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Diagnóstico laboratorial de Enterobacteriacea
Profª Nathalie Sena
UNIVERSIDADE POTIGUAR
ESCOLA DA SAÚDE
BIOMEDICINA
DISCIPLINA DE ANÁLISES CLÍNICAS II
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Características Morfo-tintoriais
Enterobacteriacea
Bacilos Gram negativos
	Estes microrganismos fazem parte da microbiota normal da maioria dos animais, incluindo o homem.
	Causam uma variedade de doenças em humanos, incluindo 30% a 35% de todas as bacteremias, mais de 70% das infecções do urinário (ITU), e muitas infecções intestinais.
	Alguns microrganismos sempre estão associados a doenças em humanos (Salmonella typhi, algumas espécies de Shigella e Yersinia pestis) 
	Podem causar infecções oportunistas estando associadas a microbiota (Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Proteus mirabilis)
Enterobacteriacea
Enterobacteriacea
Bacilos Gram negativos
	Móveis e não móveis e não formam esporos
	Crescem aerobicamente e anaerobicamente (anaeróbios facultativos) 
	Fermentam glicose, reduzem nitrato, catalase positivas, oxidase negativas
	Fermentam lactose: Escherichia, Klebisiella, Enterobacter, Citrobacter e Serratia spp.)
	Não fermentam a lactose ou fermentação lenta: Proteus, Salmonella, Shiguella e Yersinia spp.
Enterobacteriacea
Bacilos Gram negativos
	Apresentam resistência aos sais em alguns meios seletivos (Salmonella e Shiguella)
	Algumas podem apresentar cápsulas (cepas de Klebsiella, alguns Enterobacter e cepas de Escherichia)
	Presença do LPS (Principal antígeno da parede celular)
 Meio Salmonella-Shiguella/SS
Enterobacteriacea
Bacilos Gram negativos
	A classificação sorológica se baseia em três principais grupos de antígenos (Polissacarídeo somático (O), antígeno capsular (K) e proteínas flagelares (H).
	Enterobacteriacea de Importância Médica
	Citrobacter freundii, Citrobacter koseri
	Enterobacter aerogenes, Enterobacter cloacae
	Escherichia coli
	Klebsiella pneumoniae, Klebsiella oxytoca
	Morganella morganii
	Proteus mirabilis, Proteus vulgaris
	Salmonella enterica
	Serratia marcescens
	Shiguella sonnei, Shiguella flexineri
	Yersinia pestis, Yersinia enterocolitica, Yersinia pseudotuberculosis
	Cepas de E. coli
Enterobacteriacea
Enterobacteriacea
Provas bioquímicas e identificação 
1-TSI-Triplo Açúcar Ferro (Glicose, Lactose e Sacarose)
2-SIM (Motilidade, Triptofano →Indol, Sulfeto)
3-Citrato (Fonte de carbono)
4-Fenil (Fenilalanina→Ácido fenilpirúvico) 
5-Malonato (Fonte de carbono)
6- Lisina/ Ornitina (Descarboxilação dos aminoácidos)
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Enterobacteriacea
Provas bioquímicas e identificação 
1-TSI-Triplo Açúcar Ferro (Glicose, Lactose e Sacarose) 
	Este meio contém três açúcares: 0,1% glicose, 1,0% lactose, 1,0% sacarose, vermelho de fenol para detecção da fermentação de carboidratos e sulfato de ferro para detecção da produção de sulfato de hidrogênio (indicado pela cor preta na base do tubo).
	Interpretação:
	Púrpura (Figura 1) = Ausência de fermentação dos açúcares (cor original do meio)
	Amarelo/amarelo (Figura 2) = fermentação da glicose + lactose e/ou sacarose (2 ou 3 açúcares).
	Presença de gás (CO2) (Figura 3) = bolhas ou meio fragmentado.
	Púrpura/amarelo (Figura 4) = fermentação apenas da glicose (lactose e sacarose negativos).
	H2S positivo (Figura 5) = presença de precipitado negro.
Enterobacteriacea
Provas bioquímicas e identificação 
2-SIM (Motilidade, Triptofano →Indol, Sulfeto)- semi-sólido
Motilidade através da turvação do meio.
Identificar a presença de sulfeto, pela produção de pigmento negro.
A prova do indol determina a habilidade do microrganismo de metabolizar o triptofano em indol, após a adição de reagentes de Erlich ou Kovacs.
	Motilidade positiva (Figura 6) = microrganismos móveis migram pela linha do inoculo e difundem-se no meio causando turbidez.
	Motilidade negativa (Figura 8) = bactéria tem um crescimento acentuado ao longo da linha do inoculo, em volta continua límpido. 
	Figura 7: Meio sem inoculo
	 H2S positivo (Figura 9) = ao longo da linha de inoculação aparecerá a cor negra.
	H2S negativo (Figura 10) = linha ao longo da inoculação inalterada. 
	Indol for negativo (Figura 11) = aparecerá um anel amarelo.
	Indol positivo (Figura 12) = aparecerá um anel vermelho.
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Enterobacteriacea
Provas bioquímicas e identificação 
3-Citrato (Fonte de carbono)
	Verifica a capacidade da bactéria de utilizar o citrato de sódio como única fonte de carbono, juntamente com sais de amônia, alcalinizando o meio, de modo que as bactérias que podem utilizar o citrato extraem o nitrogênio do fosfato de amônio, com produção de amoníaco e produção de amônia em hidróxido de amônia (NH4OH), utilizando como indicador o azul de bromotimol. 
	 
	Cor original do meio: Verde
	Positivo (Figura 13) = Mudança de coloração do meio de verde para azul;
	Negativo (Figura 14) = Ausência na mudança de coloração do meio.
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Enterobacteriacea
Provas bioquímicas e identificação 
4-Fenil (Fenilalanina→Ácido fenilpirúvico)
	Verifica a capacidade da bactéria de produzir ácido fenilpirúvico a partir da fenilalanina por ação enzimática.
	 Por se tratar de um meio claro, permite a visualização de pigmentos, que são bastante característicos de bactérias não fermentadoras.
	A solução de cloreto férrico 10% é utilizada para revelar a atividade da enzima fenilalanina desaminase no meio de fenilalanina.
	Cor original do meio: Amarelo palha.
	Negativo (Figura 15) = o meio permanece inalterado.
	Positivo (Figura 16) = formação de uma coloração esverdeada na superfície do meio após a adição do cloreto férrico.
 
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Enterobacteriacea
Provas bioquímicas e identificação 
5-Malonato (Fonte de carbono)
	Determina a habilidade do microrganismo de utilizar o malonato de sódio como única fonte de carbono, resultando em alcalinização do meio. Importante na diferenciação de gêneros e espécies de enterobactérias e não fermentadores.
	 Cor original do meio: verde.
	Positivo (Figura 17)= azul.
	Negativo (Figura 18)= inalterado (verde). 
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Enterobacteriacea
Provas bioquímicas e identificação 
6- Lisina/ Ornitina (Descarboxilação dos aminoácidos)
	Enzimas capazes de descarboxilar aminoácidos específicos no meio de cultura. A enzima descarboxilase remove uma molécula de CO2 de um aminoácido para formar aminas de reação alcalina.
 
	LISINA CADAVERINA 
 	ORNITINA PUTRESCINA
6-
Cor original do meio: Roxo.
Positivo (Figura 19) = Roxo (inalterado).
Negativo (Figura 20) = Amarelo 
 
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Enterobacteriacea
Provas bioquímicas e identificação 
Enterobacteriacea
Provas bioquímicas e identificação 
Enterobacteriacea
Provas bioquímicas e identificação 
	Automatizado: Sistema Vitek
QUESTÃO DE CONCURSO
Concurso ANVISA
	Manual de Microbiologia Médica. Lauro Santos Filho, 4ª Edição.
	Microbiologia Médica - 6ª Ed. - Patrick R. Murray, Ken S. Rosenthal. Editora Elsevier.
	Manual de Microbiologia. Anvisa.
	http://intranet.ftc.br/upload/144899/161359_AULA%2005%20%20N%C3%A3o%20Fermentadores.pdf
Referências
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