priorização dos projetos de acordo com os objetivos estratégicos. A tabela a seguir mostra o conteúdo básico de uma lista de oportunidades para projetos seis sigma: LISTA DE OPORTUNIDADES PARA PROJETOS SEIS SIGMA - 2009 Projeto N° Champion Descrição do problema Meta Ganhos projetados Restrições Prazo para conclusão 001 Fulano de Tal Custo da má qualidade elevado no processo “z” devido a excesso de retrabalhos no último ano Reduzir o custo de retrabalho em 50% no processo “z” R$ 50.000,00 Falta de recursos humanos Maio 2009 002 ... ... ... ... ... ... Após todas as oportunidades de projetos serem listadas o master black belt e o black belt devem submeter a lista ao colegiado da alta administração e dos champions para a priorização dos projetos. Esta priorização pode ser efetuada de várias formas, tais como votação ou através de matriz de priorização. Existem vários modelos de matriz para priorização de projetos, mas, normalmente as empresas criam ou adaptam os existentes de acordo com as suas necessidades em particular. Neste texto vamos sugerir dois métodos com a finalidade de demonstração para o leitor de como matrizes de priorização podem ser construídas e utilizadas. 1. Método Pareto Priority Index – PPI: neste método de priorização são levados em consideração os seguintes itens: − Os custos anuais que o problema em questão está gerando – utilizado como referência para avaliar os ganhos econômicos; − A economia que a solução do problema vai gerar no prazo de um ano; − A probabilidade de sucesso do projeto; − O custo para implantação da solução (custo do projeto); − O tempo para término do projeto (em anos). A seguir temos um exemplo de montagem e aplicação do método Pareto Priority Index – PPI: O índice PPI é obtido pela seguinte fórmula: PPI = (B x C) / (D x E) Serão consideradas prioridades os projetos que apresentarem o maior valor de PPI. 2. Matriz de priorização C x P: neste método de priorização é criada uma lista de itens de avaliação que afetam os resultados financeiros da organização e, em seguida é dado um peso a cada um destes itens. Também é necessário criar uma tabela com graus de correlação, os quais serão utilizados para obter o índice C x P. Neste método também são considerados prioridade aqueles que obtêm o maior índice. O índice C x P é dado pela seguinte fórmula: C x P = ∑ (valor do peso x grau de correlação) A seguir um exemplo de aplicação do método C x P. Como encontrar oportunidades para um projeto seis sigma? Um dos grandes desafios dos master black belts e dos black belts é o de anualmente selecionar bons projetos. Bons projetos são aqueles que possuem os fatores de sucesso listados na tabela 01 e normalmente estas oportunidades podem ser encontradas: • Nos indicadores referentes a desperdícios relativos a volume de estoque, consumo de materiais, utilização de tempo (horas-extras), lead time e tempo de ciclo; • Em custos que exercem um alto impacto no orçamento; • Em taxas de reclamações de clientes internos e externos; • Nos resultados de estudos de Benchmarking; • Nas oportunidades para melhoria dos índices de capacidade de produtos, processos e serviços. • Nos resultados do custo da má qualidade – COPQ; • Fábricas escondidas – todo processo tem uma; • Produtos com altos volumes, pois pequenas melhorias trarão grandes economias; • Etc. Cuidados na definição de projetos seis sigma Muitos projetos Seis Sigma são definidos a partir de metas muito amplas. Quando isto ocorre, os Master Black Belts, Black Belts e Green Belts podem sentir-se esmagados pelo peso do trabalho. Portanto, é necessário reduzir o escopo dos projetos e focar, em primeiro lugar, os trabalhos que resultarão nos maiores ganhos (como visto em priorização de projetos) e em seguida desdobrar a meta inicialmente projetada. Ao estabelecer as metas lembre-se que estas devem ser específicas, mensuráveis, atingíveis, relevantes para a organização. O exemplo a seguir demonstra como um projeto que possui uma meta muito ampla pode ser desdobrado em metas menores. Construindo um Project charter O Project Charter (Termo de Abertura do Projeto) é o documento que autoriza formalmente o projeto. Ele concede ao Champion e demais membros da equipe a autoridade para utilizar os recursos da organização na execução das atividades do projeto. Um Project charter deve contemplar, no mínimo, os seguintes itens: ITEM CONTEÚDO Escopo Uma breve descrição do trabalho que se pretende efetuar bem como dos resultados a serem atingidos. Enfim dizer claramente o que o projeto inclui e que não inclui, porque vale à pena e porque deve ser feito agora. Descrição do problema Definir claramente o problema que será atacado incluindo fatos e dados que evidenciam a ocorrência e freqüência destes problemas. Clientes, processos e características afetados Listar os clientes internos e externos, processos e características do produto afetado pelo problema em questão. Declaração da meta Medir o estado atual (como estamos) e projetar o estado futuro (com desejamos ser) utilizando preferencialmente métricas financeiras e da qualidade. Enfatizar os ganhos que o sucesso do projeto proporcionará. Equipe e cronograma Elaborar a lista de tarefas necessárias para o andamento do projeto com os responsáveis e respectivos prazos para a conclusão de cada uma das tarefas. Tomar o cuidado para formar equipes multidisciplinares de acordo com o grau de especialização requerido para cada atividade. Restrições Elencar todos os fatores que podem afetar o sucesso do projeto, tais como: falta de tempo dos participantes, fatores econômicos, prazos apertados, requisitos legais, riscos, resistência à mudanças, etc. Aprovações Assinatura e a data da aprovação do projeto pelo Sponsor, Champion e Master Black Belt e/ou Black Belt. A dinâmica entre a lista de projetos e o Project charter REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS WERKEMA, Maria Cristina Catarino. Criando a Cultura Seis Sigma. Nova Lima, MG: Werkema Ed., 2004. WERKEMA, Maria Cristina Catarino. Lean Seis Sigma. Nova Lima, MG: Werkema Ed., 2006. ROTONDARO, Roberto G. Seis Sigma: Estratégia Gerencial para a Melhoria de Processos, Produtos e Serviços. São Paulo: Atlas, 2002. BREYFOGLE, Forrest W. Implementing Six Sigma. A Wiley-Interscience Publication, 1999. DeCARLO, Neil. Lean Six Sigma Complete Guide. New York: Alpha Books, 2007.MARTINS, Wladimir. Apostila de formação de Black Belts. São Paulo: QSP, 2005. www.sixsigmainstitute.com acessado em abril de 2009. http://pt.wikipedia.org/wiki/Project_charter acessado em abril de 2009. CONTEÚDO DA AULA 04 CONCEITOS DE MANUFATURA LEAN Ao final desta aula o aluno deverá ser capaz de: • Entender o que é manufatura lean; • Conhecer 05 princípios do lean; • Conhecer e entender as principais métricas lean; EMENTA DA AULA 04 Entendendo o que é produção lean, a evolução dos sitemas de produção e da qualidade, produção empurrada e produção puxada, conceitos de desperdícios, inconstância e sobrecarga, os cinco princípios lean, as principais métricas aplicadas na metodologia lean. O QUE É O LEAN PRODUCTION (PRODUÇÃO ENXUTA) Lean é uma filosofia utilizada para eliminar ou minimizar todas as atividades que não agregam valor em um processo, ou seja, eliminar desperdícios. O lean utiliza o tempo como métrica primária (tempo de ciclo para executar uma tarefa, lead time entre a colocação de um pedido e sua entrega, o tempo de espera de uma pessoa ou máquina, etc.). Ser lean é não pensar em altos investimentos, é tentar resolver problemas sem gastar muito dinheiro é maximizar o uso dos recursos disponíveis. A filosofia lean acredita que aumentar capacidade sem primeiramente eliminar o desperdício, simplesmente aumenta o desperdício. Portanto, também é valido afirmar que ser lean não significa ter trabalhar mais, pois, o lean tem como ênfase a eliminação de desperdício e, quando eliminamos o desperdício em um processo ou atividade o trabalho geralmente fica mais fácil. Outro mito em torno do lean é que a sua aplicação gera corte de pessoas (demissões). Isto não é verdade, pois, o lean procura fazer o melhor uso de todos os recursos máquinas, materiais e pessoas e para se alcançar isso, às vezes é necessário aumentar o número de pessoas. O lean é conhecido por outros vários nomes, sinônimos por assim dizer. A seguir exemplificamos alguns deles: - Toyota Production System - TPS - Sistema Toyota de Produção - STP - Lean Manufacturing - Produção Lean - Produção Enxuta - Lean Thinking - Pensamento Lean Algumas organizações acabam criando uma denominação própria para o lean quando empregam a metodologia como parte inerente ao sistema de gestão. Abaixo algumas destas denominações: - SPEZ (Sistema de Produção com Estoque Zero) – Omark Industries, atual Blount International; - MAN (Material de Acordo com o Necessário) – Harley Davidson; - SPIM (Sistema de Produção com Inventário Minimizado) – Westinghouse; - Produção com Inventário Zero – HP; - BPS (Bosch Production System); - VPS (Volvo Production System); - JIT/TQC (Just-in-time/Controle de Qualidade Total) – várias empresas; - Sistema Ohno – muitas empresas no Japão; - Kanban – muitas empresas no Japão e EUA; - Etc. A EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO E DA QUALIDADE Qualidade e produtividade são duas palavras que pode ser consideradas como irmãs siamesas, pois tanto a qualidade como a produtividade devem crescer juntas para tenhamos um resultado efetivo nos processos. Daí a grande interação existente entre o seis sigma e o lean. O quadro a seguir demonstra a evolução e a integração entre o sistema de produção e o sistema de gestão da qualidade. 1910 - Henry Ford introduz inovações importantes tanto no campo da mecânica como no da gestão (vendas a prazo, fomento da exportação, divisão do trabalho, sistema de retribuição por prêmios, etc.). 1911 – Frederick W. Taylor publica o livro “The Principles of Scientific Management”. Depois de Taylor e seu implacável cronômetro, o mundo nunca mais trabalhou do mesmo jeito. 1915 - Frank e Lilian Gilbreth acompanharam Taylor no interesse do estudo dos tempos e movimentos e na racionalização do trabalho como meios de aumento de produtividade. Dentro dos estudos feitos por ele, destacam as seguintes idéias e métodos: os movimentos elementares (therbligs); a fórmula de eficiência; o estudo da fadiga humana. 1915 - Henry Gantt, trabalhou com Taylor na Midvalle Steel Co. Desenvolveu métodos gráficos para representar planos e possibilitar melhor controle gerencial. Destacou a importância do fator tempo, custo e planejamento para realização do trabalho. 1920 – Walter A. Shewhart lecionou e trabalhou com W. E. Deming e é conhecido pelo desenvolvimento do CEP (Controle Estatístico do Processo), que utiliza métodos estatísticos para alcançar o estado de controle de um processo e do ciclo de Shewhart (PDCA). 1950 - William Edward Deming, é amplamente reconhecido pelo melhoria dos processos produtivos nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, sendo porém mais conhecido pelo seu trabalho no Japão. É considerado o estrangeiro que gerou o maior impacto sobre a indústria e a economia japonesa no século XX. 1950 - Joseph M. Juran aplicou a estratégia empresarial à qualidade, em vez de ligá-la meramente à estatística ou aos métodos de controle total da qualidade. Para Juran, a superioridade japonesa na gestão da qualidade deve-se ao empenho da alta administração; à ênfase na educação e treinamento para todos os trabalhadores; à participação dos trabalhadores nas decisões; e à adoção de objetivos de qualidade. 1955 – Taiichi Ohno é considerado o maior responsável pela criação do Sistema Toyota de Produção. De acordo com Taiichi Ohno (1988): “Os valores sociais mudaram. Agora, não podemos vender nossos produtos a não ser que nos coloquemos dentro dos corações de nossos consumidores, cada um dos quais tem conceitos e gostos diferentes. Hoje, o mundo industrial foi forçado a dominar de verdade o sistema de produção múltiplo, em pequenas quantidades”. 1960 – Shigeo Shingo deve-se a ele a estratégia para a melhoria contínua através do envolvimento criativo de todos os trabalhadores. No período de desenvolveu as idéias de poka-yoke, SMED e definiu as operações em duas dimensões: as que agregam valor e as que não agregam valor. 1987 - Mikel Harry o pai da metodologia seis sigma. No final da década de 80, este engenheiro e estatístico da Motorola começou a estudar o conceito de Deming sobre variação de processo. Apaixonado pelos conceitos de Deming influenciou sua própria empresa a estudar a variação como uma forma de melhorar o desempenho. A Motorola resolveu adotar a visão de Mikel Harry e a partir deste momento nasceu a metodologia Seis Sigma, a qual foi reconhecida em 15 de janeiro de 1987. 1990 – James P. Womack – fundador do Lean Enterprise Intitute uma instituição sem fins lucrativos fundada em agosto de 1997. Foi Womack que resgatou e divulgou largamente os conceitos do Sistema Toyota de Produção na América do Norte a partir e sua obra “A máquina que mudou o mundo”. Hoje o Lean Institute possui representantes em vários lugares do mundo, inclusive no Brasil. Fonte: Informações adaptadas de http://pt.wikipedia.org O LEAN É UMA METODOLOGIA APLICADA SOMENTE A INDÚSTRIA? A metodologia lean, apesar de ter nascido na indústria, pode ser aplicada nos mais variadas áreas fora da produção. As principais áreas onde o lean pode ser aplicado são: - Integração de Sistemas (Computer-Aided Lean Management); - Processos de construção (Lean Construction); - Manutenção (Lean Maintenance); - Serviços (Lean Services); - Escritórios e administração (Lean Office); - Desenvolvimento de softwares (Lean Software Development). PRODUÇÃO EMPURRADA X PRODUÇÃO PUXADA A maior quebra de paradigma que a empresa enfrenta ao implantar a metodologia lean é abandonar os conceitosde produção empurrada, na qual se produz de acordo com a capacidade instalada, para passar a utilizar os conceitos de produção puxada, ou seja, produzir de acordo com a demanda do cliente. Produzir de acordo com a demanda do cliente muitas vezes significa produzir menos do que a capacidade instalada, o que no conceito de produção em massa erroneamente significa jogar dinheiro fora. Quem já não ouviu a célebre frase “máquina parada é despesa e máquina trabalhando é dinheiro entrando”? Mas será que produzir para estoque realmente custa menos do que produzir somente aquilo que o cliente está demandando? Quando produzimos para estoque como ficam os custos dos materiais e produtos estocados? Os custos de energia, materiais e insumos utilizados no processo produtivo? Os custos administrativos para comprar materiais e para manter o estoque? O dinheiro gasto para produzir para estoque fica parado, então não temos o custo do investimento perdido em aplicações financeiras ou na própria melhoria tecnológica do parque fabril? Será que a somatória de todos estes custos não é maior que o custo da máquina parada? Reflita sobre isto por um instante. Os esquemas a seguir demonstram as diferenças básicas entre um sistema empurrado e m sistema puxado. CONCEITOS DE DESPERDÍCIO, INCONSTÂNCIA E SOBRECARGA 2 Como a base da filosofia lean é a constante procura e eliminação do desperdício e do trabalho que não agrega valor faz-se necessário conhecer alguns conceitos relativos a desperdício, inconstância e sobrecarga aplicados a equipamentos e pessoas. - MUDA = desperdício – qualquer tipo de atividade que consome recursos (incluindo tempo) sem agregar valor para o cliente; - MURA = inconstância, variação ou flutuação no trabalho não causado pelo consumidor final; - MURI = excesso, sobrecarga de máquinas ou operadores. Para melhor entendermos estes conceitos observem o exemplo de movimentação de uma carga de 6.000 kg com uma empilhadeira com capacidade de 2.000 kg. 2 Fonte: Produção Lean Simplificada. Pascal Dennis (2008) Ohno, o criador do Sistema Toyota de Produção definiu 07 desperdícios básicos que podem ocorrer em um sistema produtivo. Alguns autores incluem um oitavo desperdício ligado mais ao comportamento humano do que a parte técnica ou ao processo em si. - Produção em excesso: produzir além das necessidades do próximo processo ou cliente. É a pior forma de desperdício, pois contribui para a ocorrência dos outros seis. - Espera - Ocorre quando um trabalhador precisa esperar por materiais, esperar que problemas da linha ou de máquinas sejam resolvidos, esperar processamento nos gargalos, esperar por retrabalho de lotes defeituosos, etc. A espera aumenta o lead time. - Transporte – é uma perda necessária, mas deve ser minimizada. Layout ineficiente, produção em lote são fontes de perdas por transporte. - Excesso de processamento – realizar etapas desnecessárias ou incorretas. É uma forma sutil de desperdício que também pode ser gerada pelo fascínio pela tecnologia e a busca de metas técnicas sem relação com os desejos do cliente. - Estoque – possuir estoques maiores que o mínimo necessário. Ocorre principalmente em processos empurrados onde o planejamento da produção está baseado somente em sistemas MRP e em estoques de segurança registrados no sistema. - Movimentação – operadores realizando movimentações desnecessárias como procurar equipamentos, peças, documentos, etc. Envolve também desperdícios relacionados a ergonomia e ao layout do posto de trabalho. - Correção – está relacionada a produzir e ter que refugar ou retrabalhar, ou escolher produtos com defeito (desperdício de material, tempo e energia). - Conhecimento sem ligação – está relacionado a falta de comunicação dentro da empresa ou entre a empresa e seus clientes e fornecedores. Isto inibe o fluxo de conhecimento, idéias e criatividade criando frustração e oportunidades perdidas. Fonte: Léxico Lean versão 1.0 de abril de 2003 - Lean Institute Brasil - www.lean.org.br CINCO PRINCÍPIOS DO LEAN 3 1. Definir o que é Valor 2. Identificar o Fluxo de valor 3. Constituir um Fluxo Contínuo 4. Produção Puxada 5. Perfeição 3 Fonte: Léxico Lean versão 1.0 de abril de 2003 - Lean Institute Brasil - www.lean.org.br PRINCÍPIO 01 - DEFINIR O QUE É VALOR “O ponto de partida para a Mentalidade Enxuta consiste em definir o que é Valor. Diferente do que muitos pensam, não é a empresa e sim o cliente que define o que é valor. Para ele, a necessidade gera o valor e cabe às empresas determinarem qual é essa necessidade, procurar satisfazê-la e cobrar por isso um preço específico para manter a empresa no negócio e aumentar os lucros via melhoria contínua dos processos, reduzindo os custos e melhorando a qualidade”4. Para identificar se uma atividade ou operação agrega valor pergunte: - Supondo que houvesse escolha, o cliente pagaria por esta atividade? - Caso não executássemos esta atividade, o cliente sentiria falta? PRINCÍPIO 02 - IDENTIFICAR O FLUXO DE VALOR “Identificar o Fluxo de Valor significa dissecar a cadeia produtiva e separar os processos em três tipos: aqueles que efetivamente geram valor, aqueles que não geram valor, mas são importantes para a manutenção dos processos e da qualidade e, por fim, aqueles que não agregam valor, devendo ser eliminados imediatamente. Apesar de continuamente olharem para sua cadeia produtiva, as empresas continuam a focalizar em reduções de custos não acompanhadas pelo exame da geração de valor, pois olham apenas para números e indicadores, no curto prazo, ignorando os processos reais de fornecedores e revendedores. As empresas devem olhar para todo o processo, desde a criação do produto até a venda final (e por vezes o pós venda).”5 4 Léxico Lean versão 1.0 de abril de 2003 - Lean Institute Brasil - www.lean.org.br 5 Idem. PRINCÍPIO 03 - CONSTITUIR UM FLUXO CONTÍNUO “Significa dar "fluidez" para os processos e atividades que restaram. Isso exige uma mudança na mentalidade das pessoas. Elas têm de deixar de lado a idéia que têm de produção por departamentos como a melhor alternativa. Constituir Fluxo Contínuo com as etapas restantes é uma tarefa difícil do processo. É também a mais estimulante. O efeito imediato da criação de fluxos contínuos pode ser sentido na redução dos tempos de concepção de produtos, de processamento de pedidos e em estoques. Ter a capacidade de desenvolver, produzir e distribuir rapidamente dá ao produto uma "atualidade": a empresa pode atender a necessidade dos clientes quase que instantaneamente.”6 6 Léxico Lean versão 1.0 de abril de 2003 - Lean Institute Brasil - www.lean.org.br Fonte: Baseado em Léxico Lean versão 1.0 de abril de 2003 - Lean Institute Brasil - www.lean.org.br PRINCÍPIO 04 - PRODUÇÃO PUXADA “Isso permite inverter o fluxo produtivo: as empresas não mais empurram os produtos para o consumidor (desovar estoques) através de descontos e promoções. O consumidor passa a "puxar" a produção, eliminando estoques e dando valor ao produto. É a Produção Puxada. Sempre que não se consegue estabelecer o fluxo contínuo, a alternativa é conectar os processos através dos sistemas puxados.”7 7 Fonte: Léxico Lean versão 1.0 de abril de 2003 - Lean Institute Brasil - www.lean.org.br Fonte: Baseado em Léxico Lean versão 1.0 de abril de 2003 - LeanInstitute Brasil - www.lean.org.br PRINCÍPIO 05 - PERFEIÇÃO “Perfeição, quinto e último passo da Mentalidade Enxuta, deve ser o objetivo constante de todos envolvidos nos fluxos de valor. A busca do aperfeiçoamento contínuo em direção a um estado ideal deve nortear todos os esforços da empresa, em processos transparentes onde todos os membros da cadeia (montadores, fabricantes de diversos níveis, distribuidores e revendedores) tenham conhecimento profundo do processo como um todo, podendo dialogar e buscar continuamente melhores formas de criar valor.”8 8 Fonte: Léxico Lean versão 1.0 de abril de 2003 - Lean Institute Brasil - www.lean.org.br ETAPAS SUGERIDAS PARA A IMPLANTAÇÃO DA METODOLOGIA LEAN 9 Não existe uma receita para a implantação do Lean. Por isto o quadro a seguir é uma simples sugestão. Ao implantar a filosofia Lean cada empresa deve levar em consideração suas características específicas e também sua cultura organizacional para obter o sucesso desejado. *MFV = Mapeamento do Fluxo de Valor Fonte: Léxico Lean versão 1.0 de abril de 2003 - Lean Institute Brasil - www.lean.org.br GANHO MÉDIO DAS EMPRESAS COM A APLICAÇÃO DO LEAN Fonte: www.leanway.com.br 9 Fonte: Lean Institute Brasil - www.lean.org.br REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PASCAL, Dennis. Produção Lean Simplificada. Porto Alegre: Bookman, 2008. LEAN ENTERPRISE INSTITUTE. Léxico Lean – Glossário Ilustrado para Praticantes do Pensamento Lean. São Paulo: Lean Institute Brasil, abril 2003. ROTHER, MIKE, SHOOK, JOHN. Aprendendo a Enxergar. Sâo Paulo: Lean Institute Brasil, 2002. WERKEMA, Maria Cristina Catarino. Lean Seis Sigma. Nova Lima, MG: Werkema Ed., 2006. LIKER, Jeffrey K. O Modelo Toyota – Manual de Aplicação. Porto Alegre: Bookman, 2007. LIKER, Jeffrey K. O Modelo Toyota. Porto Alegre: Bookman, 2005. MAY, Matthew E. Toyota, A Fórmula da Inovação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. WOMACK, James P. A Mentalidade Enxuta nas Empresas: Lean Thinking. Rio de Janeiro: Campus, 2004. HINES, Peter. Guia para Implementação da Manufatura Enxuta. São Paulo: IMAN, 2000. www.lean.org.br acessado em março de 2009. www.lean.org acessado em março de 2009. www.setecnet.com.br acessado em março de 2009. www.leanway.com.br acessado em janeiro 2009. http://en.wikipedia.org/wiki/Lean_manufacturing#Pre-20th_century acessado em abril de 2009.
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